Penamacor é uma vila da Beira Baixa de onde se avista Espanha.
Com o pretexto de um encontro de família, aproveitámos para ir mais cedo e passear pela zona histórica.
O portal da igreja da Misericórdia (século XVI) é de estilo manuelino e com apontamentos de motivos vegetalistas típicos do gótico final português. À porta da Misericórdia funcionou, até ao primeiro quartel do século XX, a roda dos expostos, artifício utilizado pelo qual se recebiam os recém-nascidos enjeitados.
O pelourinho, imponente, junto ao castelo.
Do castelo, a nascente, Espanha está "muy cerca".
O relógio da torre do castelo tem um mecanismo que foi recuperado e está à vista dos visitantes. Os pesos são dois segmentos de colunas em granito.
A torre de menagem, com algumas tendas de uma feira medieval que tinha ocorrido recentemente.
O frio, vento e humidade corroem a madeira e o metal. A interioridade tem reduzido a população. Em 1950, o concelho de Penamacor tinha quase 19.000 habitantes. Em 2011, eram menos de 6.000...
... mas os que têm resistido têm tudo para usufruir de uma boa qualidade de vida. A vila tem apostado nas infraestruturas e nota-se um enorme cuidado no bem estar das pessoas.
O que está à venda até tem o preço.
E a simpatia é generalizada. Até as cabras, quando se lhes faz perguntas:
Documentação interessante:
Arqueologia no castelo de Penamacor - Cimo de vila da pré-história ao século XIX
Paulo Moura
Vês pá, elas até são educadas respondendo as perguntas!!!
ResponderEliminarFernando AZENHA
Melhores que GPS. Sei sempre onde estou desde que haja por perto cabras ou bodes.
EliminarInteressante este revisitar do Portugal profundo. Dos tesouros escondidos, das serras paradas à espera de movimento, no dizer do Torga. Conheço bem Penamacor. Também a paisagem desolada e circundante do Terreiro das Bruxas. Do frio invernal da povoação de Três Povos. Da célebre bruxa da Meimoa e de benzedores da Zona, conhecida pelas gentes como cobrão, padecimento que alguns julgam que se cura mais com crendices do que com a medicina tradicional.
ResponderEliminarGostei, Paulo. Revivi algum passado recente. Obrigado.
Eu também adoro voltar às minhas raízes, Quito.
EliminarAbre aço!
Prontus.Se estamos numa de raizes eu também gosto de tempos a tempos ir lá regá-las.Não as posso deixar definhar.Mas quando já por lá não se tem familia próxima é um pouco mais dificil.
ResponderEliminarPela Páscoa é lá que fazemos um almoço de familia.E de vez em quando um almoço com amigos degustando um cabrito de Sicó com arroz malandro do mesmo à Dona Minda no D. Sesnando...
Ó Paulo,Paulino então e o hino?? Imperdoável!!!!
ResponderEliminarToma lá o hino!
HINO PENAMACOR
O Hino de Caria é que é o Hino da minha terra. Por acaso escrito pelo meu Pai, com música do então chefe da Banda Filarmónica.
Eliminar"Caria, Caria
Ó terra dos meus amores
Caria, Caria
Terra da minha afeição
Caria, Caria
Tu és a evocação
Caria, Caria
Dos vinhedos e das flores
(...)"
Nem o rancho folclórico das tuas raizes e despertou a atenção devida!!
ResponderEliminarAi Paulo, Paulo...
FOLCLÓRE DA TUA RAIZ
Olha,olha, nem esta história tradicional do MADEIRO que o Tá Zé Seguro gosta, te despertou a atenção!
ResponderEliminarAi Paulo, Paulo.Nem que fosse a São Rosas a lembrar-se!!!
MADEIROPENAMAOR
Muito bonito o local. Ainda parece conservar a calmaria de tempos idos.
ResponderEliminarÉ sempre bom voltarmos às raízes.
Parabéns ao PM & Cia.
Obs - Com quem a São ficou?
És uma malandreca, Índia Nápolis...
EliminarSabes bem que eu não largo a braguilha do Paulo Moura.
Só há pouco tive um tempo para assistir ao vídeo.
EliminarÉéééééé.....tudo aí em dupla autêntica, mas cada uma com a beleza adequada. rsss
Ééééééééé....
EliminarJá por estas terras nos levaste a passear.
ResponderEliminarAs cabras estariam então de férias e não tive prazer de conversar com elas. Bem simpáticas...
Sempre se gosta de voltar!
Temos que lá voltar um dia destes...
EliminarGostei de ver pois nunca fui a Penamacor. Havia uma canção que o meupai ncdantava e que começava assim: Castelo Branco é vila, Penamacor é cidade.... Conheces Paulo?
ResponderEliminarNão conhecia, Ló. Mas estive a pesquisar e pelos vistos é uma quadra de José Candeias da Silva (1887-1959), natural de Salvador (aldeia e freguesia do concelho de Penamacor):
Eliminar"Castelo Branco é vila,
Penamacor é cidade.
Salvador, barquinha d’oiro
Onde embarca a mocidade."
Na página 8 deste jornal aparece um poema completo com muitas terras do distrito de Castelo Branco. Mas aparece assinado por outro autor e em vez de Salvador refere a Idanha...
Este comentário foi removido pelo autor.
