quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O NOVO BOMBO EM TRAJE DE VIAGEM!

Quero estar protegido de São Hermes 
e seus amigos do alheio! 

Agora tenho uma capa nova
Feita na moda
Para te guardar!


Estilista: Celeste Maria



UM MOMENTO ...

O real e o virtual ...

Um abraço para ambos ...

Q.P.


Street Art

Para apreciadores.

LICOR BEIRÃO - NOVA CAMPANHA

Merkel e Sarkozy nos anúncios do Licor Beirão

A campanha de Natal do Licor Beirão apresenta Angela Merkel e Nicolas Sarkozy com uma garrafa de Licor Beirão. Nos anúncios, a marca informa os líderes da Alemanha e da França que os portugueses estão a esforçar-se em combater a crise do país. A campanha arranca segunda-feira, 28 de Novembro, em exterior, imprensa e internet. A criatividade é da Uzina, agência que já tinha criado as peças em que Paulo Futre protagonizava a publicidade do Licor







terça-feira, 29 de novembro de 2011

GARE DO ORIENTE



Surpresa oferecida pela Sociedade Portuguesa de Pneumologia e Fundação do Pulmão a quem passava na Gare do Oriente.
Sugerido por Teresa Pinto Mendes, com referência a Rui Pato.

MARIA SILVA ...

escura era a noite ...


MARIA SILVA, empurrou a porta do velho casebre, com a lenha que trazia no regaço. Nos braços magros, aconchegava as cavacas que eram a alma da fogueira. Pelas paredes da pequena cozinha, diluía - se o clarão amarelado do braseiro, que dava a cada objeto um perfil fantasmagórico. Há muito, que a noite se derramara sobre os campos. A silhueta de Maria, sentada no pequeno mocho de cortiça, confundia-se com o negrume da pedra da lareira, defumada pelo uso. O lenço preto atado na cabeça e o vestuário a condizer, eram sinónimo da ausência do marido. O Manuel, fora mineiro. Feria as entranhas da terra com uma picareta, na procura de volfrâmio. No inicio, todas as semanas regressava ao lar, calcorreando os atalhos da serra pela orvalhada ou nos dias clamorosos de calor, ao som do cantar das cigarras. Vinha trazer a féria, que era o sustento da mulher e do tenro ser, que não nascera em berço de prata. Era a vaca que pastava na planície, que fornecia o leite, para o sustento do rebento. Ao longo dos anos, o Manuel trabalhou na mina. Porém, a juventude, partira. As idas a casa, eram agora mais espaçadas. O calcorrear das mais de quatro dezenas de quilómetros entre a aldeia de Salgueiro e a Panasqueira, tornara-se um martírio. Mesmo quando vinham em grupos de sete e oito, cantando pelo caminho, na fé de se animarem uns aos outros. Um dia, o Manuel cuspiu sangue. Mas continuou a trabalhar. Era a necessidade que o empurrava para o abismo . Aquele terrível pó nos pulmões, que, em passos silenciosos, lhe destruia a alma antes de lhe consumir o corpo.
Era nisto que Maria Silva meditava, enquanto mexia o caldo na panela de ferro, lambida pela língua escarlate do fogo acolhedor. Depois levava a colher de pau à boca, saboreando o caldo de couves, aguardando, pacientemente, que a magra refeição estivesse pronta. Então, levantou-se, pesadamente. Na mesa de toalha alva e fina, colocou um prato, uma colher e um naco de pão de centeio. Num sussurro, chamou o filho, rapaz já espigado, para a refeição. Do humilde catre, o Luís levantou-se, estremunhado. Vestiu as calças e o pesado casaco para os rigores do inverno. Sorveu a sopa, cabisbaixo, e alguém bateu à porta. Pelo vozear, percebeu que eram os seus companheiros da mina, que o esperavam para a caminhada noturna, de regresso ao poço, naquele domingo soturno. Acabou a sopa em silêncio e benzeu-se. No baraço que servia de cinto das calças, atou a taleiga, com a merenda para a viagem. Na soleira da porta, beijou a mãe com ternura e partiu na peugada dos companheiros. A mina, a herança maldita, passava agora de pai para filho. Maria Silva, ficou especada na porta, num pranto surdo, até ver o seu único alento na vida desaparecer, tragado pelas sombras, na curva do caminho.
Escura era a noite, naquele gélido mês de Janeiro, do inicio da década de cinquenta.
Q.P.

