Autoria: PPP-Parceira Pública e Privada “QuitoFelicio”, de irresponsabilidade limitada
Último episódio
A inusitada correria em palco do campónio Quitus, de facalhão em punho atrás de um bácoro, personagens que não faziam parte desta cena, esfarelou toda a trama cénica, que o Senhor de Viana, desvairado, azul de cólera e expelindo grossas bolas de fumo e fogo, qual dragão enfurecido, procurava reorganizar.
Por duas vezes o cavalete do Lorde Dias António caiu ao chão. Por duas vezes foi levantado. Foi numa dessas vezes que se conseguiu vislumbrar de relance o retrato que durante toda a peça o Pintor Oficial do Reino estivera a produzir com a sua reconhecida arte. Ouviam-se vozes entre a nobre assistência:
- Magnífico! Excelente! Bravo! Digno de figurar para a posteridade no Museu de Arte Conimbricense!
- Grande coisa! Tanto tempo para pintar um reles caroço de azeitona. E depois o vilão sou eu…Pffff…
Mas os próprios actores em cena, não resistiram a aplaudirem a pintura, e o Lorde, a pedido, lá lhes ia explicando as modernas técnicas que utilizava!
- Oh pá, é assim, pá: nada de grades, nada de gaivotas!, dizia ele…
- Isso é ponto de honra, para mim, companheiros! O segredo, pá, porra, está nas tintas, nos pincéis, na luz, no enquadramento! Mas a escolha dos temas é o mais importante! Aí é que está a Arte!
- Oh pá, é assim, pá: nada de grades, nada de gaivotas!, dizia ele…
- Isso é ponto de honra, para mim, companheiros! O segredo, pá, porra, está nas tintas, nos pincéis, na luz, no enquadramento! Mas a escolha dos temas é o mais importante! Aí é que está a Arte!
Esta obra que aqui admirais há-de ficar nos clássicos neo-realistas, corrente pictórica, coiso, pá, de que sou o prógono, o precursor…
O Senhor de Viana, perante tamanha indisciplina e desorganização, rasgou o guião e intimou os artistas a darem a peça por concluída e agradecerem ao público.
Da plateia, elevando-se acima do vozear, ouviu-se a voz potente do Conselheiro Ferrão:
- Vim eu perder o meu rico tempo para assistir à actuação de tantos e tão incipientes canastrões. Para mais de uma peça medíocre, mal encenada, sem a menor qualidade! Mais valia ter ficado no meu solar a preparar a próxima conferência que vou proferir no sumptuoso Palácio de Ribeira Fria, subordinada ao tema: “ As mezinhas para curar maleitas e os processos da sua manipulação e fabrico”
A um sinal do Senhor de Viana, entrou em palco todo o elenco. Os artistas enfileiraram lado a lado e lentamente aproximaram-se da boca de cena de mãos dadas, a que se juntou no extremo da fila, ele próprio Ponto do Reino, que acumulava com as funções de contra-regra.
Numa clara ilegalidade, ao usufruir cumulativamente de duas tenças reais!
Um passo atrás, vinha o Físico-Mor do Reino, Senhor de Melo e Pato, sobraçando e dedilhando o seu alaúde, envolvendo o ambiente com uma romântica e bela melodia executada com o brilhantismo que o tornou afamado no Reino e Além Reino.
Os actores curvaram-se pronunciadamente, em agradecimento ao público, dobrando a espinha, orgulhosos do seu desempenho e felizes pelo êxito patente no semblante e no comportamento dos selectos espectadores.
Recuaram dois passos, fazendo menção de se retirarem, mas a assistência obrigou-os a voltarem à ribalta, reforçando ruidosamente os aplausos. Pelo meio ouviam-se vozes:
- Bravo, Bravissimo! Encore!
Mais uma vez, se dobraram em prolongada e sincronizada vénia.
E mais duas, três, quatro vezes…
Todos se curvavam? Não, todos não! O Senhor de Viana, apesar das insistências dos actores, explicou:
- Não me curvo! Não dobro a espinha perante ninguém!
Tão precipitadamente o fez que, tropeçando nos próprios sapatos pontiagudos, voou por cima do fosso de orquestra e aterrou no colo da Condessa de Lousada, sentada na primeira fila, que o aconchegou perguntando-lhe com ternura se estava magoado.
No cadeirão ao lado, cheio de ciúmes, o Conde de Azurva invectivava o Pintor, acusando-o de se estar a aproveitar da situação:
- Chega, Carissimo Lorde! Não exagere! Se não se magoou, como parece, é hora de regressar ao seu cavalete!
