segunda-feira, 30 de abril de 2012

publicitários

CNM - ACADEMIA DE MÚSICA - ANAQUIM UMA BANDA DE COIMBRA

Quinteto nascido em 2007. Vindos de Coimbra, ouvindo Portugal, cantando e tocando pelo Mundo. Biografia Depois do EP “Prólogo” (2008) e do álbum de estreia “As Vidas dos Outros” (2010) – que integrou a lista de “Dez Melhores Álbuns Nacionais” escolhidos pelos leitores da revista BLITZ --, os conimbricenses Anaquim regressam aos discos com “Desnecessariamente Complicado”. Um álbum em que a brilhante verve poética de José Rebola está agora ainda mais afiada (incluindo canções claramente de intervenção!) e em que a música está mais próxima do rock, embora sem nunca pôr de parte a paleta sonora que antes os caracterizava: o swing, a country, o jazz manouche, o cabaret ou a música portuguesa segundo os mandamentos de Sérgio Godinho ou José Afonso. “Desnecessariamente Complicado” contém catorze temas originais, foi produzido por Gil Figueiredo e tem edição marcada para 13 de Fevereiro, via Sons em Trânsito. Se no início Anaquim começou por ser o projecto pessoal de José Rebola – e o seu alter-ego assumido -- a recente gravação de “Desnecessariamente Complicado” culmina a afirmação do nome Anaquim como sinónimo de um colectivo de pleno direito do qual, para além de Rebola, continuam a fazer parte Luís Duarte, João Santiago, Pedro Ferreira e Filipe Ferreira. Sim, no novo álbum José Rebola é o autor quase exclusivo de letras e músicas, mas, segundo o cantor e compositor, “o resto da banda está mais interventivo nos arranjos, na transmissão das mensagens e na dinâmica dos espectáculos. E embora Anaquim seja uma personagem que continua a refletir alguns aspectos da minha personalidade, principalmente através das letras, transformou-se numa espécie de Captain Planet que só pode surgir com a união destes cinco Planeteers”. A verdade é que nunca como no novo álbum se sentiu tanto a luta de Anaquim contra uma quantidade surpreendente de “lados negros” – à semelhança do seu inspirador, Anakin Skywalker (“Guerra das Estrelas”). Em “Desnecessariamente Complicado”, José Rebola apura as conversas sobre as vidas dos outros, mas também é capaz de assinar poemas claramente auto-irónicos e atirar-se, sem medos nem vergonhas, a temas de clara intervenção política como o swingante “O Desilusionista” (o título diz tudo), o pungente “Livro de Reclamações” ou o folk-punk a dar para os Pogues “Hoje é um Bom Dia!”. Outro tríptico, este mais ensombrado, é formado pela marcha (quase) fúnebre “Se eu mandasse”, o psychobilly gingão com letra de filme de terror “A Semente do Medo” e uma inesperada pseudo-balada com piano (e orquestração, digamos, “celestial” no final) “O Jardim”. No entanto, estas trevas são contrapostas com temas surpreendentes como a lindíssima valsinha musette “Por aí”, o western “Onde acaba o Oeste?” (com Viviane a “duelar” com José Rebola entre um trompete mariachi e citações a Ennio Morricone), o ragtime fumarento de “…mas nunca em dias de Sol”, a pop descarada de “Já te disse mais de Mil vezes” e o jazz sexy de “Nós”. A estreia de Gil Figueiredo na produção desta obra de grande fôlego não é inocente: “Quisemos de propósito injectar alguma "frescura" no nosso som e o Gil surgiu como aposta conseguida. Desde o primeiro concerto que ele é o técnico de som da banda e uma espécie de sexto elemento com funções perto da consultoria. Uma das suas grandes forças, pela relação de proximidade, foi saber exactamente o que queríamos para este disco, pegar nessa visão e melhorá-la de acordo com os seus próprios padrões”, reforça Rebola. Depois de nos últimos dois anos terem dado dezenas de concertos – incluindo em festivais como o Sudoeste (duas vezes), Super Bock em Stock, Marés Vivas ou MED de Loulé, inúmeras Queimas das Fitas, auditórios e uma incursão no estrangeiro para participar na Ibero-American Week na Hungria – os Anaquim vão agora mostrar ao vivo a arte de “desnecessariamente complicar”. Descrição AGENCIAMENTO: marciacosta@sonsemtransito.com IMPRENSA: vee.bifa@gmail.com Enviado por Rui Ferreira

