segunda-feira, 21 de março de 2016

Passeando em Montreal

Quando se passeia em Montreal, vale a pena ir para Ouest no Boulevard René-Lévesque e apreciar este maravilhoso jardim museu que traz até nós autênticas jóias da arquitectura do passado desta cidade e da sua vivência.
Esta obra mostra-nos a visão do arquitecto Peter Rose e do artista Melvin Charney, que decidiram construir um espaço arquetectónico em plena centro desta cidade no tempo em que estava em moda a construção de edifícios altos.
Este verdadeiro jardim-museu foi construído em frente da Casa Shaughnessy datada de mil oitocentos e setenta e quatro, aonde se situa o Museu Canadiano de Arquitectura.

Casa Shaughnessy.

Situado no meio de duas saídas de auto-estrada que vão dar ao boulevard René-Lévesque, trata-se de uma réplica do museu num espaço aberto para que as pessoas possam visitar livremente.

Pode-se ver ao centro a Arcada que não é mais que um espelho em pedra a lembrar a Casa Shaughnessy. De um lado da Arcada as árvores representando o pomar e do outro lado a pradaria. Ao fundo, um muro em todo o comprimento que mais não é que a representação de um miradouro.

A pradaria vista do lado da frente.

No parque superior pode-se ver vários esculturas do artista representando uma visão dos bairrros industriais do século passado com os seus silos, igrejas, chaminés, etc.

Algumas fotos das referidas esculturas situadas ao cimo da pradaria.

Continuando o passeio vêm-se mais trabalhos no lado de trás da Arcada e do pomar.

O pomar visto das traseiras.

É de facto uma obra notável com mistura do real e futurista que foi galardoada com o prémio de Honra da Arquitectura do Instituto de Arquitectura Americana, assim como com a medalha do Governador Geral do Canada, no campo artístico.

16 comentários:

  1. Conheço Montreal. Estivemos aí em 2008, 3 dias, que foram 3 dias de visitas intensivas para não perder pitada.
    Gostámos muito da cidade, aliás de todas as cidades do Canadá.

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  2. Exacto, Alfredo Moreirinhas. Até vi o que puseste no teu excelente blog. Foi preciso uma programação muito bem feita para teres visto tanto em tão pouco tempo.
    São cidades diferentes, muito abertas e com muitas zonas verdes. Sempre tiveram esse cuidado.

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  3. Não conheço Montreal. Como sabes.
    Mas já conheço alguma "coisinha" graças a ti... Pelo Alfredo/Daisy, não tenho a certeza se vi o que publicaram. Em 2008 não estava ainda implantado o sistema dos "postalinhos"!
    Agora e aqui nesta espécie de blogue temos mais uma excelente postagem com excelentes fotos, que nos dão a conhecer mais um pouco dessa bela cidade!
    Obrigado Chico!

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    1. É uma cidade tipo americana e por isso diferente, Rafael. Gosto de dar a conhecer o que vejo e o que sei mas já vai do feitio de cada um. É bom para os que não têm o previlégio de aqui viver.

      Já agora, mais uma de hoje: doze senadores vão devolver dinheiros que utilizaram de forma inapropriada. O juíz não lhes perdoou. Aqui todos fazem tudo e muito mais mas se descobertos...:)
      Isto é que é um blogue: sempre notícias fresquinhas.

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    1. Sem dúvidas, Tonito. Apazigua as pessoas e dás-lhes cultura.

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  5. Uma pergunta: essas.... árvores são ...de verdade?
    Eu, acostumada ao verde da nossa vegetação, achei tudo lindo, mas triste. Cinzento, sem nenhum colorido, mais parecendo um espaço fantasma, sem viva alma caminhando...
    Mas é claro...isso é Primeiro Mundo. Sequer se compara, em termos de qualidade de vida, com a minha Manaus.

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    1. Absolutamente verdadeiras, Chama a Mamãe.
      Está habituada a clima quente e aqui é habitualmente muito quente de verão, que no ano passado não foi e muito frio de inverno. De inverno quando faz frio a muito frio, quase sempre é um dia lindo de sol. Assim nós vamos na rua com frio e o sol a bater aquece-nos de forma notória aonde nos tocar, pois os raios vêm direitos sobre nós. Se nos bater de frente, o lado mais quente é a frente, se bem que todo o corpo tenha tendência a aquecer um pouco. Por outro lado, também recebemos os raios reflectidos do chão se houver neve ou gêlo. Uma pessoa com óculos foto grey, derivado aos dois tipos de raios directos e os indirectos que vém do chão branquinho, fica com eles todos escuros.* Mais do que no verão.
      Se houver núvens, os raios solares batem nelas e o ar entre as núvens e a terra faz efeito de estufa. É quando há mais calor de inverno mas sem sol.
      No caso destas fotos, foram tiradas de manhã cedo para evitar pessoas se bem que houvesse lá jovens mesmo com o frio. Tive que ter paciência para tirar as fotos quando eles se afastavam, pois iam muito para dentro da Arcada "para se aquecerem".
      Se notar na penúltima foto, está uma bicicleta de rodas largas mas pequenas do tipo de ciclocross, por causa de posssíveis quedas. Era para andar sobre a neve e gêlo. Nesses dias já não havia mas ainda estava na época de poder caír ou haver um pouco de gêlo que resta em certos locais e esses são um perigo pois muitas vezes não se notam. O tipo de rodas é que ajuda muito.
      Espero que tenha explicado porque as árvores não têm vegetação e neste caso até nem se vêm pessoas mas vê-se o sol.