Do outro lado da Condessa, o Cavaleiro D’ Abranches, corroborava e reforçava os reparos do Conde:
- Também acho, Ilustre Conde! Tendes carradas de razão! É uma ignomínia este descarado aproveitamento do calor do colo da educada e bela Condessa que, na sua ingenuidade, ainda não percebeu que, porventura, o Lorde até terá feito de propósito para se estatelar.
O pano cai repentino, abrupto!
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Os fortes aplausos prolongaram-se, ainda assim, por longos minutos!
Da lateral, pela frente do pano de cena, a insistentes chamamentos da plateia, acorreram os protagonistas Dom Rafael e a Baronesa Dona Celeste que, num terno abraço se beijam apaixonadamente. Ele de bombo a tiracolo, dificultando o abraço. Ela, fresca, airosa, tentando tornear o incómodo instrumento.
Lágrimas humedeciam muitos olhos. Era a prova de que o seu idílio iniciado em palco se iria prolongar na vida real, por muitos, muitos anos!
FIM
Gostei! E também gostei de "entrar" como Físico -Mor do reino (eu que sempre fui tão mal na Física...não fora a Dra. Odete , explicadora de cábulas...ainda estaria no 7º ano...)e foi bom dedilhar o Alaúde de plástico...
ResponderEliminarO Conde e a Condessa d'Azurva na terra do Sol-Nascente, têm alguma dificuldade em acompanhar as crónicas do que se vai passando no cantinho à Beira-Mar plantado.
ResponderEliminarPretendem fazê-lo logo que regressem, o que só irá acontecer no dia 9 do mês de Maria!
Tá bem, prontus...
EliminarPor esta vez estás desculpado mas não voltas a sair por tanto tempo sem autorização do Senhor Administrador.
Já chegamos à Madeira, ou quê?!
Ai se eu mandasse...
O Campónio Quitus de facalhão? Não acredito que seja para abater um intruso bácoro, que fora do guião resolveu enfurecer o Ponto-Senhor de Viana!
ResponderEliminarMas se foi verdade o bácoro deve ter sido encomendado pelo restaurante “ O Típico” da Mealhada com quem um contracto que já dura vai para 60 anos!
Um contrato de sociedade, Dom Rafael!
EliminarQuando há tempos lá fui jantar com o Regedor de Salgueiro do Campo, eu bem vi com que deferências foi tratado.
Como verdadeiro sócio!
E, na hora de pagar a conta, o gerente disse-me. Está tudo pago!
E agora percebo…
O fornecimento dos bácoros é feito pelo Regedor e a sua assadura pelo sócio.
A simpática empregada que nos serviu, disse-me que o restaurante está a ter grandes prejuízos porque os bácoros que o sócio.Regedor fornece são pagos a preços muito mais altos que a concorrência.
Aproveito para agradecer ao Quito o bom jantar com que me obsequiou e que simpaticamente fez questão de me oferecer, ficando “por conta da casa”…
Sim e estendem a passadeira vermelha para se chegar à mesa…mas só para ele e sua São! Os convidados têm que esperar que levantam a passadeira
EliminarAcredito: O ponto Senhor de Viana tem estes “repentes” e já tossindo desordenadamente e deitando o fumo do tabaco por tudo o que era buraco, que nem bácoro à frente do Campónio Quitus, despediu o pessoal!
ResponderEliminarFalas assim porque não foste tu que tiveste de limpar aquela merda toda!
EliminarPegaste no bombo e na maçaneta e fugiste que nem um foguete em dia de festa.
Cá ficou o lacaio para esfregar o palco!
Ao contrário do que consta na peça sobre o Conselheiro Ferrão, nada foi confirmado que algo tenha proferido, porque ninguém o viu, a não ser que as bafuradas de fumo do Senhor Viana o tivessem tornado invisível
ResponderEliminarNem me fales nesse tal de Conselheiro Ferrão.
EliminarNão são as minhas baforadas que o tornam invisível. O gajo andou a ver aquela série dos anos 70, O Homem Invisível, e resolveu imitá-lo na vida real.
Temos de arranjar umas ligaduras para nelas o envolver e assim o tornar visível...
Se tiveres paciência para ler o diário do Ponto, verás que já lhe dei na tarraqueta. Até lhe chamei cagão! Consolei-me...
Vais ver que nem assim o grande estupor aparece em cena. Deu-lhe para ali, o que é que se pode fazer?
O autor deste acto não deu o devido relevo à entrada do Físico-Mor do Reino, Senhor de Melo e Pato para dedilhar o seu atúde, pois lamentavelmente não fez entrar em cena Com Rafael e seu bombo de Lavacolhos para estrondear com batidas vigorosa, despertando a sonolenta assistência, para assistir finalmente a um momento de “alto gabarito”, como diria Lorde Dias António!
ResponderEliminarUns caiem no colo da Condessa e ficam dormindo aconchegados…outros piscam o olho à Condessa, mas porque sou surdo nem ouvi qualquer sussuro!