EliminarEra mesmo assim...Que saudade! e hoje estou para a lamechice, chorei com o texto do Quito e choro com a quadra. Obrigada
EliminarNão chor'isso, Ló. E viste o poema completo (diferente), no link do jornal (página 8)?
EliminarPaulo, gostava de ter uma copia do poema (que não conhecia) mas não sou capaz de copiar. Será que ma mandas num mail? Aguardo e agradeço
EliminarAí o tens:
EliminarO PARAÍSO NA BEIRA BAIXA
CASTELO BRANCO é vila
E PENAMACOR é cidade
IDANHA é um barco de ouro
Onde embarca a mocidade
(Popular)
1
RODÃO é a melhor aliança
O FRATEL é um malmequer
BENQUERENÇA, uma mulher
ALCAINS livro de esperança
O FUNDÃO de mais abastança
Uma terra muito tranquila
CASTELO NOVO tem fila
De muitos pedaços da história
Por ser de melhor memória
CASTELO BRANCO é vila
2
A VILA DE REI mais formosa
E OLEIROS sem ter olarias
As SARZEDAS todos os dias
Leva a SARNADAS as rosas
Os ESCALOS com mariposas
ALPEDRINHA da mocidade
S. VICENTE, muita amizade
Dá Beijinhos na LARDOSA
PROENÇA-A-NOVA é rosa
E PENAMACOR é cidade
3
Fritei os ovos na SERTÃ
Com chouriço da FATELA
BELMONTE, vila tão bela
Dá um abraço à COVILHÃ
O seu melhor tecido de lã
É vendido a preço de ouro
ALCAFOZES é um tesouro
Há festa no ROSMANINHAL
Das belezas de PORTUGAL
IDANHA é um barco de ouro
4
O galo canta em MONSANTO
Na Aldeia Mais Portuguesa
SALVATERRA é uma beleza
Beija a ZEBREIRA entretanto
IDANHA-A-VELHA o encanto
Que foi a mais nobre cidade
Há um baluarte da Liberdade
Nas terras de PENHA GARCIA
IDANHA um batel de alegria
Onde embarca a mocidade
Gosto muito dos suportes do pelourinho!...
ResponderEliminarTira lá os olhinhos dos suportes do pelourinho...
EliminarEu tiro, mas gosto, "prontos"!...
EliminarVá, vá, que aquilo já está inclinado o suficiente...
EliminarUma boa postagem com bons comentários para ir-mos lendo. Gostei muito do diálogo com as cabras. Só que estou farto de rir sózinho pois estou a pensar que réplica irá dar o Alfredo Moreirinhas...
ResponderEliminarTambém já pensei nisso. Talvez mostre um arbusto do quintal dele, que dá cabras no Inverno e bodes no Verão...
EliminarNeste preciso momento não posso dar réplica, porque estou na Alemanha e a maior cabra não aparece em público e o resto é só cabrões e eu não falo a língua deles!...
EliminarOu seja, estás a ver-te grego...
EliminarAinda mais me ri....
ResponderEliminarE eu ri também, deixei de chorar
EliminarOh Chico isto é melhor que qualquer remédio da farmácia!!!
ResponderEliminarSem dúvidas, Rafael.
EliminarE repararam no preço do que está à venda?
ResponderEliminarQueres que te pergunte?... Vá está bem! Onde é que está o preço?
EliminarVoltei a ver as fotos e não quero saber do preço. Eu gosto mesmo, é dos suportes do pelourinho!...
Eliminar(não te ouço porque desliguei o Sonotone)
EliminarNa foto vês uma etiqueta amarela com um preço: € 1,50.
Há uns bons quarenta anos, dedicávamos uma semana de férias a conhecer Portugal. Os filhos ficavam, e ficavam muito bem, entregues aos meus sogros, e aí íamos nós, armados em descobridores daquilo que não conhecíamos.
ResponderEliminarLá fomos até Castelo Branco e daí até todos os pontos de referência no Distrito.
Sabia que tinha estado em Penamacor mas de nada me recordava. As fotos aqui expostas fizeram uma espécie de "clic", abrindo a pequena gaveta onde as tinha guardadas e tudo me pareceu familiar. Sem dúvida que o Pelourinho, pela sua imponência, me saltou fresco na memória e muitos outros pormenores me pareceram iguais, como se o tempo tivesse parado.
Mas há diferenças notórias, a saber:
- Quando lá fui, o Pelourinho não tinha a adorná-lo as duas beldades que agora vi.
- Quando lá fui, o número do telefone que lá estava tinha só cinco algarismos.
- Quando lá fui, por muito parecidas que sejam, as cabras não eram as mesmas.
As que eu vi eram mais conversadoras...
Ai, as cabras!...
EliminarQuarta-feira 17 passei por Penamacor, sem pensar que tal iria acontecer. Sucede que o voluntariado sénior de Leiria decidiu que o convívio deste ano seria em Penha Garcia e o motorista do autocarro, novo a estrear, na ida foi por Proença a Velha. O susto de passarmos por aquela rua estreita, resultou o regresso por norte, por Penamacor. Como veem o mundo é pequeno
ResponderEliminarO mundo é pequeno e algumas ruas daquelas aldeias do interior ainda são mais pequenas. Uma vez, uma amiga nossa levou para Caria uma autocaravana. O sarilho que foi descer pela Rua Direita (olha se fosse Torta!) com as varandas em granito...
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