quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

REVISTA DE IMPRENSA-DIÁRIO DE COIMBRA- BAIRRO/CNM

Antigo bairro do calhabé é hoje uma zona apetecível

Não há, em Coimbra, quem não conheça o Bairro Norton de Matos, muitos até se referem àquela zona da cidade, localizada entre a Solum e o Vale das Flores, simplesmente como “o bairro”. Mandado construir por Salazar em finais dos anos 40, para acolher os desalojados com as obras da Alta Universitária, o “bairro económico do Calhabé” mantém as típicas moradias - idênticas, de dois ou três quartos, todas com pequeno quintal e pátio, alinhadas em ruas paralelas -, conserva o ambiente de bairro, com vizinhos que se conhecem há décadas, escolas, serviços de saúde, as mesmas mercearias, cafés e um (hoje grande) centro cultural e desportivo. Os mais antigos dizem que «não há melhor sítio para morar» e há novas gerações a chegar, atraídas pela vivência que ali se proporciona, pela tranquilidade e segurança, e pela centralidade, numa cidade que cresceu e que tem naquela zona uma forte procura imobiliária. Falar com Fernando Rafael, de 82 anos, e Celeste Maria Rafael, de 77 anos, é ficar a conhecer toda a história do bairro. Chegaram ainda estava a ser construído, ele vindo de Penela para casa de um tio - a restante família chegou depois -, ela com os pais e o irmão, desalojados da Alta. «Hoje dizem que as casas são pequenas, mas na altura parecia-me um palácio, sala grande, um quarto para mim, nas ruas havia muitas crianças», recorda a professora primária aposentada




Para quem quiser descarregar e guardar as 4 páginas deste suplemento especial (em formato PDF), estão disponíveis aqui:

Página I
Página II
Página III
Página IV

ANIVERSÁRIO

EDUARDO JOSÉ ALVES DOS REIS

                      LAU

31-01-1943

Nesta data especial...

"Encontro de Gerações" deseja

MUITAS FELICIDADES!

PARABÉNS!

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

FESTA DAS VARAS ARANHAS-PENHA GARCIA COM A BOTA CANSADA

  Musica com "Nuestros Hermanos"
FIM DE SEMANA EM FESTA E...CAMINHANDO COM A BOTA CANSADA
Algumas fotos

Leilão das "VARAS"


Castelo de Penha Garcia 

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

RECANTOS DE COIMBRA


   Travessa da Sota

Largo da Sota
    Rua da Sota em direcção à Portagem
    Rua da Sota em direcção ao Largo das Ameias  e avenida. Fernão de Magalhães
    Fim Travessa da Sota com vista para  Santa Clara


sábado, 27 de janeiro de 2018

Convite a um momento de repouso

Esta escultura monumental de cinco metros de altura e com a largura a condizer com o aspecto da grossura de certos troncos das árvores deste parque, serve a captar a atenção das pessoas e assim convida a um momento de repouso.
Por seu lado a cor do metal destingue-se da vegetação durante o verão e da neve no inverno, atrai o olhar das pessoas de forma incontestável.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

NOTÍCIAS DO CENTRO NORTON DE MATOS


Protocolo assinado pelos representantes do CNM- João Pedro Ferreira Rafael e a Fundação Beatriz Santos- Paulo Manuel H. L. Saraiva Santos.

A Fundação Beatriz Santos tem como objectivos principais: o acolhimento e apoio a idosos com deficiências e/ou incapacidade;apoio à família; apoio domiciliário especializado; apoio a deslocações; apoio a crianças e jovens no âmbito de atividades de acolhimento educativas, recreativas de desportivas, apoio à integração social e comunitária; promoção e proteção da saúde e bem-estar dos cidadãos; educação e formação profissional dos cidadãos e resolução de problemas habitacionais da população.
- Considerando que o presente protocolo visa alargar e complementar o trabalho desenvolvido pelas duas instituiões junto dos respectivos públicos-alvo, as partes comprometem-se:

                                         CLÁSULA 1ª
Pelo presente acordo a FBS estabelece com o Centro Norton de Matos, meddiante a qual são beneficiários os colaboradores, sócios e seus familiares, parceiros e clientes da 1ª autorgante (CNM), tendo direito a usufruírem dos benefícios a seguir descrimenados:
- serviço de Apoio Domiciliário Especializado; serviço de refeições; tratamento de roupa; Higiene pessoal e do lar, com o apoio da segurança Social protocolado com a FBS
- Apoio Diurno e Noturno e teleassistência 24 horas
- Serviço de transporte e acompanhamento a consultas externas e/ou visitas temáticas/viagens
- Serviço de Medicina, Enfermagem, Fisiatria, Estimulação Cognitiva, Terapias não- convencionais e em meio aquático
                                            CLÁUSULA 2ª
A Fundação Beatriz Santos, compromete-se pelo presente acordo, a prestar aos colaboradores, sócios e seus familiares, parceiros e clientes da 1ª autorgante(CNM), as seguintes condições especiais de desconto:
- 10% de desconto em todos os serviços desde que não abrangidos pelo protocolo da Segurança Social

