quinta-feira, 19 de maio de 2022

COIMBRA ESCADAS DE MINERVA - TEXTO DE RUI FELÍCIO


 ESCADAS DE MINERVA

Ao lado da Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra, com vários lanços de degraus, estavam, e lá continuam;  as escadas de Minerva.

Utilizávamo-las para mais rapidamente atingirmos a calçada, em baixo, onde a porta sempre aberta da tasca do Pratas a que chamávamos o Bar dos Direitos, nos convidava a aceder ao seu interior para, nos intervalos das aulas, bebermos um copo ou comermos uma sandes.

Uma estátua de Minerva, deusa da sabedoria, datada do inicio do séc.XVIII e que dava o nome às escadas, encimava o portão da escadaria. 

Mas não era a única. 

Numa das salas de aulas dos Gerais, ao lado da torre, mesmo por cima da cátedra onde o Professor proferia as lições, estava uma outra estátua de Minerva, também em pedra, encastrada num nicho da parede, que tinha na sua mão esquerda um ceptro com uma esfera armilar.

Por causa disso, segundo o que consta do livro "In Illo Tempore", de Trindade Coelho, alguém escreveu a seguinte quadra que passou de geração em geração e que ainda era conhecida no tempo em que por ali andei:

Minerva, faz-nos a esmola,

Se o pai dos Deuses consente:

Deixa cair essa bola

Sobre a cabeça do Lente!

Rui Felicio

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