domingo, 29 de abril de 2012

Postalinho do Japão

"Shukkeien Garden em Hiroshima!
Hiroshima é uma cidade muito bonita e agradável.
O povo é muito simpático, como em todo o Japão.
Tem quase 1 milhão e meio de habitantes mas não se nota!...
Amanhã seguimos para Osaka.
Abraços,
Alfredo e Daisy"


ENCONTRO COM A ARTE -ARTESANATO


IGREJA  DE SÃO BARTOLOMEU
História



A sua edificação é muito antiga, sabendo-se que existia já em meados do século X, conforme testemunha um documento que informa que a igreja foi doada ao Mosteiro do Lorvão já em 957.
O primitivo templo foi reedificado no século XII em estilo românico.
A sua atual feição data da reconstrução empreendida no século XVIII, devido ao estado de ruína em que o anterior então se encontrava. As obras tiveram início em 16 de Julho de 1756 
                                                                                                   Características
O atual templo foi erguido com traça em estilo barroco muito simples. No exterior, são de realçar o portal e as duas torres sineiras.
O interior é constituído por uma nave e uma capela-mor, onde se pode observar um retábulode talha dourada e marmoreada, típico do século XVIII coimbrão e semelhante ao retábulo principal do Mosteiro de Santa Cruz. O retábulo-mor enquadra uma grande tela, assinada pelo pintor italiano Pascoal Parente, alusiva ao Martírio de São Bartolomeu. Do lado do Evangelho, em um retábulo em estilo maneirista que remonta ao século XVI, destacam-se as pinturas alusivas à Morte e Ressurreição de Cristo.
texto:net

Igreja reproduzida em madeira pela artesão Manuel Ribeiro
Rua Infanta Santo Bairro Norton de Matos

sábado, 28 de abril de 2012

Postalinho do Japão


"HIROSHIMA
Para que ninguém esqueça a força destrutiva da bomba atómica, este edifício mantém-se tal como ficou após a explosão! Tudo à volta, num raio de vários quilómetros, ficou totalmente destruído!
Também visitámos o Museu Memorial da Paz, relacionado com a bomba atómica. Até arrepia!!!...
Abraços,
Alfredo e Daisy"


NOTÍCIAS DE COLMAR


A nossa amiga LISA DOBY vai atuar em PARIS na próxima quinta-feira 3 de Maio.


As negociações com a Câmara da LOUSÃ, para um possível concerto em Junho, foram encerradas porque "acharam que ninguém a conhecia" e que assim não atrairia público!!

(Lá terá o Rafael que se deslocar ao Estrangeiro para o dueto com a Lisa Doby)

Assim vai a cultura em Portugal!!Dar ao povo aquilo que somente  já se  conhece: " Xutos & Pontapés, Tony Carreira, Rui Veloso, Quim Barreiros... Que tristeza!

  
Para além de PARIS, eis algumas datas já agendadas, não só em França como na Suiça (CH) e na Alemanha (D)
03/05 Paris - Le Sentier des Halles (F)
04/05 Baugé - Centre culturel René d'Anjou (F)
05/05 Champigny sur Marne - Le Belvédère (F)
11/05 Rottweil - Festival ( D)
26/05 Aspettando Festival - Lugano (CH)
02/06 Senones - Hélicoop - duo with Greg Ott (F)
12/06 Ingostadt - Blues Festival - Neue Welt (D)
23/06 Zurich -  TBA (CH)
24/06 Ermingen -  TBA  (CH)
30/06 Rapperswil - Festival (CH)
01/07 Rapperswil - Festival (CH)
08/07 Paris Jazz - Parc Floral - Paris (F)
09/07 Miribel - Sous Les Etoiles (F)
28/07 Music en Liberté - Andernos (F)
04/08 Lott Festival - Raversbeuren (D)