ResponderEliminarA plateia foi muito generosa e muito sensibilizaram Dom Rafael e a Baronesa Dona Celeste…que ainda estão a beijar-se apaixonadamente…desde há mais de 50 e muitos anos!
ResponderEliminarObrigados pelas lágrimas
Saúdo o comentário do Rui Pato, assumindo sem rodeios o espírito da teatrice.
ResponderEliminarE saúdo a presença do Alfredo que, mesmo desterrado em longínquas paragens, não quis deixar de referir-se a esta popularucha encenação.
Faço-o com a grande admiração e consideração que por ambos nutro, igualmente extensível a todos quantos aderiram e colaboraram, através dos seus comentários e senso de humor, a esta iniciativa da PPP que, como já foi dito, mais não pretendeu que caricaturar e registar a traço grosso o que nos marca e define.
De uma forma leve e despretensiosa, mas séria, para reforço dos laços de amizade que já existem, conseguidos muito pela incansável e persistente acção do Rafael, mas que nunca é demais sedimentar.
No filme “Explode Coração”, Dustin Hoffman demonstrou que rir de si mesmo é um acto de inteligência e sinónimo de forte personalidade e de auto confiança, só próprias das pessoas seguras do seu valor.
Missão cumprida !!!
ResponderEliminarComo co-autor com o meu amigo Rui Felício e igualmente "ator" nesta peça, aqui venho para manifestar o meu regozijo, pela forma como muitos alimentaram este teatro Tide, com os seus jocosos comentários. Sem vós e o vosso espírito, duvido que esta pequena paródia entre amigos, tivesse chegado ao fim.
Na realidade, desde o início, esteve sempre presente na nossa preocupação, não escrever algo que pudesse ferir a susceptibilidade das pessoas. Felizmente, todos entenderam da boa intenção dos autores.
Para todos, o meu muito obrigado.
Para ti, Rui Felício, que comigo passaste muitos momentos ao telefone, na articulação desta "peça de teatro", sempre no respeito das ideias de cada um sobre e matriz da própria escrita, vai a minha saudação.
Afinal, de comum, algo que é o cimento de uma amizade fraterna que nos une a nós e aos amigos:
E esse cimento não é mais que O BAIRRO DA NOSSA INFÂNCIA ...
Um abraço a todos
Disseste tudo, Quito! És a pessoa mais sã, educada, despretensiosa que conheço.
EliminarO único defeito que te conheço ( quem os não tem? ),e que já tenho referido, é o da excessiva modéstia relativamente às tuas capacidades, ao da escrita que contigo nasceu para todo o sempre.
Nos bastidores, foram dias inolvidáveis a preparar contigo esta "peça".
Obrigado!
Disseste tudo Rui!!!!
EliminarO Quito é tudo...e somente o meu Amôri, ou seja o "Amôri" de todos os seus AMIGOS!!!!
Melhor...não há!
Em tempo: no respeito das ideias de cada um e matriz da própria escrita ...
ResponderEliminarHá ali um "sobre" que não faz parte deste guião ...
(agora vou dar um abraço ao Paulo Moura, na abertura da sua exposição na Relicário da Rainha Santa).
Até logo ...
Ai daquele que não saiba rir de si mesmo...é bem verdade!
ResponderEliminarOra esta PPP trabalhou com muita criatividade, bom humor e amizade conseguindo
pôr-nos a "brincar" saudávelmente.
Um aplauso afectuoso,amigos para sempre!
E viva o 25 de ABRIL!
Viva! Só esmorecerá se nós deixarmos!
EliminarJá me ia esquecendo. Um beijinho afectuoso à estalajadeira Olinda, a mais esfusiante e simpática donzela do nosso Bairro, que se comportou lindamente, fazendo ouvidos moucos aos avisos e recomendações ciumentas do Carlos Viana, para que se acautelasse com o Conde da Ericeira.
EliminarQue mais não é do que um plebeu, afinal!
Bem avisada foi mas não deu ouvidos aos bons conselhos, de tão encantada que ficou com as doces falas daquele fidalgote. Bem o conheço, Casanova dos modernos tempos...
EliminarMas o comentário da linda Olinda é sério e merece resposta séria:
penso que traduz o sentimento generalizado de todos aqueles que por aqui se passeiam de forma séria, brincando de forma saudável como só o podem fazer os bons amigos.
Um beijo muito amigo.
(espero, Senhor Fidalgote, que não lhe dê nenhuma crise de ciúmes...)
Já agora, no meio de todas estas conversas, julgo que não te dei os parabéns, a ti e ao teu parceiro da PPP, pelo excelente momento que nos proporcionaram.
Mas não é preciso, pois não?
