sexta-feira, 31 de janeiro de 2020
INTERLÚDIO MUSICAL
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Interludio Musical
ANIVERSÁRIO
EDUARDO JOSÉ ALVES REIS
LAU
31-01-1945
Nesta data especial...
"Encontro de Gerações" deseja
MUITAS FELICIDADES!
PARABÉNS !
ALMOÇO COM O LAU E SEUS AMIGOS DO BAIRRO
no Restaurante O SOLAR DO BACALHAU, EM LISBOA
Chaves, Lau, Rafael e Quim Reis
Reconhecem-se Álvaro, Cândido Ferreira, Ana Freire, Titá, Lekas Nela Curado....
- Carlos Freire, Chaves, Tó Quaresma, Leonardo e António
Nito,Vitor Fernandes, Tó Quaresma, Lekas,Titá Álvaro---Carlos Freire, Ana Freire,Celeste Maria Rafael,,Fernando Rafael, Fernando Freire e...
Lau, Chaves, Rui Barreiros, Nanda Canelas, Manel Soares, António--Lado direito: Quim Reis, Suzana Redondo, Canelas, Leonardo e....
Nito e Vitor
Tó Quatesma, Lekas e Titá
Carlos Freire, Ana Freire, Celeste Maria Rafael, Fernando Freire e Vásco Aguas
Canelas, Suzana Redondo e Quim Reis
Chaves, Rui Barreiros, Nanda Canelas e Manel Soares....
LAU
31-01-1945
Nesta data especial...
"Encontro de Gerações" deseja
MUITAS FELICIDADES!
PARABÉNS !
ALMOÇO COM O LAU E SEUS AMIGOS DO BAIRRO
no Restaurante O SOLAR DO BACALHAU, EM LISBOA
Chaves, Lau, Rafael e Quim Reis
Reconhecem-se Álvaro, Cândido Ferreira, Ana Freire, Titá, Lekas Nela Curado....
- Carlos Freire, Chaves, Tó Quaresma, Leonardo e António
Nito,Vitor Fernandes, Tó Quaresma, Lekas,Titá Álvaro---Carlos Freire, Ana Freire,Celeste Maria Rafael,,Fernando Rafael, Fernando Freire e...
Nito e Vitor
Tó Quatesma, Lekas e Titá
Carlos Freire, Ana Freire, Celeste Maria Rafael, Fernando Freire e Vásco Aguas
Canelas, Suzana Redondo e Quim Reis
Chaves, Rui Barreiros, Nanda Canelas e Manel Soares....
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Aniversarios
quarta-feira, 29 de janeiro de 2020
ENCONTRO COM A ARTE- POESIA
não ter nada para comer,
nem água para beber.
Não ter nada para vestir,
não ter botas para calçar,
nem um batom para sorrir…
E que diferença é que faz?
morrer à sede e à fome,
de desinteresse ou inanição,
morrer porque não se come,
Mas que diferença é que faz?
Mas que diferença é que faz?
não ter ido nunca à escola,
ou ir só de vez em quando,
a igualdade é para tudo,
até mesmo para o engano.
Aprender? mas que diferença é que faz?
O saber não ocupa lugar, mas a barraca é pequena
“cada um dos nossos já trás o que sabe”.
Não, não, obrigado,
não queremos ninguém a andar direito.
E para sofrer a preceito,
com competência e respeito,
já chega andar poi aí,
levar pancada do desconhecido,
ou do vizinho mais fodido,
e até em casa, do pai que se queria querido.
Mas que diferença? que diferença é que faz?
não saber lavar os dentes,
ou usar pentes,
lavar os tomates com a água das poças
viver perdido no chão,
esquecido, no inverno e no verão.
sem amor, na solidão,
como um cão?
não, como um cão, não,
não conhece tais tristezas,
tem muito mais defesas,
lida melhor com incertezas,
é indiferente a surpresas.
E digam lá, que diferença faz? meu Deus…
mas que diferença é que faz um coração,
um fígado, um rim ou um pulmão?
O órgão inocente à merçê de um ladrão,
tirado e roubado,
para ser devolvido
a quem tiver dinheiro
para a eles ter direito.
A missão é salvar vidas,
tudo o resto é desperdício,
que nem sempre estão vivas
as crianças que se deitam no lixo.
E já agora, que tem de diferente
para um morto de abandono
a escuridão proletária de um vasilhame,
e a indiferença inconveniente de um contentor?