BIBLIOTECA "ENCONTRO DE GERAÇÕES" Contos da Daisy

LADRÃO!...

Estava sentada à noite no terraço,
num pequenino banco de marfim,
e as minhas mãos pousadas no regaço,
eram pálidas manchas de cetim…

De súbito, um clarão cortou o espaço
Iluminando as sombras do jardim!
Eu, fiquei prisioneira dum abraço.
Eras tu que chegava junto de mim.

Ergui as mãos, emoldurei teu rosto
e murmurei, num ritmo de oração,
com os teus lábios fortes sobre os meus:

Amado meu, chego a sentir desgosto…
Pois que afinal não passas de um ladrão,
roubaste ao sol a luz dos olhos teus!



Um Legado de Petrarca
   (Sonetos)

Natália Queirós

Nota: NATÁLIA QUEIRÓS, nascida em Lisboa e radicada há longa
data em COIMBRA, licenciada em Direito ingressa a seu tempo
na judicatura judicial, função de que ora se encontra jubililada..
Independentemente das várias tarefas e funções que vem exercendo teve,                                     desde sempre, a imperiosa necessidade de escrever (não só poesia) .
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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

NUMA TARDE DE VERÃO...

Dona de um par de olhos amendoados, doces como mel, e de uma silhueta escultural no viço da juventude, a Telma morava na Rua da Guiné. Quedava-se longo tempo na varanda do 1º andar da sua casa, apoiada nos cotovelos, as mãos no rosto bonito, ligeiramente inclinada para a frente, olhando a rua.
Deixava antever uma nesga do colo alvo, meio encoberto pela blusa de tecido fino, sedoso, que lhe protegia as duas perfeitas colinas dos seus seios, plantadas na planície ondulada do  corpo elegante.
Por entre as frinchas retorcidas dos prumos de ferro forjado da varanda, entreviam-se até aos joelhos, as pernas firmes, que algum artista divino devia ter esculpido e burilado em momento de excepcional inspiração, aconchegadas pela saia que um golpe de vento de vez em quando destapava.
Retribuía com um sorriso disfarçado, os olhares gulosos dos jovens que por ali passavam para a ver.
O João, era de todos o mais afoito. Não resistia aos encantos da Telma e já não conseguia disfarçar a atracção fatal que ela exercia sobre ele. Amiúde circulava por ali, tocando a campainha da bicicleta para lhe chamar a atenção, sorrindo-lhe e acenando um adeus enquanto acelerava rua abaixo.
Numa dessas vezes, sem nunca desviar o olhar da sua amada, montado na veloz bicicleta, galgou o passeio e foi embater fragorosamente no poste de iluminação que ficava em frente à casa dela. Combalido, o João levantou-se, tentou endireitar a roda da frente feita num oito e foi-se afastando a coxear.
Envergonhado, ainda ouviu a Telma dizer-lhe, lá de cima, a rir:
- Já és o terceiro, hoje, que se estampa nesse poste! Mas os outros dois vinham a pé...

Rui Felício

domingo, 27 de novembro de 2011

PATRIMÓNIO DA HUMANIDADE

Eu toco e canto PATRIMÓNIO DA HUMANIDADE...:))

"CASTELÃO...MUDEI-TE O BOMBO!



ANTES





DEPOIS






Também DEPOIS...com "MACETA"
esta foto dedicada ao Bianinha
foto que acompahava o bombo, vindo de Lavacolhos




O meu bombo vermelhinho,
companheiro de folias,
trajado sempre à maneira!
Partiu, sem deixar rasto,
de forma misteriosa,
no meio de Grande Encontro,
de gente tão amorosa.

Será que está feliz
com uma alma gaiteira
danada p´rá brincadeira?!

Agora tenho um novo,
afinadinho a preceito,
trabalhado por mão de artista,
artesão de Lavacolhos.
Já ninguém lhe deita a mão.
Ouçam-no com atenção
e mirem-no…só com os olhos


colaboração de Celeste Maria

FADO PATRIMÓNIO IMATERIAL DA HUMANIDADE DA UNESCO

 HOJE-DOMINGO SE SABERÁ O RESULTADO!



