quinta-feira, 19 de abril de 2012

A VIDA É UM TEATRO ...


Autoria: PPP-Parceira Pública e Privada “QuitoFelicio”, de irresponsabilidade limitada

Burburinho no rico salão. Cumprimentos, risos, conversas entre os membros da Corte que se preparam para assistir à representação cénica que se iniciará dentro de minutos.

Na primeira fila, o Conde de Azurva, olhos bem abertos, sobrancelhas arqueadas, assevera ao Conselheiro Ferrão, que o Mundo não se cinge aos Reinos da Europa e que, nas suas inúmeras viagens se deparou com culturas e tradições milenares que metem a um canto a História dos quase bárbaros povos europeus.

Refastelados nas poltronas ali perto, o Cavaleiro Abranches, também pintor, o filósofo Abilio De Durão, a Condessa de Lousada, empertigam-se e disfarçadamente percorrem o salão com o olhar.

Os lustres subitamente apagam-se e ouvem-se por trás da cortina de veludo vermelho que esconde o espaço cénico, repetidas pancadas no sobrado do palco a que anos mais tarde viriam a chamar de Molière.

Um silêncio profundo aquietou a nobre assistência.

--------------------------------------------

O pano sobe lentamente…

À esquerda alta, sob um potente jorro de luz que o destaca no palco vazio, a única personagem em cena. Era o Lorde Dias António, Pintor Oficial da Corte, postado frente a um cavalete, a paleta de tintas na mão esquerda e meia dúzia de pincéis na direita, vestido de gibão negro encimado por uma gola plissada, boina descaída na cabeça, calções de folhos às riscas, meias justas cor de rosa e sapatos brilhantes pontiagudos com enormes fivelas prateadas.

- É agora que eu entro? – pergunta Lorde Dias, em voz sonora.

- Não! Não!, Ainda não é agora! – foi a resposta de uma voz roufenha que parecia sair das catacumbas.

Era o Senhor de Viana, nomeado Ponto Real, que o público adivinhava escondido atrás de uma caixa central, de onde saiam espessas baforadas de fumo.

- Está bem, está bem já aqui não está quem falou!- retorquia o pintor, dando duas pinceladas na tela.

- Quando for a tua vez eu digo-te Lorde do Caraças!, sussurrava o ponto.

Pela direita baixa, entra a correr Dom Rafael tocando um enorme bombo, enquanto anunciava o próximo banquete:

- Nobres Senhores, Estimadas Senhoras, Apetecíveis Donzelas! Daqui a quinze dias terá lugar um faustoso banquete nos jardins do Palácio do Monteiro-Mor, digno senhor da herdade da Várzea do Mondego!

Dava mais duas bombadas fortes no tambor e prosseguia:

- Haverá veado no espeto, touro às fatias, faisão sem penas, palmípedes no forno e muitas outras iguarias! Será uma honra poder contar com a presença de Vossas Senhorias. Vos peço que me confirmeis a Vossa ida a este banquete, preenchendo o pergaminho que vou mandar distribuir e entregando a quantia de dois cruzados para custear as despesas.

Mais duas bombadas e novo pedido:

- Se preferirdes deslocar-vos à Quinta do Monteiro-Mor na data aprazada em coches puxados por parelhas de cavalos puro sangue, acrescereis à espórtula mais meio cruzado.

Nova baforada de fumo se desprendia da caixa do ponto e ouvia-se:

- Tens que dizer o local e a hora de partida, carago!

- Ahn? Que é que foi? – perguntava Dom Rafael olhando para a caixa, com a mão em concha no ouvido.

-Não trouxeste o funil para ouvires melhor, percebi!, rosnava o ponto por entre dois ataques de tosse.

E repetiu, agora em voz mais alta:

- Tens que dizer de onde é que partem os coches e a que horas, porra!

- Ah, está bem, já percebi. Não precisas de berrar que eu não sou surdo!

- Ilustres fidalgos: a hora da partida será 3 horas depois do sol nascer, junto ao portão do Paço Real!

- É agora que eu entro? – perguntou de novo o pintor.

- Não, quando fôr eu digo-te! Deixa-te estar aí! – respondia o ponto…

- Correcto e afirmativo, dizia o pintor, molhando um pincel na boca antes de o passar na paleta.

Dom Rafael percorre o palco de uma ponta à outra, sempre tocando o bombo.

Abre-se de par em par a janela do primeiro andar do solar desenhado no cenário ao fundo.

