quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Enganei-me... ou não!

Ainda ecoam, aqui pela minha pessoa, os muitos sons e ruídos do 3º Encontro de Gerações. Aquele evento tem o seu quê de magia transpondo-nos para outros tempos, pondo-nos em contacto com alguém que não víamos há mais de 40 anos (será possível?) e que, teimosamente (e estupidamente), conservamos na nossa memória tal como era então!
Ao som das músicas, bem populares, com que bailámos e pulámos, naquele final de tarde, atrevi-me a pedir uma dança a um dos meninos com o qual não contactava há longos anos... levei tampa! Não directamente, porque a boa educação não o permitiu, mas a desculpa esfarrapada do cansaço, enquanto permanecia, com visível esforço, dançando com quem o seu livre arbítrio decidiu... evitou a tal dança pedida! Fiquei a meditar, dançando alegremente com toda a gente - Como fui (sou) inocente, julgava (mais uma vez) que ainda eramos todos meninos, ao menos por um dia!
Conclui que, na verdade, o passado passou (logo eu, que até nem sou de saudosismos) já não mói moinhos nem une o que não tem que unir. Conclui que ser inocente aos 59 anos não deve estar na moda. Conclui, mais uma vez, que a liberdade de escolha é um bem a preservar!Conclui, ainda, que todos os caminhos estão certos porque são os nossos!

Paz e Bem

7 comentários:

  1. É bem verdade o que a Mariazinha escreve!
    Nos encontros que os últimos anos nos têm proporcionado, esquecemos que a nossa vitalidade física já não é a mesma de há 40 anos.
    E a mente recusa-se a admiti-lo. Olhamos uns para os outros e não vemos as rugas que nos enchem os rostos. A imagem que observamos é aquela que guardámos da nossa juventude...

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  2. Depoimento interessante!
    Até "nas tampas! dos bailes nos faz recordar os tempos que já lá vão há tantos e tantos anos!
    Não era vulgar era as tampas serem neste sentido...mas no outro!
    E eu que o diga! Apanhei algumas!
    E algumas também tinham a mesma desculpa esfarrapada "estou cansadA!
    Mas acredito que desta vez e num encontro de reencontros e pesando bem os anos que passaram...teria mesmo que ser cansaço!!!!
    Não dei tampas...mas que fui até aos limites das forças, ai isso fui!
    Já nem deu para procurar o bombo...
    Hoje em dia as tampas...servem depois de bem juntinhas para dar cadeiras de rodas!!!!
    É a vida num constante movimento...

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  3. Assunto de tampas.
    Bem apresentado.
    Tonito.

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  4. Pois...
    Quarenta anos depois é diferente, quer queiramos quer não.
    Por muito que a mente empurre para a frente, há sempre uma artrose, uns bicos-de-papagaio, e mais não sei quantas maleitas que estragam tudo.
    A mim aconteceu-me que, não tendo resistido ao chamamento de vozes amigas, entrei no comboio que alegremente apitava naquele fim de tarde. E embarquei, feito menino, embalado pela nostalgia e saudade, naquele comboio de amizade.
    "Apita o comboio, apita, apita..."
    Mas...
    No dia seguinte, e no seguinte, e um pouco ainda no seguinte, paguei caro o atrevimento. É certo que se mantinha no meu ouvido o som do comboio apitando com alegria mas as minhas pobres pernas rangiam a cada movimento.
    Mas, ainda assim, vos prometo que, na próxima oportunidade, voltarei a embarcar no comboio e se as minhas pernas rangerem é bom sinal.
    Sinal que ainda mexem ...

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  5. A Mariazinha traz-nos uma reflexão, descrita com humor, da nossa passagem pela vida!
    Cada um dançou e continua a dançar, assim,alguns sempre no mesmo compasso, sem se atreverem a mudar.
    A inocência nunca passará de moda e as meninas e os meninos apanharam o comboio do Viana e lá vão a apitar, bem perto de Coimbra.
    Que coisa mais linda!!!

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  6. Aproveito para mandar um abraço à Mariazinha Leão, minha companheira de mesa no 3º GEG.
    Eu, por acaso, nunca dei uma única "tampa". Levei foi muitas ...
    (ó Celeste Maria não me desmintas, eheheheheh )

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  7. Ai Quito, tudo o que afirmas é a mais pura das verdades...
    Tampa, tampa não deste...só estavas a prender o burro!

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