LISA DOBY en concert au Sentier des Halles - jeudi 3 mai à 21h45
Le Sentier des Halles - 50, rue d'Aboukir  - 75002 Paris

sexta-feira, 27 de abril de 2012

imaginação,em tempos de crise

Postalinho do Japão... em ebulição

"Junto ao vulcão Naka-Dake, no monte Aso.
É o único vulcão activo com um teleférico até ao topo da cratera.
Hoje estivemos lá e entrámos no teleférico, mas a 3/4 do caminho tivemos que voltar de regresso à base porque os ventos não estavam propícios a grandes aventuras!!!...
Devolveram-nos os 20 Euros do teleférico, o que não foi nada mau...
Abraços,
Alfredo e Daisy"

SABORES DE CABO VERDE ...

Vendedeira do Mercado de Assomada ...
Foto de São Vaz

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Sr. Costa - "Amaciador de Cabedais"


Samambaia | Junho 2010

A BARCA



Foto feita 22 Abril 2012-09 45 HorasFoto 24 Abril 14 54 Horas-2012

Recebi uma foto da Barca no fundo a 25-04-2012.
A foto foi feita a 22-04-2012-09-45 Horas.
A 24 de Abril passei eu pelo Parque Verde achei estranho o sítio onde a barca estava,tirei uma foto.
Nunca me passou pela cabeça que a dita se tinha afundado.
Leio sempre as Beiras e o Diário de Coimbra nunca vi referência ao assunto.
Uma notícia muito má para quem tem obrigação de fazer a manutenção como deve ser.
Já vamos na segunda Barca do Mondego que está a ser mal cuidada.
Não será notícia dizer que a BARCA SERRANA foi ao fundo no Rio Mondego. 
Quem me deu a foto com a barca virada foi o Figueiredo.
Para quem de direito, tratem bem de tudo que são mais valias para a cidade, não brinquem com coisas serias.
António Dias. 

Postalinho do Japão


"NAGASAKI - Foi exactamente neste ponto que caiu a bomba atómica em 9 de Agosto de 1945.
Não dá para descrever o que sentimos na visita a NAGASAKI.
A cidade não é bonita, mas temos que nos lembrar que foi reconstruída rapidamente. Foram destruídos quase 20 mil lares e morreram, em segundos, 73 mil pessoas.
Abraços
Alfredo e Daisy"


TRIBUTO A ZECA AFONSO - FNAC

GRANDE REPORTAGEM  AQUI

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Postalinhos do Japão

"Almoço em Gion.
O almoço estava bom!... Mas do que mais gostei foi..."


"... Do que mais gostei foi ... Tófu deste!!!..."
Alfledo Moleilinhas

«San'Tiago - sons da alma» homenageiam José Afonso às 17h00 na FNAC


25 de ABRIL 2012

Para o CRAVO do ABRIL deste ano de 2012 não vejo outra cor.
Era Vermelho mas passou a PRETO.
Por morrer uma Andorinha não acaba a Primavera.
Um Abraço.
Tonito.

25 de abril,sempre

um carro de praça 
de águeda a coimbra
naquela madrugada de abril
força  força  passa  passa
não era um passeio fútil
chegaremos a tempo
sim
chegámos
foi o nosso vinte e cinco de abril
dores  alegria  e flor de mel
amor  ternura  carinho
antes do sol
salvé raínha
nasceu a miguel

ANIVERSÁRIO Fernando Beja



FERNANDO BEJA LOPES

25-04-1946 / 25-04-2012

66 ANOS

"Encontro de Gerações" deseja

MUITAS FELICIDADES!


PARABÉNS!

terça-feira, 24 de abril de 2012

ENCONTRO COM A ARTE


INAUGURAÇÃO DE PARTE DO ESPÓLIO DE "A FUNDAÇÃO - COLECÇÃO DE ARTE ERÓTICA - DE PAULO PROENÇA MOURA - NO RECORDATÓRIO RAINHA SANTA/ALFREDO BASTOS
Nota: por motivos técnicos só mais logo será inserido o cartaz com todas as fotos da exposição


MAIS REPORTAGEM "À SÉRIA" AQUI





Paulo Moura - Carlos Carvalho e Quito

Paulo Moura - Presidente da Junta de Freguesia de Santa Clara sr Simão - Manuel de Oliveira
e Quito
Celeste Maria - Carlos Carvalho e Paulo Moura
Alfredo Bastos - Paulo Moura  - Dr Mário Nunes e Presidente  Junta Freguesia  Santa Clara

Luisa Moura e André

Pastelaria "à maneira do evento"

...também mas ainda sem praia!

