Deste ano.
Vinda de lado nenhum, aspecto cansado mas afável e sorridente, dentro das suas botinhas e um casaco de malha a envolvê-la, coberta com a sua linda cabeleira branca que o peso dos anos não deixava encobrir, poisou o saco, tirou a almofada que lhe serviu de sofá, sentou-se e foi feliz, transmitindo a felicidade aos presentes.
Jamais esperaria que um génio como muitos a estavam a descrever, viesse tocar num piano público.
Com situações como esta, compreende-se que o piano público não é só cultura para quem o utiliza mas também para aqueles que tiveram o privilégio de assistirem a estes momentos. Pelo que tenho constatado nos médias, estes momentos têm sido muitos por toda a cidade.
Com muita pena, tive que me afastar pois a assistência que aplaudia efusivamente no fim de cada interpretação, começou a aumentar rápidamente.
Vinda de lado nenhum, aspecto cansado mas afável e sorridente, dentro das suas botinhas e um casaco de malha a envolvê-la, coberta com a sua linda cabeleira branca que o peso dos anos não deixava encobrir, poisou o saco, tirou a almofada que lhe serviu de sofá, sentou-se e foi feliz, transmitindo a felicidade aos presentes.
Jamais esperaria que um génio como muitos a estavam a descrever, viesse tocar num piano público.
Com situações como esta, compreende-se que o piano público não é só cultura para quem o utiliza mas também para aqueles que tiveram o privilégio de assistirem a estes momentos. Pelo que tenho constatado nos médias, estes momentos têm sido muitos por toda a cidade.
Com muita pena, tive que me afastar pois a assistência que aplaudia efusivamente no fim de cada interpretação, começou a aumentar rápidamente.
À tardinha, horas mais tarde, passei lá na volta. O pano tinha caído e o silêncio era de ouro.
No dia seguinte, já lá não estava o piano. Até para o ano.
Que cena linda! Inveja de quem assistiu a essas preciosidades que a vida oferece.
ResponderEliminarParabéns, Chico, pela sensibilidade em captar o momento (o durante e o depois).
Chama Mamãe!
EliminarFoi um dos acontecimentos inesperados que uma pessoa jamais esquece na vida. O local é junto à universidade Concordia, pelo que há muitos cafés e restaurantes ao lado, assim como uma saída de metro e local de paragem de muitos autocarros que fazem a ligação com o metro. Foi num instante que o local ficou com assistência lotada, como se costma dizer.
Abraço.
Por esses lados até para o ano,e vai voltar tudo ao mesmo,para a delícia das pessoas.
ResponderEliminarPor cá se calhar era logo roubado (ou destruído) ao fim de pouco tempo.
Tonito.
Voltar, vai... mas é possível que não seja o mesmo piano pois é um excelente local, Tonito. Este não era o do ano passado.
EliminarAqui roubam o impensável mas artigos destes, não creio. Muito pesado e faria barulho. Patí-lo, pior ainda. Alguém chamaria a polícia.
Li o que se passou na Praça da República.
Já agora aproveito porque no sábado disse que o crime por aqui é do pesado e mal eu pensaria que nessa mesma noite, na zona de Saint-Michel, várias gangs se virariam ao tiroteio contra a polícia. Já se está a ver o festival. Enfim, é o progresso.
Abraço.
Captaste mais um belo momento citadino. As aparências iludem e, por vezes, de onde menos esperamos, vem uma surpresa. Neste caso, uma boa surpresa. Gostei.
ResponderEliminarAbraço
São estes momentos inesperados a que dou muito valor na vida, Quito. Primeiramente fiquei admirado, a seguir tirei as fotografias à pressa para evitar os que inadevertidamente se põe à nossa frente e depois um tempinho para viver os momomentos. Valeu a pena.
EliminarUm abraço.
São realmente imagens raras e de um profundo significado, possiveis num pais, ou em paises(não temos no entanto conhecimento do que possa existir em mais algum recanto do mundo), até porque aqui no Canadá temos o privilégio do Chico Torreira estar sempre atento a estas e outras coisas maravilhosas que se passam por lá. Somos amigos com sorte!