Decisão aprovada
O fado já é património mundial



Depois de uma espera de quase dois dias, a candidatura portuguesa foi finalmente aprovada )
 A notícia chegou via SMS: “O Fado já é património imaterial da humanidade”. Sara Pereira, directora do Museu do Fado, estava sentada na sala onde o comité intergovernamental da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) esteve a votar as candidaturas a património cultural imaterial da humanidade, em Bali, na Indonésia, quando o resultado da votação foi anunciado e enviou a mensagem.

PARABÉNS!
SERÁ QUE FADO HÁ SÓ UM...O DE LISBOA E MAIS NENHUM?



FADO PATRIMÓNIO IMATERIAL DA HUMANIDADE

Fado, nascido de circunstâncias populares da Lisboa do século XIX, fez parte de todo um enredo de "convívio e lazer" marcado pela vulgaridade "espontânea" da vida diária da época. Cantado nas "hortas, tabernas, nas ruas e vielas (...)", o Fado foi em tempos associado "a contextos sociais pautados pela marginalidade e transgressão".
Segundo o Museu do Fado, esta associação às esferas mais marginais da sociedade da época "ditar-lhe-ia uma vincada rejeição pela parte da intelectualidade portuguesa", algo que já não vemos acontecer hoje.
"Ultrapassando as barreiras da cultura e da língua, com Amália o Fado consagrar-se-ia definitivamente como um ícone da cultura nacional. Durante décadas e até à data da sua morte, em 1999, caberia a Amália Rodrigues, o protagonismo a nível nacional e internacional".
Hoje, cabe à fadista Mariza o papel de embaixadora da candidatura do Fado a Património Imaterial da Humanidade, que o VI Comité Inter-Governamental da UNESCO analisará a partir de hoje e até dia 27 (domingo), em Bali, na Indonésia e durante a qual se decidirão as candidaturas distinguidas.
Nomeada pelo ex-presidente da Câmara de Lisboa, Pedro Santana Lopes, Mariza defendeu que "um povo só é conhecido pela sua cultura" e, caso esta distinção seja outorgada ao Fado, "talvez nós portugueses possamos ter um orgulho maior naquilo que somos".
O comité é presidido pelo embaixador da Indonésia junto da UNESCO (ONU para a Ciência, Educação e Cultura), Aman Wirakartakusumah, e é constituído por 24 países, entre eles, Espanha, Quénia, Japão e Venezuela.


 ENTÃO E O FADO DE COIMBRA?

E Hilário, Menano, Edmundo Bettencourt, Luís Góis, Almeida Santos, Fernando Rolim, Zeca Afonso, Adriano, António  Ataíde, Rui  Lucas, Calos Carranca, Flávio Rodrigues, Carlos Paredes António Portugal, António Brojo, Durval Moreirinhas, Octávio Sérgio, Rui Pato, António Jesus, Carlos Jesus, Humberto Matias e muitos outros cantores e guitarristas que tornaram o fado de Coimbra conhecido em todo o mundo?




sexta-feira, 25 de novembro de 2011

REVISTA DA IMPRENSA - DIÁRIO DAS BEIRAS

06H45 DA MADRUGADA DO DIA 25




O Cortejo dos Archotes começa na Porta Férrea  à MEIA NOITE, após as 12 badaladas.
A data será também celebrada pela Associação dos Antigos Estudantes de Coimbra em Lisboa. Como é habitual, a associação comemora a data no Casino Estoril.
Este ano será no próximo dia 26 (sábado), num evento que conta com a presença do reitor da UC, de representantes das diversas secções, grupos corais, de fado e, claro, antigos estudantes da Universidade de Coimbra.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

NOTÍCIAS DO BAIRRO - CNM



PENTAX NA "BOLA"




Na Pré-epoca o Benfica não foi além de uma derrota pela diferença mínima (2-1) contra o Dijon, clube recém promovido ao primeiro escalão do futebol francês, só agora percebi porquê.....

A ARANHA VERMELHA

Um dos bichinhos que vão dando cabo das árvores...

OLHE ... TOME UM MELHORAL ...

... o amor tem destas coisas ...