Assoma uma esbelta donzela, de vestido escarlate com grandes folhos violeta, decote generoso deixando ver o colo branco, a cintura e o tronco espartilhados por colete apertado por atilhos brancos em cruz, segurando uma rosa cujo perfume ela aspirava com olhar sensual.

Era a Baronesa Dona Celeste, romântica donzela a que aspiravam todos os jovens nobres da Corte.

Fim do 1º episódio

Será finalmente desta vez que Dom Rafael irá declarar o seu amor à Baronesa?

E o pintor Oficial do Reino? Será que por fim vai entrar em cena?

Não perca as cenas dos próximos capítulos!

-----------------------------------------------

47 comentários:

  1. A esta peça de teatro, lamentavelmente, não foi atribuído qualquer subsídio estatal ...
    OS AUTORES

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Eu, Condessa de Lousada, atendendo à categoria desta já famosa peça de teatro e às dificuldades que os autores atravessam, e sendo o meu desejo maior, ver as cenas dos próximos capítulos, resolvi abrir os cordões à bolsa e subsidiar TOTALMENTE todas e quaisquer despeças inerentes a tão famoso feito!!!!! Peço portanto aos jovens autores, que façam uma estimativa do valor que será necessário, para poder fazer o empréstimo ao Banco....porque uma condessa que não é falida....não é digna desse título nobiliário.....

      THERESA-----CONDESSA DE LOUZADA

      Eliminar
    2. Teresita, vais entrar com "algum" ? Isso é que é falar !!!

      Eliminar
  2. É assim mesmo, Rui !!! Desanca-os !!!
    Quem não se sente, não é filho de boa gente ...

    ResponderEliminar
  3. Então agora os nossos romancistas viraram a ficção para o teatro!
    A que obriga a crise!
    Não se contentavam com as ajudas de cus(t)po pelos romances escravinhados, que me têm feito diminuir a conta bancária!
    Mas esta parceria público/privada não vai escapar à Tróika que já me enviou um comunicado dizendo que a mesma viola o acordo e que não permite mais despesas.
    Mas estejam descansados porque já a informei que consta do protocolo entre os signatários do acordo, Rui Felício, Quito e ADM, que os primeiros assumem todas as despesas das sua contas pessoais, não estando o ADM obrigado a qualquer pagamento de ajudas de cus(t)po!
    No entanto o ADM regogiza-se)é com j ou g?) e aplaude esta inicitiva que muito contribui para elevar entre os nossos amigos visitantes o gosto pelo teatro!
    Neste 1º episódio chamou-me mais a atenção "as apetecíveis donzelas" e as bombadas no meu bombo tipo saltimbanco, anunciando banquetes, etc,etc.
    Também estou para ver os desenvolvimentos sobre a Baronesa Dona Celeste!
    AH e o ponto D, Bianinha que fale mais baixo e cuidado com as bafuradas do tabaco...que enegrecem as pinturas do Lorde Dias António!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Senhor Dom Rafael
      Palpita-me que para "conquistardes" o coração da Senhora Baronesa, ides fartar-vos de dar ao bombo ...

      Eliminar
    2. Se tiver folgo para isso Sr Dom Quito, famoso (cu)autor da já tão falada peça de teatro!!!!!! Duvido que, Dom Rafael depois da longa paragem sem "bombar", tenha força nos seus membros superiores, para matraquear e conquistar a tão bonita e frágil donzela Srª Dona Baronesa Celeste!

      THERÉSE----CONDESSA DE LOUZADA

      Eliminar
  4. Já que me puseram refastelado numa poltrona, na poltrona vou ficar na companhia de tão ilustres acompanhantes...
    O 1º episódio, que não acto, foi um episódio de bombadas, acompanhado por um pintor que ninguém ainda sabe se o é, e duma figura fumegante, mas não menos importante, acoitada num buraco supostamente escuro, talvez apertado, que de quando em vez manda uns palpites.
    Estamos no intervalo, vou lá fora comprar uns chocolates para adoçar a boca à Condessa. Até já.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Senhor Dom Abilio
      Já que foi comprar chocolates, agradece-se a fineza de não atirar os papeis para o chão ...
      Obrigado ...

      Eliminar
    2. Será filósofo Abílio de Durão, que a figura fumegante acoitada num buraco escuro supostamente apertado(e de que maneira!!!) era a mim, Condessa de Louzada ,a que se referia????? Entreleio um certo desdém e até uma certa amargura nas suas palavras....será que é pena e raiva por não estar acoitado comigo no mesmo buraco escuro????
      Se assim for, desde já o informo que estas supostas intenções serão motivo para um duelo com sítio e hora a combinar....

