terça-feira, 30 de agosto de 2022

COIMBRA ANTIGA- CAFÉ/PASTELARIA ARCADA

   ARCADA, mais tarde ARCÁDIA
 A sociedade elegante de Coimbra a partir de 23 de Dezembro de 1921 passou a marcar os seus “rendez-vous” na nova Pastelaria Arcada na Rua Ferreira Borges. Esse luxuoso e elegante estabelecimento foi uma arrojada iniciativa de um galego Sr. José Garcia e do conimbricense Sr. Caetano Rocha. As suas magnificas salas, decoradas em estilo árabe pelo distinto artista António Eliseu, tinham um tom exuberante para responder à mais seletiva clientela da cidade. A pastelaria, da melhor qualidade, era confecionada em fábrica própria, construída para o efeito na Avenida Navarro.

Tanto luxo, tanta ambição mas não durou muito tempo nas mãos dos Srs. José Garcia e Sr. Caetano Rocha e acabam por ceder a Pastelaria a uma sociedade constituida por Froes & Rôxo. Entretanto, em 1948, uma nova sociedade onde um dos sócios era o senhor Abel que tinha sido empregado do Nicola, compra o trespasse e, abre, agora com o nome de Arcádia. Aparece como funcionário um Senhor José Maria Cerveira, familiar de um dos sócios, que acaba por comprar parte da sociedade, e em novembro de 1950, o Senhor José Maria Cerveira passou a ser o dono do Café Arcádia e a partir daí conhecido como "Zé Maria do Arcádia". 
De um lado do café, os teóricos da Académica passaram a ter ai sua “residência”, que também era local preferido de Cândido de Oliveira, Pedroto, Tellechea, etc…Faziam-se as equipas, discutiam-se opções técnicas, choravam-se derrotas e festejavam-se vitórias. 
Do outro lado, sentavam-se as senhoras provenientes de uma elite burguesa que à volta das mesas a abarrotar de torradas e galões se ocupavam das bisbilhotices sociais.
A discussão política era deixada para a vizinha Brasileira.
Este retrato era repetido diariamente, até que a 4 de Maio de 2000 o Arcádia fechou as portas. Não mais se lavou roupa suja nesse espaço, a loja que agora existe é um pronto a vestir de roupa nova e implicitamente lavada!
Publicado 3rd March 2018 por Unknown
Etiquetas: Académica Arcada Arcádia Caetano Rocha Ferreira Borges José Maria Teóricos

  1. Tanto luxo, tanta ambição mas não durou muito tempo nas mãos dos Srs. José Garcia e Sr. Caetano Rocha e acabam por ceder a Pastelaria a uma sociedade constituida por Froes & Rôxo. Entretanto, em 1948, uma nova sociedade onde um dos sócios era o senhor Abel que tinha sido empregado do Nicola, compra o trespasse e, abre, agora com o nome de Arcádia. Aparece como funcionário um Senhor José Maria Cerveira, familiar de um dos sócios, que acaba por comprar parte da sociedade, e em novembro de 1950, o Senhor José Maria Cerveira passou a ser o dono do Café Arcádia e a partir daí conhecido como "Zé Maria do Arcádia". 

De um lado do café, os teóricos da Académica passaram a ter ai sua “residência”, que também era local preferido de Cândido de Oliveira, Pedroto, Tellechea, etc…Faziam-se as equipas, discutiam-se opções técnicas, choravam-se derrotas e festejavam-se vitórias. 

Do outro lado, sentavam-se as senhoras provenientes de uma elite burguesa que à volta das mesas a abarrotar de torradas e galões se ocupavam das bisbilhotices sociais.

A discussão política era deixada para a vizinha Brasileira.

Este retrato era repetido diariamente, até que a 4 de Maio de 2000 o Arcádia fechou as portas. Não mais se lavou roupa suja nesse espaço, a loja que agora existe é um pronto a vestir de roupa nova e implicitamente lavada!

Publicado 3rd March 2018 por Unknown

Etiquetas: Académica Arcada Arcádia Caetano Rocha Ferreira Borges José Maria Teóricos

 

segunda-feira, 29 de agosto de 2022

ANIVERSÁRIO - ZÉ EDUARDO SOARES

JOSÉ EDUARDO SOARES

29-08-1948

Nesta data especial...

"Encontro de Gerações" deseja

MUITAS FELICIDADES!