Aquela era uma Repartição do Estado, na cidade Coimbra. Tinha uma situação privilegiada, a dois passos da Praça da República. Mas não só. Estava implantada numa magnífica vivenda de dois andares na Rua Antero de Quental. Junto ao passeio, duas enormes portadas verdes – a cor viçosa das florestas - que davam acesso às garagens dos carros e jeeps da Instituição. Ao subir a escadaria, entrava-se na Repartição por uma porta envidraçada e, ao fundo do corredor, um pequeno compartimento, com uma mesa de tampo de vidro e uma cadeira. E é aí que vamos encontrar o Celestino, vestido de farda azul com botões amarelos. Era o auxiliar da casa. Tinha cara de corsário e um nariz comprido, à moda do Pinóquio. Sim, de Pinóquio. Porque, de facto, o Celestino era muito mentiroso, fama de que nunca se livrou. E uma manha digna de um vendedor da “banha – da – cobra”. Valia-se daqueles “preciosos” atributos, para enganar o Engenheiro Moreira, homem de boa – fé, que em todos acreditava. O Engenheiro , era muito respeitado por todos os funcionários, pelo seu espírito cordato e inabalável seriedade. Daí, a frustração e irritação de todos os colaboradores, quando o Celestino simulava doenças para se ausentar do serviço. O expediente era sempre o mesmo: de manhã, o Celestino mal via abrir-se a porta envidraçada da Repartição e se apercebia que era o Chefe, deitava a cabeça em cima do tampo da secretária e fazia um esgar de sofrimento. O Moreira, ao vê-lo assim, dizia-lhe com a sua voz fanhosa: “ óh Celestino, você deve estar muito mal coitado, o melhor é ir para casa !!!”. Era o que o Celestino queria ouvir! Agradecia ao Engenheiro a dispensa, arrastava-se pelo corredor com cara de Cristo, mas mal dobrava os portões da rua, era vê-lo a correr pela Rua Tenente Valadim abaixo, em direcção à Estação Nova, onde ia ganhar uns cobres a carregar e descarregar camionetas. Um dia, as coisas agudizaram-se. Numa das suas incursões pela Baixinha de Coimbra, o Celestino entrou numa tasca e o coração deu -lhe um baque. Ao balcão, a servir brancos e tintos, estava uma mulheraça, de peito avantajado e braços de jibóia. E o Celestino não resistiu. Apaixonou-se por ela !!!. Disse quem via, que entre tintos, brancos, bagaços e jeropigas, os diálogos entre os amantes eram autênticos sonetos de Camões. Sim, porque a viúva do “Zé do Vinho”, nestas coisas de deitar lenha nos achaques do coração, era uma verdadeira Dama das Camélias, mal comparado, já se vê. Não havia bêbado que abrisse as portadas do “saloon” do Terreiro da Erva, que não se enfeitiçasse por ela. Assim, do lado de lá do balcão, sempre barricada contra qualquer investida, a dama esvaziava os bolsos dos incautos. E também do Celestino, of course. Que fazer?! … o amor tem destas coisas !!!. Depois, a situação complicou-se. O Celestino, em órbita com os fervores da paixão, começou a exagerar nas doenças simuladas, para correr para os braços da sua amada. Não corria nada!!!. Mal lá chagava, batia com a barriga e outros adereços contra a rigidez do balcão, enquanto ela, do lado de lá, lhe pedia os míseros cobres que ele tinha no fundo dos bolsos sujos. Mas, naquele dia, o Celestino estava louco para a ver. Logo que apareceu o engenheiro, derramou-se ao comprido pela secretária. Expectante, esperou pela palavra condoída do Moreira. Venceu. O chefe abeirou-se dele, com aquele seu ar preocupado. O Celestino, puxou então de um lenço encardido amarelo, passou-o pela testa e pelo pescoço e ganiu: “ai senhor engenheiro, que terrível dor de cabeça, devo estar a arder em febre”. Por segundos, o Moreira ficou a fitá-lo. Depois, meteu a mão ao bolso, atirou para cima da mesa uma caixa e disse - lhe: “ olhe Celestino, tome estes comprimidos de Melhoral … vai ver como a febre lhe passa “. Acto contínuo, subiu a escadaria atapetada de vermelho para o segundo andar e fechou-se no gabinete.
Q.P.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

SOBREVIVÊNCIA!

 No outono da vida!



