segunda-feira, 14 de março de 2016

Murais de Montreal

Bicicleta sem freio

Um trabalho manual com curvas suaves do duo Douglas de Castro e Renato Perreira. As suas cores vivas mesmo ao lado da rua principal de Montreal chamam a atenção das pessoas e dão alegria ao local. Um mural com espírito.


O cérebro

"Continue a tentar até que ele funcione".

Já com algum tempo de existência mas um excelente trabalho de Fam Novak situado nas costas do já aqui falado, Metropolis. Trata-se de um artista que mantendo a essência do assunto que propõe, ultrapassou o realismo.


Uma cara de Montreal

Um trabalho do género que Rone nos vem habituando com as suas faces, situado numa rua de Montreal com pouco movimento. Trata-se de um excelente mural estilo clássico a que nem o poste à frente conseguiu tirar o seu valor artístico.
É um defensor da arte mural e grafito, como se pode ver na foto abaixo.
Quatro artistas de renome internacional com três estilos diferentes mas que nos transmitem através das suas artes a forma de estarem na vida.

15 comentários:

  1. Respostas
    1. A cara desta Montréalaise é bonita e o mural está muito bem executado, Alfredo Moreirinhas.

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  2. Gosto dos 3 murais e, realmente, a cara é especial

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    1. Sem dúvidas que os três murais têm muito nível. É preciso ver que ao longo dos anos foram criando aqui uma escola muito diferente da nossa e por isso temos tendência para o clássico, mesmo gostando dos outros.
      Acontece que como os Beatles tinham o quinto Beatle falecido a semana passada, todas estas estas obras têm um artista por trás que é o arquitecto paisagista da cãmara. Esse homem muito conhecedor da cidade, decide para que lugar vai cada um dos murais e não só: também quando interrogado por Hollywood se há por aqui uma fachada ou uma zona parecida com um certo local da Europa, ele faz tudo para a conseguir mesmo que tenha que criar uma certa decoração pois Hollywood paga muitíssimo bem.
      Neste caso a escolha dos locais foi excepcional:

      - "Bicicleta sem freios" que fica mesmo ao lado da Rua Saint Laurent, a principal de Montreal e por isso chamada "la Main" que tem muito tráfego e movimento de peões, chama a atenção a quem passa. Durante a noite ajuda a iluminação do local derivado às suas cores muito alegres pois sendo um lugar de excelência, há lá muitos cafés e restaurantes. As pessoa sentem-se descontraídas e seguras quando vão para o carro.

      "O cérebro" é um mural dentro do futurismo que transmite uma mensagem e por isso foi localizado a trás do Metropolis, derivado à sua artisticidade. Só por si chama os mirones, não precisa de estar muito exposto. Está na zona aonde descobri há mais de ano, um excelente mural de "Shalak". Raríssimo, porque quase sempre os seus desenhos são com o célebre gatinho. Para avivar a memória, clicar aqui.

      "Uma cara de Montreal" foi criado numa rua calma, pois quem gosta de ver trabalhos neste género tem tendência a deixar-se ficar um pouco de tempo para observar bem. Até parece um quadro em ponto grande. Se bem que o Rone nos seus murais seja práticamente um clássico, tem tendência a usar neles grafito como se pode ver em baixo com as letras gordas. O motivo desconheço pois começou na Austrália por pintar pranchas e pistas. Atitude própria de artista.

      Se escrevi isto tudo neste comentário, é para que aqueles que não estão habituados a cidades com murais devidamente coordenados pela cãmara, ficarem com uma noção dos sistema. Depois há também os originados pelos proprietários de imóveis e outros, pois murais por estes lados são autênticas bactérias a reproduzirem-se. Eu conheço este sistema porque sou um previligiado ao habitar aqui e gosto que as pessoas que não conhecem fiquem com uma ideia.

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    2. Melhor era impossivel!
      O que se fica a saber, não só pelas fotos com tanta qualidade, mas também a qualidade do texto que identifica cada uma delas.
      Quando há artistas de qualidade e organismos que colaboram na escolha do local mais apropriado a cada tema, tudo resulta na perfeição!
      A sorte que eu, diria melhor nós, que temos o privilégio de passarmos aqui por esta espécie de blogue, de poder contar com a tua colaboração.
      O blog por cá continuava com a valiosa colaboração de outros amigos, mas...não seria a mesma coisa!
      Oxalá que os teus amigos médicos que foste visitar (como dizes mais em baixo), te vão dando os "retoques" necessários(mesmo sendo de "saldo") para que continues a enviar estas "coisas" girissimas e claro a aumentar a tua conta bancária...um dia quando as agências de raiting financeira especialmente a do Canadá não agravem com grau "abaixo de lixo" esta espécie de blog...
      Será que tenha que pedir a renegociação ou perdão da divida?.
      Um abraço