Porque se trata de um resumo, são omitidas aqui, mas podendo ser consultadas da 3ª à  9ª cláusula, na Direcção do CNM

              Fotos da cerimónia da assinatura do protocolo


  Assinatura pelo representante da Fundação Beatriz dos Santos e Centro Norton de Matos
Dr. Paulo Manuel H. L. Saraiva dos Santos   e Dr. João Pedro Ferreira Rafael
   Troca de documentos na presença do sócio nº1 do Centro Norton de Matos Senhor Agostinho      de Deus Pereira- 1º beneficiário deste protocolo
   Assistindo à cerimónia

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

NOTÍCIA TRISTE

FALECEU

DR. ANTÓNIO MANUEL MORAIS LOPES

O corpo encontra-se em câmara ardente
na Igreja de São José- Capela da Torre a 
partir de 16HOO de hoje dia 25-01.
Pelas 16horas de dia 26-01, será rezada missa de corpo presente seguida de funeral para complexo funerário de Taveiro
Encontro de Gerações apresenta a toda a Familia
em especial a Júlia Faustino e filhas os mais sentidos 
pêsames

O GRANITO E O SILÊNCIO ...








 Ontem, vi o Avelino. Passou por mim, mas não me reconheceu. Mas garanto que era ele. Ali, naquela avenida da cidade, de camisa preta e pasta na mão. Costuma usar outra indumentária, quando espreito pela frincha da porta da capela e o vejo de braços abertos, a pregar a Palavra Do Senhor. Por vezes, também o encontro na missa dos casamentos e funerais. Faz sempre umas homilias monocórdicas e repetitivas. Um teste à paciência de um cristão. Recordo a sua voz sibilina, ampliada pelo microfone que o faz ouvir em todo o Templo. Depois a palavra liquida, que lhe brota aos tropeções dos lábios salivosos. E uma dicção pastosa e embrulhada, que lhe sai sumida do fundo da garganta. Mas os paroquianos ouvem, em contido silêncio. Depois, é tempo de reflexão. O povo da região gosta dele. Porque o Avelino – o senhor padre Avelino - é boa pessoa, no seu porte baixo e atarracado. A todos saúda, com a “riqueza” da Palavra de Deus. E lá parte no seu pequeno carro, afundado no banco, de cabeça erguida, tentando descodificar as curvas da estrada, na férrea convicção da Protecção Divina.

Ontem, vi o Carlos. Estava sentado numa curva da solidão. Tinha o dedo polegar orientado para poente e reconheceu-me. Queria uma boleia para a Lameirinha. Sentou-se ao meu lado, balançando o corpo para a direita e para a esquerda, ao ritmo dos caprichos da estrada. Mas nada disse. Apenas agradeceu o transporte e pediu-me dinheiro para cigarros. Olhei o fundo do bolso e dei-lhe uma moeda. Voltou a agradecer e remeteu-se ao silêncio. Nestes Lugares, as palavras sobram. A dureza do granito, manietou - lhes a vida. Mas acompanhou-me até à porta da taberna, como se fosse um mestre – de - cerimónias. Depois, fez uma vénia e partiu.

Ontem, vi o João. Estava colado a uma parede, junto à porta suja da venda. Tinha as mãos atrás das costas e a cabeça erguida, tentando apurar o ouvido. A visão, desde criança que a não tem. Lá dentro – lá dentro da venda – apenas um raio de luz, coado pela cortina amarela e gasta pelo Tempo. E um banco de madeira singelo, a acusar o uso. É ali, que um ou outro idoso se senta, de boné na cabeça, soletrando com dificuldade as notícias de um qualquer jornal regional, de semanas passadas. A torneira da pia de lavar a louça, vai deitando uma pinga de água impertinente. Uma amálgama de copos velhos e baços, repousam no fundo de um alguidar. O balcão, escuro e tosco, é de granito. O granito que lhes tolheu os sonhos. Testemunha muda dos desencantos da vida, afogados num copo de vinho. E o silêncio. Sempre o silêncio.

