segunda-feira, 30 de abril de 2012

CNM - ACADEMIA DE MÚSICA - ANAQUIM UMA BANDA DE COIMBRA

Quinteto nascido em 2007. Vindos de Coimbra, ouvindo Portugal, cantando e tocando pelo Mundo. Biografia Depois do EP “Prólogo” (2008) e do álbum de estreia “As Vidas dos Outros” (2010) – que integrou a lista de “Dez Melhores Álbuns Nacionais” escolhidos pelos leitores da revista BLITZ --, os conimbricenses Anaquim regressam aos discos com “Desnecessariamente Complicado”. Um álbum em que a brilhante verve poética de José Rebola está agora ainda mais afiada (incluindo canções claramente de intervenção!) e em que a música está mais próxima do rock, embora sem nunca pôr de parte a paleta sonora que antes os caracterizava: o swing, a country, o jazz manouche, o cabaret ou a música portuguesa segundo os mandamentos de Sérgio Godinho ou José Afonso. “Desnecessariamente Complicado” contém catorze temas originais, foi produzido por Gil Figueiredo e tem edição marcada para 13 de Fevereiro, via Sons em Trânsito. Se no início Anaquim começou por ser o projecto pessoal de José Rebola – e o seu alter-ego assumido -- a recente gravação de “Desnecessariamente Complicado” culmina a afirmação do nome Anaquim como sinónimo de um colectivo de pleno direito do qual, para além de Rebola, continuam a fazer parte Luís Duarte, João Santiago, Pedro Ferreira e Filipe Ferreira. Sim, no novo álbum José Rebola é o autor quase exclusivo de letras e músicas, mas, segundo o cantor e compositor, “o resto da banda está mais interventivo nos arranjos, na transmissão das mensagens e na dinâmica dos espectáculos. E embora Anaquim seja uma personagem que continua a refletir alguns aspectos da minha personalidade, principalmente através das letras, transformou-se numa espécie de Captain Planet que só pode surgir com a união destes cinco Planeteers”. A verdade é que nunca como no novo álbum se sentiu tanto a luta de Anaquim contra uma quantidade surpreendente de “lados negros” – à semelhança do seu inspirador, Anakin Skywalker (“Guerra das Estrelas”). Em “Desnecessariamente Complicado”, José Rebola apura as conversas sobre as vidas dos outros, mas também é capaz de assinar poemas claramente auto-irónicos e atirar-se, sem medos nem vergonhas, a temas de clara intervenção política como o swingante “O Desilusionista” (o título diz tudo), o pungente “Livro de Reclamações” ou o folk-punk a dar para os Pogues “Hoje é um Bom Dia!”. Outro tríptico, este mais ensombrado, é formado pela marcha (quase) fúnebre “Se eu mandasse”, o psychobilly gingão com letra de filme de terror “A Semente do Medo” e uma inesperada pseudo-balada com piano (e orquestração, digamos, “celestial” no final) “O Jardim”. No entanto, estas trevas são contrapostas com temas surpreendentes como a lindíssima valsinha musette “Por aí”, o western “Onde acaba o Oeste?” (com Viviane a “duelar” com José Rebola entre um trompete mariachi e citações a Ennio Morricone), o ragtime fumarento de “…mas nunca em dias de Sol”, a pop descarada de “Já te disse mais de Mil vezes” e o jazz sexy de “Nós”. A estreia de Gil Figueiredo na produção desta obra de grande fôlego não é inocente: “Quisemos de propósito injectar alguma "frescura" no nosso som e o Gil surgiu como aposta conseguida. Desde o primeiro concerto que ele é o técnico de som da banda e uma espécie de sexto elemento com funções perto da consultoria. Uma das suas grandes forças, pela relação de proximidade, foi saber exactamente o que queríamos para este disco, pegar nessa visão e melhorá-la de acordo com os seus próprios padrões”, reforça Rebola. Depois de nos últimos dois anos terem dado dezenas de concertos – incluindo em festivais como o Sudoeste (duas vezes), Super Bock em Stock, Marés Vivas ou MED de Loulé, inúmeras Queimas das Fitas, auditórios e uma incursão no estrangeiro para participar na Ibero-American Week na Hungria – os Anaquim vão agora mostrar ao vivo a arte de “desnecessariamente complicar”. Descrição AGENCIAMENTO: marciacosta@sonsemtransito.com IMPRENSA: vee.bifa@gmail.com Enviado por Rui Ferreira

3 comentários:

  1. Aproveito esta postagem, para dizer aos amigos o que já disse ontem ao Fernando Rafael:
    Aconteceu-me um "drama". Estou sem computador e se calhar durante largo período, vou dormir para debaixo de um pinheiro ...
    Um abraço a todos os resistentes do E.G.
    Quito

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  2. Para quê dar os seus "passeiozitos pelo céu" quando se tem 27 anos se, no Planeta Terra hà ainda gente desta a produzir pequenos paraisos sonoros como este?

    Francamente ADOREI! E para mais, uma banda vinda de COIMBRA, my hometown!!!!

    Aquele ukelele (cavaquinho) é mesmo genial!Nao é desnecessàriamente complicado constatar que a actualidade politica serve maravilhosamente bem a inspiraçao do Zé Rebola. Acreditem que irao longe!

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  3. Malta simpática e competente!
    Vi a apresentação deste trabalho no TAGV e gostei muito.
    Vou-os ouvindo a ensaiar, aqui, na minha janela!
    Acredito no seu sucesso.

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