sexta-feira, 9 de julho de 2010

O CABRITO DA DONA ELVIRA

...o cabrito que não era de SICÓ ...
Era uma vez um cabrito. Que não era de Sicó. Era da Dona Elvira. Elvira é nome de restaurante. Ciclicamente, um grupo de peregrinos ruma àquelas paragens. E a outras. Mas, naquele dia, foi assim. Todos sentados, com os pés debaixo da mesa, alambazaram-se de tudo que lhes apareceu pela frente, vinho tinto incluído. Brindaram aos presentes e aos ausentes. E continuaram a comer. Depois falaram de muita coisa. De fotografia, de futebol, de viagens, de tudo. E continuaram a comer. Um companheiro, vá lá pá, bebeu mais um tinto à saúde da gente, e os outros, entusiasmados, coisa pá vá lá pá, também brindaram e continuaram a comer. Depois alguém saiu a correr porque tinha que partir para outras paragens, e despediram-se com sorrisos. Os outros, ficaram. E continuaram a comer. Depois pá, acontecem destas coisas. Fartaram-se de enfardar e sobrou uma dose. Mas não digam isto a ninguém, porque ninguém vai acreditar. Vieram as sobremesas. E eles, continuaram a comer. E a dose ali, em cima da mesa, com os confrades à volta, empanturrados em cabrito, arroz do mar, filetes e outra iguarias e eles, vá lá pá, não sei se me faço entender, já sem vontade de comer. Gerou-se então uma grande confusão, com a dose, devidamente acondicionada, às voltas à mesa, tipo roleta russa. Ninguém queria a dose de cabrito. Realmente, sejamos justos. O bicho não era de Sicó. Era do Alto de São João. De novo rodou o carrocel, com o cabrito a sprintar à volta da mesa. Até que todos olharam para o mais subalimentado. E, altruisticamente, ofereceram-lhe a dose. E ele, bem, coisa pá, não quis, mas aceitou. Levou-a em silêncio para casa. E à noitinha, no recato do lar e de talheres em posição de combate, o animal, que não era de Sicó, marchou. E, cá para vós, caros confrades, estava digno de menção honrosa.
O Subalimentado

13 comentários:

  1. ...coisa pá vá lá pá tudo se resolveu
    em bem!
    O andrajoso esfomeado voltou ao cabrito
    da Elvira ... mas agora à noite!!!
    E até marchou bem segundo o tal diz...

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  2. e pá vá lá pá, marchou regado com tinto do Salgueiral ...

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  3. Meu caro subalimentado!
    Ou pediste a máquina Pentax ao Tonito, ou ele foi a tua casa tirar a fotografia!
    Só com a máquina do Tonito esse cabrito se pode comparar ao cabrito de sicó que lambeste na Louçainha!!!
    Só um subalimentado é que pode fazer uma afirmação destas!
    Quando muito seria um "Cabrito Dicá"
    Dona Elvira te pagará este favor!

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  4. Senhor Dom Rafael
    Vossa Senhoria entendeu mal. O "cabrito dilá" é melhor que o cabrito "dicá". Mas admitamos,que também não temos razão de queixa, também se come bem lá para os lados do Alto de São João. Mas nestas coisas é o Tonito que tem a palavra, pois é especialista.Rebalhão e fantásticas fotos como o fogo de artificio da festa da raínha Santa é com ele...
    Estou a preparar-me psicológicamente para me fazer à estrada...

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  5. É pá,ficaste consolado com os restos do repasto!
    Bom proveito te tenha feito.
    Domingo voltaremos a brindar,pá!

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  6. EH! Pá não fiques calado!
    Depois de comeres o cabrito
    e beberes bem o tinto
    CANTA LÁ O FADO!

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  7. Eu cabrito
    Tu cabritas
    Ele cabrita
    Nós cabritamos
    Vós cabritais
    Eles cabritam

    Feito o exercício gramatical, pergunto eu:
    Quando é que vamos cabritar na D. Elvira?

    Carlos Viana

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  8. Caro Viana
    Pois vê lá se apareces no Samambaia, pois às vezes proporciona-se. Tu e a Olga,são dois magnificos reforços para a equipa.Era como o Porto contratar o Messi e o Ronaldo ao mesmo tempo.
    Abraço aos dois ...

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  9. Fala dos outros mas o esfomeado é ele!
    Pá, só pensa em comer...

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  10. Meu Deus! Isso aí é de ginásio em ginásio. Devem estar todos em forma.

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  11. É só pneu!!!!!
    Mas há os magricelas...desde pequeninos!

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  12. Boa ESCRITA, a caneta é das BOAS ?
    Ou será uma das fatelas, mas tu com arte e engenho tiras o máximo rendimento do chaço.
    Um Abraço.
    Tonito.

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  13. Parafraseando o Tonito Dias, "Não há dinheiro que pague...", a quem puder alinhar nestas comesainas.
    E mesmo sem lá ter estado, ler o relato do Quito que, de tão real, faz crescer água na boca...

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