terça-feira, 31 de maio de 2016

Voltinhas na cidade

Sábado passado fui dar uma volta.

Fi-lo nos tranportes públicos porque estando habituado à bicicleta que podia deixar por todo lado, preferi deixar o carro em casa uma vez que é difícil de apanhar um estacionamento no centro de Montreal e também não é nada prático.

Mesmo com o tempo encoberto fui ver se alguém estava a tocar piano, pelo que aproveitei para fotografar este vistoso moral na passagem.
Chegado ao local fui surpreendido com a cor do piano. Nem por isso deixei de ouvir a música tocada por um jovem com bastante talento que já ouvi várias vezes e que hoje estava acompanhado de uma chinesinha que não lhe ficava atrás.
Só que ser-se fotografo amador tem os seus riscos, pois este a olhar para os artistas vinha direito a mim.
Aproveitei não estar longe e fui até à Gare Central descansar um pouco mas no caminho passei pela dançarina. Sendo um excelente tabalho de Zoya Niedermann, esta vaidosa não se cansa de maravilhar quem passa.

E assim já cansado fui até à paragem do autocarro pensando que ia jantar com vontade. Só que comecei a ouvir uns violinos à distancia que até me revigoraram as forças.
Finalmente apanhei o autocarro e comecei a visualisar o jantar. Era cá um cheirinho...

14 comentários:

  1. Felizardo,pá!Jantar bem merecido!
    Obrigado pela partilha.
    Sem querer pedir de mais, na próxima gostaria de ver um pequeno vídeo com essas actuações...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Não é pedir nada de mais, Carlos Carvalho. Só que eu as fotos vou fazendo mesmo as de cento e oitenta e trezentos e sessenta graus mas se não saírem bem, posso-as repetir. Os vídeos, ao princípio ainda tentei mas vi que não consigo o que quero e para não me enervar, resolvi pôr de lado. É por isso que tenho visto vários vídeos neste blogue e nunca enviei nenhum, pois não os faço.
      Quanto aos músicos que se encontram nestes tipos de actuações, há vários tipos: aparece aquele que sabendo alguma coisa ou não mas gosta de tocar e aproveita para passar o tempo mas que eu não vou pôr aqui. Aparece o caso destes que tudo leva a crer que sejam alunos da secção de arte da Universidade Concordia que fica ali ao lado e por isso estão bem preparados neste caso, pois há mais pianos pela cidade inteira. Gosto de ouvir tocar piano pois convivi com eles desde pequenito mas para mim os violinos, é o máximo. Havia um sargento na minha rua que era músico militar que agora já me passa o nome com muita pena e foi ele que me incutiu o gosto pelo violino. Houve casais que se enamoraram a tocar violino. Conversavam. É fantástico.
      Também acontecem casos como um sem abrigo que tocava muitíssimo bem piano e hoje já não é mais sem abrigo. Há aqui sem abrigos que são pessoas cultas e outras que ocuparam cargos de responsabilidade mas que a um dado momento resolvem viver essa experiência por uns tempos. Mais tarde podem voltar à vida normal ou não. Há poucos anos uma estação de língua francesa daqui foi filmar as "catacumbas" do metro de Nova York e qual não foi a admiração deles ao descobrirem lá um realizador daqui. Um ex-colega. Tiveram logo cicerone.
      Também aparece uma ou outra pessoa a tocar piano que no passado deve ter sido profissional como basta clicar aqui para rever este caso.
      Na época de festivais de verão, pode-se ir passear e a um dado momento darmos com um grupo profesional em plena rua. Já me aconteceu até de noite mas nessa altura podia deslocar-me em bicicleta e andar por onde queria. Era rápido e fácil. Muito prático. É preciso ver que no campo da cultura, aqui somos previligiados. Em certas alturas pode-se apreciar a orquesta sinfónica de Montreal por €6.90 e até já têm actuado gratuitamente no Estádio Olímpico perante cinquenta e três mil pessoas. Obras de teatro, também se pode ir à ante-estreia por €10.30. Isto sem falar nos filmes que as salas de cinema oferecem, pois com o sistema de hoje têm sempre lugares vazios. Uma pessoa inscreve-se sobre internete e recebe em casa uma carta com o direito a entrada gratuita. A malta nova não perde. Também há o caso de preços escpecialíssimos até aos trinta anos como no caso da ópera. É claro que fazem isto tudo apoiados em estudos. As pessoas nos festivais, cinemas, teatros, ápera, balet, etc, saiem de casa. Enchem hoteis, restaurantes, cafés, etc e o governo recolhe muitíssimo mais em impostos. A diferença é grande, fiquei admirado. Por isso os governos subsidiam uma parte económica mas ainda ganham muito.
      Assim se dá cultrua a um povo.
      Eu fiquei admirado quando vi o nosso estádio aí em Coimbra com imensos lugares vazios quando foi da Madona. Se bem que aqui tenha estado sempre com lotação esgotada, se fôsse aqui o empresário tinha previsto isso e os lugares estavam cheios. Não davam uma má aparência ao estrangeiro.
      Nos Oscars, que são os Oscars e noutros grandes escpectáculos, há uma sala ao lado com pessoas vestidas a rigor e não são poucas, não são só umas cem pessoas, para ocuparem os lugares vazios ou que venham a vazar. Estão sempre cheios. Aí, nesse caso, as pessoas até podiam ir vestidas normalmente. É por isso que eu por vezes pergunto se temos empresários mas não é com maldade. É por aquilo que vejo e porque gosto de transmitir só aos que não sabem. Eu, o simples Chico conheço isso e os nossos empresários não!!!! Ou querem ganhar tudo? Como estamos entre amigos, é por isso que falo.
      Um abraço.

