Ao som das músicas, bem populares, com que bailámos e pulámos, naquele final de tarde, atrevi-me a pedir uma dança a um dos meninos com o qual não contactava há longos anos... levei tampa! Não directamente, porque a boa educação não o permitiu, mas a desculpa esfarrapada do cansaço, enquanto permanecia, com visível esforço, dançando com quem o seu livre arbítrio decidiu... evitou a tal dança pedida! Fiquei a meditar, dançando alegremente com toda a gente - Como fui (sou) inocente, julgava (mais uma vez) que ainda eramos todos meninos, ao menos por um dia!
Conclui que, na verdade, o passado passou (logo eu, que até nem sou de saudosismos) já não mói moinhos nem une o que não tem que unir. Conclui que ser inocente aos 59 anos não deve estar na moda. Conclui, mais uma vez, que a liberdade de escolha é um bem a preservar!Conclui, ainda, que todos os caminhos estão certos porque são os nossos!
Paz e Bem
É bem verdade o que a Mariazinha escreve!
ResponderEliminarNos encontros que os últimos anos nos têm proporcionado, esquecemos que a nossa vitalidade física já não é a mesma de há 40 anos.
E a mente recusa-se a admiti-lo. Olhamos uns para os outros e não vemos as rugas que nos enchem os rostos. A imagem que observamos é aquela que guardámos da nossa juventude...
Depoimento interessante!
ResponderEliminarAté "nas tampas! dos bailes nos faz recordar os tempos que já lá vão há tantos e tantos anos!
Não era vulgar era as tampas serem neste sentido...mas no outro!
E eu que o diga! Apanhei algumas!
E algumas também tinham a mesma desculpa esfarrapada "estou cansadA!
Mas acredito que desta vez e num encontro de reencontros e pesando bem os anos que passaram...teria mesmo que ser cansaço!!!!
Não dei tampas...mas que fui até aos limites das forças, ai isso fui!
Já nem deu para procurar o bombo...
Hoje em dia as tampas...servem depois de bem juntinhas para dar cadeiras de rodas!!!!
É a vida num constante movimento...
Assunto de tampas.
ResponderEliminarBem apresentado.
Tonito.
Pois...
ResponderEliminarQuarenta anos depois é diferente, quer queiramos quer não.
Por muito que a mente empurre para a frente, há sempre uma artrose, uns bicos-de-papagaio, e mais não sei quantas maleitas que estragam tudo.
A mim aconteceu-me que, não tendo resistido ao chamamento de vozes amigas, entrei no comboio que alegremente apitava naquele fim de tarde. E embarquei, feito menino, embalado pela nostalgia e saudade, naquele comboio de amizade.
"Apita o comboio, apita, apita..."
Mas...
No dia seguinte, e no seguinte, e um pouco ainda no seguinte, paguei caro o atrevimento. É certo que se mantinha no meu ouvido o som do comboio apitando com alegria mas as minhas pobres pernas rangiam a cada movimento.
Mas, ainda assim, vos prometo que, na próxima oportunidade, voltarei a embarcar no comboio e se as minhas pernas rangerem é bom sinal.
Sinal que ainda mexem ...
A Mariazinha traz-nos uma reflexão, descrita com humor, da nossa passagem pela vida!
ResponderEliminarCada um dançou e continua a dançar, assim,alguns sempre no mesmo compasso, sem se atreverem a mudar.
A inocência nunca passará de moda e as meninas e os meninos apanharam o comboio do Viana e lá vão a apitar, bem perto de Coimbra.
Que coisa mais linda!!!
Aproveito para mandar um abraço à Mariazinha Leão, minha companheira de mesa no 3º GEG.
ResponderEliminarEu, por acaso, nunca dei uma única "tampa". Levei foi muitas ...
(ó Celeste Maria não me desmintas, eheheheheh )
Ai Quito, tudo o que afirmas é a mais pura das verdades...
ResponderEliminarTampa, tampa não deste...só estavas a prender o burro!