sábado, 16 de outubro de 2010

AVÉ CÉSAR ...

Alain Delon, no papel de César Imperador ...
No “Norton” do Norton de Matos, come-se bem. Não é publicidade. É uma constatação. E, na terça - feira passada, lá subi a Rua de Moçambique, na esperança de comer um grão-de-bico que, por acaso, naquele dia, nem havia. Também a secreta esperança de encontrar amigos . E, de facto, encontrei. O João Ferreira, a Xani, o Gil, a Olga e o Viana. Um quinteto de jovens do meu bairro. Tudo isto para Vos dizer que quando me dirigia para o repasto, o telemóvel tocou. Era o Felício. Com a sua habitual fleuma, perguntou em qual o dia do meu aniversário natalício, para depois numa inflexão de voz me dizer: “ Óh Quito, estou aqui há duas horas numa fila para renovar um documento, só para a minha paciência !!!.” E de facto é preciso muita. Relembro o dia em que andei feito bola de “pingue-pong” na “Fernão de Magalhães”, a passear entre duas repartições, cada uma delas endossando à outra a responsabilidade de resolver o assunto que ali me trazia. Mas o que é que o Imperador César Augusto tem a ver com tudo isto, perguntam os meus amigos ???. Não tem nada e tem tudo. Das lamúrias do Felício, não pude deixar de recordar como é bem mais fácil conseguir um qualquer documento num meio mais pequeno. Não tenho ideia de ver em Castelo Branco, as pessoas a acotovelarem-se ao balcão de uma qualquer repartição pública. Os utentes aguardam pacientemente a sua vez, num silêncio quase tumular. Verdade se diga que por aqui o tempo corre ao ritmo de uma valsa lenta, e mais de três carros parados num semáforo, é hora de ponta. Não sei se já perceberam que toda esta minha prosápia é para ganhar tempo, e incluir o César Imperador neste texto. Sinto-me perdido, no meio deste vendaval de vogais e consoantes. Bem, já tenho uma luz ao fundo do túnel. Isto para Vos dizer que por estas paragens a vida do cidadão está mais facilitada. É tudo mais à mão. E, por vezes, nesta vintena de anos em que vou deambulando por estes Lugares, sucedem coisas surpreendentes. Preparem-se, que é agora que o César vai aparecer em todo o seu esplendor. O meu amigo Joaquim de Matos, é um Juncalense dos quatro costados. Adora a seu torrão - natal e o Rancho Folclórico lá do sítio. Um dia – ainda por cá nos governávamos em ESCUDOS - dirige-se a mim e atira-me com esta: “ … sabes Quito, houve uma reunião da Direcção do Rancho porque estamos nas lonas … necessitamos de dinheiro para as nossas viagens com o grupo … o transporte custa um dinheirão …achámos que tu és o gajo ideal para ir falar com o César Vila Franca e ver se lhe arrancas uns cinquenta contitos …”. O César Vila Franca, era, naquela época, o Presidente da Câmara. Confesso que a ideia de ir à Câmara de chapéu na mão, não me agradou. Mas não pude dizer que não. Certo dia, amarrei uma gravata ao pescoço, exagerei no “after shave”, afivelei um sorriso de circunstância e entrei na Câmara. Ia apenas para ser incluído na agenda do Senhor Presidente. Mas o facto de estar num meio pequeno, era premonitório de que tinha hipótese de ser logo recebido. No átrio da Câmara, à direita, sentada numa secretária estava uma menina. Bela menina, acrescente-se. Disse-lhe ao que ia, e ela respondeu enquanto esticava o pescoço para dentro do gabinete do Presidente, e deixava ver por debaixo do largo decote, um soutien cor de madre - pérola de fino rendilhado: “ … o senhor Presidente anda por aí… se calhar foi à casa – de - banho, ele vem já atendê-lo … pode entrar para a sala...”. Entrei. E por momentos ali estive a projectar o discurso. Mas nada saía bem. Varreram-se-me as ideias, e quando o Dr. César Vila Franca entrou no gabinete e se sentou numa cadeira de bispo à minha frente, fiquei completamente indefeso. Disse-lhe ao que ia. Mas não acabei a frase. Recostando-se na cadeira e traçando a perna o César rematou: “ … o Senhor Pereira quer que lhe dê para o rancho mil contos, não é verdade? … mil contos ???!!!. Mil !!!. Confesso-vos que fiquei atordoado. Tal e qual um pugilista que leva um soco demolidor a cinco segundos do primeiro “round”. Mas reergui-me. Animado com aquela perspectiva de sair dali em glória, debrucei-me sobre a secretária, ajustei mais o nó da gravata e quando ia a dizer de minha justiça, fui de novo interceptado pelo Imperador César que, refreando os meus ânimos, disse num tom conciliador enquanto dava mais uma “passa” no charuto : “… não tenho hipótese de lhe dar tanto dinheiro Senhor Pereira – como se eu tivesse pedido alguma coisa - mas vou dar ordem ao pelouro da Cultura para transferir trezentos contos para a conta do rancho”. Fiquei seco. Nem acreditava no que estava a ouvir. Eu só queria cinquenta contos, e sem pedir nada, trazia de lá trezentos. Saí da Câmara inchado como um pavão. Naquele dia, o César era ele. Mas o Imperador de Castelo Branco era eu. Disse e cumpriu. Dois dias depois, descia eu a pé a Avenida 1º de Maio, apareceu-me pela frente o Joaquim de Matos, com o bigode eriçado e um de sorriso de orelha a orelha e que me diz à meia – volta: “… Óh Quito, tu és um gajo com uma lábia bestial, conseguiste sacar trezentas “mocas” ao Presidente...”. Eu que praticamente nem tinha aberto a boca, imaginem !!! . Mas não me desmanchei. Deixei-o continuar naquela doce ilusão, e limitei-me a esticar o braço numa saudação de triste memória e exclamei triunfante: AVÉ CÉSAR
Quito Pereira