As folhas voaram, caíram no chão.
Os moinhos quedaram-se.
Esperam a brisa da primavera para poderem girar.
As pombas, buscam as migalhas.
Voarão sobre o Mondego, levando os sonhos de uma esperança, difícil de acreditar.





Texto/comentário de Celeste Maria

Foto: F. Rafael -11 horas do dia 20 de Novembro,num domingo chuvoso e cinzento

16º Encontra-a-Funda - Santa Bebiana em Caria


São 8 anos de blog «a funda São» e é o momento do 16º Encontra-a-Funda.
Desta vez, vamos às Festas da Santa Bebiana, em Caria. Na página do Encontro explico o que é este testemunho etnográfico das antigas festas báquicas pagãs, que celebra a devoção por Santa Bebiana, a padroeira dos bêbedos. Depois de ter sido proibida pela igreja católica durante séculos, com o 25 de Abril a tradição foi recuperada. Por entre procissões, chocalhos, sermões irónicos e archotes de palha, ouvem-se as rezas da festa…

O Credo dos Ébrios
“Creio no álcool a 36 graus, Todo-Poderoso e criador de formidáveis carraspanas. Creio na aguardente, sua filha, e minha esposa predilecta, a qual foi concebida por obra e graça do alambique, nasceu da puríssima cana e padeceu sob o pisão dos moinhos. Foi derramada e sepultada num casco, ao terceiro dia surgiu da garrafa e subiu graciosa e triunfante à caixa dos pirolitos. Escoou o fundo da caldeira e está no tonel bem rolhada, estando à mão direita das barbas do bagaço, de onde há-de vir alegrar uma grande pândega sem fim; dar vistas aos grandes e pequenos, ricos e pobres, doutores e burgueses, santos e diabos. Portanto creio na repetição da pinga, na santa vindima anual, na comunicação dos irmãos do esgota, na renovação das pipas vazias, na bebedeira eterna. Ámen”

O Pai Nosso do Vinho
“Santa uva que estais na parreira, purificada sejais, sem enxofre e sem sulfato. Venha a nós o vosso líquido, para ser bebido à nossa vontade, tanto na taverna como na nossa casa, livrai-nos de quebrar a cabeça. Ámen!”

Fonte: cyberjornal.net

terça-feira, 22 de novembro de 2011

NOTÍCIAS DO BAIRRO - PRAÇA DE CABO VERDE

MAIS VALE TARDE...


Congratolamo -nos pelo início das obras de requalificação da Praça de Cabo Verde
Segundo o Senhor Figueiredo do executivo da Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais e directamente ligado  a estas obra, a verba a gastar é significativa e que resultará numa excelente requalificação.
Não sei ainda muitos pormenores, mas pelo que ouvi ficará com excelente iluminação e parques de estacionamento.
Enquanto a requalificação da Praça dos Açores foi da responsabilidade da Câmara, esta será da resposabilidade da Junta de Freguesia
Ainda segundo o senhor Figueiredo  fica a faltar a requalificação da Praça da Índia Portuguesa, o que acontecerá oportunamente, pois também está no calendário das obras a executar em 2011.
Mas como ano está a findar...se for em 2012 já não é mau!

ENCONTRO COM A ARTE! - EXPOSIÇÃO DE ARTESANATO

A reportagem não sendo de grande qualidade, foi todavia realizada e postada tendo em consideração "OS ARTISTAS E O SEU TRABALHO". As condições onde está instalada a Exposição, não são as melhores, com espaço exíguo para a amostra dos trabalhos dos 15 expositores!
Nove são do nosso Bairro e mais seis também da freguesia de Santo António dos Olivais, a quem endereçamos os nossos parabéns pelos trabalhos executados!
NOTA:o vídeo que realizei foi substituído pelo Slide Show de JOTTAELE.
Pode ser visto em http://assaltoaocastelo.blogspot.com/


Armando Canhão-Bairro Norton de Matos
Eugénio Baía - Bairro Norton de Matos
Filomena Cabral Antunes- Bairro Norton de Matos
Gabi - Bairro Norton de Matos
Isabel Parente - Bairro Norton de Matos
Moura Távora - Bairro Norton de Matos
Teresa Castro - Bairro Norton de Matos
Manuel Ribeiro - Bairro Norton de Matos
Victor Bizarro - Bairro Norton de Matos
Alexandra Rocha - Solum
David Duarte - Fundação Salazar
Fernando Estrela - Casa Branca
Gilberto Zeferino - Solum
Isabel Ribeiro - Olivais




Victor Assunção - Malheiros

REVISTA DP - ARTE FOTOGRÁFICA


Esta foi a foto do dia de ontem no Liquid Images -  http://www.liquidimages.com.pt/ - com direito a publicação na Revista DP - Arte Fotográfica Nº 41 de Novembro 2011.

