Parte II- Será preciso a ajuda de um Sherloch Hommes
Mistério na serra do Gerês
Decorria então o mês de Junho. A noite não estava tão quente como seria habitual nesta altura do ano. O jantar, esse deu para aquecer. Comeu-se bem, bebeu-se melhor e a companhia trouxe calor ao coração. Daí a decisão de um passeio a pé para esticar as pernas e apanhar o ar fresco da serra.
A jornada não seria fácil, diziam uns. A rua era íngreme e é sabido que para baixo todos os santos ajudam mas quando se trata do regresso todos eles viram as costas. Por outro lado os mais habituados a estes exercícios pedestres afirmavam que não, que até se faria com uma perna às costas. Venceram os optimistas.
Chegados à vila tudo se tornou mais fácil. O ritmo cardíaco foi diminuindo e curiosamente o passo também. Foi o que sucedeu com duas das "meninas" que, distraídas com a conversa foram ficando para trás.
Quando deram conta o resto do grupo já ia lá muito longe. Olharam para o alto da montanha onde estaria a caminha tão apetecível àquela hora e resolveram anunciar que a "promessa" tinha sido cumprida e que iam voltar para trás.
E ficaríamos por aqui se não fosse um cavalheiro armado em cavaleiro medieval, ter-se lembrado "O quê, a minha donzela vai por aí acima, de noite, por esses caminhos desertos, sujeita a sair-lhe ao caminho um qualquer bandido que a leva para longe de mim?" E, sacando do seu bombo como se de uma espada se tratasse disse:"Vou atrás dela! " Mas eis que outro cavalheiro agora imbuído de um espírito assaz solidário, e não tendo outra arma senão o flash da sua inseparável máquina fotográfica decidiu:" Eu vou contigo e alumiar-te-ei nessa escuridão! "
E foram. Mas das donzelas nem o menor rasto. Onde se teriam elas metido?
E os destemidos cavaleiros defensores de donzelas? Ter-se-iam perdido por essas ruas e ruelas da vila desconhecida?
Não se sabe. O certo é que chegaram cansados, a frustração estampada no rosto, o bombo silencioso arrastado pelo chão e o flash completamente destruido.
foto e texto de TiTá
Excelente a foto e um texto bem elaborado sobre um facto que aconteceu...mas que ainda estou à espera do relatório da equipa do Sherloch, para que me tire todas as dúvidas!!!
ResponderEliminarO Manel diz que ainda hoje não dorme bem a pensar no mistério...
Nem dorme nem me deixa dormir com tanta volta que dá na cama. Pensa e dá uma volta, depois deita-se e de braços erguidos aos céus grita: mas como ter-se-à dado este desaparecimento? Levanta-se e vai ao computador, quiçá para obter algum esclarecimento. Mas nada... nem as novas tecnologias o ajudam. Entretanto eu rosno e digo- deita-te Manel e vem mas é tratares das tuas obrigações mas nada o faz aquietar-se. Será que temos que tentar comprar a verdade? Esperemos pelo próximo episódio e talvez vejamos alguma luzinha ao fundo do Gerês.
EliminarMenina Titá boa foto e belo texto.
ResponderEliminarUm Abraço.
Tonito.
Imagino o desespero do "Bombeiro" e do "Flasheiro"!
ResponderEliminarAo menos, no Picadeiro do Bairro, ninguém ficava para trás...
O violino, não me admirava que estivesse no telhado, mas a violina não era donzela para isso!...
ResponderEliminarAs noites pelas serranias trazem muitas vezes mistérios insondáveis, tal como o descrito pela Titá!
ResponderEliminarO passeio tão agradável, tão inspirado por memórias de antanho, os sorrisos brilhavam nos olhos das donzelas, caminhando lentamente pelo caminho descendente.
Eis senão quando são sobressaltadas....
As expressões intrigantes e algo desconfiadas dos companheiros de jornada, deixaram-nas perplexas!
Os cavaleiros andantes não se conformavam e reagiam como pondo em dúvida o comportamento impecável das donzelas.
Manias, dos castelões e dos seus amos....