...Agora com praia!

...com chouriça e queijo...

Tipo lagartixa com retrovisores!

Aonde já vão o Quito e o bácoro!...

A Romicas descobriu-os em pleno Alentejo:


A VIDA É UM TEATRO...( ÚLTIMO EPISÓDIO)


Autoria: PPP-Parceira Pública e Privada “QuitoFelicio”, de irresponsabilidade limitada
  Último episódio

A inusitada correria em palco do campónio Quitus, de facalhão em punho atrás de um bácoro, personagens que não faziam parte desta cena, esfarelou toda a trama cénica, que o Senhor de Viana, desvairado, azul de cólera e expelindo grossas bolas de fumo e fogo, qual dragão enfurecido, procurava reorganizar.
Por duas vezes o cavalete do Lorde Dias António caiu ao chão. Por duas vezes foi levantado. Foi numa dessas vezes que se conseguiu vislumbrar de relance o retrato que durante toda a peça o Pintor Oficial do Reino estivera a produzir com a sua reconhecida arte. Ouviam-se vozes entre a nobre assistência:
- Magnífico! Excelente! Bravo! Digno de figurar para a posteridade no Museu de Arte Conimbricense!
Só o Cavaleiro D’ Abranches destoava, da primeira fila, resmungando entre dentes:
- Grande coisa! Tanto tempo para pintar um reles caroço de azeitona. E depois o vilão sou eu…Pffff…
Mas os próprios actores em cena, não resistiram a aplaudirem a pintura, e o Lorde, a pedido, lá lhes ia explicando as modernas técnicas que utilizava!
- Oh pá, é assim, pá: nada de grades, nada de gaivotas!, dizia ele…
- Isso é ponto de honra, para mim, companheiros! O segredo, pá, porra, está nas tintas, nos pincéis, na luz, no enquadramento! Mas a escolha dos temas é o mais importante! Aí é que está a Arte! 
Esta obra que aqui admirais há-de ficar nos clássicos neo-realistas, corrente pictórica, coiso, pá, de que sou o prógono, o precursor…

O Senhor de Viana, perante tamanha indisciplina e desorganização, rasgou o guião e intimou os artistas a darem a peça por concluída e agradecerem ao público.
Da plateia, elevando-se acima do vozear, ouviu-se a voz potente do Conselheiro Ferrão:
- Vim eu perder o meu rico tempo para assistir à actuação de tantos e tão incipientes canastrões. Para mais de uma peça medíocre, mal encenada, sem a menor qualidade! Mais valia ter ficado no meu solar a preparar a próxima conferência que vou proferir no sumptuoso Palácio de Ribeira Fria, subordinada ao tema: “ As mezinhas para curar maleitas e os processos da sua manipulação e fabrico
A um sinal do Senhor de Viana, entrou em palco todo o elenco. Os artistas enfileiraram lado a lado e lentamente aproximaram-se da boca de cena de mãos dadas, a que se juntou no extremo da fila, ele próprio Ponto do Reino, que acumulava com as funções de contra-regra.
Numa clara ilegalidade, ao usufruir cumulativamente de duas tenças reais!

Um passo atrás, vinha o Físico-Mor do Reino, Senhor de Melo e Pato, sobraçando e dedilhando o seu alaúde, envolvendo o ambiente com uma romântica e bela melodia executada com o brilhantismo que o tornou afamado no Reino e Além Reino.

Os actores curvaram-se pronunciadamente, em agradecimento ao público, dobrando a espinha, orgulhosos do seu desempenho e felizes pelo êxito patente no semblante e no comportamento dos selectos espectadores.
Recuaram dois passos, fazendo menção de se retirarem, mas a assistência obrigou-os a voltarem à ribalta, reforçando ruidosamente os aplausos. Pelo meio ouviam-se vozes:
- Bravo, Bravissimo! Encore!
Mais uma vez, se dobraram em prolongada  e sincronizada vénia.
E mais duas, três, quatro vezes…

Todos se curvavam? Não, todos não! O Senhor de Viana, apesar das insistências dos actores, explicou:
- Não me curvo! Não dobro a espinha perante ninguém!