AQUELE ABRAÇO para ambos os dois, aqui fica exarado em acta e fica aqui muito bem.
Amigo Viana,sempre a considerar-te...os conselhos cá estão bem interiorizados para me acautelar( caso seja necessário) com este Conde ou qualquer outro!
EliminarBeijinho
Ainda nao estou em mim, ao ver o Lorde Dias António ao colo da encantadora Condessa Tereza de Louzada! Já pedi um copo d´agua, para rapidamente tomar um "xanax"...dois a conselho médico! Depois quando acalmar...escreverei o que me vai na alma! Mas o teclado insiste no "copy paste" que tenho no rodapé do laptop...SOBERBO !!!...BRAVO !!!
ResponderEliminarSó a mente prodigiosa do Rui Felício, do Quito & Cª( todos os intervinientes, actores e comentaristas incluídos) poderia fazer um êxito estrondoso desta "A VIDA É UM TEATRO"! PARABÉNS! Beijinhos e...flores para as donzelas!!!
Bem Vos entendo Cavaleiro D' Abranches.
EliminarBem Vos entendo!
Julgáveis, porventura, que não estávamos atentos aos Vossos avançoes para a conquista da Condessa?
Bem vistas as coisas, e nisso concordares comigo, o Lorde Dias António era a pessoa que mais merecia descansar no colo acolhedor da nobre Condessa.
Afinal, foi o único actor que aguentou a pé firme toda a peça e o próprio intervalo, sem arredar pé do canto do palco que lhe foi destinado.
Devia estar cansado, como é natural!
O plebeu Conde da Ericeira
As flores são CRAVOS VERMELHOS!!!
ResponderEliminar"Chapeau"!
ResponderEliminarHat Tip!
EliminarProntus...
EliminarUm Grande Abraço aos escritores e actores.
ResponderEliminarGente toda, de fino trato.
Tonito.
Boa Amigo Tonito. Gostei da tua actuação. E desculpa qualquer coisinha, mas teatro é representação, é ficção...
EliminarSó um pequeno reparo:
EliminarChamaste-me Conde Engenheiro, num dos teus sucintos comentários.
Preferia que me tivesses chamado Conde Engenheiro Hidráulico...
Tens razão Felício, devia ter sido, Conde Engenheiro de Hidráulica e afins.
EliminarUm Abraço Menino.
Tonito.
Convenhamos que terei de concordar convosco, ilustre Conde de Ericeira (julgo que será gralha vossa essa do "plebeu" ...um Conde? Ah...hoje na medicina tudo é possível...sangue azul e sangue vermelho vos correrão nas veias!!!Dizia eu que terei de concordar, pois o pobre Pintor do Reino é homem de alto gabarito. Aguentou firme e hirto, lá no seu cantinho! A ainda a tenho atravessada na garganta, não uma espinha, mas essa do "vilão" há-de ser acalmada com um Barca Velha, embora saiba que de vinhos, qq um serve para o Pintor pois costuma dizer : - Cheio!!!
ResponderEliminarGranede abraço para o Senhor Regedor, que evitando as A1uns A2dois etc etc já deu corda ao sapatos e já chegou ao Alentejo! Julgo que foi fazer negócios de bolotas para o seu indisciplinado bácoro!!!
Barca Velha decantada, obviamente...
Eliminar´Nem eu estou em mim, gentil Conde de Abranches!!!!! Só de pensar na quantidade de "títulos" que os estimados autores escolheram para eu aconchegar no meu colo.....é dose!!!! Mas fico contente...porque até agora ainda não tive reclamações e é sempre bom saber que o meu coração é quente e o meu colo amplo e aconchegante sempre pronto a acolher os que mais necessitarem!!!!
ResponderEliminarDepois deste desabafo, queria agradecer aos meus queridos Amigos, Quito e Rui Felício os bons momentos que me fizeram passar! Acreditem, que é já com uma certa nostalgia que releio estes 6 Atos, escritos com tanto humor e amizade!
PARABÉNS pele vossa INTELIGÊNCIA, e obrigada pela v/ AMIZADE...um beijo grande para os dois!
Também uma palavra para os outros figurantes, ativos e não ativos que se mostraram à altura..... nem outra coisa seria de esperar!!!!!
Yes!
ResponderEliminarEste yes!! era para o...obviamente! Mas também fica bem no comentário da encantadora Condessa!!!
EliminarPela parte que me toca muito obrigada, Sr. Conde de Abranches!!!!
EliminarConsidere-se beijado onde mais desejar!
CONDESSA DE LOUZADA
Infelizmente,caíu o pano!
ResponderEliminarAgradeço o bem que me proporcionaram.Se a alma for coisa lavável,garanto que me lavaram a alma.
Parabéns à ilustre parceria e a todos os que sabem rir de si próprios.
