tag:blogger.com,1999:blog-3111280718041980673.post8989509646241720260..comments2024-03-19T06:45:28.195+00:00Comments on Encontro de Gerações do Bairro Norton de Matos: UM TAL PIMENTEL ...Paulo Mourahttp://www.blogger.com/profile/17483762214641773299noreply@blogger.comBlogger14125tag:blogger.com,1999:blog-3111280718041980673.post-78301625492519083642018-09-07T17:45:19.984+01:002018-09-07T17:45:19.984+01:00Há um livro muito interessante que as pessoas deve...Há um livro muito interessante que as pessoas devem ler. Chama-se "Os Flechas" e o autor é o Fernando Cavaleiro Ângelo. Há muita coisa que estão nos segredos dos Deuses.Cololohttps://www.blogger.com/profile/18210075816043874880noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3111280718041980673.post-80987466611921384682017-04-29T15:06:45.307+01:002017-04-29T15:06:45.307+01:00
Rui, não reparei no teu comentário e só agora é q...<br />Rui, não reparei no teu comentário e só agora é que o li. O texto do Quito é excelente, já o disse e este teu comentário é extraordinário. Fiquei a conhecer melhor o merdas do Barreto. Se ele queria ser herói só tinha que se recusar a fazer o serviço militar, era preso e aguentava na cadeia. Dizer que é herói servindo-se do dinheiro e posição do papá, ninguém de bom senso chama a isso de heroísmo, trata-se, isso sim, de cobardia é oportunismo. <br />Obrigado Rui pelo teu comentário.Alfredo Moreirinhashttps://www.blogger.com/profile/06743686087675249695noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3111280718041980673.post-76495399282030996102017-04-28T21:10:03.008+01:002017-04-28T21:10:03.008+01:00Um texto extraordinário!... Felizmente, livrei-me ...Um texto extraordinário!... Felizmente, livrei-me de tamanho inferno. Em Tavira, mesmo sem saber se seriamos mobilizados para a Guiné, todos os da minha especialidade conheciam de cor o mapa da Guiné e já pensávamos em Gabú, Bafatá e Catió.<br />Compreendo que seja impossível esqueceres esses anos ali passados.<br />Abraço.Alfredo Moreirinhashttps://www.blogger.com/profile/06743686087675249695noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3111280718041980673.post-85339345027407333602017-04-28T20:56:34.056+01:002017-04-28T20:56:34.056+01:00Olha, eu em Cabinda dirigia um jornal, o Pongo! e ...Olha, eu em Cabinda dirigia um jornal, o Pongo! e do outro lado a partir de Banga estava PEPETELA. Ele fez uma grande romance (Mayombe) e eu tenho para aqui papeis que vocês nem imaginam Manuel Cruzhttps://www.blogger.com/profile/10618484696251541503noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3111280718041980673.post-81070550610577321692017-04-27T02:55:37.333+01:002017-04-27T02:55:37.333+01:00Continuação e FIM
e trocando agora as voltas
ao ...Continuação e FIM<br /><br />e trocando agora as voltas <br />ao vira da produção <br />no Alentejo bolotas <br />no Algarve maçapão <br />vindimas no Alto Douro <br />tomates em Azeitão <br />azeite da cor do ouro <br />que é verde ao pé do Fundão <br />e fica amarelo puro <br />nos campos do Baleizão. <br />Quando a terra for do povo <br />o povo deita-lhe a mão!<br /><br />É isto a reforma agrária <br />em sua própria expressão:<br />a maneira mais primária <br />de que nós temos um quinhão <br />da semente proletária <br />da nossa revolução.<br /><br />Quem a fez era soldado <br />homem novo capitão <br />mas também tinha a seu lado <br />muitos homens na prisão.<br /><br />De tudo o que Abril abriu <br />ainda pouco se disse <br />um menino que sorriu <br />uma porta que se abrisse <br />um fruto que se expandiu <br />um pão que se repartisse <br />um capitão que seguiu<br />o que a história lhe predisse <br />e entre vinhas sobredos <br />vales socalcos searas <br />serras atalhos veredas <br />lezírias e praias claras <br />um povo que levantava <br />sobre um rio de pobreza <br />a bandeira em que ondulava <br />a sua própria grandeza! <br />De tudo o que Abril abriu <br />ainda pouco se disse <br />e só nos faltava agora <br />que este Abril não se cumprisse. <br />Só nos faltava que os cães <br />viessem ferrar o dente <br />na carne dos capitães <br />que se arriscaram na frente.<br /><br />Na frente de todos nós <br />povo soberano e total <br />que ao mesmo tempo é a voz <br />e o braço de Portugal.<br /><br />Ouvi banqueiros fascistas <br />agiotas do lazer <br />latifundiários machistas <br />balofos verbos de encher <br />e outras coisas em istas <br />que não cabe dizer aqui <br />que aos capitães progressistas <br />o povo deu o poder! <br />E se esse poder um dia <br />o quiser roubar alguém <br />não fica na burguesia<br />volta à barriga da mãe! <br />Volta à barriga da terra <br />que em boa hora o pariu <br />agora ninguém mais cerra <br />as portas que Abril abriu!<br /><br />F I M DOM RAFAEL O CASTELÃOhttps://www.blogger.com/profile/07551289020101777713noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3111280718041980673.post-42444153207630768372017-04-27T02:53:49.468+01:002017-04-27T02:53:49.468+01:00CONTINUAÇÃO
NÃO TERMINA...