Nisto, o Lorde Dias António sai a correr da esquerda alta onde tinha permanecido quieto durante todo o tempo, para se juntar à Companhia nos agradecimentos.
Tão precipitadamente o fez que, tropeçando nos próprios sapatos pontiagudos, voou por cima do fosso de orquestra e aterrou no colo da Condessa de Lousada, sentada na primeira fila, que o aconchegou perguntando-lhe com ternura se estava magoado.
No cadeirão ao lado, cheio de ciúmes, o Conde de Azurva invectivava o Pintor, acusando-o de se estar a aproveitar da situação:
- Chega, Carissimo Lorde! Não exagere! Se não se magoou, como parece, é hora de regressar ao seu cavalete!
Do outro lado da Condessa, o Cavaleiro D’ Abranches, corroborava e reforçava os reparos do Conde:

- Também acho, Ilustre Conde! Tendes carradas de razão! É uma ignomínia este descarado aproveitamento do calor do colo da educada e bela Condessa que, na sua ingenuidade, ainda não percebeu que, porventura, o Lorde até terá feito de propósito para se estatelar.
O filósofo De Durão, seguro da sua capacidade de sedução, acariciava suavemente a mão da Condessa e piscava-lhe o olho, sussurrando-lhe:
- O camarote está livre. Dom Rafael já me devolveu a chave. Vindes? Ou não vindes?



O pano cai repentino, abrupto!

E, na queda, acertou inesperada e fragorosamente no lombo do bácoro que dera origem a toda a confusão final, e que saiu cambaleante e a guinchar para as profundezas do palco, sempre com o aldeão Quitus, ofegante, a persegui-lo de faca em punho.

---------------------------

Os fortes aplausos prolongaram-se, ainda assim, por longos minutos!
Da lateral, pela frente do pano de cena, a insistentes chamamentos da plateia, acorreram os protagonistas Dom Rafael e a Baronesa Dona Celeste que, num terno abraço se beijam apaixonadamente. Ele de bombo a tiracolo, dificultando o abraço. Ela, fresca, airosa, tentando tornear o incómodo instrumento.
Lágrimas humedeciam muitos olhos. Era a prova de que o seu idílio iniciado em palco se iria prolongar na vida real, por muitos, muitos anos!

FIM


Postalinho intergeracional do Japão

"3 gerações em Kyoto a caminho do Templo Fushimi!...
Abraços,
Alfredo e Daisy"


GRANDE ZECA AFONSO

segunda-feira, 23 de abril de 2012

CENTRO NORTON DE MATOS BILHAR


A VIDA É UM TEATRO...( PENÚLTIMO EPISÓDIO)


Autoria: PPP-Parceira Pública e Privada “QuitoFelicio”, de irresponsabilidade limitada
  
5º episódio

De novo se ouve o bater ritmado das pancadas de Moliére. Paulatinamente, a sala vai ficando na penumbra. Aqui e ali, ouve-se o tossir deste ou daquele espectador e o chiar dos encostos das cadeiras. Regressa o silêncio. Abrem-se lentamente as cortinas. O palco está de novo iluminado.
No palco, vestido de roupa justa de cor verde da cabeça aos pés, onde repousam uns enormes tamancos arrebitados na ponta, está Dom Rafael. Ao fundo, em cima de uma mesa, uma enorme e colorida bola de cristal. A dançar à volta da mesa, em passos saltitantes, tocando pífaro, a vidente de Caria