      THERÈSE------CONDESSA DE LOUZADA

      Eliminar
    3. Faz bem filósofo Dom Abílio de Durão!!!!! Se me quer adoçar a boca, de preferência, em vez de me trazer uns míseros chocolates Regina, traga uma caixinha de GODIVAS que me fazem menos mal.....Adoçando-me a boca desta maneira quem sabe se não darei um passeio consigo pelos jardins do Palácio!!!!!!......

      Eliminar
    4. Andaste cheio de sorte. Eu tinha-te posto sentado no camarote!
      Mas, vá lá, tiveram consideração pelo teu honroso passado.

      Vá, diz-me o que estás a pensar, com amigos destes...

      Eliminar
    5. Esta era para o Dom Durão que está lá em cima a cagar postas de pescada...

      Não é nada contigo, Teresinha, já percebi que não sabes o que é uma "caixa de ponto" mas não é grave. Não é do teu tempo...

      Eliminar
    6. Sei, sei Bianinha!!!! Esqueces-te que no meu tempo do Colégio S. José, fui uma afamada "artista"???? Só que, como era preguiçosa não estudava os guiões recorrendo quase sempre ao "ponto"! As freiras viam-se numa fona comigo....Bons tempos!!!!!!

      Eliminar
  5. Senhor Dom Abilio de Durão,
    Não pense que vai ficar refastelado o resto do tempo ao lado da Condessa, sem que ninguém mais o incomode!
    Prepare-se que nuvens negras se lhe acastelam!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. O Dom Abilio ao lado da Condessa ...era o que faltava !!!
      Nem "c'agente" tenha que mudar o guião de emergência ...

      Eliminar
    2. Não, não mude Dom Quito, ilustre (cu-autor)....o guião está bacana e o Dom Abílio é inofensivo....ou não fosse ele filósofo!!!!!!!

      Eliminar
    3. Querida Condessa depois dum convite tão livremente alvitrado para nos acoitarmos, no suposto raciocínio que a Vª. Senhoria me referia no que escrevi, sabei de que era ao grande ponto do norte, o famoso Dom Bianinha...
      Vós sois de boca fina, desejosa e prazenteira, por isso vos digo que sois merecedora de coisa muito melhor que Godivas...para vós serei portador de chocolate artesanal, de sabor único, exclusivo, feito integralmente... à mão. É de doce e lento deleite na justa medida em que se saboreia e derrete na boca.
      Sei que a Condessa o vai adorar.
      Querida Condessa por quem me toma? Filósofo ainda vá, que com palavras ainda vou levando o meu barco ... Inofensivo? Jamais ou, como diria o outro, jamé.
      Depois do intervalo convido-a para o meu camarote, sempre estaremos em bom recato. O furioso do bombo sempre ficará mais distante, estaremos livres das baforadas do ponto, dos salpicos do pintor, dos olhares furtivos do Conde de Azurva que emigrou para o Japão, bem como do palavroso Conselheiro Ferrão. Então aí vos darei a conhecer o prometido…o tal chocolate.

      Eliminar
    4. Eeheheheheh ... Dom Abilio no seu melhor ...

      Eliminar
    5. Eeheheheh...digo eu!!!! Estou tramada, o filósofo Dom Abílio de Durão chegou para mim....no que diz respeito ao convite um pouco mais íntimo no recato do seu camarote, (penso eu)? e à promessa de me dar a conhecer e provar o tal chocolate "artesanal"!!! Os meus olhos sorriem, a pituitária aguça-se antevendo o desejado momento de poder cheirar o delicioso pitéu artesanal, que tão abnegadamente o Dom Abílio de Durão quer partilhar e me dar a provar...já não falando no supremo e único momento do contacto desse segredo dos deuses, no meu palato....Sr. Dom Abílio de Durão...precavei-vos... eu sou fraca...levai o frasquinho dos sais para me reanimar, caso eu não aguente tal emoção!!!!! Aguardando impacientemente por tal momento, despeço-me do filósofo Dom A.de Durão...(durão????, espero bem que sim)
      A CONDESSA DE LOUZADA

      Eliminar
    6. Deixai-me tratar vos por Querida Condessa. Salivai, salivai, aguçai bem a pituitária que o pitéu vos vou dar a cheirar para gozardes em toda a plenitude quando saboreares o delicioso sabor dum chocolate de sabor único, de textura e rigidez adequada que lentamente se derrete no doce aconchego de quem o saboreia.