E que diferença é que faz?
Ser abusado nas malhas
do erotismo do sol nascente,
ser violado na Índia,
ou raptado na China,
ou fuzilado em África,
ou caçado como um animal,
nas florestas das terras de França,
onde ricos senhores
tão pobres de espírito
que nem serviriam para caça,
se divertem no seu desporto
que trocam pelos restos do seu dinheiro.
ou trabalhar nas minas e nas lixeiras
de todo o mundo,
Que diferença é que faz?
de mar a mar
de continente a continente,
até que o sangue fique azul
como o dos príncipes e princesas,
de que nunca sequer se ouviu falar, é certo,
mas será assim tão diferente?
Mas digam lá, que diferença é que faz?
ser encarcerado na américa
separado da família
em jaulas comuns
à espera das decisões dos justos hipócritas
ou apenas de que nada aconteça.
Ser criança de g3,
colocado em vigília
ou de colete fechado
à espera da sua vez,
para honrar sua família,
nas guerras dos orientes
onde todos serão crentes,
matando, impuros, os inocentes.
Ou que diferença é que faz
ser comido por um pássaro faminto
enquanto se procura um grão de arroz
na mais estéril aridez,
às portas do deserto
enquanto se ouvem, já tardias,
as pás de um Helicóptero
a batucar um hino de Vivaldi,
ou a balbuciar repetidamente
“o que é o amor?”
O que é o amor?
O que é o amor?
Mas que diferença é que isso faz?
A ONU cumpre a preceito
o mais profundo respeito,
por todo e qualquer direito,
cada qual tem o seu jeito
e o tratado é um grande feito.
E todos os países incham e enobrecem
e assinam e reconhecem,
que todas as crianças merecem
e ainda que nelas, já moribundas, tropecem,
depressa, depressa e muitas, muitas vezes se esquecem.
Fernando Franco
nem água para beber.
Não ter nada para vestir,
não ter botas para calçar,
nem um batom para sorrir…
E que diferença é que faz?
morrer à sede e à fome,
de desinteresse ou inanição,
morrer porque não se come,
Mas que diferença é que faz?
Mas que diferença é que faz?
não ter ido nunca à escola,
ou ir só de vez em quando,
a igualdade é para tudo,
até mesmo para o engano.
Aprender? mas que diferença é que faz?
O saber não ocupa lugar, mas a barraca é pequena
“cada um dos nossos já trás o que sabe”.
Não, não, obrigado,
não queremos ninguém a andar direito.
E para sofrer a preceito,
com competência e respeito,
já chega andar poi aí,
levar pancada do desconhecido,
ou do vizinho mais fodido,
e até em casa, do pai que se queria querido.
Mas que diferença? que diferença é que faz?
não saber lavar os dentes,
ou usar pentes,
lavar os tomates com a água das poças
viver perdido no chão,
esquecido, no inverno e no verão.
sem amor, na solidão,
como um cão?
não, como um cão, não,
não conhece tais tristezas,
tem muito mais defesas,
lida melhor com incertezas,
é indiferente a surpresas.
E digam lá, que diferença faz? meu Deus…
mas que diferença é que faz um coração,
um fígado, um rim ou um pulmão?
O órgão inocente à merçê de um ladrão,
tirado e roubado,
para ser devolvido
a quem tiver dinheiro
para a eles ter direito.
A missão é salvar vidas,
tudo o resto é desperdício,
que nem sempre estão vivas
as crianças que se deitam no lixo.
E já agora, que tem de diferente
para um morto de abandono
a escuridão proletária de um vasilhame,
e a indiferença inconveniente de um contentor?
E que diferença é que faz?
Ser abusado nas malhas
do erotismo do sol nascente,
ser violado na Índia,
ou raptado na China,
ou fuzilado em África,
ou caçado como um animal,
nas florestas das terras de França,
onde ricos senhores
tão pobres de espírito
que nem serviriam para caça,
se divertem no seu desporto
que trocam pelos restos do seu dinheiro.
ou trabalhar nas minas e nas lixeiras
de todo o mundo,
Que diferença é que faz?
de mar a mar
de continente a continente,
até que o sangue fique azul
como o dos príncipes e princesas,
de que nunca sequer se ouviu falar, é certo,
mas será assim tão diferente?