Dom Rafael, aproxima-se como que a medo e pergunta:
- Desculpai se vos incomodo, ilustre gentil homem, mas sois capaz de prever o meu futuro e o da minha noiva, agora que a vou desposar ?
A Vidente de Caria:
- Por quem sois … naturalmente … deixai-me proferir as palavras mágicas …
(qual aranha de braços arqueados em redor da presa, o mago concentra-se na bola de cristal e começa a ladainha) :
- Aibaixocataixoidédóminé …ecaspócasdófinócas … sanga … sanga … colatrossas …
De repente, a vidente dá um salto à retaguarda e exclama assombrada:
- ó … jamais vi nada assim … nunca vi uns noivos com tantos banquetes, farras e torneios no futuro …por Deus  …são milhares …a bola deve estar avariada …amanhã mesmo passarei por Penela, onde a comprei numa casa de penhores, ainda está dentro da garantia …
Dom Rafael, desiludido, rodopia nos calcanhares e a pulso sobe a corda que o leva à varanda da sua amada, que o aguarda com um sorriso angelical. Entretanto, a cena vai-se compondo de atores, que falam em surdina uns com os outros.
Então, ouve-se o trotar de um cavalo que traz no dorso um garboso cavaleiro. É o Senhor Conde de Colmar, com as suas vestes festivaleiras que remata:
- Passei por aqui e já sei da boa nova do casamento de Dom Rafael e Sua Formosa Donzela …
Dom Rafael, da varanda:
- Mas quem sois ?
Por entre o relinchar nervoso do belo equídeo, Dom BobbyZé, remata:
- Sou o Conde de Colmar, agente artístico nas horas vagas … se necessitais de contratar artistas para a boda, contai com os meus serviços … trapezistas …palhaços … malabaristas ..cantores de cantigas de escárnio e maldizer … aqui vos deixo o meu cartão de contacto … agora vou a França dar a boa nova …
E parte em desenfreado galope …

Ainda não refeitos da surpresa, nova surpresa se configura. Estridentes trombetas ecoam por toda a sala e aparece um personagem ricamente vestido. Traz uma casaca azul debruada a ouro, calças brancas e uma enorme faixa dourada à volta da cintura. É Dom Francisco Torreira da Silva, Vice- Rei do Canadá e sua corte. Atrás vêm duas formosas mulheres. São as suas queridinhas – mãe e filha. Depois um enorme grupo de jovens possantes, em tronco nu. São os marinheiros do seu galeão privativo. Com uma cerimoniosa vénia, Dom Francisco dispara:
- Tenho o meu coração repleto de alegria. Uma arreliadora tempestade e ventos fortíssimos desviaram a rota da minha nau e quando dei por mim estava a navegar no Mondego. Reconheci logo a Torre da Universidade da minha amada terra e até me ia dando o badagaio com a comoção. Apeteceu-me logo pegar no alaúde e tocar um fado de Coimbra … mas já que estamos aqui assistiremos à boda …
 ( com um estalar de dedos imperativo, ordena à corte que se recolha a um canto do palco) …

Entretanto, no outro canto da sala, desenha-se novo romance. O Conde da Ericeira, não resistiu ao belo olhar da estalajadeira e, de joelhos, confessa-lhe o seu amor e propõe-lhe casamento.
Olinda Linda, quase desfalece, nos píncaros da paixão e aceita o pedido. Com as mãos entrelaçadas, olham-se com ternura. O público está em completo silêncio e rendido ao momento.
Há lágrimas na plateia …
Eis senão quando, aparece em palco o aldeão Quitus, com uma faca na mão a correr atrás de um porco, que grunhe em desespero. Atravessam o palco de palco de lés – a - lés, enquanto o campónio vai gritando:
- Anda cá maldito porco, que não entras nesta cena …
Nos fundos do palco, e do olhar do público, desenrola-se um drama. O ponto Senhor Carlos Viana, vai desfolhando nervosamente o guião e dizendo entre-dentes.
- Porra pró campesino, que já lixou isto tudo !!!

   Fim do 5º episódio

No próximo e último episódio, a apoteose final desta peça teatral!
Não perca! Ficará a saber a forma inesperada como acabará!