ResponderEliminarPor cá e por Coimbra ...e não só temos tido o privilégio de ter a Tuna Meliches, fazer animados convívios de rua, já por várias vezes!!!
Quando digo não só é porque a Tuna Meliches já alegrou muitos corações noutros locais de Portugal-incluindo Açores e Madeira...e estranjeiro.Em alguns com a colaboração com o Grupo de Danças e Cantares dos CTT!
Mas voltando ao Canadá, as imagens são excelentes e este momento( porque outros terão existido), é particularmente tocante, mesmo sem o som das melodias executadas, por a artista ser já uma veterana que descontraídamente maravilhou o publico que assistiu!
Muito bem Chico e uma "boa pedalada" à tua bicicleta!
Outras novidades virão!
E levarmos um piano para cantarmos as Janeiras?...
Eliminar...desmanchado! Eu levo umas meia dúzias de teclas...chego lá e púzias no sitio!
EliminarNão podemos é levar as teclas douradas do Pedro Concertinas, que abafam tudo o resto.
EliminarSe as Janeiras vierem ao prédio amaricano (espero bem que sim) o piano tem mesmo de vir desmontado. No elevador não cabe e degraus são só 97...
EliminarVejam se avisam, se quiserem umas castanhas cortadas em cruz. E, já agora, um "Muralhas" para quem gostar. Jeropiga tenho cá da boa, oferta da "Casa do Moinho", Podentes.
Rafael,
EliminarCalhou, porque agora estou parado com a bicicleta. Como sou teimoso, penso que vai ser temporário. Vamos a ver se aguento o stock de fotos da minha caixa de sapatos...
Ia a passar num dia fresquinho e parei para ir ao café beber uma baunilha francesa bem quente. Até aqueceu o coração, como diz a Lucinda.
Francamente, quando estava a parar a bicicleta, vi a senhora chegar mas nem liguei. Já tinha a baunilha francesa na mão, quando notei o que estava a perder. Rápidamente fiz as fotos que pude pois começou logo a juntar-se uma boa assistência. Alguns que nas suas conversas mostravam perceber de música, deviam ser estudantes da faculdade de artes da Universidade Concordia, que também inclui a música. Bem... esta senhora foi um espectáculo.
Gostei do que escreveu da Tuna Meliches pois essa "rapaziada" parece que vai mesmo lixar os que não gostam de música e ainda bem, porque a excelente disposição que sempre apresentam dá saúde e faz viver. Que continuem por esse caminho por muito tempo. Até fiquei contente de saber. É malta fora de série.
Um abraço.
São Rosas
EliminarConvidas o Obelix que também é virtual e ele leva-te o piano.
Convida o Paulo Moura para te dar um abraço por mim. :)
Tudo Ok! Primeiro a baunilha quentinha...e depois saiu bela reportagem!
EliminarEntão nas ruas da Baixa...para turista ver???Eu mostro um dia destes!!!Com bailarinas!!!!
EliminarBicicleta é raínha e o ciclista é rei, pelo menos na minha idade, por aquilo que vivo. E a todos os níveis. Num cruzamento, a maioria dos automobilistas cedem-me a passage, mesmo que já tenha parado e posto o pé no no chão. Uma vez ia na pista do canal Lachine, que já foi vária vezes considerada a melhor pista panorâmica no mundo, estava um sujeito parado com a sua bicicleta num dos bandos ao lado da pista. Eu parei no banco a seguir e comecei a passar uma pequena inspecção visual à bicicleta. O senhor muito simples veio ter comigo e perguntou-me se precisava de material para reparar, pois trazia com ele. Reconeci-o pois tinha sido ministro da educação e nesse momento era reitor de uma universidade. É toda uma mentalidade.
EliminarCastanhas cortadas em cruz, "Muralhas", jeropiga "Casa do Moinho" de Podentes... já estou a ficar toda molhadinha...
