NAQUELE DIA FOMOS TODOS MENINOS!
Como reza o fado da Samaritana, que cantámos em coro no 2º GEG, eu digo – Ó meu Jesus, que bem que fiz em ir ao Encontro de Gerações! Lá encontrei os meninos do meu Bairro, de cabelos brancos e rosto marcado pelo tempo (alguns não os via há 36 anos) … mas quando os fitava no fundo dos olhos, o menino(a) surgia num abraço profundo!
O nosso Bairro era encantado, nele aprendemos muito, crescemos, evoluímos, mais do que a consciência se apercebia. Vivíamos a brincar, a estudar, acompanhados pelas mães que estavam sempre em casa, para nós. Mas não deixámos de nos apercebermos que havia outros meninos de um bairro negro, onde não há pão, não há sossego!
No nosso tínhamos tudo isso… e música! Nas noites de Verão, no picadeiro, no cá para lá da Rua A, trauteando os Beatles ou “Tombe la Neige” (imortalizado pelo Tó Ferrão). Havia estudo, muito estudo e dores de barriga, nas madrugadas silenciosas da época de exames, percorríamos a minha rua (do posto da polícia) de livros nas mãos, quando passávamos uns pelos outros desejávamos boa-sorte, até o padeiro tinha que fazer o seu trabalho sem ruído, a rua transformava-se numa sala de estudo colectiva!
Por tudo isto o nosso Bairro não cabe na definição “aglomerado de casas residenciais”, era muito mais do que isso, porque tinha alma, que nós construímos e lhe demos, sem saber, talvez sem o querer! Fruto do acaso, para alguns, para outros, as circunstâncias assim o proporcionaram, ou, haja ainda quem pense que era o nosso Karma (eu bebo em todas as fontes)! O que é certo é que aprendemos coisas novas “de sonho e de verdade”, inventámos um Bairro, uma Cidade, um País, soubemos “o que custou a Liberdade”!
Para o ano lá estarei! Se eu morrer, cantem o fado “Rosas Brancas”, ok?
Até lá e obrigada a todos, um abraço ao casal Rafael e Celeste Maria, à Ana Roque, Nandita, Gracinha Lamas, Néné (grande valsa), Jójò (adorei o que disseste e como o disseste…).
Mariazinha Leão
Leiria, 2010-10-26
Como reza o fado da Samaritana, que cantámos em coro no 2º GEG, eu digo – Ó meu Jesus, que bem que fiz em ir ao Encontro de Gerações! Lá encontrei os meninos do meu Bairro, de cabelos brancos e rosto marcado pelo tempo (alguns não os via há 36 anos) … mas quando os fitava no fundo dos olhos, o menino(a) surgia num abraço profundo!
O nosso Bairro era encantado, nele aprendemos muito, crescemos, evoluímos, mais do que a consciência se apercebia. Vivíamos a brincar, a estudar, acompanhados pelas mães que estavam sempre em casa, para nós. Mas não deixámos de nos apercebermos que havia outros meninos de um bairro negro, onde não há pão, não há sossego!
No nosso tínhamos tudo isso… e música! Nas noites de Verão, no picadeiro, no cá para lá da Rua A, trauteando os Beatles ou “Tombe la Neige” (imortalizado pelo Tó Ferrão). Havia estudo, muito estudo e dores de barriga, nas madrugadas silenciosas da época de exames, percorríamos a minha rua (do posto da polícia) de livros nas mãos, quando passávamos uns pelos outros desejávamos boa-sorte, até o padeiro tinha que fazer o seu trabalho sem ruído, a rua transformava-se numa sala de estudo colectiva!
Por tudo isto o nosso Bairro não cabe na definição “aglomerado de casas residenciais”, era muito mais do que isso, porque tinha alma, que nós construímos e lhe demos, sem saber, talvez sem o querer! Fruto do acaso, para alguns, para outros, as circunstâncias assim o proporcionaram, ou, haja ainda quem pense que era o nosso Karma (eu bebo em todas as fontes)! O que é certo é que aprendemos coisas novas “de sonho e de verdade”, inventámos um Bairro, uma Cidade, um País, soubemos “o que custou a Liberdade”!