CONTINUA
Os tais home...CONTINUAÇÃO<br /><br />NÃO TERMINA...<br />CONTINUA<br /><br />Os tais homens que souberam <br />fazer a revolução <br />porque na guerra entenderam <br />o que era a libertação.<br /><br />Os que viram claramente <br />e com os cinco sentidos <br />morrer tanta tanta gente <br />que todos ficaram vivos.<br /><br />Os tais homens feitos de aço <br />temperado com a tristeza <br />que envolveram num abraço <br />toda a história portuguesa.<br /><br />Essa história tão bonita <br />e depois tão maltratada <br />por quem herdou a desdita <br />da história colonizada.<br /><br />Dai ao povo o que é do povo <br />pois o mar não tem patrões.<br />– Não havia estado novo <br />nos poemas de Camões!<br /><br />Havia sim a lonjura<br />e uma vela desfraldada<br />para levar a ternura<br />à distância imaginada.<br /><br />Foi este lado da história <br />que os capitães descobriram <br />que ficará na memória <br />das naus que de Abril partiram<br /><br />das naves que transportaram <br />o nosso abraço profundo <br />aos povos que agora deram <br />novos países ao mundo.<br /><br />Por saberem como é <br />ficaram de pedra e cal <br />capitães que na Guiné <br />descobriram Portugal.<br /><br />E em sua pátria fizeram <br />o que deviam fazer:<br />ao seu povo devolveram <br />o que o povo tinha a haver:<br />Bancos seguros petróleos <br />que ficarão a render <br />ao invés dos monopólios <br />para o trabalho crescer. <br />Guindastes portos navios <br />e outras coisas para erguer <br />antenas centrais e fios <br />dum país que vai nascer.<br /><br />Mesmo que seja com frio <br />é preciso é aquecer <br />pensar que somos um rio <br />que vai dar onde quiser<br /><br />pensar que somos um mar <br />que nunca mais tem fronteiras <br />e havemos de navegar <br />de muitíssimas maneiras.<br /><br />No Minho com pés de linho <br />no Alentejo com pão<br />no Ribatejo com vinho <br />na Beira com requeijão <br /><br /><br />ContinuaDOM RAFAEL O CASTELÃOhttps://www.blogger.com/profile/07551289020101777713noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3111280718041980673.post-54842682671344649792017-04-27T02:29:59.454+01:002017-04-27T02:29:59.454+01:00CONTINUAÇÂO DO POEMA DE ARY DOS SANTOS
Porém em q...CONTINUAÇÂO DO POEMA DE ARY DOS SANTOS<br /><br />Porém em quintas vivendas <br />palácios e palacetes <br />os generais com prebendas <br />caciques e cacetetes <br />os que montavam cavalos <br />para caçarem veados <br />os que davam dois estalos <br />na cara dos empregados <br />os que tinham bons amigos <br />no consórcio dos sabões <br />e coçavam os umbigos<br />como quem coça os galões <br />os generais subalternos <br />que aceitavam os patrões <br />os generais inimigos <br />os generais garanhões <br />teciam teias de aranha <br />e eram mais camaleões <br />que a lombriga que se amanha <br />com os próprios cagalhões. <br />Com generais desta apanha <br />já não há revoluções.<br /><br />Por isso o onze de Março <br />foi um baile de Tartufos <br />uma alternância de terços <br />entre ricaços e bufos.<br /><br />E tivemos de pagar<br />com o sangue de um soldado<br />o preço de já não estar<br />Portugal suicidado.<br /><br />Fugiram como cobardes <br />e para terras de Espanha <br />os que faziam alardes <br />dos combates em campanha.<br /><br />E aqui ficaram de pé <br />capitães de pedra e cal <br />os homens que na Guiné <br />aprenderam Portugal.<br /><br />Os tais homens que sentiram <br />que um animal racional<br />opõe àqueles que o firam <br />consciência nacional.<br /><br />SEgue e termina...a seguirDOM RAFAEL O CASTELÃOhttps://www.blogger.com/profile/07551289020101777713noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3111280718041980673.post-28707262763430480642017-04-27T02:24:35.993+01:002017-04-27T02:24:35.993+01:00"CONTINUAÇÂO DO POEMA DE JOSÉ CARLOS ARY DOS ..."CONTINUAÇÂO DO POEMA DE JOSÉ CARLOS ARY DOS SANOS<br /><br />Foi então se bem vos lembro <br />que sucedeu a vindima <br />quando pisámos Setembro <br />a verdade veio acima.