Mas digam lá, que diferença é que faz?
ser encarcerado na américa
separado da família
em jaulas comuns
à espera das decisões dos justos hipócritas
ou apenas de que nada aconteça.
Ser criança de g3,
colocado em vigília
ou de colete fechado
à espera da sua vez,
para honrar sua família,
nas guerras dos orientes
onde todos serão crentes,
matando, impuros, os inocentes.
Ou que diferença é que faz
ser comido por um pássaro faminto
enquanto se procura um grão de arroz
na mais estéril aridez,
às portas do deserto
enquanto se ouvem, já tardias,
as pás de um Helicóptero
a batucar um hino de Vivaldi,
ou a balbuciar repetidamente
“o que é o amor?”
O que é o amor?
O que é o amor?
Mas que diferença é que isso faz?
A ONU cumpre a preceito
o mais profundo respeito,
por todo e qualquer direito,
cada qual tem o seu jeito
e o tratado é um grande feito.
E todos os países incham e enobrecem
e assinam e reconhecem,
que todas as crianças merecem
e ainda que nelas, já moribundas, tropecem,
depressa, depressa e muitas, muitas vezes se esquecem.
Fernando Franco
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Encontro com a arte-poesia
terça-feira, 28 de janeiro de 2020
ENCONTRO COM A ARTE - FOTOGRAFIA
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Encontro com a Arte- Fotografia
segunda-feira, 27 de janeiro de 2020
ENCONTRO COM A ARTE - FOTOGRAFIAS PREMIADAS...
Dois Primeiros Prémios para NUNO SOUSA - COIMBRA
É com enorme prazer e alguma surpresa que vejo duas fotos minhas premiadas no Cinclus - festival de imagem de natureza. Dois primeiros prémios, uma na categoria aves e outro na categoria flora e fungos. Parabéns a todos os outros premiados. Quem me conhece sabe bem que ando nisto por paixão e não por prémios, aliás nunca tinha concorrido a nada antes. Em suma, foi um fim de semana muito enriquecedor, onde pude observar e encantar-me com o trabalho de excelentes fotógrafos.
É com enorme prazer e alguma surpresa que vejo duas fotos minhas premiadas no Cinclus - festival de imagem de natureza. Dois primeiros prémios, uma na categoria aves e outro na categoria flora e fungos. Parabéns a todos os outros premiados. Quem me conhece sabe bem que ando nisto por paixão e não por prémios, aliás nunca tinha concorrido a nada antes. Em suma, foi um fim de semana muito enriquecedor, onde pude observar e encantar-me com o trabalho de excelentes fotógrafos.
domingo, 26 de janeiro de 2020
A LÁGRIMA ...
Romário Baró
Ontem, em jogo muito disputado, o Futebol Clube do Porto a
grande referência desportiva do norte de Portugal, perdeu uma final de um
torneio irrelevante e sem carisma. Talvez tenha perdido bem. Os sócios e
simpatizantes portistas não gostaram, porque ninguém gosta de perder nem a
feijões. Mas na derrota sobressaiu o caráter de um treinador que não mendiga o
seu lugar e pediu a demissão. Mas em todo aquele caldo de emoções, algo que
terá escapado a muitos que se fixaram na televisão a ver a alegria de uns e o
rosto fechado de outros. Ele, um miúdo que joga como gente grande, verteu uma
lágrima de desgosto pela taça perdida. A generosidade de quem gosta da camisola
azul que veste. Afinal, aquela lágrima era uma pérola na Pedreira de Braga, um
hino a quem se bateu com raça por amor à instituição nortenha. A antítese da
religião do cifrão do profissional motivado apenas pelo salário gordo. O jovem
chama-se Romário Baró e tal como o Sporting Clube de Braga que se saúda pelo
êxito, será ele para mim simples espectador, o maior herói da noite fria de
Braga. Tu, Romário Baró, que estás nas mãos dos novos mercadores de escravos do
nosso século, poderás um dia rumar a outras paragens a contragosto. Mas és
Porto e um jogador à Porto. Por isso enalteço a grandeza dos teus sentimentos e a
forma límpida como andas no desporto profissional.
QP
COIMBRA DE OUTROS TEMPOS...