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    3. Isto que escrevi, não é porque seja um iluminado. É todo um trabalho através dos médias e muito especial das rádios e televisões do estado com um pouco das outras, que nos transmitem estes conhecimentos. Quando aí estive a nossa RTP não se preocupava muito com estes assuntos. Também têm um grande efeito na prevenção sobre todos os capítulos. Uma pessoa se quer vai aprendendo com eles, Rafael.

      Amanhã não sei se terei tempo para aparecer pois vou ver os meus amigos novamente.
      Dantes andava de bicicleta, agora assento-me numa cadeira de rodas e com duas bengalas faço esqui. :) É bom para o músculo nos braços, faz mecher o corpo e activa a circulação.
      Este turismo é uma festa.

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  3. Gosto principalmente quando à a possibilidade de se saber o tamanho correcto do mural.
    Assunto.

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    1. Excelente observação de um artista da foto, Tonito.

      O primeiro mural, "Bicicleta sem freios", tem uma altura que ronda entre um quinto e sexto andar. Os carros na foto já dão uma ideia pois são piquininos.

      "O Cérebro" – Pintado numa parede pouco alta, não ultrapassa os dois metros.

      "Uma cara de Montreal" pois a garota é daqui, tem a altura de um terceiro andar.

      Só no preparo das paredes e em tintas, é uma fortuna mas sai muito mais barato porque passam a ser zonas respeitadas e evitadas pelos malfeitores. É preciso prever antes para evitar outros gastos mais avultados.

      Não me esqueço da tua frase no teu comentário à postagem sobre o «Metropolis": - "É bom obrigar as pessoas a observar o que as rodeia."

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  4. Excelente postagem em que nas duas primeiras fotos as cores dão realce muito vivo aos temas que abordam, e expressam bem a qualidade artistica dos seua autores!
    Muito boa a cara de Montreal.Acho-a fantástica.

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    1. As minhas desculpas mas tive que me afastar do computador, Rafael. Não é nenhuma reivindicação derivado à falta do pagamento das ajudas de cus(p)to, se bem que tenham contado muito.
      Aliás, já nos últimos dias tive de andar afastado pois fui visitar uns "amigos" no hospital que até são médicos. Ao verem-me, como não deviam ter nada que fazer, mostraram-me a ementa das diferentes operações. Como está tudo muito caro, propuseram-me uma operação que estava em especial. Não olhei para trás. O preço era bom pois foi gratuita. São bons rapazes. Nunca quizeram lá ficar comigo e por isso, no fim devolveram-me novamente à família.

      Estou a ver que continua com bons gostos, pois a Celestine é muito gira. Não me admira que a ache fantástica. O mural deu água pelas barbas porque choveu e passaram vários dias para acabarem a pintura.

      Quanto aos artistas presentes, não é qualquer um que é convidado para este Festival de nível internacional. Depois é uma questão de gostos.

      Votos de um bom dia para amanhã.

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    2. Venho aqui agora só para te desejar uma boa terça feira.

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  5. Mais três obras de arte que o Chico aqui nos traz. Gosto de qualquer uma delas mas a pintura clássica é muito rara em murais e, talvez por isso, se tivesse que escolher uma, escolheria a terceira.
    Obrigado, Chico, pelos murais e pelas pacientes explicações que lhes acrescentas.

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    1. Por aqui a pintura clássica também se vai vendo pois só assim se consegue a democratização da cultura num povo, Carlos Viana. O exemplo vem de cima.
      É claro que o puramente clássico é mais em festivais como este, levado a efeito pela cãmara mas que tem o suporte de grandes organizações. A cãmara não perde. É um chamaril pois os hoteis, cafés, restaurantes, taxis, salas de espectáculo de todo o género trabalham e os impostos entram. Nos privados também vai aparecendo um ou outro mas o que acontece mais é a mistura do clássico com todo o outro tipo de pintura, especialmente o grafito. Não me refiro ao grafito dos vândalos.

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  6. Grandes artistas!
    Gosto destes trabalhos e reconheço o valor de quem nasce com tais dons.

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    1. Sem duvidas que são pessoas com elevado poder creativo, Celeste Maria. Há partes da cidade aonde só um mural lhe dá outra vida.

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