sábado, 31 de outubro de 2015

UMA PEÇA DE FAZENDA ...



Um passado que não se apagará ...

Vivemos hoje momentos de grande tensão na sociedade portuguesa. Um mau – estar que se sente nos mais variados setores da sociedade. Assim é também no desporto de alta competição.


A nível interno, como facilmente se depreende, entre os clubes ditos ”grandes”, já se percebeu que a palavra “ adversário” é apenas protocolar e que agora são declaradamente inimigos, com acusações mútuas, em que no centro da questão estão os árbitros e os alegados aliciamentos com prendas que vão desde ofertas que me abstenho aqui de comentar, até pacotes de jantaradas orçando as centenas de euros. Entende-se a crispação. São milhões de euros envolvidos, os patrocinadores a querer o retorno do dinheiro investido e as dividas contraídas pelos clubes junto de entidades bancárias, em investimentos por vezes suicidários e até obscenos. Ou quase.   


Depois, daí ao” vale tudo” para se conseguir resultados desportivos que potenciem o encaixe financeiro, é um simples passo. Ganhar a qualquer preço e sem regras é o mote. Sob uma aparente capa de honestidade e vitimização.


Porém, esta prática de obsequiar árbitros pelo clube anfitrião, sempre foi uma conduta normal, até em clubes considerados mais modestos, mas que não pedem meças a ninguém em grandeza e dignidade. Alguns são até bandeira das regiões em que estão inseridos.


E é aqui que me merece uma saudação ao Sporting Clube da Covilhã. Clube serrano do Rita, do Manteigueiro, do Cabrita e do Simony de outras realidades. Também dos que, nos bastidores, trabalhavam e trabalham sem os aplausos de ninguém.


José Gil Barreiros foi um desses dedicados cidadãos anónimos, neste caso ao clube da sua cidade. Trabalhou quase meio século em prol dos” Leões da Serra” como massagista, fazendo-o gratuitamente e até em prejuízo da sua própria vida familiar. Foi radiologista de profissão e enfermeiro. Aprendeu as técnicas de massagem com Manuel Marques, uma figura dos “Leões” de Lisboa. Hoje, do alto dos seus noventa e cinco anos de idade, é um armazém de memórias.


A entrevista dada ao “Jornal do Fundão”, é toda ela um hino ao desporto de outras eras. Quando se jogava com “amor à camisola” e se viajava de táxi para norte e sul de Portugal. Quando o doping para as tardes geladas era um cálice de vinho do Porto dado aos atletas. O pormenor interessante quando fala numa tarde no Estádio Santos Pinto na encosta da serra, em que o frio era tanto, “que uma vez a Académica não acabou com todos os jogadores”.


Regressamos agora ao cerne da questão: as prendas aos árbitros. Diz Gil Barreiros que era prática o clube receber e brindar os árbitros com uma peça de fazenda para um fato mas isso não significava que tivessem de fazer favores. As palavras simples de um homem simples.


Já agora, recordo a quem lê, que estamos a falar dos anos cinquenta do século passado. Uma fazenda para um fato, era a imagem de marca da Manchester portuguesa, cidade fabril com as suas gentes laboriosas, as fábricas das grandes chaminés a fumegar e os apitos estridentes de início e fim de laboração. Cidade viva que foi berço de gente ilustre e do povo que tinha no seu Sporting da Covilhã, o embaixador da Serra da Estrela. Covilhã “cidade – neve”, no cantar de Amália.


Acredito piamente neste honrado covilhanense que, ao longo de uma extensa entrevista de grande seriedade e até candura, tanto tem para contar num desfiar de memórias. Como também acredito piamente no atoleiro de lama que é hoje o desporto profissional, seja no futebol ou em qualquer outra modalidade que implique retorno do capital investido por marcas e empresas. Um lixo de que se não sabe da missa a metade.


Por muito que, para muitos, aparentemente, haja apenas uma questão temporal entre o ontem e os dias de hoje, é minha forte convicção que há um abismo de lhaneza de caráter, de candura de costumes e de genuína cortesia a páginas passadas. Da cortesia franca e hospitaleira dos beirões do interior do país, que nada tinha a ver com a religião dos cifrões e dos obscuros interesses, embora em casos pontuais, possa ter acontecido. Outra época. Outras gentes.