Para todos,um grande obrigado.
O bácoro é personagem de início e fim deste ato!!!
ResponderEliminarComeçou por entrar a fugir do facalhão e a enfurecer o senhor de Viana, rasgando o guião e a obrigar os artistas a virem agradecer ao público com vénias e mais vénias, dando por terminado o teatro, de forma ilegal, acumulando funções de ponto e contra-regra!
Finalmente o artista, Pintor do Reino revelou a sua obra, apesar do rebuliço gerado e teve a sorte de aterrar em colo fofo...
O azedume do Conde de Azurva lá se vai desvanecendo por outras partes, mas o fidalgo D'Abranches continuava a resmungar.
O filósofo Durão ia fazendo propostas menos sérias à Condessa, agarrando a chave do camarote deixado por Dom Rafael e pela sua Baronesa!
E assim, com o porco a guinchar...a trama vai terminar!
Resta-nos festejar, à alegria, amizade e desejar mais representações.
Aos autores, um louvor pela categoria da escrita que conseguiu espicaçar a malta e... de forma brilhante!
“A Vida É Um Teatro” peça duma famosa PPP (não sei qual é o público nem qual é o privado), Rui Felício e Quito, que com o seu talento reuniram todos nós à volta duma história bem urdida e divertida, caricaturando alguns amigos.
ResponderEliminarSouberam estimular a participação dos que vos iam lendo e, através do contributo dos seus comentários, foram criando outras pequenas histórias dentro da história.
Obrigado pelos momentos proporcionados e cai o pano definitivamente.
O privado é o Quitus. Não foi ele que quis aumentar o preço dos bilhetes?!
EliminarVoilá...
Quanto ao resto, estou contigo, Bilito. Subscrevo integralmente o teu comentário.
Já agora, aproveita a embalagem e vê se te mantens mais por aqui, Sabes bem que a tua companhia é desejada e apreciada.
Raios partam o feisse!...
Tudo o que cai....se levanta, meu querido amigo!!!!
EliminarEsperemos pois, que o pano...pano, leram bem?, se levante, para dar inicio a um novo convívio entre nós todos!
OXALÁ.......
Ficaram sem saber se sempre fui ou não com a Condessa para o Camarote mas essa será a vossa eterna dúvida.
ResponderEliminarNa qualidade (ou defeito) de ADM desta espécie de blog quero agradecer aos dois dis...tintos escritores desta PPP Parceria Púdica ò Privada "QUITOFELÍCIO" que por Tele-conferência estabelecida entre Salgueiro do Campo e Ericeira escreveram utilizando o acordo ortográfico ainda sem as alterações que lhe vão serem introduzidas e já anunciadas um folhetim Tide à moda antiga para gáudio de uma plateia ávida dos episódios que à meia dúzia sai mais barato e lava mais branco a boa disposição dos leitores que se divertiram com pitorescos e apimentados diálogos entre os semi anciães Teresinsa Menezes a Condessa e Soares Durãoapelidado de filosofo misturados com bombos Baronesesa de marca Dona Celeste e um tal Rafael comDom atrás que não sei porque carga de água tinha a chave de um camarote que outros também queriam e que nem sei o que lá iam fazer um artista Pintor do Reino que diziam que não saía do seu canto e voando por cima de um caixote improvisado onde estava encafuado fumando um tal de Viana chamado muito engraçado verdadeiro Ponto que pediu dispensa da missão por não se entender com as buchas que metiam no texto e lhe faziam perder o norte até se metram com um casal de passeantes nipónicos que não ligaram pevide aos apelos da tróica e andaram a gastar as devisas da Merkel e seu compadre derrotado nas eleições francesas que vai passar a ter mais tempo para a sua Bruna muitas lembranças para um fisico quimico Pato que não se dispensou de umas fugases pinceladas que muito honraram esta espécie de blog e os comentários artisticos rabuscados dos manuais de fotografia que não dispensam grades nas fotografias que tanto azedume provocou no Pintor do reino apelidado de Lorde Dias António nomes trocados para disfarçar a quem escavacaram o cavalete borrando-lhe a pintura do quadro que tinha para apresentar e pintado a horas indecentes mas que diz estar tudo tratado foi lindo de morrer o pseudo romance quase quase até à últimas consequências não fosse a intromissão de uma extraterrestre ciumenta e deserdada que até ameaçou de esgananso abortando porque já é legal a quase quase de facto e unida junção dóLinda e Conde Ericeiro para arrematar todos estes episódios ainda apareceu um bácoro que um tal de Quitus trazia à trela e que tudo destabilizou porque farto de escrever papaias para a peça também quis dar mais nas vistas mas foi censurado por tal acto mal cheiroso e inesperado acabei poupando na pontuação que é bem melhor que poupar nos almoços não querendo fechar esta bela peça de literatura sem endereçar cumprimentos a um tal D.Sebastião cantor de branco de neve que até foi refernciado sem cá pôr os pés adeus e até aos próximos atos depois atados em livros de cordel para a posterioridade
ResponderEliminarQuerido Diário
ResponderEliminarHoje foi mais um dia muito complicado. Esta minha paixão pela arte de Talma ainda me há-de matar, que fazer?
