(Friedrich Nietzsche)
Sendo o blogue um espaço onde cada um dos seus seguidores e colaboradores podem emitir a sua opinião sobre os mais variados assuntos, venho aqui hoje fazer um agradecimento público. E essa palavra de reconhecimento é ao CHORAL POLIFÓNICO DE COIMBRA. Durante uma fase da minha vida, viajei, por várias ocasiões, com o grupo, quer em Portugal, quer no estrangeiro. Na retina, ficou a primeira digressão pelo Oriente, que acompanhei, juntamente com a São Vaz, com todo o interesse resultante da descoberta de outros povos e de outras culturas. Não nos foi possível a viagem ao Japão, onde o grupo actuou em várias cidades. Não posso, contudo, deixar de assinalar a amabilidade do convite ao André Vaz Pereira, que os acompanhou na digressão como músico convidado, para interpretar composições a solo do músico coimbrão, Carlos Seixas. Naquela visita ao Oriente, também um grupo de fados de Coimbra, a completar a extensa embaixada da nossa cidade. Na visita à Roménia, tivemos a oportunidade de integrar a comitiva. De realçar, os magníficos arranjos do maestro José Firmino para canções de Zeca Afonso, que, acompanhados a piano, foram um êxito naquele país, bem como o restante repertório. É-me imperativo dizer aqui, o quanto o grupo tem dignificado o nome do Portugal, pelas vastas digressões que já fez pelo mundo. E dos elogios e simpatia, que colhem nos locais por onde têm actuado, sob a batuta competente do seu Maestro Paulo Moniz, um ilhéu da Praia da Vitória. Mas, de todas as experiências que vivemos com este grupo coral, deixem-me partilhar convosco aquele que mais nos marcou e que foi, justamente, na Roménia. No dia 14 de Julho do ano 2 000, o grupo visitou, perto da pequena localidade de Panciu, o Mausoléu em memória aos mortos da Primeira Grande Guerra Mundial (Mausoleul Marasesti), e as ossadas dos combatentes ali depositadas. O imponente monumento, com os seus jardins , é de grande beleza. Por patamares em espiral, sobe-se até ao topo. E aí, a genialidade do maestro Paulo Moniz. Com o grupo disposto estrategicamente por toda a nave, de maneira a adquirir-se o impacto e a sonoridade exactas, entoou-se música sacra, numa atmosfera quase mística. A uma claridade difusa vinda do exterior, que se coava pelos vitrais do Templo, associava-se um silêncio profundo. Foi comovente. Um momento de grande significado, que jamais esqueceremos. Vi lágrimas em muitos olhos. Uma extraordinária homenagem a quem tombou, para que outros tivessem vida…
Q.P.
Q.P.
Domingo passado, a convite do Choral Polifónico de Coimbra, deslocou-se à nossa cidade, uma vasta embaixada de Cabo Verde, com o Grupo Coral da Cidade da Praia. A actuação de ambos os grupos, teve lugar no Instituto da Juventude. O grupo forasteiro, cantou extenso repertório da Sua terra, tendo na plateia muitos estudantes caboverdianos, oriundos de várias cidades de Portugal, que não quiseram deixar de estar presentes junto dos seus compatriotas. Talvez recordando Cesária Évora e a sua bela morna "Saudade"..
ResponderEliminarRafael:
ResponderEliminarContinuo a tentar desde ontem e, deixei , até agora, de ter acesso às caixas de comentários do blog.
Deve ser um problema, pelo que me apercebi, do próprio Blogger da Google, mas não queria que, de modo nenhum, os Amigos pensassem que eu que me afastei da leitura dele; assim como que os aniversariantes pensassem que , por qualquer motivo, eu não lhes dei os parabéns.
Espero que este problema se resolva e, se por acaso, souberem de um qualquer modo como eu possa ajudar a resolver a situação, digam.
Abraços, deste agora silenciado
Rui Pato
Tal como o Rui Pato, também eu estive "amordaçado" uns dias sem acesso aos comentários. Aproveito a sua boleia para fazer minhas as palavras dele.
ResponderEliminar-------------
Quanto ao post do Quito:
Já é comum comover-me com muito daquilo que o Quito escreve.
Desta vez, bateu mais forte...
É que me fez lembrar um espectáculo da Companhia de Ballet de Monte Carlo, a que na altura a minha filha pertencia, dançando nas ruinas de um anfiteatro de Atenas, cenário onde tantos outros ( actores de teatro ou bailarinos ) actuaram há milhares de anos, deixando uma sensação de eternidade a quem assiste.
Compreendo-o bem!
Caro Rui
ResponderEliminarAquele momento foi há 11 anos e ainda retenho na memória o impacto que me causou. Quando se tem algum familiar ligado às artes, parece que as coisas tomam outra dimensão. O André Pereira, no fim de Junho, parte com a banda do Troviscal, para um concuso de bandas.O repertório será clássico. O evento será em Taiwan, e depois consertos em Hong Kong e Macau. À banda e ao André Pereira desejo êxito em mais esta digressão. Como sempre vou ficar expectante e preocupado, desejando que regressem bem a casa, sem qualquer incidente ...
Uma justa homenagem a este Choral embora o tenha visto apenas actuar umas três vezes.
ResponderEliminarMas foi com muito gosto que os aplaudi pela sua boa qualidade, em vozes e reportório.
Parabéns para eles e para um pianista muito querido o nosso André!