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Coimbra antiga
sábado, 25 de janeiro de 2020
EXPRESSÕES POPULARES - 2ª PARTE
EMBANDEIRAR EM ARCO
CAIR DA TRIPEÇA
FAZER TÁBUA RASA
Em dias de gala ou simplesmente festivos, os navios embandeiram em arco, isto é, içam pelas adriças ou cabos (vergueiros) de embandeiramento galhardetes, bandeiras e cometas quase até ao topo dos mastros, indo um dos seus extremos para a proa e outro para a popa. Assim são assinalados esses dias de regozijo ou se saúdam outros barcos que se manifestam da mesma forma.
CAIR DA TRIPEÇA
Significado: Qualquer coisa que, dada a sua velhice, se desconjunta facilmente.
Origem: A tripeça é um banco de madeira de três pés, muito usado na província, sobretudo junto às lareiras. Uma pessoa de avançada idade aí sentada, com o calor do fogo, facilmente adormece e tomba.
FAZER TÁBUA RASA
Significado: Esquecer completamente um assunto para recomeçar em novas bases.
Origem: A tabula rasa, no latim, correspondia a uma tabuinha de cera onde nada estava escrito. A expressão foi tirada, pelos empiristas, de Aristóteles, para assim chamarem ao estado do espírito que, antes de qualquer experiência, estaria, em sua opinião, completamente vazio. Também John Locke (1632 1704), pensador inglês, em oposição a Leibniz e Descartes, partidários do inatismo, afirmava que o homem não tem nem ideias nem princípios inatos, mas sim que os extrai da vida, da experiência. «Ao começo», dizia Locke, «a nossa alma é como uma tábua rasa, limpa de qualquer letra e sem ideia nenhuma. Tabula rasa in qua nihil scriptum. Como adquire, então, as ideias? Muito simplesmente pela experiência
AVE DE MAL AGOURO
Significado: Diz-se de pessoa portadora de más notícias ou que, com a sua presença, anuncia desgraças.
Origem: O conhecimento do futuro é uma das preocupações inerentes ao ser humano. Quase tudo servia para, de maneiras diversas, se tentar obter esse conhecimento. As aves eram um dos recursos que se utilizava. Para se saberem os bons ou maus auspícios (avis spicium) consultavam-se as aves. No tempo dos áugures romanos, a predição dos bons ou maus acontecimentos era feita através da leitura do seu voo, canto
ou entranhas. Os pássaros que mais atentamente eram seguidos no seu voo, ouvidos nos seus cantos e aos quais se analisavam as vísceras eram a águia, o abutre, o milhafre, a coruja, o corvo e a gralha. Ainda hoje perdura, popularmente, a conotação funesta com qualquer destas aves
VERDADE DE LA PALISSE
Significado: Uma verdade de La Palice (ou lapalissada / lapaliçada) é evidência tão grande, que se torna ridícula.
Origem: O guerreiro francês Jacques de Chabannes, senhor de La Palice (1470-1525), nada fez para denominar hoje um truísmo. Fama tão negativa e multissecular deve-se a um erro de interpretação.
Na sua época, este chefe militar celebrizou-se pela vitória em várias campanhas. Até que, na batalha de Pavia, foi morto em pleno combate. E os soldados que ele comandava, impressionados pela sua valentia, compuseram em sua honra uma canção com versos ingénuos:
"O Senhor de La Palice / Morreu em frente a Pavia; / Momentos antes da sua morte, / Podem crer, inda vivia."
O autor queria dizer que Jacques de Chabannes pelejara até ao fim, isto é, "momentos antes da sua morte", ainda lutava. Mas saiu-lhe um truísmo, uma evidência. Segundo a enciclopédia Lello, alguns historiadores consideram esta versão apócrifa. Só no século XVIII se atribuiu a La Palice um estribilho que lhe não dizia respeito. Portanto, fosse qual fosse o intuito dos versos, Jacques de Chabannes não teve culpa.
Nota: Em Portugal, empregam-se as duas grafias: La Palice ou La Palisse
TER OUVIDOS DE TÍSICO
Significado: Ouvir muito bem.
Origem: Antes da II Guerra Mundial (l939 a l945), muitos jovens sofriam de uma doença denominada tísica, que corresponde à tuberculose. A forma mais mortífera era a tuberculose pulmonar.
Com o aparecimento dos antibióticos durante a II Guerra Mundial, foi possível combater esta doença com muito maior êxito.
As pessoas que sofrem de tuberculose pulmonar tornam-se muito sensíveis, incluindo uma notável capacidade auditiva. A expressão «ter ouvidos de tísico» significa, portanto, «ouvir tão bem como aqueles que sofrem de tuberculose pulmonar».