PARABÉNS


 

quarta-feira, 24 de agosto de 2022

A DERRADEIRA AVENTURA! Por Rui Felício

A DERRADEIRA AVENTURA


Caimos ao dar os primeiros passos.

A experiência adquirida com as quedas, ensina-nos a corrigir os próximos e aprendemos a andar.

Uma aventura!

Na escola mostram-nos uns simbolos estranhos que tentamos decifrar sem êxito.

Adultos transmitem-nos a sua própria experiência e aos poucos vamos aprendendo a ler.

Uma aventura!

Anos depois, sentimos no corpo as mudanças da puberdade.

Colegas mais velhos que já passaram por tal experiência explicam-nos o seu significado.

Uma aventura!

Já adolescentes, o desejo sexual invade-nos , queremos saber como irá ser a nossa primeira vez..

Os adultos aconselham-nos com a sua experiência.

Uma aventura!

Formamo-nos, entramos na luta profissional que nos agride e nos descoroçoa.

Homens maduros, tisnados pela experiência, sugerem-nos comportamentos e cautelas.

Uma aventura!

Casamos, constituimos familia e nasce o primeiro filho.

Casais amigos ensinam-nos a acompanharmos o seu crescimento.

Uma aventura!

Envelhecemos, perdemos entes queridos, mas descobrimos coisas novas que nem sonhavamos.

Na  solidão, lemos, devoramos páginas e páginas escritas pela experiência de antepassados, 

Uma aventura!

A vida é um desfilar de situações novas, desconhecidas.

Em cada uma delas, a experiência de outros ensina-nos a desvendá-las, a enfrentá-las, a delas extrairmos o prazer que nos podem dar.

A vida é uma constante aventura!

A derradeira aventura, certa e garantida é a morte.

Contudo, ela é a única que não podemos enfrentar com a experiência de outros.

Porque quem já a experimentou, nunca nos poderá ajudar a encará-la.


Rui Felicio

 

quarta-feira, 17 de agosto de 2022

terça-feira, 16 de agosto de 2022

ANIVERSÁRIO - CARLOS CARVALHO

CARLOS CARVALHO

16-08-1951

Nesta data especial...

"Encontro de Gerações" deseja

MUITAS FELICIDADES!

PARABÉNS!
 

sexta-feira, 12 de agosto de 2022

ANIVERSÁRIO - SUZANA REDONDO

SUZANA MARIA REDONDO

12-08-1946

Nesta data especial ,,,

"Encontro de Gerações" deseja..

MUITAS FELICIDADES!

PARABÉNS!


 

quarta-feira, 10 de agosto de 2022

CENTRO NORTON DE MATOS -ANIVERSÁRIO


Hoje é dia de festa! 🎂🥂
São já 71 anos de atividade(s) e de vitalidade, ao serviço da cultura, do desporto e do recreio.
Em 1951 nascia um pequeno “centro de recreio popular” de um novo bairro da cidade de Coimbra… Hoje, o Centro Norton de Matos é uma referência na cidade, uma instituição com utilidade pública reconhecida pelo Governo e um clube com um vasto palmarés nacional e internacional!
A todos/as os/as que ajudaram a construir esta instituição e a chegar até aqui,
a todos/as os/as que contribuem para o CNM ser o que é hoje,
a todos/as os/as que ajudam a construir o seu futuro,
muito obrigado!
Estamos todos/as de parabéns! ❤️

INTERLÚDIO MUSICAL Look Ma No Hands! Leonard Bernstein at his best...

ANIVERSÁRIO JOSÉ FERRÃO

JOSÉ FERRÃO

10-08-1948

Nesta data especial....

"Encontro de Gerações" deseja

MUITAS FELICIDADES!

PARABÉNS!
 

domingo, 7 de agosto de 2022

A ESPERANÇA É O QUE CADA UM QUISER...PELO PROFESSOR ANTONONO SILVA

A esperança é o que cada um quiser.


Para grande parte das crianças do ensino público, este mês de junho é a passagem de um estado a outro, com mudanças substanciais. Num determinado dia do mês, deixam o stresse das últimas avaliações e da escola e passam a um estado de, ainda que efémera, beatitude e ledice das chamadas férias grandes. Cada criança vivê-las-á a seu modo, mas é certo que muitas delas vão recuar aos anos de ontem e recuperar hábitos que só em casa dos avós põem em prática.

