quarta-feira, 30 de novembro de 2011

LICOR BEIRÃO - NOVA CAMPANHA

Merkel e Sarkozy nos anúncios do Licor Beirão

A campanha de Natal do Licor Beirão apresenta Angela Merkel e Nicolas Sarkozy com uma garrafa de Licor Beirão. Nos anúncios, a marca informa os líderes da Alemanha e da França que os portugueses estão a esforçar-se em combater a crise do país. A campanha arranca segunda-feira, 28 de Novembro, em exterior, imprensa e internet. A criatividade é da Uzina, agência que já tinha criado as peças em que Paulo Futre protagonizava a publicidade do Licor







4 comentários:

  1. Amigo Zé Redondo sempre na actualidade do Marketing!
    Bobbyzé que tal?
    Telefona ao SarKozy e dá-lhe o endereço do blog!!!

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  2. Mais uma boa campanha do Licor Beirão a prometer boa internacionalização...

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  3. Licor Beirão continua com a publicidade irreverente e original que o caracteriza há muitos anos. Parabéns.
    Abílio

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  4. Li no Jornal de Negócios um artigo de Eduardo Cintra Torres que me parece interessante.
    Não tendo especial estima pelo autor, dou-lhe o benefício da dúvida neste artigo e aqui vos deixo para, se estiverem com paciência para isso, o analisarem
    Boa análise...


    «A campanha do Licor Beirão com imagens de Merkel e Sarkozy consegue repetir a notoriedade da marca através da virose gratuita na imprensa e nas redes sociais, mas faltou juntar ao humor a boa concretização estética e a originalidade temática.

    Quantas campanhas já eu vi nos últimos anos recorrendo a imagens de políticos? E quantas com Nicolas Sarkozy e com Angela Merkel? Ainda na semana passada os dois dirigentes europeus se beijavam na campanha da Benetton... Nada de novo: na Internet circulam dezenas de imagens dos dois – casados, apaixonados, como mãe e filho...

    Os anúncios do Licor Beirão são politicamente inofensivos. Cada um dos líderes sorri com a garrafa que acaba de receber como presente de Natal. Bem visível, o cartão diz: "Querido Nicolas/Angela, Portugal está a dar o seu melhor. Boas Festas! Licor Beirão". O slogan fecha os anúncios com uma frase para os portugueses: "Neste Natal, ofereça o que é nacional." Desta forma, recupera para a publicidade a persistente campanha dos próprios políticos, a começar pelo chefe de Estado, para se comprar português.

    O título também é retoricamente eficaz: "Portugal está a dar o seu melhor" quer dizer que o País oferece o que tem de bom (no caso, o Licor Beirão) e, ao mesmo tempo, que está a fazer os possíveis para ultrapassar a crise. Esta aparece como tema de um terceiro anúncio, com o título em inglês, dirigido quer a portugueses quer a visitantes, turistas ou quem encontre o anúncio na Internet: "Wondering why the IMF visits Portugal so often?" ("Surpreendido por o FMI vir tanto a Portugal?").

    Este tipo de publicidade ganha em responder rapidamente à actualidade. No caso, junta a proximidade do Natal à crise, cada vez mais presente no quotidiano e no espírito dos portugueses, e ainda soma a crescente visibilidade de Merkel e Sarkozy no plano europeu, a que corresponde a crescente animosidade que lhes é dedicada nos media formais e informais.

    Os anúncios acrescentam a coerência da publicidade anterior da marca, através do humor, da ligação à linguagem política (no caso dos anúncios com Paulo Futre) e do recurso ao amarelo forte do fundo ou dos cartões de boas festas. Este cocktail publicitário garante a disseminação viral gratuita. Pior está o grafismo, com a desproporção de Merkel e Sarkozy, desnecessariamente transformados em cabeçudos, e a do tamanho das garrafas e das mãos.

    A utilização da política em campanhas comerciais já merece uma reflexão aprofundada. As marcas usam a política e os políticos para venderem os seus produtos tendo perfeita consciência de que não serão processados por isso. Os políticos estão, de alguma forma, desprotegidos perante este uso ou abuso da sua imagem por fabricantes e vendedores de bebidas, roupas, etc. Não lhes ficaria bem reciprocar. Quando o fazem, são condenados: sucedeu este mês com as críticas do Vaticano à Benetton, como se não houvesse o direito de repudiar o abuso da sua própria imagem e da sua integridade por uma marca que quer ganhar dinheiro à conta de outrem.

    Quanto à escolha dos políticos que aparecem nos anúncios do Licor Beirão, nota-se que eles devem ser próximos e distantes dos observadores: próximos porque identificáveis na sua circunstância política, distantes o suficiente para não ferir susceptibilidades. Teria sido mais corajoso a Licor Beirão fazer publicidade com Passos Coelho, Seguro, Portas, Jerónimo ou Louçã. Não é a própria campanha a dizer que o que é nacional é bom? Copiando diversas campanhas com Merkel e Sarkozy, a publicidade não está a dar o seu melhor.»

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