COMER MUITO QUEIJO
Significado; ser esquecido; Ter má Memória
Origem: A origem desta expressão portuguesa pode explicar-se pela relação de causalidade que, em séculos anteriores, era estabelecida entre a ingestão de lacticínios e a diminuição de certas faculdades intelectuais, especificamente a memória.
A comprovar a existência desta crença existe o excerto da obra do padre Manuel Bernardes "Nova Floresta", relativo aos procedimentos a observar para manter e exercitar a memória: «Há também memória artificial da qual uma parte consiste na abstinência de comeres nocivos a esta faculdade, como são lacticínios, carnes salgadas, frutas verdes, e vinho sem muita moderação: e também o demasiado uso do tabaco».
Sabe-se hoje, através dos conhecimentos provenientes dos estudos sobre memória e nutrição, que o leite e o queijo são fornecedores privilegiados de cálcio e de fósforo, elementos importantes para o trabalho cerebral. Apesar do contributo da ciência para desmistificar uma antiga crença popular, a ideia do queijo como alimento nocivo à memória ficou cristalizada na expressão fixa "comer (nuito) queijo".
ACORDO LEONINO
Significado: Um «acordo leonino» é aquele em que um dos contratantes aceita condições desvantajosas em relação a outro contratante que fica em grande vantagem. Origem: «Acordo leonino» é, pois, uma expressão retórica sugerida nomeadamente pelas fábulas em que o leão se revela como todo-poderoso
QUE MASSADA!
Significado: Exclamação usada para referir uma tragédia ou contra-tempo.
Origem: É uma alusão à fortaleza de Massada na região do Mar Morto, Israel, reduto de Zelotes, onde permaneceram anos resistindo às forças romanas após a destruição do Templo em 70 d.C., culminando com um suicídio colectivo para não se renderem, de acordo com relato do historiador Flávio Josefo.
PASSAR A MÃO PELA CABEÇA
Significado: perdoar ou acobertar erro cometido por algum protegido.
Origem: Costume judaico de abençoar cristãos-novos, passando a mão pela cabeça e descendo pela face, enquanto se pronunciava a bênção.
GATOS-PINGADOS
Significado: Tem sentido depreciativo usando-se para referir uma suposta inferioridade (numérica ou institucional), insignificância ou irrelevância.
Origem: Esta expressão remonta a uma tortura procedente do Japão que consistia em pingar óleo a ferver em cima de pessoas ou animais, especialmente gatos. Existem várias narrativas ambientais na Ásia que mostram pessoas com os pés mergulhados num caldeirão de óleo quente. Como o suplício tinha uma assistência reduzida, tal era a crueldade, a expressão "gatos pingados" passou a denominar pequena assistência sem entusiasmos ou curiosidade para qualquer evento.
METER UMA LANÇA EM ÁFRICA
Significado: Conseguir realizar um empreendimento que se afigurava difícil; levar a cabo uma empresa difícil.
Origem: Expressão vulgarizada pelos exploradores europeus, principalmente portugueses, devido às enormes dificuldades encontradas ao penetrar o continente africano. A resistência dos nativos causava aos estranhos e indesejáveis visitantes baixas humanas. Muitas vezes retrocediam face às dificuldades e ao perigo de serem dizimados pelo inimigo que eles mal conheciam e, pior de tudo, conheciam mal o seu terreno. Por isso, todos aqueles que se dispusessem a fazer parte das chamadas "expedições em África", eram considerados destemidos e valorosos militares, dispostos a mostrar a sua coragem, a guerrear enfrentando o incerto, o inimigo desconhecido. Portanto, estavam dispostos a " meter uma lança em África".
QUEIMAR AS PESTANAS
Significado: Estudar muito.
Origem: Usa-se ainda esta expressão, apesar de o facto real que a originou já não ser de uso. Foi, inicialmente, uma frase ligada aos estudantes, querendo significar aqueles que estudavam muito. Antes do aparecimento da electricidade, recorria-se a uma lamparina ou uma vela para iluminação. A luz era fraca e, por isso, era necessário colocá-las muito perto do texto quando se pretendia ler o que podia dar azo a " queimar as pestanas".