<br /><br />E foi um mosto tão forte <br />que sabia tanto a Abril <br />que nem o medo da morte <br />nos fez voltar ao redil.<br /><br />Ali ficámos de pé <br />juntos soldados e povo <br />para mostrarmos como é <br />que se faz um país novo.<br /><br />Ali dissemos não passa! <br />E a reacção não passou.<br />Quem já viveu a desgraça <br />odeia a quem desgraçou.<br /><br />Foi a força do Outono <br />mais forte que a Primavera <br />que trouxe os homens sem dono <br />de que o povo estava à espera.<br /><br />Foi a força dos mineiros <br />pescadores e ganhões <br />operários e carpinteiros <br />empregados dos balcões <br />mulheres a dias pedreiros <br />reformados sem pensões <br />dactilógrafos carteiros <br />e outras muitas profissões <br />que deu o poder cimeiro <br />a quem não queria patrões.<br /><br />Desde esse dia em que todos<br />nós repartimos o pão<br />é que acabaram os bodos<br />— cumpriu-se a revolução.DOM RAFAEL O CASTELÃOhttps://www.blogger.com/profile/07551289020101777713noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3111280718041980673.post-81439100140814052322017-04-26T20:02:51.437+01:002017-04-26T20:02:51.437+01:00Aqui, também cabe repetir:
Não se esqueçam o mês ...Aqui, também cabe repetir:<br /><br />Não se esqueçam o mês de Abril!<br />Jamais se esqueçam, que a partir daí se abriu...<br />A porta para o "Dia da Liberdade"!<br />Jamais se esqueçam daqueles dias de muitos...<br />Submetidos a um regime ditatorial,<br />Dias que não vos deixaram saudades.<br />Apenas lembrem-se de dias assim,<br />Como alerta para evitarem tamanha<br />... Crueldade!<br /><br />(Eu)Chama a Mamãe!https://www.blogger.com/profile/06898417998773487961noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3111280718041980673.post-46610820819204021692017-04-26T19:28:55.043+01:002017-04-26T19:28:55.043+01:00Corrijo: "sucumbiram".Corrijo: "sucumbiram".celeste mariahttps://www.blogger.com/profile/15632523864364826186noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3111280718041980673.post-62159859150128731902017-04-26T19:24:38.351+01:002017-04-26T19:24:38.351+01:00Meus amigos, estes vossos testemunhos deixam-me em...Meus amigos, estes vossos testemunhos deixam-me em pele de galinha, deixam-me emocionada, deixam-me me com sentimento de gratidão e de admiração!<br />Bravos!!!<br />Tristeza pelos que secumbiram, feliz pelos que estão entre nós, todos fazendo a nossa História.celeste mariahttps://www.blogger.com/profile/15632523864364826186noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3111280718041980673.post-58385113621910443022017-04-26T17:37:07.097+01:002017-04-26T17:37:07.097+01:00Apreciei muito este teu comentário à postagem do Q...Apreciei muito este teu comentário à postagem do Quito.<br />É depoimento fabuloso e que devia ser lido por todos aqueles que "foram heróis e condecorados por terem fugido da guerra e portanto desertores"", para viverem em exilios dourados" e deixaram no terreno os seus camaradas, " que por obras valorosas, se foram da lei da morte libertadno, mais que permitia a força humana...."DOM RAFAEL O CASTELÃOhttps://www.blogger.com/profile/07551289020101777713noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3111280718041980673.post-52284846425557429952017-04-26T17:27:36.922+01:002017-04-26T17:27:36.922+01:00Um texto narrativo ao melhor estilo dos que o Quit...Um texto narrativo ao melhor estilo dos que o Quito tem escrito.<br />Um tempo de guerra impiedosa que só os que não "fugiram" tiveram que suportar!