Ontem, vi o Calmeiro.
Quito Pereira
     

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Primavera

Esta obra transmite-nos a visão dos habitantes de Montreal aproveitanto a volta das côres e dos odores, dos piqueniques e das árvores em flôr que marca a chegada do tempo bom e da primavera.

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

ENCONTRO COM A ARTE-FOTOGRAFIA -

Vista sobre a cidade
Estrutura artística  no Convento de São Francisco


   Foto EG

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

EXPRESSÕES POPULARES - O SABER NÃO OCUPA LUGAR 4ª E ÚLTIMA PARTE

TER OUVIDOS DE TÍSICO
Significado: Ouvir muito bem.
Origem: Antes da II Guerra Mundial (l939 a l945), muitos jovens sofriam de uma doença denominada tísica, que corresponde à tuberculose. A forma mais mortífera era a tuberculose pulmonar.
Com o aparecimento dos antibióticos durante a II Guerra Mundial, foi possível combater esta doença com muito maior êxito.

As pessoas que sofrem de tuberculose pulmonar tornam-se muito sensíveis, incluindo uma notável capacidade auditiva. A expressão «ter ouvidos de tísico» significa, portanto, «ouvir tão bem como aqueles que sofrem de tuberculose pulmonar».

COMER MUITO QUEIJO
Significado: Ser esquecido; ter má memória.
Origem: A origem desta expressão portuguesa pode explicar-se pela relação de causalidade que, em séculos anteriores, era estabelecida entre a ingestão de lacticínios e a diminuição de certas faculdades intelectuais, especificamente a memória.
A comprovar a existência desta crença existe o excerto da obra do padre Manuel Bernardes "Nova Floresta", relativo aos procedimentos a observar para manter e exercitar a memória: «Há também memória artificial da qual uma parte consiste na abstinência de comeres nocivos a esta faculdade, como são lacticínios, carnes salgadas, frutas verdes, e vinho sem muita moderação: e também o demasiado uso do tabaco».

Sabe-se hoje, através dos conhecimentos provenientes dos estudos sobre memória e nutrição, que o leite e o queijo são fornecedores privilegiados de cálcio e de fósforo, elementos importantes para o trabalho cerebral. Apesar do contributo da ciência para desmistificar uma antiga crença popular, a ideia do queijo como alimento nocivo à memória ficou cristalizada na expressão fixa «comer (muito) queijo

ACORDO LEONINO


Significado: Um «acordo leonino» é aquele em que um dos contratantes aceita condições desvantajosas em relação a outro contratante que fica em grande vantagem. Origem: «Acordo leonino» é, pois, uma expressão retórica sugerida nomeadamente pelas fábulas em que o leão se revela como todo-poderoso



QUE MASSADA




Significado: Exclamação usada para referir uma tragédia ou contra-tempo.
Origem: É uma alusão à fortaleza de Massada na região do Mar Morto, Israel, reduto de Zelotes, onde permaneceram anos resistindo às forças romanas após a destruição do Templo em 70 d.C., culminando com um suicídio colectivo para não se renderem, de acordo com relato do historiador Flávio Josefo.

PASSAR A MÃO PELA CABEÇA




Significado: perdoar ou acobertar erro cometido por algum protegido.

Origem: Costume judaico de abençoar cristãos-novos, passando a mão pela cabeça e descendo pela face, enquanto se pronunciava a bênção.




METER UMA LANÇA EM ÁFRICA
     
 Significado: Conseguir realizar um empreendimento que se afigurava difícil; levar a cabo uma empresa difícil.
Origem: Expressão vulgarizada pelos exploradores europeus, principalmente portugueses, devido às enormes dificuldades encontradas ao penetrar o continente africano. A resistência dos nativos causava aos estranhos e indesejáveis visitantes baixas humanas. Muitas vezes retrocediam face às dificuldades e ao perigo de serem dizimados pelo inimigo que eles mal conheciam e, pior de tudo, conheciam mal o seu terreno. Por isso, todos aqueles que se dispusessem a fazer parte das chamadas "expedições em África", eram considerados destemidos e valorosos militares, dispostos a mostrar a sua coragem, a guerrear enfrentando o incerto, o inimigo desconhecido. Portanto, estavam dispostos a " meter uma lança em África".   

QUEIMAR AS PESTANAS

Significado: Estudar muito.

Origem: Usa-se ainda esta expressão, apesar de o facto real que a originou já não ser de uso. Foi, inicialmente, uma frase ligada aos estudantes, querendo significar aqueles que estudavam muito. Antes do aparecimento da electricidade, recorria-se a uma lamparina ou uma vela para iluminação. A luz era fraca e, por isso, era necessário colocá-las muito perto do texto quando se pretendia ler o que podia dar azo a " queimar as pestanas".

