domingo, 16 de novembro de 2014

Riqueza sem imposto

Endereço desconhecido.


20 comentários:

  1. Não tenho tecnologia para abarcar este articulado.
    Isto está para lá do SOL-POSTO para o JE.
    Explica.

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    1. Tonito
      Este articulado, até para mim fica para lá do sol posto aonde quer que vivemos. ;( São os bens de uma senhora para os seus quarenta e poucos anos, que não tem aonde habitar nem com que viver. Isto tem acontecido a muitos, mesmo a administradores de empresas. Primeiro, procuram empregos de acordo com as suas capacidades enquanto podem, pois vão vivendo do pecúlio que foram juntando. Depois quando estão prontos a aceitar de tudo pois já estão práticamente sem dinheiro, já não os querem porque são pessoas que já se desabituaram do rigor do trabalho. (É também por isso que a grande maioria logo que perde o emprego, aceita o que aparece e vai procurando o que deseja.) Então o tempo sem emprego, torna-se muito mais longo do que tinham pensado e chegam a uma altura em que não podem manter a casa que tinham nem pagar uma renda de casa. Só que ainda há pior que isso, pois lá passou um anito que ficou por pagar uma ninharia à fazenda mas que não perdoa, mesmo a quem está na miséria. Na rua não tem endereço para o contactarem. Neste caso, ainda tem certos haveres que não quiz perder. Acorrentou a sua riqueza a uma árvore para que ninguém roube e poder ir tratar dos seus assuntos.
      É claro que há fundações especializadas neste campo que lhes dão comida e outras dormidas após um banho. Só que muita gente a dormir, não dá bom resultado pois uns lá vão fazendo o barulho indicador das piriscas que apanharam na rua e outros ressonam, assim como um barulhosito provocado pela flacidez muscular próprio das situações que vivem, não permitindo aos outros de descansar. Então preferem passar a noite também na rua.
      Estas fundações sem fins lucrativos, também têm o fim de os fazer voltar ao mercado do trabalho, mas já estão de tal maneira desanimados que se deixam caír.
      Têm aonde comer mas também disso se desabituam e afastando-se durante o dia, não estão lá às horas e por isso nem voltam.
      É claro que falo em casos destes aonde se vê que a pessoa ainda tinha alguma coisa.
      Isto foi uma alusão à pobreza que por aqui vai indo, pois não quiz pôr fotografias com as pessoas a dormirem dia e noite nas ruas e nos guichés automáticas dos bancos, de noite. Aqui os banco tem uma ante-cãmara antes da porta interior principal derivado ao frio de inverno. Uma pessoa passa a primeira porta que dá para os guichés e depois tem uma outra fechada que dá para os balcões do banco, com a respectiva segurança. É nesse espaço aquecido que muitos dormem.
      No entanto, encontram-se muitos a dormirem na rua em plena baixa dentro de sacos ou com edredãos, assim como noutros locais que bem conheço. Isto a menos vinte centígrados e menos. Nesses locais mais escondidos da polícia, alguns que ainda têm esperança de encontrar algum trabalho e que até ainda andam bem vestidos, trazem os filhitos e certos brinquedos que defendem por todos os meios, para não os entregarem aos serviços sociais. Esses mudam todos os dias de local para não serem apanhados com as crianças. Para eles, própriamente dito, não há problemas nenhuns pois os direitos humanos permite-lhes de viverem de acordo com os seus desejos. Já os filhos, não.
      Sei bem que aí se passa muita situação idêntica e mais compacta mas por cá também vai havendo e visível no dia a dia. É um problema a nível mundial.

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    2. Umas fotos ...à primeira vista inigmáticas, mas que depois da observação do Vaiana, foram devidamente explicadas,
      A explicação´ou seja esta situação, para mim é completamente nova!!! Mas todo o comentário é bem ilucidativo quanto ás fotos, e a outras situações relacionadas com estea problemas que são globais!.

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    3. Rafael

      Já me tinha referido a este assunto em 2010 e 2011 no meu blogue. Isto tem levado a perdas de vida, pois as pessoas não aguentam e tomam certas decisões aparentemente inaceitáveis

      Se clicar na "Da. Miséria passou por mim", nota-se o contraste entre a sociedade que se vive e o sem abrigo que vai a passar.
      Aqui, clicando-se em "A outra face da vida I" podem-se ver cenas de rua em Janeiro de 2011. Nada melhorou, pelo contrário.
      Neste caso de Fevereiro de 2011, o belíssimo edredão branco cobre um corpo muito pequenino e o casal com os seus parcos haveres ao lado, também está agasalhado com bom material. Basta clicar na "A outra face da vida II"
      Isto não é de agora. A miséria pelos mais diversos motivos sempre aqui houve à vista mas derivado ao factor económico, só se viu na recessão de 1993 e nesta que começou a fazer-se sentir em 2009. É problema mundial que penso que se faz sentir mais na Grécia e em Portugal derivado ao que ao que todos sabemos, pois estou a falar de países que já tinham um certo nível de vida.

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  2. Eu não tenho articulado que abarque esta tecnologia.
    JE, MOI, EU estou a ver se o Chico explica.
    Vais ver que é fácil. Nós é que somos um bocado louros, vais ver!

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    1. Ou então Dom Rafael explicará porque ele sabe do que se trata, foi ele que deixou tudo preparado para ser publicado quando ele estivesse a beber uma queimada galega e a comer arroz de chouriço.

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    2. Não foi chouriço, foi salpicão.

