quinta-feira, 14 de maio de 2015

Noite branca

Neste inverno teve lugar em Montreal pela segunda vez a "Noite Branca", dentro do programa do festival de "Montreal en Lumière". Plena de diversões gratuitas, teve como ponto de encontro principal a "Place des Festivals" aonde actuaram artistas de nível internacional.
Um desses momentos em que a concentração do público fazia pensar que estávamos numa festa de verão e não a menos quinze graus centígrados.

Muito curioso foi a forma permitindo um meio às pessoas de se aquecerem, levando-as a fazerem manutenção física pois tinham que saltar sobre as rodelas iluminadas para mudarem de côr.
Só as diversas côres, já eram uma maravilha.
Era só pularem para mudar a côr das rodelas e transpirarem.
Também houve muitos acontecimentos culturais no interior, não faltando bailes com entradas gratuitas toda a noite em diversos clubes das cidade.
De notar que o centro comercial e económico do "Complexe des Jardins" esteve aberto nessa noite com vários acontecimentos artísticos.
É claro que não deixaram passar a ocasião para uma feira do livro.
Uma vista do repuxo interior que muda constantemente de côres, assim como do elevador panorâmico.
Também se pôde presenciar a actuação de vários artistas e de grupos corais.

22 comentários:

  1. Tal e qual as "Noites Brancas" aqui em Coimbra...para pior!!!
    As aqui de Coimbra, upa,upa! São coisa de alto gabarito(como diria o Tonito)...!
    Mas Chico, as "NOITES BRANCAS" de Coimbra...são mais noites EM branco...Côres? Nem vê-las!
    O que mostras das Noites Brancas, aí são sensacionais!!!À grande e à francesa(é na parte mais francesa, não é?).Não déste neve ao Viana, apenas a palavra "branca", mas valeu a pena.Um regresso que não podia ser mais auspicioso!
    Um abraço!

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    1. Rafael,
      O Quebec é uma província de língua francesa mas também há por aqui imensos ingleses pois esta província faz parte do Canada.
      Quanto ao excelente efeito das luzes, é um chamaril pois as pessoas vão-se aquecer mas a intenção dos responsáveis por trás é que façam manutenção física. Foi o que me apercebi ao longo dos tempos e derivado a isso, até vou receber dinheiro no próximo ano. E esta?
      Aqui o grande problema nos acidentes de condução mortais, era o escalão etário dos dezoito aos vinte e cinco anos. Chegaram à conclusão que tal era devido ao facto dos novos condutores só terem de fazer exames sem irem à escola. Tudo levou a crer que não tinham a noção da responsabilidade por falta de um curso que os alertasse para os diferentes riscos. Resolveram em dois mil e nove tornar os cursos de condução obrigatórios e lançaram programas de sensibilização através dos médias. Passados cinco anos, fantástico!!!!! O número de acidentes mortais no referido escalão etário caíu de quarenta e dois por cento. Só que tudo muito bem visto, em igual período a procura de cartas de condução caíu de cinquenta e seis por cento. Por tanto, a maior parte não é do trabalho que estavam a pensar. Bem vista as diferentes situações, têm feito uma propaganda extraordinária para a manutenção física de todas as formas e criados meios hurbanos para que as pessoas a possam fazer no exterior pois evita muito dinheiro em hospitais e medicamentos, transportes e suas reparações, uma vez que transporte e saúde são dois campos socializados e ao qual o estado tem que fazer face. Assim, tudo indica que com todo o sistema directo e indirecto de manutenção que vão criando, a juventude deixou de se interessar pelo carro.
      A Sociedade Canadiana de Fisiologia derivado aos seus estudos convida as pessoas a fazerem pelo menos dez mil passos por dia, se não fizerem outro tipo de actividade. Em Montreal tal é possível porque os estudos dizem que as pessoas no activo fazem à volta de sete mil passos por dia e se juntarmos três mil e trezentos nas deslocações em autocarros e metro, esse número é alcançado.
      Assim a juventude abandonou o carro, tem menos desastres e nós passámos os últimos cinco anos a pagar o mesmo seguro, o que é uma roubalheira inaceitável (também já sei falar). Por isso, vou no próximo ano receber CAN$65.00 de seguros pagos a mais.
      O que parece à grande e à quebequois (leia-se "quebecuá" para os que não sabem e só para esses cuja a grande parte até nem aparecem no blogue mas lêm-no), até sai muito barato. É uma questão de prever e programar.
      Vão ao ponto de já estar decidido refazerem seiscentos metros da principal rua da baixa por cem milhões de dólares canadianos, St-Catherine, para que os peões possam aí andar todo ano. Os passeios nesse espaço vão ser alargados e aquecidos mas eles sabem que não é luxo, vão buscar os custos dos trabalhos e manutenção. Vai ficar espaço para o tráfego e paragem curta para não matarem o comércio e o turismo na baixa. Fizeram estudos que também saiem muito caros mas pagam-se. Por outro lado, as ruas estão todas esburacadas pois ter automóvel é um previlégio.
      Ainda mais há a considerar que com a nova lei do tabaco vai ser difícil fumar na rua St-Catherine. Só se pode fumar a nove metros das entradas dos edifícios do estado ou a quatro do seu perímetro. Como há lá tantos edifícios do estado além de ser uma zona altamente comercial ao nível do r/c e 1o. andar, teriam que ir fumar para o meio da rua.
      Eu próprio tenho em casa uma filha que conduz quando vai com a Mãe ou quando me leva ao hospital mas as suas deslocações na cidade são feitas nos meios de transporte públicos.
      Coitada... lá me vai deixando no hospital mas eles devolvem-me sempre...