NOTÍCIAS DE COLMAR -

Para o desafio de hoje de extrema importância, resolvi abdicar da lamparina, pois a Rainha Santa parece não ligar nada à Académica. Ou talvez seja porque o azeite fornecido pelo Biana devia ter muita acidez. Assim sendo e pedindo desculpa ao Rui Lucas a "LAMPARINA" leva uma chicotada...e substituída pelo BUDA recomendado pelo Bobbyzé. Alguma coisa tinha que ser feita já que treinador e jogadores fica demasiado caro em substituí-los   


                  SÓ O BUDA OS PODE SALVAR                                                                                     



Quatorze jornadas sem a mínima vitória!  E este o currículo do Senhor Pedro Emanuel à frente da nossa BRIOSA!

O momento é de extrema meditação. Uma das premissas explicativas das ciências divinitorias é o facto revelado de que ninguém escapa ao seu destino. Mas se dermos o melhor de nós próprios, se molharmos a camisola com o respeito que esse grande clube merece, surpreenderemos o próprio DALAI LAMA e seremos perdoados! 

Nas minhas duas incursões pelo CAMBOJA aproximei-me bastante da filosofia  budista. A impressão de eterna serenidade que nos invade, faz-nos acreditar num possível nirvana. Quanto é que eu não dava, para ter tido hoje uma consulta privada com o nosso LEONARD COHEN! Expoente máximo dessa liberdade de espírito!

Foi esta tarde, na casa dum amigo, que pude profundamente meditar e pedir a proteção tão desejada a todas as divindades budistas., neste confronto de HOJE com o OLHANENSE!

Numa atmosfera de incenso queimado pedi ao BUDA que nos livre da PESTE!!!

Todos ao estádio HOJE à noite!

BRIOOOOOOOOOOOOOOOOOOSA!




BOBBYZÉ

domingo, 22 de abril de 2012

A VIDA É UM TEATRO...(4º EPISÓDIO)


Autoria: PPP-Parceira Pública e Privada “QuitoFelicio”, de irresponsabilidade limitada
4º episódio
Decorre o intervalo da peça que está a ser representada no luxuoso salão…



A Condessa de Lousada levantou-se e percorreu a coxia em direcção ao "foyer", observada disfarçadamente pelos fidalgos da nobre assistência que sussurravam à sua passagem com trejeitos de admiração e acenos de cabeça, murmurando:
- Está tão morena! – dizia um, que depois esclarecia: Todos os anos vai de férias para as cálidas praias de Saint Tropez de onde vem com aquela tez sensual.
- Que idade terá ela? – perguntava-se outro
- Dizem que já tem quase 60 anos! – atirava outro ainda.
- Não creio meu Caro Visconde! Pelo aspecto não deve ter chegado ainda aos cinquenta. , contradizia o primeiro.

Atrás dela seguiam O Conselheiro Ferrão que escutava atento o irrequieto Conde de Azurva que defendia ardorosamente que um verdadeiro coche deve ser branco. Porque, asseverava ele:
- Só há três cores de coches, meu Caro Conselheiro!  Os brancos, usados pela nobreza com ancestrais pergaminhos, os pretos, que são próprios para carretas funerárias e os vermelhos que são os escolhidos para as pelejas desportivas de corridas de coches.
- Mas o meu coche é preto, amigo Conde! Devo considerar que essa côr é mais própria para carretas funerárias?!, questionava de sobrolho carregado o Conselheiro.

Mas o Conde de Azurva já enveredava  por outros caminhos…
- O mês passado fui ao Império do Meio. Tirando o plebeu Marco Polo, disseram-me que fui o primeiro nobre lusitano a pisar terras orientais. 
E em breve, embarcarei na Nau Catrineta em demanda do Império do Sol Nascente. Estou ansioso por olhar a flor de cerejeira a tremer ao vento.
- Mas por cá, junto à fronteira com Castella, também temos belas cerejeiras, lembrava-lhe o Conselheiro...

- De acordo, de acordo! , concedia o Conde de Azurva. Ainda há pouco tempo lá fui vê-las a convite do Regedor de Salgueiro do Campo. Mas não tremem como as do Império do Sol Nascente. Não têm nada a ver!
- Que orgulho deve ter Vossa Senhoria em espalhar a nossa fé e a da nossa Pátria por tão longínquas paragens!, confessava o Conselheiro.
E prosseguia:
- Mas olhe que eu não lhe fico atrás! Não há ninguém mais do que eu, tão conhecedor dos roteiros gastronómicos mundiais. Se hoje se come batata no nosso Reino a mim mo devem. Fui eu que trouxe uma saca de 25 Kgs das Américas o ano passado!