A “confissão” de Gil Barreiros, mais não é que os fios de lã genuína que cada fábrica da Covilhã teceu. Um cristal de palavras sinceras de quem me merece todo o respeito e simpatia, no meio de tanta máscara carnavalesca, tanto embuste, tanto palavreado arrogante, sectário e arrivista.


Globalmente, o público que acorre aos estádios é cada vez em menor número. São as estatísticas que o dizem. Vários fatores o determinam, como os jogos televisionados. Mas o clima de suspeição e adulteração da verdade desportiva, é hoje também motivo do divórcio e desinteresse de uma parte da sociedade que acompanha o fenómeno desportivo.


Em José Gil Monteiro, a sabedoria de quem passou na sua Covilhã muitos Verões e Invernos. Fosse de uma forma simplesmente temporal ou na alegoria das alegrias e das tristezas da vida. Da Covilhã ferida de morte na sua identidade de cidade fabril, jamais perderá esse estatuto enquanto houver quem relembre a sua história de antanho. Mesmo que um pretérito de labor passe por um simples corte de fazenda oferecida a um forasteiro, como prova de bem receber e de uma montanha intacta na sua grandeza intemporal.


Gil Barreiros, homem simples e do povo, bem poderá ser porta – bandeira desse amor beirão.


O Sporting Clube da Covilhã, com as suas camisolas verdes de esperança, bem pode encarnar o futuro. O futuro que também passa por cidade universitária que já é. São os ventos da História. Mas de uma História que nunca apagará nem renegará o seu glorioso passado.

Quito Pereira   

COIMBRA NOVO VIDEO OFICIAL:::

Fado ao Centro COIMBRA - Vídeo Oficial (Novo) Aqui está o mais recente vídeo oficial de Coimbra...! Como é bela a nossa cidade...!

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Coimbra sempre linda

Vista de um outro ângulo.

De onde é que foi tirada esta foto? - Convido a ampliá-la.


Foto: Joana Silva

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Passatempo de um buraco no telhado

Onde é isto?


SÓTÃO DO ZÉ AFONSO COSTA!

Esta foto é do tempo em que se jogava hoquei em patins na rua Y ( Rua de Moçambique )
Da esquerda para a direita pode-se ver o Velha, eu -( Zé Afonso), o Tó Mané Quaresma e o
Zéze ( cunhado do Fernando Moutinho Ferreira recentemente falecido ).
Notas do ADM.Velha-Francisco Folgado Velha-era enfermeiro nos UC e pai do Zé Velha que vemos todos os dias aqui pelo Bairro. Foi jogador de futebol no União de Coimbra jogando a defesa direito.Juntamente com o enfermeiro Abegão eram os enfermeiros"sempre de serviço" aqui no Bairro.O Velha convivia muito com a "malta", especialmente na cave(bilhares e jogo de cartas) na cave do Samambaia)!
Qual será a "estória da mala?"-  se é que é uma mala!tem a palavra o Zé Afonso.
Será que alguém consegue identificar os dois "miudos" que estão por trás?

Esta foto deve ser mais ou menos  dos anos 1953 ou 1954! Será?

Foto enviada pelo Zé Afonso

Ou esta foto também da Rua de Moçambique para ver jogar os Kraques...do Bairro
foto acrescentada agora por mim..

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

A BOA NOVA ...


Tenham calma ...muita calma ... o preclaro Administrador desta espécie de blog, depois de ter tomado vários garrafões de xarope, centenas de comprimidos, gargarejos de água salgada e banhos de água morna, encontra-se francamente melhor e bem disposto. Tão bem disposto que num repente de coragem, assegura que vai pagar à boca do cofre e em notas frescas, os subsídios de férias e natal de 2O1O em atraso aos seus esforçados colaboradores ...
Aqui fica lavrado em acta, para que não haja fintas, pontapés para a Sereia e golos mal anulados com que se vão enganando os trabalhadores desta empresa de entretenimento bairrista  ...
Quito Pereira

PASSATEMPO -ADIVINHA-PARA OS NETOS...

Qual é coisa qual é ela, preto é, galinha o fez?
Foto da Daisy, embora o Alfredo disfarçe...
A resposta...

Pela paragem do autocarro esta foto parece ser do Alfredo..