21 comentários:

  1. Ora aqui està uma pergunta que vos gostava de fazer? Quantas vezes vao vocês ao cinema por mês?

    Nesta imagem nao se trata de PETER O'TOOLE mas do "nosso" sedutôr Nacional, ALAIN DELON!!!Bizarro, que as nossas "miudas" nao tenham topado isso!!!

    Em COLMAR, està um tempinho para se ir ao cinema!Chove e estao 5°!!!!

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  2. Está feita a rectificação BobbyZé. Obrigado. Fiquei perturbado com tanta massa eheheheh ...

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  3. O que se passa aí, é inaceitável. Os responsáveis gozam com as pessoas pois quem está á frente do nosso país, alguns ou muitos
    estudaram ou fizeram estágios no estrangeiro. Sabem como é mas é melhor assegurarem as suas reformas. Aqui, nos organismos oficiais, entra-se, tira-se o número da maquinheta e assentamo-nos. Há vários ficheiros. Convida mesmo a ler um livro nos quinze minutos de espera. Bichas num ou noutro caso como por vezes nos bancos, numa bibliotece mas nunca mais de dez minutos. Vinte ou mais é um caso excecional. Isto sem falar das urgências dos hospitais mas espera-se sentado.
    O que me admira, é que nós falamos, mas não noto que geralmente façam como aqui. Num caso ou noutro, sim. Como é que uma pessoa com problema de costas ou outro, pode estar duas horas na bicha? Chama-se a televisão, dá para dias, depois as outras TVs, rádios e jornais seguem o passo e o problema é resolvido. Vão entrevistar os responsáveis à saída dos serviços, da sua casa ou de um restaurante, etc, pois eles bem tentam fugir. Não lhes dão descanso. Em casos mais sérios, formam-se grupos de pressão que começam a falar tanto, veem as entrevistas e a oposição que até nem estava para falar no assunto pois amanhã pode ser governo, tem que falar. Assim alteram o que está mal e anulam projetos do governo. Por estes lados o cidadão quer é ser servido, qualquer que seja a côr, caso contrário eles vão fazendo o que querem.
    Gosta-se da nossa terra e no fim é-se descriminado por ser português. Fico enervado de ver tratar os meus (portugueses) assim. Depois a qualidade de vida aqui é superior. Menos gente no hospital.
    O artigo a partir da descrição do César de mão abertas e que só agora acabo de ler, até me pôs bem disposto. Excelente. Um abraço.