É a 2ª foto minha escolhida este mês como "Foto do Dia" pela Liquid Images onde diariamente entram umas centenas de fotos, pelo que aqui estou a partilhar a informação convosco.

Local: Cais do Bico - Murtosa
         Data: 20 Nov 2011 - 18H33
         Pentax K5
         Pentax 100mm 2,8 WR

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

MÁRIO ...

Mário ...

É neste gélido recanto beirão, que assisto ao tombar da tarde. As cores invernais são agora mais desmaiadas, até serem tragadas pela escuridão da noite. Uma neblina desconfortável, toma conta deste lugar. A luz mortiça dos candeeiros da estrada, parece dissolver-se nesta humidade fria que me trespassa o rosto. Sente-se o cheiro da esteva, a sair pela chaminé atarracada dos fornos. Aqui e ali, o barulho do motor de uma alfaia, que tardiamente regressa a casa. Depois é o silêncio. E no silêncio da noite, um clarão. É a entrada do Café “Portas da Serra”. Lá dentro, um chão em cimento. E dois balcões corridos. Várias garrafas de vinho e licor, preenchem as prateleiras. E um calendário do Sporting. Debruçada da parede, uma televisão, que preenche as tardes de um ou outro desempregado, que, no fundo de um copo de vinho, vê a imagem de uma vida de labuta e de frustrações. Mas também há a lareira. Em seu redor, algumas cadeiras de ferro, e uma ou duas mesas de tampo de mármore gasto pelo Tempo. E em cima das mesas, atirados sem critério, alguns jornais da região. E é ali, junto à lareira, que nestes dias de frio intenso, passo alguns momentos da minha existência. Tal como o Mário, de que um dia Vos falei. Há tempos, num final de tarde, com o frio espesso, procurámos o aconchego do lume. Foi então que iniciámos conversa. Falámos da Vida e do Destino. E eu lembrei que tudo tem um fim. Que um dia deixaria o Salgueiro do Campo, para regressar à minha Coimbra. O Mário, por momentos, ficou a esgravatar na lareira, com um pedaço de ferro, enquanto ia meditando. Depois, olhou-me olhos nos olhos e perguntou, perplexo : “ … partir!?... mas partir … porquê? …”. Disse-lhe: ” … Sim, Mário … partir … para junto da família e dos muitos amigos que lá tenho …” - acrescentei. De novo ficou a olhar o lume, pensativo. Depois ergueu a cabeça, e, em tom amistoso, questionou-me: “ … mas o senhor não gosta cá da gente … ? ”. Respondi-lhe: “ … gosto, Mário … claro que gosto !!!...”. Foi então que ele, com o esgar de um sorriso dorido, adiantou: “ … então deixe-se cá estar … não se vá embora … porque nós também gostamos de si !!! …”. Levantei-me então de supetão e deixei em cima da mesa duas moedas para pagar o meu café e o dele. Apressei o passo e entrei na farmácia. Trazia um novelo na garganta …
Q.P.

ENCONTRO COM A ARTE! - EXPOSIÇÃO VÍTOR BIZARRO - MUSEU DA ÁGUA

EXPOSIÇÃO PATENTE DE 17 de Novembro a 31 de Dezembro.
.....A Arte dos outros pode ser sempre a nossa arte desde que nos faça sentir. Esta exposição faz sentir.
Catarina Bizarro


Victor Bizarro, nasce em Coimbra em 1951
Frequenta nesta cidade a Escola Comercial e Industrial Brotero, onde desde muito cedo se começa a destacar pelo seu trabalho criativo. Vem pouco  depois a dedicar-se exclusivamente às Artes.
Em 1975 - Regressa a Portugal e começa a expôr com regularidade, Pintura a óleo, Escultura, Aguarela e Gravura.