EliminarMais uma lição carregada se urbanismo.
ResponderEliminarComo alguém disse, "quando o povo não vem à cultura, temos de levar a cultura ao povo".
Só uma curiosidade, de quem é a bicicleta?
Abraço, Chico.
Carlos Viana
EliminarA bicicleta, francamente, não sei de quem é. Eu jamais encostaria a minha bicicleta ao piano. Aqui todos deixam a bicicleta em qualquer poste público e não só... ou grades de jardins pois se fôr no coração da cidade, o proprietário não diz nada. É uma liberdade muito grande. Solta, só estando ao lado. Como esta está solta, tudo me leva a acreditar que fôsse da borrachinha assentada atrás do piano ou de quem está a ler atrás da pianista.
Abraço.
Acho isto uma maravilha e, pelos vistos, no Canadá sabem aproveitar bem os poucos meses que têm, em que é possível fazer estes eventos na rua!
ResponderEliminarFoi pena não teres filmado um bocadinho que fosse!
EliminarAlfredo Moreirinhas
EliminarOs festivais em Montreal de grande envergadura, devem andar à volta de uns sessenta a setenta. Desta categoria há durante todo o ano, excepto em Janeiro que é o mês de descanso. Só um, trás à volta de dois milhões e meio ou três milhões e meio de turistas em quinze dias pois já não estou certo do número que na altura li. Há mais uns dois ou três que não estão longe destes números. Neste número não incluo festivais como os dos tipo de festivais de bairro que são em grande número e que são muito concorridos, ou mesmo os de rua. Os de rua são quase sempre levados a cabo por comerciantes. São autênticos festivais que havia antigamente nas nossas aldeias mas em pleno meio desta cidade. Adoro esta variedade que ao mesmo tempo mantem costumes antigos. Também há um ou outro organizado por museus no exterior, para expansão da cultura. Nos de inverno pôem muitos pontos de aquecimento como mostrei no dia que fui ver os pinguins com direito a escalfeta. Impensável mas só visto. Para verem os fogões de aquecimento terão que ir ao meu blogue e para isso basta carregar "aqui". Aproveitam a época fria para fazerem vários festivais como o dos livros, literatura, filme, etc.
No que respeita a filmar, eu pecador me confesso mas não está na minha cultura. As fotos, elimino as que vejo que não devo postar. Nos filmes, não sei como fazer, por isso não utilizo.
Espero que tenhas ficado ilucidado.
Abraço.
Tanta ternura, tanta felicidade!
ResponderEliminarOs pinguins eram mesmo uma ternura, Celeste Maria. Quanto a nós que aqui vivemos, tem um lado e o oposto. Os dois são uma maravilha.:)
EliminarAbraço.
Bela reportagem Chico! Existem agora em vàrios aeroportos, iniciativas deste género. Uma delas, no Sà Carneiro, no Porto. No TITTISEE, na Floresta Negra, vi um globetrotter que viaja duma cidade para a outra com um piano com rodas. Fantàstica experiência!!!Mas, se pedissemos ao ELTON JOHN, ai na rua, para dar "um gostinho ao dedo", ele certamente responderia "Tu na meliches"!!!Grande abraço. Qualquer dia apareço ai em MONTREAL, em Junho para o Festival Rock & Jazz, para o qual hà muito estamos convidados!!
ResponderEliminarÉ um festival digno de ser visto e se tiveres tempo, aproveita para veres o F1. Em duas semanas passei de trinta a cinquenta kms de bicicleta três vezes por semana, a pô-la de lado e a deslocar-me com uma terceira perna. É um outro festival. A minha saúde anda aos altos e baixos, por isso não sei se vou poder estar contigo mas aproveita que vale a pena.
EliminarTambém temos um aqui em Coimbra na praça 8 de Maio, muito bom!
ResponderEliminarUm dia destes coloco aqui no blogue.
Força Rafael, cá fico à espera dessas fotos. O que é bom é para se ver.
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