terça-feira, 27 de junho de 2017

PRECIOSIDADES ABANDONADAS EM PORTUGAL - PARTE i

    Foto 1
   Foto 2
Foto 3

Termas Águas Radium/Hotel Serra da Pena – Sabugal   
                                                                                                                                                                Reza a lenda que neste lugar, construído no inicio do século XX, Don Rodrigo (conde espanhol) terá curado a sua filha de uma grave doença de pele, com o recurso às águas deste lugar. No decorrer dessa situação, o senhor decidiu construir este hotel termal que se encontra hoje conforme as imagens acima.
......................................................................//.....................................................................


Este é um dos 19 Sanatórios situados no Caramulo, a "via Sanatorial", desenvolvida pelo médico Jerónimo de Lacerda, com a finalidade de tratar doentes com tuberculose.
A erradicação da doença levara à ruína de muitos destes sanatórios


Inaugurado pelo rei D. Carlos I (1907), o Sanatório Sousa Martins foi o primeiro instituído pela Assistência Nacional aos Tuberculosos (rainha D. Amélia). Em janeiro de 2014 foi classificado como conjunto de interesse público, na expectativa de que trave a degradação do complexo.

10 comentários:

  1. Ai! Doeu até em mim esse abandono. Arquitetura linda, e, muito mais, os objetivos para os quais foram erguidos.
    Eu lamento, como por aqui, quando a História se perde pela falta de coragem e memória dos Homens.

    ResponderEliminar
  2. Por acaso as primeiras fotos são das Águas Radium de Caria, como sempre foram conhecidas, quando eram famosas.

    ResponderEliminar
  3. Desolador este abandono, e mais desolador ainda porque não há quem faça ou resolva nada. Que pena

    ResponderEliminar
  4. No caso das Águas Radium de Caria, já houve quem quisesse transformar aquilo num hotel. Mas não chegou a avançar. Como termas, dificilmente será possível, pois as águas ali são muito radioactivas (foi essa a razão de terem fechado).

    ResponderEliminar
  5. Um pequeno retrato do país que temos. Na verdade e como diz o Paulo,estava programado um hotel que nunca chegou a avançar ...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Por isto e por aqui, Quito, nunca vão fazer nada.
      À frente só vemos barreiras.
      Há estudos universitários que mostram que o "não" tem muita força e nós votámos nele...

      Eliminar
  6. Excelente postagem para reflectir sobre a nossa forma de ser.
    Trata-se de uma tristeza imensa abandonada mas muito pior e dolorosa é a tristeza subdjacente.
    Tínhamos o "previlégio" da matéria prima, Da. Doença e aproveitá-mo-la até aos ossos mas depois... capacidade para prever antes de a situação aparecer e readaptar tudo não houve e nem há porque continuamos a não ter a capacidade de prever o que possa vir a acontecer noutros campos muito mais prementes. O prever é para mim um dos nossos grandes problemas.
    Assim, à parte um ou outro caso, lá foram ao longo dos anos aproveitando um ou outro edifício que se formos ver estão a ser directamente ou indirectamentes sustentados pelo estado, dinheiro dos nossos impostos que bem poderiam ir para outros programas sociais e os restantes edifícios estão assim como vemos.
    Ora, ainda estão a tempo de rectificarem de várias maneiras mas a que me vem mais à cabeça pois vivo neste meio, é número imenso de escpectáculos que se dão em Montreal na época boa que vai até Novembro sendo muitos deles gratuitos, alguns milhares de actuações em pouco tempo pois isso traz muita gente, dá imenso dinheiro para os cofres dos governos camarários, provinciais e federal no caso daqui.
    Só que aí existem estruturas extraordinárias para criar um centro de diversão permanente aberto todo o ano porque se os outros países o fazem, porque não nós se já temos grande parte das estruturas?!!!!
    É só actualizar as instalações para os mais variados preços pois há turismo para tudo, criar-lhe meios de diversão internos com barulhos devidamente isolados a condizer e exteriormente juntos aos hoteis outros não barulhentos. Os barulhentos como carroceis, montanhas russas e tudo o que vê cá por fora, à distância na montanha para não incomodar os clientes que queiram descansar, com os célebres transportes locais gratuitos dos hoteis para esses locais. Isolado da cidade um casino com todas as comodidades, só lá vai quem quer. É claro que há sempre quem fale quando se quer fazer qualquer coisa e quando se passa o tempo a falar nada se faz como vemos e o país estagna.
    Os políticos são eleitos para olhar por todos os cidadãos e sem dinheiro não podem. Depois aparecem casos extremos como pais com cursos superiores sentados à mesa a fingirem que comem pois a comida vai para os filhos como aí há. Os sem cursos são muito mais e é por esses que os políticos devem olhar e não pelos felizardos que falam mas têm o papinho cheio e nisso ainda bem.
    1/4