O Alexandre é um desses felizardos que salta nas esferas do tempo com a mesma facilidade com que a pena se deixa arrastar pelo vento. Desde que começara o terceiro período, o cachopo, à noite, na cama e antes de adormecer, magicava como é que a havia de fazer. Provavelmente precisaria de paus e de arames, mas não podiam ser coisas muito duras de trabalhar. O avô não ia deixá-lo usar a “blancandequer” que tinha pendurada na loja, pois a máquina podia magoá-lo na empresa; por outro lado, os arames tinham de ser bem macios. Lembrou-se de que, uma vez, o avô lhe tinha dito que o arame queimado era bom e se dobrava bem.

Com o projeto calado na mente, cada noite em que observava o teto do quarto ainda pejado com umas estrelas fluorescentes que vinham do tempo de bebé, a sua mente divagava, parecia-lhe que as formas voavam ao redor da cabeceira e que o seu projeto ganhava corpo e dimensão, como num holograma que se lembrava de ter visto num filme do Tom Cruise. 

Mal acabaram as aulas, foi um ver se te avias a escarafunchar a paciência do pai e da mãe para o levarem para a aldeia, para casa dos avós. Só ele sabia a razão de tanta pressa, pois nem os pais nem os avós o sabiam tão afetuoso quanto isso para ter, assim, tanta vontade de os ir ver. E tinham razão: mal saltou do jipe do pai, o Alexandre raspa a cara por cada um dos mais velhos, com um impessoal “olá vó, olá vô”, e correu para trás de casa, em direção ao ribeiro, onde havia um renque de sabugueiros que considerava ideais para o que queria fazer.

Depois do almoço, quando os adultos foram dormir a sesta, lançou mãos à obra: foi à gaveta da cozinha e tirou uma faca, e dos arrumos do avô tirou um alicate corta-arame, uma sovela de sapateiro e um pequeno rolo de arame queimado. Agora sim, a coisa ia dar certo! Correu até à margem da ribeira e cortou umas hastes jovens de sabugueiro que talhou em pequenos troços. Sentou-se à sombra e, pacientemente, foi furando cada pauzinho e inserindo os arames também cortados que, com muito cuidado, dobrava em cada uma das pontas. A obra crescia e, para ele, não havia nada mais perfeito. Com mais um ou dois dias de trabalho, o projeto estaria terminado e, então, chegaria o grande dia.

Foi na manhã de São João que o Alexandre subiu à leira da Barroca. Ele sabia que eles andavam por lá, pois todos os anos era a mesma coisa e não falhavam. Este ano não seria diferente e, pela primeira vez, teria o seu, sem ajuda de nenhum adulto. 

Os seus olhos brilhavam com a felicidade antecipada e nos seus olhos repousava a crença de quem é criança e acredita que o mundo é bom. Nada se faz por mal e tudo se faz porque sim. Nada tinha o sabor do irremediável e o sol que o cobria derramava o ouro sobre algumas ervas secas que ela saberia usar para a sua tarefa. Mas, antes, havia que apanhar uns rebentos de serradela, pois o bicho teria de comer quando tivesse fome.

Escolheu um talo flexível de junça meio seca e puxou as calças para cima. Tinha de se ajoelhar, não havia outro remédio.  Com os cotovelos e os joelhos fincados no chão, procurou o rasto e introduziu a haste de junça no buraco. Repetindo a tradição centenária que tinha aprendido com o avô, começou a cantilena:

     “Gri-gri-gri

     Sai cá fora, c'a tua mãe 'tá aqui

     C'uma faca d'algodão

     Que te cheg'ó coração-”

E vai por aí fora, repetindo, até que saiu do buraco o mais belo grilo trovador, que ele, imediatamente, meteu na gaiola e o qual, nessas férias grandes, seria o seu maior amigo nas noites de verão em casa dos avós.

Antonino Silva

 

sexta-feira, 5 de agosto de 2022

ANIVERSÁRIO-TONINHO RAMOS

ANTÓNIO AUGUSTO O. RODRIGES RAMOS
 

05-08-1944

Nesta data especial...

"Encontro de Gerações" deseja

MUITAS FELICIDADES!

PARABÉNS!

terça-feira, 2 de agosto de 2022

ANIVERSÁRIO ROSINHA REIS

ROSA REIS PINTO

02-08-1946

Nesta data especial...

"Encontro de Gerações" deseja

MUITAS FELICIDADES!

PARABÉNS!