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    2. Vamos ver os próximos comentários, pois passei horas para conseguir lançar o comentário acima.

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    3. Chico este teu comentário resposta é muito bom! Ficamos a saber pormenores de como se vive aí, como por exemplo como é visto o uso do carro, com os jovens a não utilizarem muito! Mas é espantoso como para poder conduzir até 2009 era completamente à balda!!!!
      Por aqui os jovens é rao o que não conduz.Carta de condução têm decerteza! E a maioria tem mesmo carro.Se não tem fazem as "escapadelas" nos carros dos pais!!
      Também a maneira como as autoridades encaram a proibição de fumar, restongindo os espaços!Aqui vai indo aos poucos...mas a resistencia é mais que muita!
      AH! Percebi(?) que tens que me devolver alguns pagamentos de ajudas de cus(t)po pois vais receber uma pipa de massa SIC"receber CAN$65.00 de seguros pagos a mais.
      O que parece à grande e à quebequois (leia-se "quebecuá" para os que não sabem e só para esses cuja a grande parte até nem aparecem no blogue mas lêm-no"
      Fico contente por dizeres que quando vais ao hospital...acabam sempre por te devolver!!!
      Abraço

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    4. Chico, quando o comentário for muito extenso, dividi-o em 2 ou 3. Falo por experiência própria.
      Mas valeu a pena o esforço pois os esclarecimentos dados são de grande interesse.

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    5. Rafael
      Até dois mil e nove, não era bem à balda. Tinham que fazer exame de condução e do código pois partiam do princípio que os jovens sabendo o código, para eles guiar era fácil. Mesmo assim chumbavam muitos e outros só passavam à terceira vez. Agora têm que ir à escola para serem responsabilizados e aprenderem que um carro pode ser uma arma. Por estes lados, todos conduziam. Agora é que notaram que está a mudar. Certos serviços estarem socializados, é que leva o estado a mentalizar as pessoas pois quando se gasta de mais, não é possível manter o país.
      Agora a luta é contra a utilização dos telemóveis que não permitem as mão livres nos carros. Já houve polícias que se puseram nos semáforos a pedirem vestidos de pobres e caçavam os motoristas a falarem e a enviarem mensagens. São uns pontos na carta e a multa é pesada.
      No tabaco, acabam de levar uma machadada com a nova lei. Agora nem nas esplanadas dos cafés e restaurantes poderão fumar.
      Se dei a informação quanto às línguas, é porque mesmo no blogue já fui questionado por ter empregado três palavras de língua estrangeira, se bem que dos que aparecem aqui no dia a dia todos conhecem as línguas. No passado todos nós estudamos francês e inglês mas o tempo passou e nem todos nos lembramos, o que devo aceitar pois não vivem como eu no meio das duas línguas nem a actividade profissional os levou a terem que se actualizar. Fora isso, só me dirigirei numa outra língua se possível, a pessoas que não são portuguesas. Respeito-as. Formas de ver.
      Quando não se paga, não se pode exigir devolução. Isso é que é um vício...