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Para estou habituado a ver ser nomeada uma comissão de facto, nada do tipo dos trolleys a que vão pomposamente chamar metro. Pelos resultados nem tinham nível para isso. Aqui nem que sejam da família real ou política, são postos logo de lado. Até choca a forma como cortam com eles. A consciencialização dos dinheiros públicos deve estar acima de tudo. Não digo que aqui não há casos mas logo que descobertos, não há chance. Não é porque se é eleito que se sabe tudo, tem-se é que saber rodear dos que sabem. O tempo da caroca já acabou. Então essa comissão vai tratar de obter pessoas interessadas no assunto e com capacidade económica a nível individual ou colectivo e com estudos feitos por companhias habilitadas para levar o projecto até ao fim.
      Se a nível nacional não tivermos gente interessada... não tenho dúvidas que a nível internacional há imensos. Esses terão que pagar os imposto como qualquer outros empresários que bem falta fazem ao nosso país. Não podem fugir com os edifícios, seria uma projecção para a nossa gastronomia, vinhos, vidros, etc, etc, era um enumerar que nunca mais acaba. Na parte artística que temos uma matéria prima extraordinária mas não a aproveitamos. Quando trazem os nossos artístas cá fora é mais para as diàsporas e para poderem dizer aí dentro que até vieram actuar no estrangeiro, a não ser em concuros aonde nos apercebemos do maná que temos. Não se vê um trabalho a nível de uma tournê (em pt) a nível internacional. Isto não invalida um caso ou outro de sucesso que até se sabe logo mas de uma maneira geral é assim.
      Um casino dentro de uma cidade pode ser um problema, um verdadeiro cancro social mas isolado numa região bem definida, é excelente para o governo que depois divide os impostos pela saúde, educação, polícia que hoje fica caríssima, etc. Não é como aí que um barulho entre nove pessoas, aparece um carro com dois polícias. Isso aqui os polícias se tivessem sorte chegariam de ambulancia ao hospital. O primeiro impacto é de quatro carros da polícia, vindos de vários lados. Sem espírito de iniciativa, sem dinheiro, servimos para andar na cauda a pedir e a chamar nomes aos outros quando se tivessemos tido um mínimo de dinâmica, há anos que estava tudo feito. Ainda se pode começar
      Os Estados Unidos quizeram ter vários casinos e a forma de os isolar foi criar no meio do deserto "Las Vegas". Não gastaram práticamente dinheiro por aí além a criar Las Vegas, foram em grande parte os empresários que a financiaram pois estavam interessados. Só lá vai quem quer e pelos mais diversos fins. No fundo viva a alegria e os impostos a correr.
      Se não quisermos construir um ou outro casino fora das cidades, continuamos com os que temos que não chamam muito mais que os portugueses, ao passo que o outro ou outros com as suas atracções de certeza que chamavam os inglesas, não só para o jogo como para a vida que levam durante o dia porque esses não bebem uma pequena cerveja ou o copito de vinho. Abririam uma garrafa do bom vinho português. Assim como pessoas de muitos outros países europeus e na europa incluindo a de leste que está cheia dessa gente que quando se enganam na agulha :) até um ou outro aparace por aqui.
      2/4