Origem: O conhecimento do futuro é uma das preocupações inerentes ao ser humano. Quase tudo servia para, de maneiras diversas, se tentar obter esse conhecimento. As aves eram um dos recursos que se utilizava. Para se saberem os bons ou maus auspícios (avis spicium) consultavam-se as aves. No tempo dos áugures romanos, a predição dos bons ou maus acontecimentos era feita através da leitura do seu voo, canto
ou entranhas. Os pássaros que mais atentamente eram seguidos no seu voo, ouvidos nos seus cantos e aos quais se analisavam as vísceras eram a águia, o abutre, o milhafre, a coruja, o corvo e a gralha. Ainda hoje perdura, popularmente, a conotação funesta com qualquer destas aves
VERDADE DE LA PALISSE
Significado: Uma verdade de La Palice (ou lapalissada / lapaliçada) é evidência tão grande, que se torna ridícula.
Origem: O guerreiro francês Jacques de Chabannes, senhor de La Palice (1470-1525), nada fez para denominar hoje um truísmo. Fama tão negativa e multissecular deve-se a um erro de interpretação.
Na sua época, este chefe militar celebrizou-se pela vitória em várias campanhas. Até que, na batalha de Pavia, foi morto em pleno combate. E os soldados que ele comandava, impressionados pela sua valentia, compuseram em sua honra uma canção com versos ingénuos:
"O Senhor de La Palice / Morreu em frente a Pavia; / Momentos antes da sua morte, / Podem crer, inda vivia."
O autor queria dizer que Jacques de Chabannes pelejara até ao fim, isto é, "momentos antes da sua morte", ainda lutava. Mas saiu-lhe um truísmo, uma evidência. Segundo a enciclopédia Lello, alguns historiadores consideram esta versão apócrifa. Só no século XVIII se atribuiu a La Palice um estribilho que lhe não dizia respeito. Portanto, fosse qual fosse o intuito dos versos, Jacques de Chabannes não teve culpa.
Nota: Em Portugal, empregam-se as duas grafias: La Palice ou La Palisse
TER OUVIDOS DE TÍSICO
Significado: Ouvir muito bem.
Origem: Antes da II Guerra Mundial (l939 a l945), muitos jovens sofriam de uma doença denominada tísica, que corresponde à tuberculose. A forma mais mortífera era a tuberculose pulmonar.
Com o aparecimento dos antibióticos durante a II Guerra Mundial, foi possível combater esta doença com muito maior êxito.
As pessoas que sofrem de tuberculose pulmonar tornam-se muito sensíveis, incluindo uma notável capacidade auditiva. A expressão «ter ouvidos de tísico» significa, portanto, «ouvir tão bem como aqueles que sofrem de tuberculose pulmonar».
COMER MUITO QUEIJO
Significado; ser esquecido; Ter má Memória
Origem: A origem desta expressão portuguesa pode explicar-se pela relação de causalidade que, em séculos anteriores, era estabelecida entre a ingestão de lacticínios e a diminuição de certas faculdades intelectuais, especificamente a memória.
A comprovar a existência desta crença existe o excerto da obra do padre Manuel Bernardes "Nova Floresta", relativo aos procedimentos a observar para manter e exercitar a memória: «Há também memória artificial da qual uma parte consiste na abstinência de comeres nocivos a esta faculdade, como são lacticínios, carnes salgadas, frutas verdes, e vinho sem muita moderação: e também o demasiado uso do tabaco».
Sabe-se hoje, através dos conhecimentos provenientes dos estudos sobre memória e nutrição, que o leite e o queijo são fornecedores privilegiados de cálcio e de fósforo, elementos importantes para o trabalho cerebral. Apesar do contributo da ciência para desmistificar uma antiga crença popular, a ideia do queijo como alimento nocivo à memória ficou cristalizada na expressão fixa "comer (nuito) queijo".
ACORDO LEONINO
Significado: Um «acordo leonino» é aquele em que um dos contratantes aceita condições desvantajosas em relação a outro contratante que fica em grande vantagem. Origem: «Acordo leonino» é, pois, uma expressão retórica sugerida nomeadamente pelas fábulas em que o leão se revela como todo-poderoso
QUE MASSADA!
Significado: Exclamação usada para referir uma tragédia ou contra-tempo.
Origem: É uma alusão à fortaleza de Massada na região do Mar Morto, Israel, reduto de Zelotes, onde permaneceram anos resistindo às forças romanas após a destruição do Templo em 70 d.C., culminando com um suicídio colectivo para não se renderem, de acordo com relato do historiador Flávio Josefo.