Mal o pano subiu, irrompe pelo palco dentro a porra do porco que já ontem havia causado os estragos que bem te contei. O Campónio Quirtus, de faca em riste, bem lhe gritava: - Anda cá bácoro, anda cá meu grande filho da...
Mas quanto mais ele gritava, mais o estupor do porco fugia, mais grunhia e mais se mijava!
O Pintor Real, Lorde Dias António, levou com o animal em cima. Levou ele, levou a tela que pintava, os pincéis e a palete voaram para trás de cena, tintas espalhadas por tudo quanto era palco, enfim ... estás a imaginar a cena.
Valeu o sangue frio de Real Pintor que, mesmo sem eu lhe dar entrada, pegou no que sobrou da tela inacabada e dirigiu-se ao público desenvolvendo elaboradas e avançadas teorias de técnica de pintura.
O público gostou das explicações técnicas, havendo uma voz discordante - há sempre um espectador destes ! - que perguntava alto e bom som :
- E o vilão sou eu? Sou? Anda cá para baixo que eu digo-te com quantas gaivotas se faz um bom quadro...
Claro que, do meu lugar de Ponto, não conseguia perceber de quem era aquela voz discordante mas algo me diz que seria a do mui nobre Cavaleiro D'Abranches que há muito anda desaguisado com Lord Dias António por causa de uma grade, não sei se de águas das Pedras se de vinho de alto gabarito.
Mas, querido diário, para aumentar a confusão, ouvia-se ao fundo da plateia uma voz dissonante que gritava a plenos pulmões que caía neve lá fora e que ameaçava despir-se ( vejam bem ! ) se o não deixassem subir ao palco para arengar sobre um tema que tinha a ver com as mezinhas para curar maleitas e os processos da sua manipulação. Disseram-me, no fim do acto, que era o Conselheiro Ferrão, muito estimado em todo o Reino mas que anda armado em cagão e que vem ao teatro disfarçado porque não quer que o vejam. Vá-se lá saber porquê!
ResponderEliminarNo meio de toda esta confusão, apercebi-me que tinha o guião ensopado em mijo de bácoro! O pobre do animal tanto se mijou, ao fugir da facalhona do Campónio Quitus, que repassou o palco e entrou na minha caixa, no guião e em mim.
Fiquei desesperado, sem guião e sem mais paciência, quis acabar de imediato com toda aquela cena triste, dei toque de retirada de cena a todos os actores pensando, comigo mesmo, que o fiasco estava consumado e nada mais havia a fazer.
Mas eis que surge o milagre!
Com toda a tranquilidade, sereno e com prazenteiro sorriso, entra pela esquerda alta o Senhor de Melo e Pato, Fisico-Mor do Reino, dedilhando, no seu alaúde, lindas baladas de amor. Fez-se silêncio, até o porco parou de grunhir, e eu ainda lhe sussurrei um pedido: - canta aquela do "eles comem tudo, eles comem tudo...". Mas ele não estava para aí virado. Respondeu-me, também entre-dentes, que só por ali passou porque era o 38º. aniversário de não sei quê.
Ainda lhe pedi que ficasse connosco mas disse-me que tinha um nobre doutro Reino à sua espera. Parece que percebi que o tal nobre se chama Dom Feisse qualquer coisa que não deu para perceber bem.
Mas este brilhante momento de alaúde fez com que toda a plateia aplaudisse calorosamente, com que os camarotes explodissem em sonoros "bravôs".
Aproveitei aquele bom momento, e "pontei":
ResponderEliminar- agradeçam, agradeçam ao público, seus coirões...".
São actores indisciplinados mas não são burros e perceberam que havia que aproveitar a generosidade do público. Na boca de cena, desdobraram-se em elegantes vénias e quanto mais agradeciam mais o público aplaudia.
Tudo parecia destinado a acabar em beleza mas, pois claro!, o raio do porco deu uma grunhidela que fez com que o sensível Pintor se assustasse e corresse desenfreadamente para fora de cena, em direcção à plateia, caindo aparatosamente no regaço da esbelta e mui nobre Condessa de Lousada. No seu jeito maternal, a Senhora Condessa acarinhou-o e foi dizendo para o seu filho adoptivo, o Conde de Azurva, que não tivesse ciúmes pois ele era o seu único amor. Teve, ainda a Senhora Condessa, no seu jeito muito próprio de gerir conflitos, de tranquilizar o Cavaleiro D´Abranches que continuava a vociferar, de forma muito educada, diga-de, contra o Pintor que já nem sabia do pincel e da tela...
