A
conferência “Da arte da flor: um ritual ou
uma epifania?”, no entender de Cláudia Capela Ferreira, investigadora
no Centro de Estudos em Letras da Universidade de Trás-os-Montes e
Alto Douro, focar-se-á numa leitura
mitocrítica da obra de Miguel Torga, abordando os conceitos de jardim e de
flor-verso, no que de mais representativo e simbólico evocam, quer na sua
vertente física, quer metafísica. Cláudia Capela procurará, assim,
distinguir os paradigmas criativos
torguianos: uma vertente ritual, de prospeção na senda do verso, e uma vertente
epifânica, de visitação da "musa", nunca olvidando a noção de inspiração e
lapidação oficinal ("razão
clarificadora").
Cláudia Capela Ferreiranasceu em 1983 e é transmontana. Licenciou-se em Ensino de Português e Inglês e apresentou, recentemente, a defesa da sua tese de Doutoramento à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Tendo estudado a criação literária torguiana, fez incidir a sua investigação sobre as noções de sagrado e profano, rito e mito e, ainda, sobre os paradigmas criativos do Poeta. Tem participado em colóquios e publicado artigos no âmbito dos estudos torguianos, indagando questões como a identidade, a textura mítica e a harmonização dos opostos sob a premissa de Ouroboros (serpente mítica que se morde; remete para a simboligia do círculo – o ideal de perfeição). Acesso gratuito. Lotação limitada.
enviado por Carlos Viana
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