domingo, 16 de junho de 2019
sábado, 15 de junho de 2019
ANIVERSÁRIO
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sexta-feira, 14 de junho de 2019
POSATALINHOS RUSSIA III
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quinta-feira, 13 de junho de 2019
AUSÊNCIA ...
(em Memória de Manuel Luís)
Ao crepitar da lareira já não se contam histórias. A ausência
tomou conta deste lugar. Apenas o rubro clarão do azinho a arder concede ao
espaço amplo e soturno alguma vida. As cadeiras vazias lembram o passado. Uma memória
de tormentos contados na primeira pessoa. Todas as conversas – todas – iam parar
ao fundo do poço da mina. Falava-se de volfrâmio. Falava-se de escravidão.
Falava-se de perseguições. Falava-se de fome. Falava-se de doença. Um a um, os
lugares foram ficando vazios. Apenas o lume se manteve no seu posto porque é
imortal. Ele, o velho mineiro Manuel Luís, resistiu o que pôde. Comigo e com a
lareira, dialogámos a três. Depois, com idade provecta, partiu. Partiu para a
galeria dos heróis anónimos. Esperei-o na berma da estrada. Quis despedir-me
dele. Um esquife humilde coberto por um pano negro e um singelo ramo de flores
compunham o quadro funesto. E um cortejo de povo cabisbaixo, que olhava
fixamente as pedras cor de cinza da calçada. Ausência - tudo era ausência.
O dono do café refugia - se atrás do balcão. De companhia,
dois desempregados que ali veem escoar-se a esperança e os dias claros. Faces
caídas, olhares perdidos. Por vezes, o estabelecimento é sacudido por uma
revoada de passantes. Bebem algo à pressa ao balcão e partem na aventura de
sobreviver. Muitos trazem na roupa que envergam a marca do caminhar dos dias.
Gente de labor. Lá de dentro, de dentro de uma sala fria e húmida, exala um
aroma penetrante a comida acabada de fazer. Um ou outro caminhante, passageiro
do Tempo, sentado numa mesa de madeira forrada com uma toalha de papel, reconforta
o estômago para o recomeço da jornada. Uma televisão encostada a uma parede
branca fala sozinha. As notícias do dia, ditas em catadupa, parecem não ter
nexo. Ninguém as ouve. Ninguém lhes dá atenção. Findo o repasto, o cliente
retira-se. Remexe no fundo dos bolsos, na procura de uma nota ou das moedas que
permitam pagar a refeição barata. Apenas cinco euros é o preço do reconforto e
da sobrevivência. Depois parte. A sala, mascarada de restaurante, fica vazia. O
amplo salão de novo fica inerte e sem vida. Resta apenas a lareira a crepitar
de memórias. E a ausência.
Q. P.
quarta-feira, 12 de junho de 2019
POSTALINHOS DA RÚSSIA
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terça-feira, 11 de junho de 2019
NOTÍCIAS DE COIMBRA... Rocha Pato
segunda-feira, 10 de junho de 2019
POEMA DO TUDO
Parece mesmo que as lembranças do Quito impulsionam-me a escrever algo similar. Reforçando, ou mesmo contradizendo, até mesmo simplesmente por...apenas querer registrar o que também me passa à cabeça àquele momento em que leio suas postagens.
À medida que lia Poema do Nada, senti imediata vontade de escrever Poema de Tudo. Naturalmente, não está no mesmo nível clássico da Língua, como bem utilizada pelo Quito. Um estilo refinado, que muito admiro.
Poema de Tudo
Agora, estão sentados solitários lugares,
Dantes em constante movimento.
A completa agonia da Linha do Tempo.
Outrora, populosos, tornaram-se como viúvas,
À espera de alguém que já não vem.
As suas árvores choram à noite,
Suas lágrimas lhes correm pelos ramos,
Como a saberem-se também sozinhas,
A engolirem o pranto.
Nem o vazio acha descanso.
Os filhos, se afastam do ninho...
Já não o alcançam.
Os vales pranteiam,
Dantes em constante movimento.
A completa agonia da Linha do Tempo.
Outrora, populosos, tornaram-se como viúvas,
À espera de alguém que já não vem.
As suas árvores choram à noite,
Suas lágrimas lhes correm pelos ramos,
Como a saberem-se também sozinhas,
A engolirem o pranto.
Nem o vazio acha descanso.
Os filhos, se afastam do ninho...
Já não o alcançam.
Os vales pranteiam,
Já não existem crianças brincando,
Namorados envergonhados,
Por estarem se amando.
Portas trancadas, desoladas...
É tudo silêncio... e mais nada!
O que nos contenta, entretanto,
É que, mesmo em meio a esse pranto,
Os lugares conservam a formosura
E nos fazem buscar, nas lembranças,
Que no Infinito não existe Amargura.
Namorados envergonhados,
Por estarem se amando.
Portas trancadas, desoladas...
É tudo silêncio... e mais nada!
O que nos contenta, entretanto,
É que, mesmo em meio a esse pranto,
Os lugares conservam a formosura
E nos fazem buscar, nas lembranças,
Que no Infinito não existe Amargura.
Chama Mamãe
Nota: por lapso da minha parte esta postagem não saíu na devida altura, do que peço desculpa a Chama a Mamãe
Nota: por lapso da minha parte esta postagem não saíu na devida altura, do que peço desculpa a Chama a Mamãe
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Chama a Mamãe
sábado, 8 de junho de 2019
NOTÍCIAS DE COIMBRA - FEIRA CULTURAL
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LISBOA - VIDA SELVAGEM-CONSERVAÇÃO DA NATUREZA
Sugerido por Júlia Faustino Lopes
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Diversos.
sexta-feira, 7 de junho de 2019
COIMBRA DE OUTROS TEMPOS - PARTE VII
FOTO nº 1 -Universidade-Porta Férrea- Primeira colocação
estátua Camões
FOTO nº 2 - Hotel Bragança
FOTO nº 3 - Jardim Escola João de Deus
FOTO nº 4 - Alta de Coimbra
FOTO nº 5 - Banco de Portugal-Portagem -
FOTO nº 6 - Largo Sousa Bastos
FOTO nº 7 - Coimbra- Lavadeiras do Mondego
FOTO nº 8 - Inicio da Construção do Estádio Municipal
Ao fundo Liceu Infanta Dona Maria

