sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Vamos dar uma volta

Com limpeza e higiéne.


Os turistas que visitam Montreal são surpreendidos pelas diferentes arquitecturas que vão vendo por onde passam, pelos diferentes tipos de jardins muito especialmente os privados e pela limpeza das ruas que estão a cargo da cãmara.
Dá-me a aperceber que se a grande maioria do pavimento é asfaltado, já os passeios de serviço normal são em grandes quadrados de cimento evitanto as penetrações das águas e o desgaste das juntas
e os outros aonde há as mais diferentes actividades como exposições, festivais, etc, são quase sempre em folha de pedra de certas dimensões e peso suficiente para que os jactos de água e as escovas das máquinas não os arranquem.
De notar que estando esta cidade sujeita a um clima difícil pois chega aos menos vinte graus no inverno e ronda os quarenta no verão, todo o sistema de limpeza tem de ser adaptado às diferentes situações pois o inverno deixa imenso pó derivado ao sal e produtos abrasivos que ficam depositados na neve. Nessa altura utilizam camiões cisternas com fortes jactos de água junto ao asfalto para lançar o lixo lateralmente contra o passeio
e depois passam as máquinas com escovas para terminarem a limpeza.
No caso da baixa, durante o dia ainda utilizam pessoas em certos passeios mais movimentados a fazerem o trabalho manualmente.
Por outro lado, aonde há menos movimento, o uso de máquinas é muito mais rápido, prático e eficiente.
Podendo ser utilizado nas pistas, nos passeios ou nas ruelas.
No fim dos festivais, há que proceder à limpeza das ruas.
E depois proceder à abertura das mesmas ao tráfego.
Por seu lado, nas zonas residenciais as pessoas também contribuem com a apanha das folhas que caiem nos seus jardins no dia a dia muito especialmente no outono. Deixados em sacos de papel reciclável em frente dos passeios das respectivas casas dão depois um excelente adubo.
Em dias pré-estabelecidos passam os carros da cãmara muitas vezes com trabalho feminino na carga e descarga pois a descriminação do sexo não entra em conta para efectuarem qualquer tipo de trabalho.
Não é o espaço mais bonito mas é uma grande área e está limpinha para se ficar com uma boa ideia.
Pelo que me é dado observar a utilização desta maquinaria foi sendo feita de acordo com as necessidades e sem dar origem a perca de postos de trabalho, pois o pessoal foi sendo reciclado porque hoje práticamente todas as pessoas têm carta de condução facilitando-lhes a adaptação e muito provávelmente oferecendo-lhes de mão beijada um aumento de salário. Para os que hoje são admitidos directamente aos mais diversos postos, ainda melhor. Não esqueçamos a existência não mostrada nesta postagem de triciclos com motores eléctricos que se destinam à limpeza e manutenção de certas zonas mais restritas.


E com esta explicação aqui fica uma pequenina homenagem ao Quito Pereira que tanto admira a limpeza das ruas de Montreal mostradas nas minhas fotos e que tanto tem contribuído para a manutenção deste blogue com as suas excelentes postagens. O mesmo torno extensivo ao incansável Rafael e a todos os que pelos mais diversos meios ajudam a ser realidade o sonho deste blogue. Bem hajam.

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

RECANTOS DE COIMBRA- Escadas


    Escadas de Montarroio - Fonte dos Judeus ou Fonte Nova
     Jardim da Manga
  Ver pormenores e a fonte em artesanato AQUI

ANIVERSÁRIO

JOSÉ EDUARDO SOARES

29-08-1948

Nesta data especial...

"Encontro de Gerações" deseja

MUITAS FELICIDADES!

PARABÉNS!

terça-feira, 28 de agosto de 2018

domingo, 26 de agosto de 2018

O ACORDAR DA CIDADE ...