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Belo

Passeando-se em Montreal encontram-se belíssimos jardins privados, dos quais muitos deles vão até ao passeio sem algum tipo de divisória. Este tipo de jardim dá-nos uma noção de maior profundidade e de maior espaço. Até as ruas parecem mais largas.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

OLHARES SOBRE A CIDADE ...

     Parque Verde. Fiel e paciente, vai secando toalha e roupa à espera do dono ...
    Quito Pereira

domingo, 25 de outubro de 2015

TERESA E SEU QUERIDO FILHO ALFREDO


Para esclarecer o assunto, aqui vai vai um resumo da minha história e da minha mãe Teresa.

Chama a Mamãe e outras pessoas que não conheçam a história,
Teresa Lousada é minha mãe, mas eu só soube já em adulto!
Fui abandonado numa caçamba, quando tinha 1 ano. Uma história muito triste!...

Eu ia de carro com a minha mãe, eu no banco de trás a dormir. A determinada altura, uns ladrões mandaram parar o carro tiraram à força a minha mãe de dentro do carro e fugiram sem saberem que eu estava no banco de trás.
Quando os bandidos me descobriram, pararam o carro junto de uma caçamba e arrumaram-me lá para dentro. Os ladrões, entretanto, tiveram um acidente com o carro da minha mãe que explodiu sem deixar qualquer rasto de quem lá ia dentro. Minha mãe Teresa, ficou convencida que eu também teria morrido no acidente. Pôs luto, e não quis ter mais filhos! Entretanto, eu fui encontrado por uma senhora que me ouviu chorar, dentro da caçamba. Essa senhora, a quem passei a chamar mãe, tinha perdido um filho há pouco tempo e cuidou de mim, com muito carinho como se eu fosse seu filho, o que para mim, era verdade.
Antes da hora da morte, minha mãe adoptiva, contou-me a verdade e disse que desconfiava que eu seria filho de uma senhora que tinha sido assaltada e que pensava que eu teria morrido juntamente com os ladrões, na explosão do carro.
A partir daí andei a investigar e até fui a um programa da televisão, que procurava pessoas desaparecidas. A minha mãe Teresa, que estava no aconchego do seu lar a ver televisão, viu logo pelas nossas parecenças que eu só podia ser o filho que ela julgava morto. Encontrámo-nos, fizemos testes de DNA e chegámos à extraordinária conclusão que somos mesmo mãe e filho.
A partir daí, a minha mãe tirou o luto, já casou mais duas vezes e ainda me deu mais 2 irmãos e 3 irmãs. Hoje, somos uma família muito feliz, embora os meus irmãos não gostem muito de mim, porque queriam ter nascido há mais tempo e dizem que eu é que fui o culpado de eles só terem nascido agora. Eu relevo porque entendo mas nada me tira a alegria de ter tido duas mães.

Eu e minha mãe Teresa, no dia em que, finalmente, nos encontrámos.



sábado, 24 de outubro de 2015

COIMBRA QUANTA SAUDADE

Enviado de São Paulo-Brasil pelo meu conterraneo Adriano Auguso Júlio

ANIVERSÁRIO

MARIA TERESA MENESES LOUSADA

24-10-1941

Nesta data especial...

"Encontro de Gerações", deseja

FELIZ ANIVERSÁRIO!

PARABÉNS!

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

REVISTA DE IMPRENSA- MATA DO CHOUPAL


 
--------------------------------------------------------
-------------------------------
Na Casa que foi do Guarda da Mata?


A outra casa  que dava para duas familias...está perto desta
para ver mais e um excelente texto clicar na nora e nos comentários um excelente vídeo sobre o CHOUPAL

Adivinha

Situa-se numa rua em Coimbra, perpendicular à rua da Sofia. Faz esquina com outra rua. As pessoas esquecem-se de olhar para cima.
Aonde fica?

Uma achega visual.
Agora penso que acertam.
Aqui está a casa aonde eu nasci no quarto assinalado com o número 1. Como as crianças de tenra idade aprendem a medir as distâncias arrumando o que apanham para o chão, eu tive o previlégio de o poder fazer em longas distâncias. Assim, apanhava os sapatos da família que estavam em casa, punha-os na varanda assinalada com o número dois e depois de os ter todos juntos, lançava-os para a rua. É claro, que naquele tempo não havia o tráfego de hoje, só passando um carro de vez em quando. É por isso que sou bom a medir as distâncias.