Para o ano lá estarei! Se eu morrer, cantem o fado “Rosas Brancas”, ok?
Até lá e obrigada a todos, um abraço ao casal Rafael e Celeste Maria, à Ana Roque, Nandita, Gracinha Lamas, Néné (grande valsa), Jójò (adorei o que disseste e como o disseste…).
Mariazinha Leão
Leiria, 2010-10-26
marcadores: 2º aniversário GEG"
No meio de toda a azáfama do convívio de sábado, acabei por não estar com a Guilhermina Leão. Mas outras rotas e oportunidades virão...
ResponderEliminarOlá, Rui Felício... mas eu estive consigo, a uma distância curta mas respeitável, para mim você é, como é que hei-de dizer... grande, quer em estatura, quer na ideia que tenho de si em pequenina quando ía a casa da sua mãe. Acho que tinha estado na guerra colonial e eu, quando o via, sentia um misto de admiração e ... receio!
ResponderEliminarAquele abraço, que se concretizará no próximo GEG, com certeza!
Uma memória bem recheada de boas recordações...
ResponderEliminarFoi um prazer estar contigo neste Encontro!
Beijinho
Pois tive também o previlégio de estar contigo de te dar um beijinho de boas vindas!
ResponderEliminarÉ sempre uma satisfação enorme que sentimos quando estes encontros proporcionam estas emoções e alegrias, especialmente como no teu caso e de outros amigos/as que vêem pela 1ª vez!
Aconteceu também no caso da tua irmã e do Melo!
Da tua irmã e do Melo lembro-me bem deles!
Um abraço para todos!
No passado sábado, eu estava com curiosidade em conhecer pessoalmente a Guilhermina Leão.
ResponderEliminarTinha-me apercebido do seu entusiasmo, da sua alegria quando "descobriu" este Encontro e da forma calorosa com que a ele aderiu.
Daí, a minha curiosidade em a conhecer pessoalmente, mas...
O tempo não deu para tudo. São poucas as horas para tantas emoções.
Ficará para um próximo Encontro.
Não há razão para nenhum receio, Mariazinha Leão.
ResponderEliminarVerá isso quando conversarmos em próxima oportunidade.
Estive com a Mariazinha, gostei de estar e ainda bem que ela chegou ao Blog. Chegou tarde mas chegou em beleza a dizer , muito bem, o que todos sentimos.
ResponderEliminarNão se lembrava de mim, eu era mais da época da Cecília
Para as duas um bj da
LÒ
Pois Mariazinha eu tive uma grande alegria em te rever, e ter conseguido desafiar a tua irmã e o Melo a estarem presentes no GEG, pois só assim tu também vieste.
ResponderEliminarFoi muito bom estar a teu lado e partilhar contigo a alegria e felicidade de rever os AMIGOS da nossa juventude.
Beijos.
Dizes muito bem aquilo que todos sentimos: o Bairro é muito mais do que um aglomerado de casas. Se é algo é muito mais uma colmeia(:-)): lugar de protecção e partilha. Como tu, espero estar em muitos mais GEG, e sei que sendo sempre diferente na forma, será igual no sentir. O Rafael e a Celeste disso se encarregarão, para nossa alegria.
ResponderEliminarJó-Jó
mais reportagem em
ResponderEliminarhttp://pedroflaviano.blogs.sapo.pt/
É como dizes, Mariazinha:
ResponderEliminarA sala de estudo na Rua da Polícia - a única onde se podiam fazer as coisas que eram proibidas nas outras...
O picadeiro na Rua A, os bananis e as pevides...
Nós...
Eu adorei encontrar-te e saber do teu presente e do teu futuro, como lembrar do teu/ nosso passado...
Até ao próximo encontro. Estas coisas lavam a alma...
Graça Lamas
É como dizes, Mariazinha:
ResponderEliminarA sala de estudo na Rua da Polícia - a única onde se podiam fazer as coisas que eram proibidas nas outras...
O picadeiro na Rua A, os bananis e as pevides...
Nós...
Eu adorei encontrar-te e saber do teu presente e do teu futuro, como lembrar do teu/ nosso passado...
Até ao próximo encontro. Estas coisas lavam a alma...
Graça Lamas