FOTO nº 9 - Infanta Dona Maria- Trazeiras-Recreio
FOTO nº 10 Mercado Municipal
FOTO nº 11- Coimbra vista do Miradouro do Vale de Inferno
FOTO nº 12- Baixa de Coimbra-Rua Ferreira Borges.
FOTO nº 13 - Alta de Coimbra-Greve Académica
FOTO nº 14 - Alta De Coimbra-Rua Larga?-Largo da Porta Férrea?
estátua Camões
FOTO nº 2 - Hotel Bragança
FOTO nº 3 - Jardim Escola João de Deus

FOTO nº 4 - Alta de Coimbra
FOTO nº 5 - Banco de Portugal-Portagem -
FOTO nº 6 - Largo Sousa Bastos
FOTO nº 7 - Coimbra- Lavadeiras do Mondego
FOTO nº 8 - Inicio da Construção do Estádio Municipal
Ao fundo Liceu Infanta Dona Maria

FOTO nº 9 - Infanta Dona Maria- Trazeiras-Recreio
FOTO nº 10 Mercado Municipal
FOTO nº 11- Coimbra vista do Miradouro do Vale de Inferno
FOTO nº 12- Baixa de Coimbra-Rua Ferreira Borges.
FOTO nº 13 - Alta de Coimbra-Greve Académica
FOTO nº 14 - Alta De Coimbra-Rua Larga?-Largo da Porta Férrea?
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quinta-feira, 6 de junho de 2019
ANIVERSÁRIO
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quarta-feira, 5 de junho de 2019
INTERLÚDIO MUSICAL
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Interludio Musical
ANIVERSÁRIO
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terça-feira, 4 de junho de 2019
NOTICIAS DE COIMBRA-PRAÇA VELHA AO LONGO DOS TEMPOS
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segunda-feira, 3 de junho de 2019
ENCONTRO COM A ARTE - PINTURA
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Encontro com a arte
sábado, 1 de junho de 2019
POEMA DO NADA ...
Neste domingo de verão, corro entre velhos olivais e campos de cultivo ressequidos na míngua da água
reparadora. Ao meu redor, oiço o ruído de um silêncio perturbador. Caí para
fora de mim. Caí para fora do mundo. Caí para fora da Vida. Olho o amontoado de
casas e de telhados que me espreitam naquele povoado plantado no limbo do nada.
O cantar da água que corre numa ribeira é o som apaziguador de um violino numa
sinfonia de angústias. Deixo a aldeia no estertor da sua existência, agora que
as suas gentes partiram. Aquele vazio espacial, aquele caldo de solidão, mais
não é que um pesadelo feito de ausências. Um encadeado de silêncios feitos do
nada e de ninguém. Subo então ao céu.
Arrasto-me por uma estrada estreita com penhascos fundos que me estendem as garras
afiadas num hino à hostilidade.O caminho estreito impede-me de voltar para
trás. Sôfrego, trepo a montanha apavorado, na procura de um cais salvador. Lá
em cima, naquele cocuruto de mundo, olho em redor e só vislumbro montes
austeros e ténues fios brancos que lhes riscam os dorsos
descarnados. São caminhos e são mistérios. Afinal o infinito existe. Sentado
num regato de pedra, inquieto, oiço o sibilar do vento e sinto-me trespassado de medos
naquela terra de ninguém. Parto montanha abaixo, na procura de uma amarra
robusta que me prenda à Vida e ao mundo. Na noite morna, olhando as luzes da
cidade, sou assaltado de dúvidas existenciais. Um turbilhão de pensamentos
leva-me ao desencanto e à constatação de uma realidade crua de um outro país
que é o meu. Desfolho, lentamente, o livro de poesia. Um livro de páginas
brancas, ausente de palavras ditas e escritas que talvez nem façam sentido. Só
o silêncio avassalador poderá ser prefácio de um poema breve, feito do nada e
de nadas.
Q.P.
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sexta-feira, 31 de maio de 2019
COIMBRA ANTIGA - OS ELÉCTRICOS-R..Pato
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quinta-feira, 30 de maio de 2019
ANIVERSÁRIO
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