São seis e trinta da manhã. Num ritual diário, sento-me na varanda alta do meu conforto e olho a cidade pintada de branco. Espraio os olhos pelo mar calmo mas ainda envolto numa neblina que, apesar de tudo, me deixa ver este ou aquele batel de pesca ao largo, ainda que de uma forma indistinta. Lá em baixo, do meu lado direito, está uma porta aberta. É a porta lateral da padaria, ainda a fabricar o pão e os bolos que servirão as casas e restaurantes da cidade e arredores. De vez em quando, um dos padeiros vem cá fora com o seu barrete na cabeça, bata branca e uns socos nos pés. Agora que o serviço já ganha forma, fuma tranquilamente um cigarro.  A cidade, naquela hora, é ainda um regaço de paz. Apenas as gaivotas fazem uma enorme gritaria e voam em círculos largos e abrangentes, na procura de alimento. Lá longe, onde o mar se escoa na linha do infinito, há um clarão alaranjado e belo que já faz pressentir a chegada do astro – rei. Vem em silêncio, como todos os dias, e rapidamente começa a subir no céu. É então que a cidade se torna mais clara e as coisas mais distintas. Ouvem – se timidamente os estores das janelas a abrir. O som límpido do silêncio e do piar das aves torna-se agora incaracterístico e misturado com o barulho sujo dos carros a gasóleo que iniciam a lufa - lufa do dia. Já passa das sete da manhã. Algumas carrinhas comerciais lançam âncora junto à porta da padaria. Em tabuleiros próprios para o efeito, os bolos e o pão são agora transportados e distribuídos pela cidade. Da padaria exala um cheiro intenso, sobretudo das enormes Bolas de Berlim com creme e que vejo passar aqui de cima – a perdição de um qualquer mortal. São agora sete e trinta da manhã. Guiando devagar no seu pequeno carro ligeiro, olho o Senhor João. Conduz de cabeça levantada e o peito descaído sobre o volante, como que a tentar adivinhar os obstáculos da estrada. Vagarosamente, arruma o carro. De camisola branca, calções e sandálias a defender-se deste verão quente, mete a mão ao bolso e tira a chave com que abre a porta do seu estabelecimento – a tabacaria e loja dos jornais. Entra para logo sair e aguardar pacientemente a chegada da carrinha que vem sempre apressada. O rapaz novo estaciona num chiar de pneus  frenético , tira de lá um monte de jornais que leva para a loja, para depois recolher as sobras do dia anterior, que já tem à porta da tabacaria presas por uma guita e que atira descuidadamente para o fundo da furgoneta. Depois parte, com a mesma velocidade com que chegou, porque há muito quilómetro para cumprir. Então, porque já observei, o Senhor João começa o seu ritual de conferir o número de jornais que chegaram e verificar se coincide com a guia de entrega. Faz tudo meticulosamente, e na grande estante distribui então os diários para que o cliente escolha. O espaço é airoso e tudo é harmonia naquele pequeno comércio familiar de pai, mãe e filha. Nota-se naquele estabelecimento, o dedo feminino da arrumação e o gosto na exposição da variada mercadoria, e que visito diariamente na compra dos meus jornais. Também frequento o café que igualmente é padaria, onde por vezes tomo o meu pequeno – almoço, a rezar para não me tentar pelas Bolas de Berlim. Por volta das oito da manhã, oiço o bater de uma porta do pequeno prédio do lado esquerdo do meu pedestal. Vejo uma senhora nova que entra apressada no seu carro, ainda a mastigar um bocado de pão. Veste formalmente e leva uma lancheira na mão. Deduzo e apenas deduzo, que se deslocará para o seu local de trabalho e que leva ali a sua refeição, que o salário não dá para almoços diários em restaurantes. Menos formal no vestir, um homem que sai de outra porta com três cães pela trela, que, plenos de felicidade, vão correndo no relvado numa ânsia de liberdade e aproveitam o tronco de uma outra árvore para cheirar, alçar a perna e satisfazer as suas necessidades orgânicas.  

Agora, apesar de cedo, um sol glorioso e acolhedor inundou a cidade. E a cidade acordou e agradeceu a dádiva generosa da imensa claridade, na labuta incessante dos dias.

Q.P.        

EX-LIBRIS (COMERCIAL)... DE COIMBRA NO TURISMO....

Loja de conservas no estilo de Biblioteca Joanina UC




   Estas duas laterais são em latas de conservas


    Barras  ouro(latas de conservas
   As lombadas dos livros são as latas de conserva.
    Ceslete Maria nasceu em 1941...
   ...no mesmo ano destas três personalidades
   Nasci em 1936...
    ...no mesmo ano destas duas personalidades
       Saindo...mas pagando
   Ao cair da noite

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

BAIRRO NORTON DE MATOS- FOTOS ANTIGAS, SAUDADES LOUCAS... 2ª Série

Primeira série AQUI
 Foto nº 1
   Foto nº 2
    Foto no 3
  Foto nº 4
Foto nº 5
  Foto nº 6
    Foto nº 7
Foto nº 8
Foto nº 9
Foto nº 10
Foto nº 11
Foto nº 12
Foto nº 13
  Foto nº 14
Foto nº 15
Foto nº 16
Foto nº 17
Foto nº 18
Foto nº 19
Foto nº 20
Foto nº 21