PASSAR A MÃO PELA CABEÇA
Significado: perdoar ou acobertar erro cometido por algum protegido.
Origem: Costume judaico de abençoar cristãos-novos, passando a mão pela cabeça e descendo pela face, enquanto se pronunciava a bênção.
GATOS-PINGADOS
Significado: Tem sentido depreciativo usando-se para referir uma suposta inferioridade (numérica ou institucional), insignificância ou irrelevância.
Origem: Esta expressão remonta a uma tortura procedente do Japão que consistia em pingar óleo a ferver em cima de pessoas ou animais, especialmente gatos. Existem várias narrativas ambientais na Ásia que mostram pessoas com os pés mergulhados num caldeirão de óleo quente. Como o suplício tinha uma assistência reduzida, tal era a crueldade, a expressão "gatos pingados" passou a denominar pequena assistência sem entusiasmos ou curiosidade para qualquer evento.
METER UMA LANÇA EM ÁFRICA
Significado: Conseguir realizar um empreendimento que se afigurava difícil; levar a cabo uma empresa difícil.
Origem: Expressão vulgarizada pelos exploradores europeus, principalmente portugueses, devido às enormes dificuldades encontradas ao penetrar o continente africano. A resistência dos nativos causava aos estranhos e indesejáveis visitantes baixas humanas. Muitas vezes retrocediam face às dificuldades e ao perigo de serem dizimados pelo inimigo que eles mal conheciam e, pior de tudo, conheciam mal o seu terreno. Por isso, todos aqueles que se dispusessem a fazer parte das chamadas "expedições em África", eram considerados destemidos e valorosos militares, dispostos a mostrar a sua coragem, a guerrear enfrentando o incerto, o inimigo desconhecido. Portanto, estavam dispostos a " meter uma lança em África".
QUEIMAR AS PESTANAS
Significado: Estudar muito.
Origem: Usa-se ainda esta expressão, apesar de o facto real que a originou já não ser de uso. Foi, inicialmente, uma frase ligada aos estudantes, querendo significar aqueles que estudavam muito. Antes do aparecimento da electricidade, recorria-se a uma lamparina ou uma vela para iluminação. A luz era fraca e, por isso, era necessário colocá-las muito perto do texto quando se pretendia ler o que podia dar azo a " queimar as pestanas".
sexta-feira, 24 de janeiro de 2020
COIMBRA DE OUTROS TEMPOS....
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Noticias de Coimbra
quarta-feira, 22 de janeiro de 2020
ESTAVA UM FRIO DE RACHAR....
Estava um frio de rachar! Pior do que quando tudo cobria de neve. A geada formara cristais de estalactites dependuradas dos beirais dos telhados e qualquer poça de água era um vidro de gelo. As pessoas embrulhavam-se como podiam: mulheres de lenço e xale de lã e os homens de calça de burel e samarra com gola de pêlo de borrego.
Na cozinha crepitava a fornalha com grandes achas de pinheiro, secas desde o Verão anterior. Sob a grande camilha amorteciam as brasas, que a mãe ia retirando da fornalha para a enorme braseira de cobre, apoiada no estrado, onde discutíamos um lugar para pôr os pés. A mãe colocara uma manta de papa sobre a mesa que caía sobre as nossas pernitas enregeladas. Tínhamos começado a jogar o estanderete quando se começou a ouvir um harmonioso coro de vozes, ferrinhos, panderetas e adufes
.
Esta malta aqui chegada
Com este frio de rachar
Não podia nem por nada
Deixar de vos vir saudar
Vimos cantar as Janeiras
Como manda a tradição
Tragam-nos lá umas alheiras
Ou mesmo um salpicão
Não nos deixem aqui ao frio
Sem uma pinga de jeropiga
É que a água do rio
Até nos gela a barriga
Se nos abrirem a porta
Repartimos o que temos
Com este frio que corta
Todos juntos penamos menos
Meu pai conheceu as vozes e foi abrir. Uns sentaram-se no chão de tabuado, coberto de mantas. Outros sentaram-se num banco corrido perto do fogão de lenha. E entre uns copinhos de vinho, umas rodelas de farinheira assada, umas rodelinhas de chouriço e pequenas fatias de pão centeio, foram cantando até de madrugada as quadras de elogio que haviam ensaiado dias antes. Depois, o meu pai quis mostrar como a filha era pronta a improvisar ...Todo embevecido, sentou-me nos joelhos e cantei:
Obrigada, Senhores
Por nos cantarem as Janeiras
Cuidado quando vos fordes
Não caiam nas escaleiras
Vejam que ninguém tropece
No caminho para a aldeia
É que o céu já escurece
Não se vos apague a candeia
Depois de muito rir, houve os desejos de bom Ano Novo, as despedidas e uma alegria imensa para recordar.