GATOS PINGADOS


Significado: Tem sentido depreciativo usando-se para referir uma suposta inferioridade (numérica ou institucional), insignificância ou irrelevância.

Origem: Esta expressão remonta a uma tortura procedente do Japão que consistia em pingar óleo a ferver em cima de pessoas ou animais, especialmente gatos. Existem várias narrativas ambientais na Ásia que mostram pessoas com os pés mergulhados num caldeirão de óleo quente. Como o suplício tinha uma assistência reduzida, tal era a crueldade, a expressão "gatos pingados" passou a denominar pequena assistência sem entusiasmos ou curiosidade para qualquer evento

VER PARTE I
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VER PARTE III

domingo, 21 de janeiro de 2018

Salamandra

A salamandra originária da Catalunha e que foi imortalizada por Antoni Gaudi, esteve presente nas Mosaiculturas de Montreal. Ela representa a diversidade da Catalunha, os seus cidadãos, a sua personalidade e as suas paisagens.
Foto: Joana

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

CARTA ABERTA A MANUEL DA GLÓRIA







 Meu Caro Comandante

Ontem, gozando a noite fresca mas acolhedora da sua cidade, no meio de uma multidão que se passeava por entre esplanadas a abarrotar de gente a jantar em ar festivo, parei junto ao Mercado de Escravos, ali a um passo do seu antigo Quartel dos Bombeiros Voluntários de Lagos.

Hoje, para seu contento, posso dizer-lhe que os seus soldados da paz têm outro aquartelamento na parte alta da cidade. Um local amplo e estou certo que esta novidade o fará sorrir de satisfação. Como sei que gostará de saber que o velho quartel no coração da cidade, é hoje uma loja de três andares, onde poderá adquirir artesanato no primeiro andar, subir à biblioteca no segundo andar e sentar-se no terraço do terceiro andar, onde poderá tomar uma bebida e olhar o sino iluminado da Igreja de Santo António. E foi lá,  que o recordei e lembrei as tardes amenas na Quinta do Sargaçal, os almoços debaixo do caramanchão, as anedotas bárbaras e por vezes até brejeiras contadas em surdina.

Voltando à biblioteca do seu quartel onde tanto trabalhou em prol dos outros, é meu prazer confidenciar-lhe que a pequena divisão está muito bem aproveitada e de muito bom gosto. Há um equilíbrio entre os livros bem expostos, um velho gramofone que dá um toque de singularidade ao espaço e uma velha máquina de escrever muito antiga, porventura igual à Remington negra onde o seu conterrâneo médico, diplomata e escritor Júlio Dantas, construía as palavras de forma sábia, o que lhe valeu estar entre os eleitos da literatura portuguesa. Também o Comandante Manuel da Glória não passou pela vida de forma anónima. As gentes da sua terra, souberam reconhecer-lhe o mérito. Interventivo que foi como vereador da Câmara, cidadão impar, recebeu a medalha de ouro de serviços distintos, para mais tarde ter nome de rua na cidade.

Quero acreditar, meu caro Manuel da Glória, que vai ler esta carta. Como quero convencer-me que de novo estará junto da mulher da sua vida – a Dona Maria Eduarda - que de idade muito avançada e sem poder sobreviver sozinha, partiu para o Brasil para junto do vosso filho, deixando para trás e para sempre a cidade que tanto amava – Lagos. São os dramas da nossa existência terrena. Mas como na Vida Etérea não há Espaço nem Tempo, jamais a vastidão de um mar largo ousará separar-vos. Um dia, talvez um dia, eu vá visitá-lo ao Campo Santo desta cidade que também é um pouco minha. Mas não espere que lhe reze uma oração. Conhecê-lo como o conheci, vou antes contar-lhe a última anedota que o Marcelo me contou em casa do meu primo António Vermelho, à volta de uma mesa a comer uns belos carapaus alimados e um vinho tinto a gosto. E o Comandante do lado de lá e eu do lado de cá, vamos rir com prazer. Até ao dia em que nos voltemos a reencontrar debaixo do caramanchão onde a velha inglesa tomava chá na Quinta da Sargaçal, que para ambos foi de tão boa memória.
O Seu Amigo de Sempre
Quito Pereira

Cidade de Lagos, 18 de Agosto de 2017            

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

POSTALINHOS -ANTES E DEPOIS DO MARÃO

Fotos de Daisy e Alfredo Moreirinhas com os amigos Celeste Maria,Rafael,São Vaz. Quito Pereira e Moisés