      Condessa, abri os olhos, está a começar o 2º episódio, vamos ver o que se passa.

      Eliminar
  6. Respostas
    1. Ri-te...ri-te, Rui Lucas ... algo me diz que também vai sobrar para ti ...

      Eliminar
    2. Agora ando sem tempo disponível:ando a engordar as osgas para fazermos uma fritada no picnic do Jamor...

      Eliminar
    3. Eu sou mais bolos, mas tudo bem.
      Siga a peça.
      O Pintor.

      Eliminar
    4. Com tanto bolo, tudo bem?
      Como é que estamos de diabetes?

      Eliminar
  7. Esta PPP auto-intitula-se de "irresponsabilidade limitada".
    Lamento mas não concordo. Eu classifico-a de "responsabilidade ilimitada"
    Esta dupla, que todos estimamos, chamou a si a responsabilidade de nos divertir e conseguiu fazê-lo de uma forma inteligente. Estou certo que também eles se divertiram!
    Mas não escolheram um caminho fácil, a caricatura escrita é muito mais difícil do que a desenhada e requer, ainda mais, o sentido de humor dos visados.
    Adorei os "bonecos" que desenharam na vossa Peça.
    Quanto ao resto, à escrita propriamente dita, não é novidade para ninguém, dois mestres!
    Aguardo com grande expectativa as Cenas dos próximos Capítulos.
    Um duplo abraço.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. E anda a procissão vai no adro, meu caro Viana ..
      Abraço

      Eliminar
    2. Os dois rapazes-autores são fantásticos.A criatividade e o poder da sua escrita são de grande valor.
      Que coisa mais divertida senhores...

      Eliminar
  8. Gostei, meus amigos, da vossa veia romanesca assim teatralizada!
    Lembrei-me dos folhetins do "Tide", que ouvia com a minha avó, em silêncio, para não perder o enredo da história.
    As personagens, vá lá saber-se porquê, parecem-me familiares!
    Os pintores, o ponto real, os espetadores, o homem do bombo, a duquesa,a baronesa...esta, de enorme falta de gosto, no seu vestido escarlate com folhos violeta, espartilhada, colo descomposto, enfim, só se safa a rosa!

    A continuação promete! Aguardemos.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Senhora Baronesa Celeste Maria
      Pela amizade sincera de que me tomei por vós, tenho a obrigação de vos alertar que esse fidalgote chamado Fernando Rafael, que é um fala- barato que se gaba de ter um castelo em Penela, e que passa a vida a rondar-vos a varanda, não é flor que se cheire. Precatai-vos da lábia dele, pois se lhe dais muita trela, quando deres por ela já foste no embrulho ...

      Eliminar
  9. E eu também sou boneco?Pois sou! Mas que boneco!
    Quando apelei à solidariedade para comprar o meu Lavacolhos, nikles!
    Agora é figura central nesta peça de irresponsabilidade Limitada!
    Mas a Sociedade de autores está atenta e vai exigir o cachet correspondente a cada bombada!
    E anoto a desconsideração de ter entrado pela "Pela direita BAIXA"

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Cala-te, castelão ...não azedes a conversa ...

      Eliminar
    2. Já viste a distinta "lata" do Castelão?
      Ainda se atreve a falar em cachets!!!

      Eliminar
    3. Mal agradecidos! Com boa vida à minha custa!Exploradores!

      Eliminar
  10. Upss! As minhas desculpas de só agora entrar em "cena". Adormeci! Acordei com o "relinchar" de um Lá Féria...que está atrás mim...a gesticular com o Lorde Dias António, pois diz que é feio lamber o pincel!!! E para cumulo, umas pipocas irritantes rebolam pelo chão, pois o alarve que as comia, deixou cair o pacote, salvo seja! Vou beber um bica dupla para não voltar a adormecer e trarei um ramos de orquídeas (rapinadas de um jardim aéreo) do predio, dito amaricano para oferecer às "apetecíveis donzelas"!!!? O "ponto"...só sairá do "buraco"...dita caixa de ponto...(Senhora DE Condessa do Ameal, digo Louzada!?)...no final do 5º acto (li algures que normalmente uma peça de teatro tem 5 actos..e portanto o guarda nocturno é que as vai pagar! Upps não era bem isto que queria escrever...inventei, pois à média luz...e sem lunetas...fico a aguardar o segundo acto! Suba o pano!!!
    O Cavaleiro De Abranches e não Abranches!