Texto de
Georgina Ferro
Na cozinha crepitava a fornalha com grandes achas de pinheiro, secas desde o Verão anterior. Sob a grande camilha amorteciam as brasas, que a mãe ia retirando da fornalha para a enorme braseira de cobre, apoiada no estrado, onde discutíamos um lugar para pôr os pés. A mãe colocara uma manta de papa sobre a mesa que caía sobre as nossas pernitas enregeladas. Tínhamos começado a jogar o estanderete quando se começou a ouvir um harmonioso coro de vozes, ferrinhos, panderetas e adufes
.
Esta malta aqui chegada
Com este frio de rachar
Não podia nem por nada
Deixar de vos vir saudar
Vimos cantar as Janeiras
Como manda a tradição
Tragam-nos lá umas alheiras
Ou mesmo um salpicão
Não nos deixem aqui ao frio
Sem uma pinga de jeropiga
É que a água do rio
Até nos gela a barriga
Se nos abrirem a porta
Repartimos o que temos
Com este frio que corta
Todos juntos penamos menos
Meu pai conheceu as vozes e foi abrir. Uns sentaram-se no chão de tabuado, coberto de mantas. Outros sentaram-se num banco corrido perto do fogão de lenha. E entre uns copinhos de vinho, umas rodelas de farinheira assada, umas rodelinhas de chouriço e pequenas fatias de pão centeio, foram cantando até de madrugada as quadras de elogio que haviam ensaiado dias antes. Depois, o meu pai quis mostrar como a filha era pronta a improvisar ...Todo embevecido, sentou-me nos joelhos e cantei:
Obrigada, Senhores
Por nos cantarem as Janeiras
Cuidado quando vos fordes
Não caiam nas escaleiras
Vejam que ninguém tropece
No caminho para a aldeia
É que o céu já escurece
Não se vos apague a candeia
Depois de muito rir, houve os desejos de bom Ano Novo, as despedidas e uma alegria imensa para recordar.
Texto de
Georgina Ferro
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Encontro com a arte-conto
terça-feira, 21 de janeiro de 2020
segunda-feira, 20 de janeiro de 2020
NOTÍCIAS DO BAIRRO -PASSAGEM DO CICLONE "GLÓRIA"
NOTÍCIAS DO BAIRRO NORTON DE MATOS - ZONA COMERCIAL
Devido a obras de requalificação dos prédios da Pastelaria Vasco da Gama, o estabelecimento FLORES E AMBIENTES de ANA OLIVEIRA, está agora localizada na extremidade do conjunto dos edificios, esquina com a Rua Carvalho Araújo.
Edificio renovado e onde já estiveram a mercearia do Sr Alípio, depois mercearia Sr
Nunes e por fim Farmácia Silva Soares
Edificio renovado e onde já estiveram a mercearia do Sr Alípio, depois mercearia Sr
Nunes e por fim Farmácia Silva Soares
sábado, 18 de janeiro de 2020
BANDA MACADAME - APRESENTAÇÃO NOVO CD ...
AUTO DE PAIXÃO DE
M A R I A N A
Foi neste novo espaço TURISTICO que o CD foi apresentado, em cujo terraço no último andar, foi tirada esta foto sobre a PRAÇA DO COMÉRCIO E TORRE DA UNIVERSIDADE
APRESENTAÇÃO DO CD
M A R I A N A
Foi neste novo espaço TURISTICO que o CD foi apresentado, em cujo terraço no último andar, foi tirada esta foto sobre a PRAÇA DO COMÉRCIO E TORRE DA UNIVERSIDADE
APRESENTAÇÃO DO CD
"UM ESPAÇO COOLA BOOLA!
"Coola Boola é um termo dos EUA e antigo, que descrevia algo espectacular, único, super,um pouco mais do que cool
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Notícias de Coimbra
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