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  4. *No meu comentário anterior, aonde se lê enervado, leia-se "revoltado". As minhas desculpas e um abraço.

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  5. Meu caro Chico
    Mas é assim.Tive há algum tempo de tratar de um assunto. Nem imaginas o que passei em Coimbra. Manhãs inteiras à espera de ser atendido. E tardes inteiras. Precisava de um documento. Levou 3 meses a chegar-me à mão. Aqui no interior as coisas são mais fáceis. Ácerca do texto, por vezes reflito sobre o que se pasou naquela época e se seria possível hoje, numa cidade grande:
    1ª - Entrar numa Câmara e ser logo recebido pelo Presidente; 2º - O valor de 1 OOO contos avançado, sem eu ter pedido nada; 3º - O valor que foi dado (3OO OOO$OO); 4º - Ter o dinheiro disponível no dia seguinte sem complicações burocráticas.
    Resta dizer, que neste episódio eu não tive qualquer mérito. Limitei-me a agradecer o que ele me deu. Mas ainda hoje tenho a sensação que se eu tivesse esticado a corda traria, se calhar, algum mais. Como te digo, isto era completamente impensável hoje. E acredito, face ao que se está a passar, que os apoios à cultura sejam muito reduzidos. É praticamente a carolice de alguns que faz andar as coisas. Hoje uma saída do Rancho custa sempre para cima de 1OO contos, variando naturalmente conforme a quilómetragem..
    Abraço
    1ª - Im cidadão en

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  6. Quito,

    Quando cheguei, o sistema já existia. Além disso, toda a repartição tinha uns panfletos rectangulares numas caixas que nos informavam de tudo. A pessoa metia-o/os no bolso,via o que necessitava, ia tratar, voltava e quando chegava ao balcão, não perdia tempo. O francês ou inglês era de tal forma que toda a gente compreendia. Hoje continua e pode-se ir à net. Um português aqui que tem na nossa língua tantos estudos como eu ou mais, foi à net ver um documento do nosso governo.pt. Veio dizer-me que não percebia nada daqueles termos. É a consideração que têm pelos mais desprotegidos pois aí deve haver muita gente com menos estudos que ele. Quanto dinheiro não se perde nessas esperas pois as pessoas não trabalham, sujeito a uma pessoa no balcão que vai perder tempo connosco e que até pode nos informar mal para depois... pagar a advogados? O que está escrito, serve mesmo para defesa em tribunal. Quantos doentes dos nervos que depois apanham outras doenças num meio desses e sabes isso bem, assim como aqueles que hoje são médicos? E as famílias que os aturam que depois também ficam doentes. Quanto dinheiro em ocupação de médicos, hospitais, importação de materiais e medicamentos? Só um país com dirigentes que se pensam ricos. – Fora das cidades por estes lados, talvez nem precisem de número para serem atendidos mas em Montreal, se não houvesse ordem, "bofatada devia ser mato", como faláva-mos. Aqui, derivado à TV há um grande civismo/humanismo mas o contato direto... Se um casal de velhos fôr em cima do passeio e vier malta nova, mesmo outro casal, os velhos é que têm de se desviare e se ouver qualquer coisa, tratam-os logo por "tu".
    Quanto a ti, essa simplicidade trai-te. Tu é que foste ao presidente e ele sabia que um Quito Pereira não ia lá por tostões e ainda bem, fico muito contente. Trouxeste trezentos. Fantástico.
    Carolas também cá há, todos se queixam e fazem bem mas comparado connosco, têm muito aconchego.
    Um abraço.