      Eliminar
    2. Quando na frase acima escrevi no penúltimo parágrafo:"Ou querem ganhar tudo?", devia ter escrito: "Ou querem ganhar tudo? Se pensassem bem não perdiam nada porque os lugares estavam vazios."
      E vai mais um abraço.

      Eliminar
    3. Bem... como matulão pediu... eu também me atrevo a pedir. Chico, a malta nem precisa de videos de esmerada qualidade.

      Eliminar
    4. São Rosas
      Diz ao teu amigo que expliquei acima o motivo e não vou ao fim de tantas a energias que tenho utilizado durante este tempo todo com o único fim, pôr em jogo o que tanto quero preservar. Nem quero pensar nisso porque depois resto enervado comigo próprio. As minhas desculpas.

      Eliminar
    5. Assunto arquivado, Chico. Abre aço!

      Eliminar
  2. Sempre na melhor!

    Transportes públicos são práticos-nem sempre-. Neste caso atéforam
    O mural é muito vistoso, e até fica bem fografado da janela do BUS!

    O piano é verde esperança!
    Oxalá seja para o teu conhecido pianista.

    A chinesinha não dá para ver. Nenhum dos olhos esão visiveis...Acredito que tu viste bem!
    Mas atenção está ao lado e não atrás...
    O risco está, ou pode acontecer quando o homem quiser...
    Mas esta espécie de blogue de "luxo" não tem seguro...Previne-te!

    Este Zoya sabe da "poda"!
    Lindo
    Contacta para tua casa um "violionista" Vais sair mais revigorado...sem correr riscos!
    E que tal o Jantar?!
    Prontus tudo na devida ordem..à espera de mais!
    Abraço

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. De facto estava tudo na ordem, Rafael. Os transportes públicos aqui são muito práticos.
      Durante a semana utilizo o carro uma vez que não vou para o centro mas tenho uma
      uma carteira de bilhetes para idade de oiro para um caso ou outro que são raros, pois um passe para a nossa idade não me compensa. Este sistema de bilhetes que fisicamente mais parece um passe recarregado electrónicamente, fica cada um a €1.09 e tenho direito de tomar todos os transportes públicos que deseje incluindo o comboio dentro de Montreal, no espaço de duas horas. Posso ir a muito lado. Depois termina o bilhete. No fim de semana saio com o passe mensal da minha filha e aí posso ir para onde quizer, as horas que quizer. É legal, posso utilizá-lo. Está pago, pertence ao proprietário que pode dispensá-lo a quem desejar. Ela no fim de semana anda com o carro do velho.

      Fotografei o mural quando ia a dar de perna, pois no centro dei umas voltinhas.

      Bem, o verde é esperança, o resto... há-de-se ver.

      Quanto ao pianista, gosta de andar lá e ensinar os mirones. Não seria a primeira vez que um tocaria com ele. Conhecido... nunca falei com ele mas já o tenho ouvido várias vezes.

      A chinesinha é bem chinesa porque este olho clínico não falha. Se quizer, é só ampliar a foto aonde passa o pranchista e vê logo o carimbo do produto asiático.

      Quanto ao seguro não é preciso porque as ajudas de cus(p)to, cobrem tudo (quando receber).

      Sobre o Zoya, é lindo ou linda?

      Não contacto mas tenho pena de não saber tocar violino.

      O jantar feito pela Lucinda, é sempre uma maravilha. Eu vinha no autocarro e já cheirava...

      Um abraço.