<br />Ainda bem que o tal de Pimentel não foi desses covardes, pois sentiam que da sua acção como militar da força aérea podiam sobreviver muitos dos camaradas que no terreno enfrentavam uma guerra, dificl, cheia de armadilhas e muitas privações!<br />Já outros textos o Quito escreveu sobre este tema e em todos eles trespassa este sentimento da dor que é suportar uma guerra em condições de vida ou de morte!<br />Mas felizmente esse tormento para muitos teve um fim e o regresso às famílias, o que não aconteceu com os que tombaram na luta e voltaram às também às familias mas sem poderem contar os momentos que por lá passaram. Honremos as suas memórias<br /><br />Menina Dos Olhos Tristes<br /> José Afonso<br /> <br />exibições22.550<br />Menina dos olhos tristes <br />o que tanto a faz chorar <br />o soldadinho não volta <br />do outro lado do mar<br />Vamos senhor pensativo<br />olhe o cachimbo a apagar<br />o soldadinho não volta<br />do outro lado do mar<br />Senhora de olhos cansados<br />porque a fatiga o tear<br />o soldadinho não volta<br />do outro lado do mar<br />Anda bem triste um amigo<br />uma carta o fez chorar<br />o soldadinho não volta<br />do outro lado do mar<br />A lua que é viajante<br />é que nos pode informar<br />o soldadinho já volta<br />está mesmo quase a chegar<br />Vem numa caixa de pinho<br />do outro lado do mar<br />desta vez o soldadinho<br />nunca mais se faz ao mar<br />"<br />DOM RAFAEL O CASTELÃOhttps://www.blogger.com/profile/07551289020101777713noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3111280718041980673.post-50091843215218975502017-04-26T15:22:36.496+01:002017-04-26T15:22:36.496+01:00Coragem é sofrer e sobreviver ao medo.
Todos estes...Coragem é sofrer e sobreviver ao medo.<br />Todos estes anos passados sobre o 25 de Abril que nos libertou da mordaça do Estado Novo, não esquecerei a espúria definição de coragem que António Barreto, que foi ministro da Agricultura e autor da famosa Lei Barreto e hoje acomodado num confortável e bem remunerado gabinete da Fundação Manuel dos Santos, Senhor do Pingo Doce.<br />Disse então o inefável “revolucionário de pacotilha”, vogando na onda oportunista da subita libertação popular, que coragem era a daqueles que, como ele, recusaram combater na guerra colonial, fugindo para a Europa livre.<br />Disse ainda que a culpa de a guerra se ter prolongado era dos que, em vez de fugirem como ele, tinham acedido a fazê-la colaborando com Salazar e com os proceres do regime.<br />O que ele não disse é que, oriundo de familia da alta burguesia, o tal Barreto se instalou a expensas dos pais endinheirados num caro colégio suiço onde estudou.<br />Coisa que a esmagadora maioria de nós não podia fazer.<br />E também não disse, porque não sabia, que o 25 de Abril foi paulatinamente gerado na formação de mentalidades e consciências que os milicianos iam incutindo nos soldados, na sua maioria analfabetos e sem compreenderem os motivos da guerra que eram obrigados a fazer.<br />Consciências adquiridas no sofrimeto da mata e que enformaram e explodiram em apoio total logo no prióprio dia 25 de Abril de 1974. <br />-----<br />O esplendido depoimento do Quito Pereira trouxe-me à memória o local onde sofri, naquele belo mas fatidico rio, o mesmo medo que ele tão bem descreve e o desgosto de ali ter visto perecerem para sempre onze dos meus soldados.<br />O mesmo medo que me fez apertar o coração noutros locais onde o ruido da metralha, o sangue, o cheiro a polvora nos entravam pelos ouvidos, pelas narinas, pela boca.<br />Felizmente que o 25 de Abril que desejávamos chegou e se mantém o seu espirito.<br />O mesmo que me permite hoje, sem peias, dizer ao tal Barreto e a muitos outros como ele, que a coragem não se mede no conforto de um exilio dourado...<br /><br />Rui Felicio <br /> <br /> Rui Felíciohttps://www.blogger.com/profile/01966079821957866527noreply@blogger.com