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  7. Quito, boa malha!, como diriam os participantes ao torneio de malha do NSCB.
    Vieste de novo ao terreiro, com uma historia a inserir na compilação futura das Recordações dum Embaixador Albicastrense.
    Estas lamurias são uma "pérola de fino rendilhado..." escritas com a maior das latas.
    Continuas a ser uma das vozes que mais me têm marcado.
    Mas por aqui me fico.
    Ciao
    C.Falcão

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  8. Bem, está aqui um mesa engraçada entre Portugal, França e Canadá. Mas deixei-me falar do Rancho do Juncal. É constituído por crianças e adultos. O Rancho foi uma pedrada no charco. Permitiu que muita gente daquela aldeia pudesse viajar. Estamos a falar do que se passou apenas há vinte anos. Posso dizer-vos que havia crianças que nunca tinham visto o mar. Apenas imaginavam. Eu a São demos uma mão naquilo. Primeiro o Rancho andou apenas pela região para depois actuar em todo o país. Recordo-me de uma vez em que o rancho actuou um fim- de - semana em Trás-os-Montes e no fim- de -semana seguinte no Algarve. Imaginem o que isto significou para quem nunca tinha saído daquela aldeia. Falei no texto no Joaquim Matos.É um caso de amor à sua terra.É muito dinâmico e a aldeia muito lhe deve. Por isso fui à Câmara. Eu não podia dizer que não. Agora estou desligado das actividades deles, mas o Rancho continua a correr Portugal e a ser um dos embaixadores da Beira-Baixa. No Festival anual na aldeia, onde vêm outros grupos, o povo trabalha uma semana inteira para receber os outro ranchos. Vocês nem imaginam as iguarias que se fazem. O povo do Juncal recebe muito bemos outros povos. São excelentes anfitriões ...

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  9. O fato e gravata fáz milagres.
    Tonito.

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  10. O Senhor Imperador de Castelo Branco vestido de fato e gravata?!Então as sedas, cetins e brocados?!
    Certo, é que levaste o Presidente da Câmara com uma pinta...!
    E nem houve necessidade de estar na bicha!

    Uma atitude de mérito da vossa parte, tua e da São, de apoiar os grupos culturais, tão importantes nos pequenos meios.

    Mas, as voltas que deste, desde um almoço no Norton, passando pelas repartições públicas, até
    ao donativo para o rancho...livra, és imbatível na tua prosa!

    Um abraço a todos os comentadores e outro para ti.

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  11. Avé César dede Caselo Branco, Salgueiro e Juncal do Campo e arredores!
    Fico com a impressão que o Presidente da Cãmara quando te ofereceu mil contos sem abrires a bocera na esperança de te ver desmaiar, e depois de chamar a funcionário do tal soutien... para te reanimar!
    Mas como tal não aconteceu ofereceu-te 300
    contitos pelo nó da gravata que passou a utilizar!
    Também se pode concluir que o "calado é o melhor"
    Agora fora de brincadeira já tinha conhecimento que tanto tu como a São foram e continuam a ser grandes entusiastas pelas actividades do folclore!

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  12. Rafael, já estamos retirados das lides. Aquilo agora já navega em velocidade de cruzeiro. Os fatos tradicionais representativos são uma ciência. Mais nas mulheres. Os blusas e saias têm que ter determinadas caracteristicas. Soubemos disso quando pretendemos federar o Rancho. As saídas seriam por conta da Federação.Mas verificou-se que assim o rancho saíria muito menos, pelo que fizemos marcha- atrás. De qualquer forma, os trajes do grupo representam fielmente o vestir de épocas de antanho ...

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  13. Assim nos relatas situações bem concretas,
    vividas e sentidas por ti,envolvendo-te nelas
    com propósitos válidos para todos...
    És um homem coerente, actuando de acordo com
    o que pensas: viver em comunidade e usando o
    direito de cidadania.
    Amigo,gosto de ti por tudo isto e não só !