O Mistério da Serra do Gerês mantém-se assim no segredo dos deuses e dificilmente se irá descobrir.
Sempre gostei de mouras encantadas!
No meu caso, as três Mouras é que me encantam...
EliminarAo comentar logo pensei nas tuas mouras!
EliminarMistérios...
EliminarEstas mouras são muito engraçadinhas e gostam de despedaçar corações. Cuidado porque o flasheiro é muito sabido como puderam ver lá pelas serrarias. Conhece todos os cantos e buracos!
EliminarOs " pardais de telhado" muito melhores que violinos!
ResponderEliminarA Titá inspirou-se na Maluda e fez um clique formidável.
Gostei de ler pois transmite-nos boa disposição. Pobre dos cavaleiros que ficaram totalmente descobertos por actos tão arrojados.
ResponderEliminarQue interessante Titá a leitura que proporcionaste num texto tão misterioso e na qual eras uma das donzelas....Mistério que nunca saberemos nós os ausentes e pelos vistos nem os presentes!
ResponderEliminarBoa fantasia e boa fotografia com "os castelões" nas alturas.........
O mistério é denso.
ResponderEliminarNormalmente o mordomo é o principal suspeito mas, neste caso, as mordomias são outras, como podem observar vossas senhorias.
Confesso meu embaraço quanto à autoria.
De Simenon não se trata,pois o traço é feminino e Agatha Christie, também não me parece já que o diálogo não acontece.
É da nossa Titá Quaresma, mestre na escrita como eu já sabia.
Nota :Desculpem qualquer coisinha, é do adiantado da hora. Deixei de andar nestes fusos e estou desabituado.
A Titá teve o condão de prender o leitor ao texto. Um texto bem humorado.De facto, o mistério é denso, como diz o Viana. Do bombo de Lavacolhos e do homem da máquina fotográfica, há um cheirinho de quem possam ser. Sobretudo o do bombo...
ResponderEliminarA foto da Titá também está muito engraçada, com os Castelões com um ar feliz. Pudera !!!
O sobretudo agradece!
EliminarTitá que maravilha teres podido elaborar este magnifico texto ,sobre a noite que parecia mais de fantasmas,mas acabando com todos ás gargalhadas.Queria mais uma vez expressar quanto eu e a Ana gostamos de conviver com todos no nosso "ninho" com o Duarte á mistura ,não vai ser fácil esquecer.....A foto dos nossos amigos Celeste e Rafael traduz bem como nós fazíamos as nossas comunicações ,lembrando um colégio interno..Para o Jaime um abraço e para ti Titá aquele beijo.
ResponderEliminarAna e Carlos
EliminarGostastes de conviver?!!.., pois eu também adoraria e ninguém me chamou. Obrigado Freire
Fernando AZENHA
Nós também agradecemos e continuamos a sentir o carinho com que nos receberam em vossa casa e a atenção que nos deram durante todo o dia. Beijo grande e mais uma vez muito obrigada
EliminarPois foi mesmo uma grande jornada, que começou logopem Braga!!!!
ResponderEliminarTambém nós agradecemos a maneira como nos recebemos em vossa casa!
E ainda conhecemos o vosso neto Duarte!
Um abraço
Era chamarem-me e tinham a mesma atenção. Tanto tenho dito(no café aí no bairro) que quando fossem a Braga tinham sempre á espera a minha casa e família.
EliminarFernando AZENHA
Ainda bem que gostaram da foto e do texto que cumpriu o seu objectivo: manter vivo o mistério.
ResponderEliminarMas o mais importante foi realmente a bela recepção em Braga ( excepto aquela coisa da água, Carlinhos!😕) os passeios, o convivio e as sonoras gargalhadas que tão bem fazem à alma ( e, segundo dizem, ao fígado). Oxalá possa participar na próxima. 😊
Sim, sim, o mistério continua bem vivo...
ResponderEliminarAinda ontem no Talasnal o Manel diz-me que ainda não consegue dormir...
Diz mesmo que é necessário reconstruir no terreno toda esta história!!!!