domingo, 21 de março de 2021

DIA MUNDIAL DA POESIA

 DA POESIA                                                                                                                



Tenho poemas como claridades matinais

Como o nascer do sol

Na bruma equidistante da planície.


Tenho poemas como trovões

Na noite mais inquieta

E mais escura dos teus gestos.


Tenho poemas macios

Como a palavra madura

No contorno dos teus seios.


Tenho poemas que rasgam

Como baioneta em guerra

No bico desta caneta.


O gosto é que manda

Com as palavras que escolho

Nas crinas que se levantam

Pelas brisas encrespadas

Pelas vozes mais secantes

Das tangentes madrugadas.


Ou pelas bocas que beijam

As maresias serenas

Das marés apaixonadas.


António F. Pina


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