Claro,o teu texto não deixa alguém insensível!
Estive presente no espetáculo no Instito da Juventude e mais uma vez apreciei o Coral Polifónico e ouvi, com muito agrado, o Coro Caboverdiano.
ResponderEliminarO relato do Quito, como sempre, com a componente sensível...
P.S. Também só consigo comemtar com a foto se criar blog! Já segui os passos indicados, mas não tenho exito...
A última vez que ouvi o choral polifónico foi num
ResponderEliminarespectáculo no Pavilhão junto ao parque verde que é, afinal, a Casa da Música.Estou muito contente
com a grandeza exibicional deste choral que, puxando a brasa para a minha família, foi fundado pela minha prima, Fernanda Rovira.
mariorovira
Sob a batuta do Quito, a arte,a eterna busca de novas gentes e novas terras, o encontro com os afectos, o orgulho paternal justificado.
ResponderEliminarNo último parágrafo, uma curta mas comovente e profunda mensagem.
O maestro, mais uma vez, não deixa os seus créditos por mãos alheias.
Aquele abraço.
Também lá estive sentado mesmo ao lado Quito, que esteve sempre preocupado que eu adormecesse!!!
ResponderEliminarMas essa preocupação não teve razão porque apreciei as três interpretações-excelentes do Polifónico-e sobretudo porque também estive muito atento à actuação do André!Não notei a mínima desafinação...e tinha os sonotones!
Gostei do Coro Caboverdeano nas mornas e coladeras...menos vibrantes, mais mornas, mas bonitas e bem interpretadas...aqui vacilei lijeiramente e levei logo uma cotovelada do Quito...que estava avisado pela Celeste Maria!
Gostei, PRONTO!
Noite muito agradável esta do Concerto no IPJ!
ResponderEliminarO Choral Polifónico (sem ph)...com um musico de eleição, o André Pereira, filho do Quito fez também uma brilhante actuação! O Director,Antónío Cabral meu companheiro de carteira dos tempos de Liceu...e mais tarde, no Pátria quando rumámos a Moçambique (carne para canhão!!!)...fez os "elogios" e agradecimentos, recorrendo às lunetas (a idade não perdoa!!) lol
A Senhora caboverdiana, que ficou a meu lado, lá ia deixando que as lágrimas caíssem pela face! Os caboverdianos são pessoas de um sentimento muito grande...e as "mornas" e não só...comovem! Belo povo este!!!
Como este mundo é uma "aldeia" com soi dizer-se, na conversa, fiquei a saber que 3 ou 4 ex-estudantes caboverdianos que viveram numa "republika" de que fui Administrador (anos 80/90), são seus amigos pessoais. A saber e, até porque o EG é lido pelos Palops, aqui envio um caloroso abraço ao João Santos (Direito), ao David Dupret de Almeida (Engª Electrotenica), ao Levi Salamão (Jornalista da RtP Africa), ao Jorge Monteiro, e as mais alguns que passaram pela mesma Republika!!
O texto do Quito nunca nos deixa indiferente e muito especialmente quando lhe dá um toque paternal assim como quando descreve a capacidade creatativa de um Maestro.
ResponderEliminarPor outro lado ao ler a referência do Rafael às mornas caboverdeanas, vieram me trazer tempos passados com os meus colegas da FAP vindos de Cabo-Verde, uns quinze ou dezasseis pois já não consigo inumerar todos, com quem passei bons momento em Lisboa e em Moçambique. Foi uma excelente recordação. O que um artigo pode dar.
Tive pena de não ter podido assistir a este concerto com a habitual qualidade do Coro Polifonico sob a batuta do Maestro Paulo Moniz.
ResponderEliminarFoi com o Maestro Paulo Moniz numa digressão do Coro de Professores de Coimbra à Alemanha, que também visitámos, Verdun, que para além dum cemitério com centenas de cruzes, tem no seu topo, um ossário onde se encontram milhares de incontáveis esqueletos. Em recolhimento, também então, confrontámo-nos perante o horror e estupidez da guerra.
Gostei da forma como descreveste as tuas viagens com o Coro Polifónico e, principalmente, a visita ao Mausoleul Marasesti, onde, com enorme sensibilidade, descreves a atuação do Coro numa homenagem aquelas vítimas que ali repousam como testemunho de que a guerra não deveria nunca ser necessária.
Quito, ao teu filho, André, o desejo de boa viagem e do maior sucesso nessa digressão pelo Oriente.
Um abraço
Pela parte que me cabe vai um bem haja pelas vossas elogiosas palavras.Saibam que temos no coração quem nos rege ou regeu,todos que nos deram ou dão apoio e em especial os nossos queridos fundadores (Maestro José Firmino e a Professora Sr.a D.Fernanda Rovira ).
ResponderEliminarDalila Costa Pina
(1.º soprano do Choral Poliphónico de Coimbra )
Pela parte que me cabe vai um bem haja pelas vossas elogiosas palavras.Saibam que temos no coração quem nos rege ou regeu,todos que nos deram ou dão apoio e em especial os nossos queridos fundadores (Maestro José Firmino e a Professora Sr.a D.Fernanda Rovira ).
ResponderEliminarDalila Costa Pina
(1.º soprano do Choral Poliphónico de Coimbra )
Q Choral Poliphónico de Coimbra desloca-se no próximo dia 16 de Março a Penela para um concerto a convite da respetiva Câmara Municipal
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