sábado, 29 de novembro de 2014

E O FADO DE COIMBRA?....PATRIMÓNIO IMATERIAL DA HUMANUDADE-PORQUE NÂO?

Relíquias... Hilário, Menano, Luis Goes, José Afonso, Edmundo Bettencourt, Fernando Machado Soares... ...e tantos, tantos outros,
em fados e guitarradas.



 Uma refexão de Carlos Carranca
: Confesso, vieram-me as lágrimas aos olhos no momento em que anunciaram a consagração do CANTE ALENTEJANO como património imaterial da Humanidade." E onde tudo é arte,/ é o pão que se reparte / e a poesia", escrevi há cerca de 30 anos. Hoje , depois do Fado (de Lisboa ) e do Cante, sinto uma profunda tristeza pelo Fado de Coimbra que, por manifesto pretensiosismo dos seus defensores, se isolou nessa designação provinciana de Canção de Coimbra, se encerrou dentro dos muros da cidade. No mês seguinte à consagração do Fado de Lisboa pela UNESCO, a Biblioteca José Saramago (Loures) convidou-me para, com os meus companheiros do grupo "Porta Férrea", comemorar esse acontecimento com Fado de Coimbra. Foi uma noite de fraternidade inesquecível. É que o Fado não é só de Lisboa . Tem dois rostos singulares e complementares que são a marca de Portugal no seu universalismo: Coimbra e Lisboa. Negá-lo, é negar a nosso próprio património, a nossa alma colectiva.

4 comentários:

  1. O Menano ficou com a boca a saber... a mim?!

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    1. Gostei!
      Gosto muito dessa reflexão do Carlos Carranca.
      Lembro-me perfeitamente, que na altura, havia quem dissesse que não havia Fado de Coimbra, mas sim, Canção de Coimbra. Entrei na discussão perguntando como classificar e se estavam no mesmo lote de Canção de Coimbra, as cantigas das fogueiras! Ninguém me respondeu, mas continuavam dizendo que Fado era de Lisboa, em Coimbra não havia Fado.
      Mas agora parece que há Fado e já ninguém fala em Canção de Coimbra!!!...

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    2. Foste dar-lhe um beijo no cemitério.Será que ainda cantE por lá?

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  2. De alguma coisa, temos de nos orgulhar. Já chega do fado corrido dos últimos dias.
    O fado de Coimbra, SENTE- SE. É património nosso e passeia-se por todo o mundo. E isso chega-me. Não peçam a quem só conhece o Tejo, que beba água do Mondego . Mas percebo as inquietações do Dr. Carlos Carranca ...

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