Mas, para complicar ainda mais as coisas, há sempre alguém a complicar!, o Filósofo Durão não perdeu a oportunidade para mais um descarado assédio à Senhora Condessa. Tem vindo, desde sempre, a tentar a sua sorte com a bela Condessa mas é fora de cena que a tenta e se tenta e por isso não posso intervir, em defesa dos bons usos e costumes, como bem me apeteceria.
Tenciono mandar mensageiro à sua nobre Consorte, Condessa Dona Maria José que não é merecedora de tão vil traição. Vou-lhe recomendar que passe a vir ao teatro para ver o que aqui se passa. Não vai gostar do que vê e vai meter o Filósofo nos eixos. Ai vai, vai...
Farto-me sempre de rir com a tua prosa, Viana !!!
EliminarEXCELENTE ...
Toma lá um abraço
E é bem-feito!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
EliminarComo estás a perceber, querido diário, eu estava a ver que tudo voltava ao total fiasco mas, ideia das ideias!, mandei um grito que se ouviu na última fila da plateia, para mandar entrar Dom Rafael. "Larga a merda do bombo, traz só a maçaneta e a tua Consorte e vem agradecer ao público".
ResponderEliminarNem gritando como gritei ele ouviu tudo e lá entrou em cena, com o bombo a tiracolo
Mas com a entrada da Baronesa Dona Celeste que, airosa e fresca como todas as puras donzelas, acarinhava a farta cabeleira de Dom Rafael, o público entrou em autêntico delírio desdobrando--se em aplausos e muitas lágrimas de sentida comoção se podiam ver nas faces de muitos espectadores.
O sucesso do espectáculo estava garantido e aproveitei para me pirar pela esquerda alta para baixar o pano já que o contra-regra se tinha posto na alheta desde a bronca da entrada em palco da porra do porco!
Olha, querido diário, com tudo isto fui nomeado Ponto/Contra-Regra. Sempre são mais 3 cruzados por cada espectáculo e da forma que está a vida há que aproveitar.
Vamos ver é se o empresário paga!...
QUE A COISA ESTÁ PRETA! O gajo só me fala no torneio do Jamor, e que precisa de "guita" e tal e coisas...
Começo a ficar desaPONTADO!
ó Bianinha que prosa a tua!!!!! Estou farta de me rir com esta análise tão perspicaz aos personagens desta inesquecível peça de Teatro, pontuada por tanto humor e saber escrever!!!!
EliminarNa minha opinião, os nossos autores foram felizes, pois tiveram inspiração dos deuses, na escolha do enredo e sobretudo na escolha dos personagens! Caricaturaram muito bem, tão bem, que passei esta semana agarrada ao PC, (não P. Comunista,ah,ah,ah) sempre à espera das cenas dos próximos capítulos, antevendo a risada certa que eu iria dar...e de que maneira!!!!
Adorei a minha personagem de Condessa...assentava-me às mil maravilhas...assim como se "assentaram" em cima, vários personagens, tais como o Pintor, o Filósofo e até um Conde...sorte a minha!!! Só me faltou o Regedor e o seu bácoro...o que vale é que eu com este poder de encaixe peitoral, sou uma autêntica Padeira de Aljubarrota..são sete de uma vez!!!!!
Beijinhos
Querida e velha amiga Condessa, como vós sois forte para aguentar tais investidas, mas pensai sempre que a vossa fogosidade também tem limites, e, por isso, poderás sempre contar com o ombro amigo de quem sempre se mostrou disposto a consolar os teus apetites.
EliminarSempre que queiras aquele doce chocolate que te enche a alma de prazer já sabes onde me encontrares.
Agora vou partir, vou ter com o Conde de Azurva pois estou encantado com o que por lá se come.
Com muita amizade e descupa qualquer coisinha...
Fartei-me de rir com este “ponto” que, escreve bem, muito bem, talvez com a inspiração da brisa silenciosa da madrugada.
EliminarTiveste a habilidade de transformar em herói uma personagem que, por vontade desta PPP, foi colocada num buraco apertado e escuro do qual se adivinha a única e suprema vantagem de ser um lugar privilegiado para apreciar as belas (e feias) pernas de quem pisa o palco… foi uma “manipulação” perfeita, mas com diabos merecias melhor lugar do que aquele que te foi atribuído, e, depois, nos dias de hoje já nem existem “pontos”. Um abraço
Apanhando o Ponto no corredor dos camarins, perguntei-lhe se no "guião" não havia uma missiva minha! Disse-me logo que não, pois lia-a várias vezes pela madrugada...e a tal missiva nao constava! - E as flores? - Quais flores? (questiona o Ponto)
ResponderEliminar- As que tinha enviado para serem entregues no final da peça à "menina dos meus olhos"!