      Eliminar
  3. O cheirinho do jantar não chegou cá. Mas chegou um cheiro da cidade que te acolheu. Interessante tudo que dizes. E para lá do que mostras, volto aqui a sublinhar a limpeza do espaço público. A tua cidade, a cidade em que vives, respira qualidade de vida, embora saibamos que como todas os grandes aglomerados urbanos tem fatalmente que ter os seus "calcanhares de Aquiles". Mas continua a tua peregrinação, porque, como podes constatar, o grupo lê. Os teus relatos são circunstanciados e louvo-te o poder de observação e a forma como sabes transmitir o que te rodeia ...
    Abraço

    ResponderEliminar
  4. Quando falas no "centro de Montreal" logo imaginamos ruas repletas de gente. Claro que também as haverá, julgo que já mostraste, mas não faltam amplos espaços bem cuidados e com requintes culturais admiráveis.
    O hábito da música na rua está mesmo implantado. Gosto.
    E por falarem em gostar, achei adorável a dançarina. Não conhecia o escultor. Muito bom, em qualquer parte do mundo.
    Se quiseres atender ao pedido do nosso grande Carvalho, eu também acho uma boa ideia. O video dá mais o "cheiro" das coisas e das pessoas, apesar de ser inodoro...
    Um grande abraço.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Quanto falo do centro de Montreal, num dia de trabalho tem muito mais gente do que Coimbra. Haver zonas com muitas pessoas, não falta mas não é ao sábado ou domingo que os escritórios estão fechados e as universidades também.
      No entanto ruas largas e passeios largos, dão outra dimensão que não estamos habituados. Eu notei isso quando cá cheguei pois em Lisboa na Av. da Liberdade nos passeios juntos aos edifícios quando estava apressado, tinha que ter os ombros duros. Na rua da Sofia, também. Aqui não.
      Além disso, para se fazer fotografia tem de se ter muito cuidado com a lei. Não é o primeiro que tem problemas sérios por uma simples foto. A maioria passa mas se alguma coisa acontece, eles não brincam e eu não estou para gastar dinheiro.
      Quanto ao vídeo compreendo o que o Carlos Carvalho pediu mas já expliquei qual é o motivo e como não disse mais nada penso que ele e a São Rosas compreenderam.
      Há pessoas que estando doentes não alteram nada do que fazem, o que é um autêntico suicídio. Eu penso em primeiro na minha saúde e espero que também compreendam. Não ando a lutar pela vida para ser eu mesmo a destruí-la.
      Um abraço.

      Eliminar
  5. A limpeza dos espaços públicos só é possível derivado ao material que eles utilizam e também à programação da limpeza das ruas, Quito.
    Para se ficar com uma informação um pouco geral, basta carregar aqui. Na primeira foto que se vê, o pavimento até está impossível pois é uma rua de muitos restaurantes e por vezes põe lá um palco e fazem a festa. Clientes não faltam. O resultado está à vista mas logo de manhã cedo, passam as máquinas e tudo fica limpo. A forma de pensar aqui é a seguinte: se pagamos os impostos, a cãmara tem que limpar. Quando não limpa, sai logo em vários médias, inclundo os telivisivos. É uma pressão muito grande.
    Não sei o que é que andamos a fazer porque quando cheguei à beira em 1963, haviam lá duas máquinas dessas que depois de uns dois anos desapareceram. Já lá vão mais de cinquenta anos...
    Calcanhares de Aquiles... quanto maior é a barca, maior é a tormenta como em todo o lado, só que não vou pôr aqui. Empobrecia o blogue.
    Um abraço.

    ResponderEliminar
  6. Chiquinho, só nos fazes inveja!!!.., também gostaria viver numa cidade assim.
    Aqui em Braga só sei dos espectáculos ao ler no jornal o que aconteceu no dia anterior!!
    Saúde
    Fernando AZENHA

    ResponderEliminar
  7. Acontece, Fernando Azenha. Eu agora saio pouco e também não estou actualizado. No entanto se fôr à internete, encontro logo.
    No que respeita aos espectáculos referidos acima, é como disse.
    Só que uma vez vi os Grandes Balets de Montreal no Centro Comercial Rockland, artistas de calibre internacional nos festivais à noite em palcos ao ar livre. Está-lhes no contrato. Mas a melhor é que vi parte do Coro da Armada Russa no mercado Jean Talon e os dois principais estavam lá. Jamais esquecerei. Nota... num mercado! É como se fôsses em Coimbra ao D. Pedro V e eles estivessem lá. É claro que a grande maioria dos habitantes de Montreal nem se aperceberam desta actuação e eu quantos não deixar passar... É uma questão de sorte estar-se lá no momento exacto. O Paul McCartney veio ao Quebec e cantou de borla numa actuação nocturna.
    Por outro lado também cá há muita maldade que jamais se espera, mesmo crime profundo e de onde menos se espera.Os criminosos profissionais, já nos sabemos mas os outros... deixam-nos abismados. Quem não vive aqui, não faz a mínima ideia. Uma pessoa fica desfeita.
    Por isso, não tenhas inveja... Aí não estás mal.
    Saúde e um abraço.
    Chico

    ResponderEliminar