quinta-feira, 22 de maio de 2014

«Coimbra nos anos 70» - RTP Memória

Música de fundo: «Canção do Trovador», de Manuel Alegre e António Portugal, cantada por António Bernardino

6 comentários:

  1. Maginfico!
    Não, não me apanharam nesta reportagem!
    Mas reconheci o cego do acordeon!!! E as moedas caiam em bom rítmo!Não é como agora...forretas!

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  2. Quem ama Coimbra, quem respira Coimbra, não fica indiferente a este trabalho que o Paulo Moura partilha. Recordar a Coimbra daquela época. Dos elétricos do nosso contentamento, que percorriam o "canal", parando em frente ao "Nicola" e à Igreja de Santa Cruz. Tlim - tlim ...partida. O pulsar da urbe, a que assisti diariamente, durante quase uma década. A azáfama das pessoas, como formiguinhas laboriosas que se acotovelavam nos passeios. Era o bater de coração de uma cidade. Da nossa cidade. O aparecimento do invisual do acordeon, comoveu-me. Porque me recordo bem dele. Como recordo de lhe dar insignificantes moedas para o ajudar. Era um imperativo que a minha consciência exigia. Aquela Baixa morreu. Não morreu. Mataram-na na orgia das catedrais de consumo. Para trás, caídos no chão e desamparados, ficaram os comerciantes de porta aberta, da Baixa e da Baixinha, gente e lojas que eram património da cidade. A sua impressão digital, liderada por uma Torre que é sinónimo de Sabedoria. Eles, os comerciantes que viviam honestamente o seu dia a dia, foram varridos para o caixote do lixo das conveniências dos grandes monopólios, como se fossem proscritos a quem a cidade nada deve. Das pequenas ruas e vielas da "Baixinha", sobra pouco. À noite, apenas uma trova do vento que passa, na voz grave do poeta.

    O que não morreu foi este blog. Ainda há, quem zele por ele. Alguns amigos. Por aqui vão passando algumas postagens de qualidade, como é o caso desta. E isso anima a seguir em frente os que vão remando num caudal de amizade, cientes contudo, que tudo tem um fim. Desiludam-se, porém, os que já ouvem o bater de asas dos corvos da desgraça. O funeral está longe de ser para já. Por mim, tendo a consciência de que me estou a expor numa sociedade matreira e calculista, continuarei a escrever até que a mão me doa. Não virarei costas nunca, ao administrador deste espaço, porque a ele lhe devo muito, do reencontrar de amizades perdidas e momentos de convívio que se prolongam até hoje.

    Bem - hajas Paulo por este magnifico momento ...

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    1. Eu é que te agradeço pelas tuas palavras.

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  3. Um belo retrato da nossa cidade onde se via a correria das pessoas, onde a Baixa e a Baixinha fervilhavam de actividade comercial e que nesta altura morre aos poucos, que saudades deste tempo.
    Obrigada por este momento pois pude recordar os bons tempos de antigamente.
    Ana Maria.

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