      Aproveito para dizer que tudo o que é verdura rebenta num instante nestes climas logo na primavera, pois o frio do inverno mata os insectos, bichos de terra e em grande parte certas colónias de bactérias. Só as minhocas é que não pois vão em profundidade à procura do calor. Os túneis que fazem são excelentes para a oxigenação da terra. A terra é de alta produção.

      *Os primeiros óculos que houve foram inventados pelos índios inuites, conhecidos por esquimós. Era uma guita ou outro produto no género que segurava dois tapa olhos em osso com uma cruz ou uma fenda aberta no meio a todo o comprido, para poderem ver sem ferir os olhos.
      Se tomarmos em conta que atravessaram o Istmo de Bering na época, hoje estreito e que eles já viviam em zonas geladas na Ásia, os óculos têm uns milhares de anos largos.

      Quanto à sua Manaus, nunca aí fui mas tive amigos que me falavam desses lados. Se bem que o calor aperte, está de parabéns pois essa zona aí é uma maravilha em vegetação e água além da beleza da cidade. É uma zona muito linda.

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    2. Compreenderás que escrevi o meu comentário enquanto escrevias o teu...
      Quem te manda ir para a rua enquanto toda a gente, cães e pássaros incluídos, dorme?!
      Gostavas de conhecer Manaus? Também eu!

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    3. Acabo de notar um assunto que não referi. Visto de frente, de um lado da Arcada as árvores representando o pomar e do outro lado a pradaria que na primavera vai ser só verdura. O pavimento entre estes três conjuntos e o muro, representa o asfalto da cidade com as suas igrejas, edifícios variados, silos, etc. Enfim, a cidade de betão.

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    4. Olá, Carlos Viana. Benvindo ao fuso.
      Já tem acontecido o mesmo comigo, pelo que te compreendo.
      Já agora aí vai uma achega: cães, só acompanhados pelos donos. Ou os levam para os mijatórios para cães, ou vão com eles pelos passeios e parques com os sacos nos bolsos.
      Quando o dono* faz qualquer coisa, o empregado** abaixa-se e apanha com um saco que depois mete no próximo caixote do lixo.
      *Dono: é cão.
      **Empregado : é quem trata do cão a que vulgarmente se chama dono. Tem de lhe fazer tudo: apanhar o que ele faz, dar-lhe de comida, lavá-lo, fazer-lhe a cama, levá-lo ao veterinário e ver se arranja alguma miúda ou um rapaz geitoso para o bichinho, não vá ficar psicológicamente afectado.

      Os pássaros emigraram, a não ser uns pequenitos que ficam mas que procuram lugares mais aconchegados para manterem os ninhos. Por acaso ontem, já vi um bando de patos a atravessarem Montreal, o que não é nada normal nesta época. No verão vão passando mas é raro por causa do barulho dos aviões e helicópteros que os assusta.

      As fotos eram em grande parte feitas pela manhã, porque depois começava o movimento e era de evitar. Interessava pedalar fora do centro da cidade.

      Por outro lado, aqui é um jardim/parque e em todos é probido de lá ficar entre as vinte e duas horas e seis da manhã. Por isso nos parques e jardins a esta hora, há muito pouca gente.

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  6. Acabei de ver a tua reportagem e não percebi bem o porquê da sensação de vazio que senti. É como que uma sensação de frio, nada explicável.
    Vendo o comentário da nossa amiga de Manaus, percebi.
    E as pessoas? E os cães? E os pássaros?
    A única coisa que vejo que me transmita um sinal de vida é uma bicicleta estacionada. Querem ver que é tua?
    Só aqui encontro algo que tenha a ver com calor humano. O teu esforço ao fazeres esta reportagem para partilhares connosco. E isso não tem preço.
    Obrigado. Um abraço.

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    1. Como já viste às horas que acabas de ler, as respostas estão em cima.
      Aproveito para dizer que no inverno com um frio daqueles, as pessoas não andam em parques a não ser os parzinhos, que também é raro. Com o frio a que me refiro, é melhor andar de bicicleta que estar parado em qualquer lado, mesmo que se esteja bem vestido.
      Um abraço.

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  7. Mas há poucos pares no inverno a necessitar de aquecimento?
    Devem fazer como tu: andar de bicicleta! É mais higiénico!

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  8. O Carlos vem ao fuso...mas às vezes só ao semifuso!
    Depende da hora.Lá muito de noite será semifusco...

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  9. Belo passeio entre as pradarias e observando as edificações, comentadas com toda a sua História!
    Obrigada pela partilha.

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