SONETO DE CARNAVAL
Distante o meu amor, se me afigura
O amor como um patético tormento
Pensar nele é morrer de desventura
Não pensar é matar meu pensamento
Seu doce desejo de amargura
Todo o instante perdido é um
sofrimento
Cada beijo lembrado uma tortura
Um ciúme do próprio ciumento.
E vivemos partindo, ela de mim
E eu dela, enquanto breves vão-se os
anos
Para a grande partida que há no fim
De toda a vida e todo o amor humanos:
Mas tranquila ela sabe, e eu sei
tranquilo
Que se um fica o outro parte a
redimi-lo
Vinicius de Morais, in´Antologia
poética
Este soneto de Carnaval é um bocado sombrio. Fala da partida e da separação definitiva dos amantes.
ResponderEliminarÉ o elogio macilento o amor.
Talvez eu não entenda este "Carnaval" de Vinicius. Ou não tenha capacidade para perceber o tom jocoso de algo que, definitivamente, mais me parece um "Requiem" . Mas, admito, algo me escapa ...
Em tempo: é o elogio macilento do amor ...
EliminarTambém acho...mas era o que tinha aqui à mão para separador de postagens...
ResponderEliminarO Vinicius lá saberá porquê o Carnaval...
Puxa mais para a desgraça, mas nem sempre é tudo bom.
ResponderEliminarTonito, é a vida nem tudo é perfeito!
EliminarHoje temos um carnaval tétrico...
ResponderEliminarO soneto é lindo, mas não o entendo como divertido! Livra.
É para saberem que o carnval não é so folia!
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