    ResponderEliminar
  11. Upss! As minhas desculpas de só agora entrar em "cena". Adormeci! Acordei com o "relinchar" de um Lá Féria...que está atrás mim...a gesticular com o Lorde Dias António, pois diz que é feio lamber o pincel!!! E para cumulo, umas pipocas irritantes rebolam pelo chão, pois o alarve que as comia, deixou cair o pacote, salvo seja! Vou beber um bica dupla para não voltar a adormecer e trarei um ramos de orquídeas (rapinadas de um jardim aéreo) do predio, dito amaricano para oferecer às "apetecíveis donzelas"!!!? O "ponto"...só sairá do "buraco"...dita caixa de ponto...(Senhora DE Condessa do Ameal, digo Louzada!?)...no final do 5º acto (li algures que normalmente uma peça de teatro tem 5 actos..e portanto o guarda nocturno é que as vai pagar! Upps não era bem isto que queria escrever...inventei, pois à média luz...e sem lunetas...fico a aguardar o segundo acto! Suba o pano!!!
    O Cavaleiro De Abranches e não Abranches!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Senhor Cavaleiro d´ Abranches
      Vossa Senhoria, ficou tão entusiasmado, que até repetiu o comentário. Ou serão soluços ? Esta peça tem estrondoso êxito e não é por acaso que está à cinco anos em cena, sempre com casa esgotada. É DA QUALIDADE DOS ARTISTAS !!!

      Eliminar
  12. O êxito da peça deve-se menos à PPP que a idealizou e mais, muito mais, à qualidade artística dos actores que a interpretam.
    Porque, cada um no seu estilo, dão pano para mangas para a diversidade de situações que, bem exploradas por autores de maior gabarito e traquejo, que não estes, dariam azo a uma obra-prima do teatro...

    ResponderEliminar
  13. E mal sabem eles o que está para vir...

    ResponderEliminar
  14. Promessas...leva´s o vento.
    O Conselheiro Ferrão já gesticula e fala alto reclamando que isto nunca mais começa...já ameaça saltar para o palco e fazer um dos seus números...
    Já não sei o que hei-de fazer à Condessa com tanta luz de tão prolongado intervalo. Bem, vou ao WC.

    ResponderEliminar
  15. Senhor Dom Abilio
    Aliviai-vos de vez!!!
    O próximo ato é dramático, e nada mais enervante que um cavalheiro às escuras, a pedir para ir à casa de banho e a fazer levantar toda a fila da plateia...
    Compreendei ...esvazia o conteúdo da peça ... imaginai o silêncio, com todos a beber do que se passa no palco ..e V.Exª em alta voz : Dai-me licença que passe ...estou à rasquinha para ir urinar ...
    (Já agora ...também espero não ouvir na escuridão, o grito de alguma marquesa ...)

    ResponderEliminar
  16. A Condessa Thérèse de Louzada,de ascendência e sotaque gaulês, revelou-se muito mais atiradiça do que sua postura altiva no salão fazia supor...

    ResponderEliminar
  17. Ilustte e "encandescente" Condessa de Louzada...em vez de irdes dar uma passeio pelos jardins do Palácio com o Senhor Dom Abílio, não quereis dar um belo passeio no meu nobre e esbelto alazão? Já mandei colocar a "sela de senhorinha"...para que possa ir confortávelmente instalada!!!! Se aceitardes o meu convite...farei as "cortesias"...próprias da nobre corte!!! E a proposito de nobreza, gostaria que o Director do Teatro me informasse quem enviou convite a um Conde, que vejo lá atrás, cujo título foi comprado na Feira da Ladra poucos antes do 25 de Abril! Para melhor identificação, a sua Condessa está com um "leque dos chineses"....e usa uns binóculos de plástico!!!
    E por falar em binóculos. Um Conde (verdadeiro) que está mesmo repastelado na poltona à minha frente...sussurra ao ouvido da sua bela amada: - Com a tróika, bem podias tirar a haste de prata dos binóculos...e substituí-la pela gancheta do autoclismo do WC do teatro!!! As "Compra-se ouro e prata"...podiam comprar e, assim...disfarçavamos a crise...por uns tempos!!! E...quando começa o 2º acto?

    ResponderEliminar