Foto: Joana Silva

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

A ORIGEM DO NOME CAGARÉUS...e a prova XXX

CAGARÉUS
 No Arquivo do Distrito de Aveiro, encontrámos no artigo intitulado Loquela dos povos da Beira-ria• a referência ao uso da palavra Cagarête, como sendo " o local mais recuado à ré do barco e a seguir à entremesa. Ora, sendo o bairro da Beira-mar ocupado por gente ligada à ria ou ao mar, desde marnotos, pescadores ou moliceiros, a sua vida era passada dentro da bateira, do mercantel, do moliceiro ou de qualquer outra embarcação. Quando as necessidades fisiológicas "apertavam", estes homens solucionam o problema utilizando a ré do barco. Deste antigo e específico hábito (cagar à ré), surgiu o conhecido termo regional cagaréu. O próprio dicionário de Língua Portuguesa da Porto Editora - edição de 2004 - dá-nos o seguinte significado: Cagaréu: s. m. (regionalismo) designação dada aos pescadores da cidade Portuguesa de Aveiro, especialmente aos nascidos na freguesia da Vera Cruz (de cagar + éu)


Enviado por Guida Antunes

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Bichos selvagens numa herdade

Porque um pedido da São Rosas não se recusa, aqui fica um dos bambis que encontrei numa herdade, na Lituânia.


ANIVERSÁRIO

PEDRO SARMENTO

21-10-1958

Neste dia especial...

"Encontro de Gerações" deseja

FELIZ ANIVERSÁRIO!

PARABÉNS!







terça-feira, 20 de outubro de 2015

SEM DÚVIDA O QUITO ESTEVE EM ANDORRA

Meu comentário à postagem do Alfredo e da Daisy a Andorra
..."Fiquei com uma dúvida...o Quito foi?. Ele ficava bem numa daquelas paisagens".
Mas a Daisy prova com a foto que enviou, que foi mesmo!
mas será mesmo ele?Quito ,camisolas amarelas há muitas! Ora vira-te para cá!

foto Daisy

OLHARES SOBRE A CIDADE ...

    Um outro olhar sobre a cidade ...

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

domingo, 18 de outubro de 2015

Noticias do Centro Norton de Matos

 CENTRO NORTON DE MATOS - Inauguração "ARTES BAR"
 Soraia de Almeida -gestora do ARTES BAR  e responsável pelo novo conceito do Bar do CNM







sábado, 17 de outubro de 2015

ENCONTRO COM A ARTE-GAIOLAS

Colecção de gaiolas de Mauricio Beltrão
 O artesão Mauricio Beltrão
Uma das gaiolas mais em pormenor.

Nota: Este nosso amigo, um dos sócios mais antigos do CNM é  um frequentador diário da salão de jogos do CNM, cuja prequência diária ronda os 40 sócios.

ANIVERSÁRIO

MARIA FERNANDA CANELAS

17-10-1946

Nesta data especial...
"Encontro de Gerações" deseja

FELIZ ANIVERSÁRIO!


PARABÉNS!

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

ENCONTRO COM A ARTE - Pintura

Caros amigos

Os que puderem, amanhã, 17 de Outubro. dar um passeio até à bonita cidade de Aveiro, visitem o Museu Santa Joana (Museu de Aveiro), pelas 16 horas. Haverá o lançamento do livro UM ANJO NA CIDADE (romance), de Eugénio Beirão, amigo e conterrâneo, que teve a gentileza de me convidar para fazer a capa.

A tela a partir da qual foi elaborada a capa, bem como os livros, já se encontram no Museu, conforme podem ver nos anexos que junto. 

Seria um enorme prazer poder contar com a vossa presença.

Haverá ainda um concerto de órgão de tubos e coros, com leituras pelo Grupo Poético de Aveiro.

À vossa espera, abraça-vos com amizade

Maria Guia Pimpão



EG

Ai o leão

Coimbra é uma cidade com monumentos, museus, jardins e contos históricos.
Esta fonte faz parte da cidade e por isso a grande maioria dos seus habitantes já passaram em frente mas não acaraciaram o leão. Aonde fica e a que edifício pertence?

Aqui vai uma achega.

Com o edifício fica tudo completo.
Foto: Joana Silva