Que não... que não. Só cravos vermelhos e para serem distribuídos pela plateia!!!
Eu sabia!? Eu sabia!? A carta que tinha enviado para ser incluída no "guião" não chegou ao destino. E, das duas uma...ou foi para "spam"...ou um tal Dom...cheio de ciumes a surrupiou! Mas nada com guardar numa pasta do Ambiente de trabalho, tudo o que se escreve.
E aqui fica, para a posteridade, o que me ia na alma...ao ver tanta beleza:
A ti, que trazes a primavera nos olhos e o sol nascente em cada mão;
A ti, em cujos passos à promessas de sonhos realizáveis;
A ti, eu quero gritar em voz estontorea de mil ventos, ou no sussuro inorquestrado de espuma morrendo na areia;
- És a Condessa da minha vida...bla bla bla...
Upps!!!? alguém entrou nos meus aposentos e desligou a ficha do computador!
O "caldo está entornado"!!!???
Mas não ficaria bem com a minha consciência...se não escrevesse isto, antes de despir o capote de Cavaleiro de Torre e Esppada, e as minhas belas botas...com as minhas belas esporas de alpaca!
O ainda Cavaleiro D´ o Reino.
Boa Leitão. Já temos material humano, para a próxima peça a "quatro mãos":
EliminarLeitão, Viana, Abilio e Rui Lucas ...
Abraço
Foi tudo bom.
EliminarRIR faz BEM.
Obrigado.
Tonito.
Ai, ai, ai Conde de Abranches, são para mim estas palavras e esta estonteante confissão????? Só um momento...tenho que desfalecer--------------------------------------------------------Já estou recomposta, mas mal, pois nunca imaginei ser o alvo de tão ardentes sentimentos!!!!
EliminarFizeste mal em não teres falado mais cedo meu Amigo, pois eu depois desta Peça fiquei arrasada com tantos TÍTULOS no meu colo! Até te digo mais...não posso com uma gata pelo rabo!!!! Não sei se é pelo peso dos ditos, se é pelo peso dos anos....
Beijinho
Também tu, Teresita, encheste de bom humor este espaço.Muitas das tuas intervenções, fizeram - me rir com vontade. Isso define-te como alguém com quem se gosta de conviver. Sem preconceitos, nem vaidades.
ResponderEliminarEu julgo que isto fecharia com chave de ouro, se conseguissemos fazer um almoço com todo o elenco visado, quer dos que estavam na plateia, aos que "evoluiram no palco, não esquecendo o sacrificado ponto. E, no nosso pensamento, os que entraram mas estão longe: BobbyZé e Torreira da Silva.
Estou certo que o Rui Felício, também alinharia. Mas, se calhar, estou a pedir de mais.
Toma lá um abraço
Obrigada querido Quito! Continuas a ser o coração d'ouro e o Amigão que eu adivinhei desde o 1º dia que te conheci!
EliminarClaro que a Rota da, Vida É Um Teatro, tem que se fazer...não se sabe quando, a malta não chega a um consenso, creio que por causa da data, eu por mim qualquer dia serve estou aqui por Coimbra e para já, não penso sair. Vou ver se este Domingo vou ao Samambaia e vocês estão por cá???
Esperando estar convosco brevemente, a minha amizade e um beijinho para Ti e São.
E porque não? Churrasqueira Rocha iscas de figado de leitão e também Leitão
ResponderEliminarO PM é tu cá tu lá churrasqueiros.
Outras sugestões, outras vontades...
O Dom Rafael "O organizador" já está de faca a fiada para a rota
Eliminar"A Vida é um Teatro".
Como sempre temos de comer vamos nessa. Churrasqueira Rocha, porque não? Cinco de Maio? Abre as inscrições.
Por mim tudo bem.
ResponderEliminarArrastarei as chagas para qualquer lado...
Gostava era que fosse num sítio em que haja comida e bebida...
Eu alinho....
ResponderEliminarVamos a isso, que a vida são dois dias!!!
ResponderEliminarCalma, malta ...
ResponderEliminarO Alfredo só chega do Japão a 9 de Maio. O Paulo Moura está ocupado no dia 5 de Maio.Por mim, gostaria de reunir o máximo número possível dos amigos da brincadeira que levámos a cabo.
Entretanto, já fiz saber ao amigo Felício da nossa intenção.
Saudações gastronómicas
De acordo,Quito.
EliminarPor mim,qualquer das datas serve.
Marquem e avisem.
Um abraço.
Eu alinho em qq data até fins de Maio! E até sugeria um almoço...por cada episódio!!! eheheheh
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