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    6. Carlos Viana
      Já o tenho feito mas com mais palavras. O que aonteceu é que me disse que tinha palavras a mais e depois nunca mais me abriu a janela de comentários limpa. Sempre que abria outra, aparecia-me logo o mesmo comentário e não deixava pôr outro. Esse já foi resolvido.
      Agora, sempre que abro para escrever um comentário, pede-me sempre a minha identificação, o que não fazendo mal, também não era preciso.
      Obrigado pelo conselho.

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    7. Rafael
      Em cima disse que no Quebec a maioria das pessoas falam francês, o que já não acontece em Montreal. Foi aqui e nos cantões de leste que se radicaram muito ingleses. Se juntar-mos os diferentes imigrantes que comunicam em inglês pois aqui não utilizam a língua deles no contacto público, a língua mais falada em Montreal é o inglês.

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  2. Excelente, Chico ! É um blog em festa, com tanto colorido ! Gostei de ver e ler. Achei graça às rodelas coloridas e travestidas de várias cores, de acordo com os veraneantes que as pisavam. Tudo isto a uma temperatura gélida, pelo menos para nós, cá deste lado do burgo, pouco habituados a baixas temperaturas. Ao falares em grupos corais, lembrei logo o Poliphónico que esteve para ir aí. Mas sinceramente não sei o que têm programado e se o Canadá está na rota deles ...
    Um abraço para ti e família

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    1. É verdade, Quito. Antes, quando vinham as temperaturas baixas, diziam-nos para não estar-mos na rua mais de minuto e meio mas começaram a ver que os que andavam normalmente é que tinham saúde. Agora, o que querem é ver o pessoal a andar na rua como escrevi acima. Também gosto muito de grupos corais, ranchos e tudo o que é folclore. Gosto muito de ver as pessoas alegres e positivas. Francamente, não encontrei nada a falar do Poliphónico por estes lados. Vamos a ver se ainda aparece, se bem que eu esteja um pouco fechado.
      Retribuímos o abraço para ti e teus.

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    1. Estas davam um efeito muito giro, Tonito. Só que há cá mais côres...

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  4. Grande festa!
    Gosto muito de animação e cor e admiro o que nos dás a conhecer.
    O frio não impede a diversão...

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    1. É verdade, Celeste Maria. Alegria e positivismo ajuda muito na vida.
      O frio nem se nota e a juventude com a sua irreverência é fantástica.

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  5. Nem li o texto. Atirei-me logo às belas imagens. Fiquei a pensar que isto se passava no DOLCE VITA em COIMBRA! Nao passou dum sonho! Bonitas imagens e belo evento, Chico!

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  6. Um jogo de imagens bonitas cuja a finalidade obtem efeitos magníficos.

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  7. E eu a dizer que só nos mandas neve...
    Parece que foi de propósito, "ora toma lá e vai-te curar"!
    Sem dúvida, belas imagens, belas cores, belas noites que deverão proporcionar. E os teus textos, complementados com os comentários, são preciosos para nos dares a conhecer esse mundo bem diferente do nosso.
    Noites brancas, por cá também há. Só que são um pouco mais para o negro...
    Obrigado pela partilha,
    Acabo por ter de dar razão a Dom Rafael, mereces receber uma boas ajudas de cuspo.

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  8. Estas fotos já andavam há uns tempos para saírem mas tive que andar com a pá a tirar-lhes a neve, não te fôsses constipar Carlos Viana.
    Os comentários que já vi que gostas de lêr, é para dar a apreciar pontos de vista e seus fins.
    Quanto às ajudas de cuspo, bem estou a precisar para ver se consigo substituir o Picasso que me roubaram.

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