Aproximou-se deles a Condessa de Lousada já com um fute de champanhe na mão a borbulhar. Abanava-se freneticamente com um leque sevilhano e desabafou:
- Ainda bem que os encontro! Há tanta plebe aqui misturada com a nobreza! Até me chegaram uns calores que não sei se são dos nervos ou de outra coisa mais profunda.
O Conde de Azurva segurou-a delicadamente por um braço e o Conselheiro Ferrão pelo outro.
- Deveis descontrair-vos, Condessa!, sugeria-lhe o primeiro. Respirai fundo, levantai o diafragma! Assim aprendi com os indios dos Andes numa das viagens que fiz naquela cordilheira do outro lado do mar!
- Quereis que vos entoe alguma balada para descontrair? – perguntava-lhe sorridente o Conselheiro.
- Oh sim! Oh sim! Entoai algo, simpático Conselheiro! Talvez algo que me lembre a neve…, requeria a Condessa levantando o diafragma até quase ao pescoço, como lhe aconselhara o Senhor de Azurva.

O intervalo estava a esgotar-se...
Retornaram aos seus lugares onde tinha permanecido sentado, pensativo, calado, o filósofo De Durão.
- Porque não viestes connosco ao "foyer", grande filósofo deste Reino? – perguntou-lhe, com voz afectada, a Condessa levando ainda nos ouvidos a balada que o Conselheiro Ferrão lhe acabara de cantar.
- Sabei, Senhora Minha, que estive aqui a meditar. Sem saber ainda o que nasceu primeiro. Se o ovo, se a galinha!, esclarecia o filósofo De Durão.
- Além disso, gostava de saber se o Pintor Real Lorde Dias António já entrou em cena ou se ainda não entrou. Há muita coisa nesta peça que não joga certo. Esta é uma delas! Se ele está no palco é porque já entrou em cena, como diria o meu ilustre colega Senhor de La Palisse. Ora, se assim é,  porque pergunta ele a cada passo quando é que vai entrar?

- Mas Vós me havieis prometido um chocolate para adocicar a minha amargura, meu divino filósofo...,
lembrou-lhe a Condessa de Lousada. E promessas são para cumprir! Podieis ter ido ao Bar furar uma rifa de chocolates que lá têm! E haveis também prometido que me levarieis ao vosso camarote para eu degustar o chocolate!
- Tendes razão! - aquiesceu o filósofo. Mas Dom Rafael pediu-me a chave do camarote para levar lá a Baronesa Dona Celeste enquanto durasse o intervalo.

O Conselheiro Ferrão intrometeu-se no diálogo:
- Amigo e Caríssimo Senhor De Durão! Gosto menos da Vossa faceta de filósofo e mais da de violoncelista. Deixai-vos de conjecturas inúteis e harpejai com Vossos dedos predestinados o nobre instrumento! Extraindo dele os acordes que acompanharão de forma sublime o meu celebérrimo cântico de Natal! Verá como nos acompanhará em coro, ainda que desafinado, esta assistência que enche o salão!

- É agora que entro? É agora?, ouve-se, como que em lamento, a voz do Lorde Dias António, por trás do pano ainda fechado.
Até aí calado e sorumbático, profere em voz tronitruante o Cavaleiro Abranches, famoso pelas suas batalhas no Novo Mundo que Colombo descobriu, e que se queixa:
- Fui ao "foyer", procurando por um vinho Reserva Vintage do Dão. Até parece impossível num salão de tal nobreza, mas a verdade é que só têm vinho com dois anos. E nem sequer decantador usam! Claro, para beber surrapa de plebeus, prefiro passar sede…
O pano sobe, aos solavancos...
Fim do 4º episódio


O que se passará a seguir?
Como prosseguirá o evento teatral?
Novas e estranhas personagens virão a terreiro?
A feiticeira de Caria irá ler a sina a alguém? Adivinhará o futuro de Dom Rafael e da Baronesa Celeste?
Não perca as cenas dos próximos capítulos!