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  14. Pois foi, na passada terça-feira tive a grata surpresa de encontrar o Quito e a sua São no "Norton". Estavam eles na sobremesa quando eu e a Olga entramos para almoçar. Numa outra mesa, o João e a Xani. Sentado, como sempre, ao balcão o Gil.
    Claro que, pela raridade da presença do casal Pereira, demos um grito de contentamento e nos acomodamos na mesma mesa.
    Falamos de tudo um pouco enquanto comi uma carne de porco à alentejana e a Olga uma perca grelhada.
    A comida estava saborosa mas a companhia muito mais. Depois disso, ainda fomos até ao Samambaia porque o Quito estava com "ela fisgada". Queria encontrar mais amigos. E encontrou! E logo ali ficou delineado mais um grande projecto de convívio. Mais não digo porque é matéria da competência de Dom Rafael que. lá para a primavera, nos falará do assunto.
    A propósito, Quito, o bacalhau com grão é à segunda-feira. Não esqueças que tens um almoço a haver...
    AVÉ QUITO!

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  15. Quito,
    Que escrevias bem, sabia eu. Que a tua Cara metade fazia boas fotografias, também sabia. Agora essa do rancho mostra bem como os dois são. São trabalhos e canseiras que até sabem bem. Calculo a vossa satisfação ao apreciarem uma criança ver pela primeira vez o mar, fora outras. Bem hajam.

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  16. Quito, bela prosa.
    O que custa é começar... depois de teres iniciado pelo almoço no Norton e, como as palavras são como as cerejas em que atrás de uma outra vem, também tu fizeste incursões por repartições até acabares enfarpelado na presença dum César, que, pelo vistos, até sabia escolher as secretárias, para duma forma magnânima cuidar de mostrar perante o Sr.Pereira o seu poder e desapego ao dinheiro, pudera não era dele, e de uma assentada não dar mil mas trezentos contitos sem cuidar de saber quais eram as reais necessidades do Rancho.
    Tempo das vacas gordas que agora... são pele e osso.

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  17. Avé Quito!
    Tal como César, também tu passaste o Rubicão...

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  18. AVÉ RUI !!!
    Espero que tudo esteja bem por aí. Por cá o tempo está bom, mas o frio já se faz sentir. Estou aqui "enrolado" com uma foto do mar da Ericeira, a tentar arranjar um pequeno texto ou frase para complementar a foto. Mas tal como no gabinete do César Vila Franca, varreram-se-me as ideias.É uma espécie de exercício mental, tal como fazer palavras cruzadas ou jogar xadrêz ...
    Abraço

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  19. O Quito é justamente tido como alguém cujos escritos nos prendem a atenção do principio ao fim.
    A sua forma de descrever os cenários que nos vai fazendo deslizar diante dos olhos, é de um rigor e de um pormenor que só os mais cotados conseguem fazer.
    Este texto não foge à regra de todos quantos já nos foi dado ler.

    Mas desta vez o Quito ocultou, quanto a mim deliberadamente, a razão verdadeira que levou o Presidente a doar-lhe aquela massa toda.

    Deixou um rabo de palha que nos permite perceber o engodo.

    Falo da secretária do Presidente de soutien madrepérola e generoso decote. Cá para mim foi ela que sussurrou ao ouvido do Presidente ( um sussurro de uma mulher bonita aos ouvidos de um Presidente produz efeitos inimagináveis! ), para ele abrir os cordões à bolsa.

    E porque o terá feito, perguntarão?

    Está à vista! O Quito é um homem bem parecido e apresentou-se perfumado e de gravata. O suficiente para que o seu piscar de olho e sorriso cativante tenham feito disparar as cordas sensíveis da bela secretária...

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  20. Caro Rui
    Eu cá bem me parecia que o decote largo e a menina do sorriso de fada, não passariam despercebidos ao rigor dos teus comentários ...

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  21. Para verem um cheirinho do Rancho do Juncal:

    http://www.youtube.com/watch?v=4AQVQ8ocujY

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