      Eliminar
    2. Temos é que saber fazer as coisas e não como o Walt Disney daí que até os artistas de Hollyoode vão lá uma vez só para ver porque é tudo caríssimo. Ficam admirados como é que o europeu consegue viver com esses preços pois dizem que se apanhassem o avião e viessem até ao Walt Disney aqui abaixo com a família, ainda lhes ficava dinheiro no bolso para gozar umas boas férias.
      Os russos nos últimos jogos Olímpicos de inverno construíram as pistas e os pavilhões distribuídos pela montanhas a kms da cidade. Na altura muitos se riram mas hoje a cidade mantem a sua vida, os hoteis e as instalações estão ocupadas por privados assim como por equipas de competição. Souberam prever e agora tiram-lhe o proveito.
      Estou no entanto convencido que há outros campos a serem explorados mas a ficar rápidamente em execução de dar tanto rendimento, dificilmente porque não temos tempo a perder. Com as instalações que já temos dentro de pouco tempo podem começar a funcionar rápidamente e o resto vai-se juntando sem perda de tempo.
      O Quebec com a população que tem, a saúde que mantem para "todos", educacção, polícia e transportes incluindo as estradas por essas florestas todas e outros meios de comunicação, não teria meios para subscistir por ele. Pois bem, lá vão três ou quatro vezes por ano os primeiros ministros incluindo o federal, noutras viagens dois ou três ministros ligados à economia ou o presidente da cãmara que até sai mais vezes sempre acompanhados de empresários para fecharem contratos no estrangeiro. Só que voltam com esses empresários, trazem mais uns tantos. Como o capitalista não quer perder um cêntimo, até vem e com as leis daqui até se torna bom menino porque lhe interessa. Quando se anda num hospital é facil estarmos numa zona oferecida pela família tal e quando se dobra a esquina essa secção já é oferecida por outra família. As leis fazem com que se portem como excelentes cidadãos sociais. Podem encher o peito. Aqui há tempos ao primeiro ministro do Canada um jornalistas no estrangeiro disse-lhe que este país era muito rico em minerais e ele respondeu-lhe mais ou menos isto: - é verdade mas isso é o que está debaixo da terra. Só que para tirar o que está lá, o que conta é a matéria cinzenta entre as duas orelhas. O alemão fechou a bôca.
      Enfim, nós temos tudo aí em cima da terra e o resultado vê-se.
      Não sou mais inteligente do que os outros mas falo do que vejo e vivo.
      O actual PIB até é geitoso, assim como noutros países em recuperação. Quando começam a recuperar, é fácil atingir um PIB aceitável. Há certas melhorias na construção que tem muito influência no imediato se se controlar a importação respectiva, também no campo agrícola, um caso ou outro muito exporádico na técnica pois até se conhecem logo mas o principal é à custa do turismo que até está a dar como era esperado derivado a situação internacional que se vive. Ora é neste momento que há que prever todo o mal que possa vir a acontecer para o caso de lá se chegar já tenhemos novos produtos e novas tecnologias para exportar. Aí já não vai só do governo mas sim do empresariado que tivermos e que me parece continuar o principal calcanhar de aquiles como o caso das termas abandonadas que já lá vão uns anos e por isso não é de hoje.
      3/4

      Eliminar
    3. É o momento para os empresários não perguntarem o que o governo pode fazer por eles mas sim o que eles poden fazer pelo país.
      Há uns anos tivemos acima de sessenta vinhos premiados em Bordéus mas aqui quem fez a festa no dia da chegada dos seus vinhos e no dia da prova foram os italianos, que no mesmo certame tinham tido menos de trinta vinhos premiados. Custou andar lá no meio a pensar no nosso país, nem provei os vinhos que até têm bons.
      O que se vende aqui bem é o vinho do Porto que bem devemos muitas velas aos ingleses. Bebem em cálices dos grandes. Nem é preciso saborear.
      Como aí já devem estar a comprar latas de conserva da Argélia e Marrocos sem espinhas nem pele há muito tempo como simples exemplo, as nossas só para as nossas lojas. Tão simples mas não evoluímos. Estamos satisfeitos.
      Ora como os agentes do mal o que querem é fazer barulho para deitarem as economias abaixo através do medo, se não as deitam é porque precisam desses locais para alguma coisa. Quer se queira ou não, esta é a realidade. Ora, nunca se conhece a evolução dessas situações mas seria ideal prever-se já porque a dinâmica ideal era estarmos preparados quando tal acontecer e se vier a acontecer. Não chegarmos a esse momento a lamentar e a chamar nomes aos outros. Quando o turismo não der e cruzemos os dedos para que tenhemos sorte por muitos anos, já devíamos ter outros produtos a oferecer. Se não acontece como com as termas, a Da. Doença desapareceu e as águas são radiactivas. Não estou dentro do assunto mas com o dinamismo desta gente, estou crente que já estariam a vender essas águas para certos campos de saúde mesmo que tivessem que ser transformadas para certos fins, ou para um país qualquer com fins militares.
      Muitas pessoas lêm este blogue mas não aparecem quer tenham vivido no bairro ou não. Penso no entanto que todos podem compreender bem as ideias expostas. Se as pessoas quizerem podem criar uma "mexida" nem que seja só no seu campo.
      Por isso comecei escrevendo "de uma tristeza imensa abandonada mas muito pior e dolorosa é a tristeza subdjacente".

      4/4

      Eliminar