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    3. Carlos Viana,
      Expliquei. É fácil mas foi comprido, pô.ra. O Tonito faz perguntas a preceito. É bom observador.
      Já hoje vi gente aí a comer castanhas eu nem jeropiga tenho para as acompanhar. Aí a castanha vai barata pois aqui anda a CAN$19,00/kg. Isto é que vai uma vida...

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    4. Por acaso nem foi um nem outro se bem que cá também há disso tudo, Paulo Moura. Foi paio.

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  3. Daqui percebo o seguinte: devem ser as malas de alguma pessoa, que ainda sem saber onde se hospedar, deu um jeitinho (que não é o jeitinho brasileiro) para não ter seus pertences furtados.
    Por outro lado, por ironia da questão social, de um lado, um ônibus, que o dono deve arcar com a manutenção, combustível etcetera e coisa e tal; de outro, a pessoa consegue ter seu "carro", e estaciona em espaço pequeno, não paga estacionamento por isso, tampouco os custos com manutenção e combustível.
    É o que me parece.
    obs- se em alguns lugares do Brasil, mesmo com essas amarras, tuuudooo já teria sido "surrupiado".

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    1. Chama Mamãe!
      A ideia não está longe da base, como descrevi no meu lençol acima.
      Quanto ao ônibus, os patrões somos nós pois são serviços camarários. Se não houver greves andam à hora e nós podemos consultar na internete o horário a que passam no local que desejarmos. Vai entrar ainda este ano em vigor, um sistema que nos dá a passagem em tempo real, quero dizer: se houver um atrazo ou um precalço maior, sabemos a que horas vai de facto passar assim como qual o novo percurso, no caso de alteração do mesmo pelos mais diversos motivos, como obras, acidentes, etc. Se bem que haja sempre quem fale, o que até é bom para manter sempre uma dinâmica, os serviços dos três níveis de governo tentam facilitar-nos o mais possível a vida. Só no gtrabalho é que não há desculpas.

      Ninguém rouba um sem-abrigo a não ser outro que se julgue mais necessitado. Se descoberto, os "colegas" não perdoam.

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    2. Quanta diferença!
      Aqui, nem havendo denúncia de corrupção, "cana dá" (ou seja, não dá cadeia, prisão);
      Enquanto deixam os objetos na rua, e não há furto... Canadá!

      :-)

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    3. Aqui roubam mas com outros alvos e outras técnicas. Depende do que seja.
      Em muitos países roubam os rádios dos carros. Aqui roubam certos carros e exportam-nos.

      Quanto à corrupção, já é diferente. Não dar um pontapé num corrupto, era um azar. Só que a situação inverteu-se com a criação da esquadra UPAC, Unidade Permanente Anti Corrupção, composta de polícias dos diversos corpos e especialistas dos mais diversos campos que foram devidamente ajuramentados. Tinham a mesma força dos polícias. Mesmo pessoal das fiscalidade da Fazenda Pública, pois a estes senhores metê-los em prisão não é nada. Continuam a comandar tudo de lá de dentro mas se lhes tirarem o dinheiro e bens, ficam desarmados e com medo. Não estão habituados. O poder ou posição deles, é o dinheiro. Penso que conhece isto muito bem.
      Além disso foi criada a Comissão Charbonneau* que fechou "portas" a semana passada. Estamos à espera do relatório final lá para o princípio do ano que vem, embora ainda tenham que ir rever sessenta mil páginas de todo o processo. Esta Comissão foi pública e transmitida pelas televisões.
      Isto levou à prisão de políticos, vários presidentes da cãmara, um ministro e sindicalistas. O mesmo com responsáveis por companhias de diversos campos mas essencialmente empreiteiros e mafia. Ainda sem conclusões definitivas, já há uma baixa assinalável nos preços dos concursos e os prazos, começam a ser respeitados.
      Esta comissão apresentou um facto inédito*. Todo aquele que já tivesse sido "espremido" pela UPAC, presente a tribunal e tivesse encoberto alguma falta ou crime, tinha a oportunidade de a expôr na Comissão pois tal não poderia fazer parte de futuras queixas em tribunal. Se não aproveitasse estas possibilidade e outros falassem do que encobriu em tribunal ou na comissão, seria levado a tribunal pelos actos que tinha encoberto e por falta de respeito que tinha tido para com os tribunais.
      Foi muito giro: chegavam à comissão e contavam tudo:). Até se riam, não tinham vergonha nenhuma.

      Isto deu para se poder compreender todo o sistema e criar novas leis.

      É claro, que antes de serem presentes à Comissão pela UPAC, tinham que lhes confiar o que tinham escondido para que a mesma verificasse a veracidade dos factos, não fôsse lá algum difamar alguém sem razão.
      No entanto, se na Comissão tivessem que falar de um assunto que estivesse em transito no tribunal, a identidade nesses casos foi sempre oculta para também não prejudicar quem lá ia.
      É de tal maneira frutuoso que a OCDE mandou cá observadores.

      Quanto ao "cana dá", uma pessoa nunca está contente e portanto dizemos noutro sentido que : isto nem para canas dá.

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  4. Eu c'acho (cá acho) que devem ser os pertences de algum artista de rua.

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  5. Não Carlos esta postagem não foi programada por mim....
    O Chico colocou-a na hora certa!!!
    Estou a passar em revista tudo o que se passou nestes dois dias em que me ausentei, embora com menos atenção do que o normal. Estava muita matéria em atrazo.

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  6. Ó Chico, as mala são minhas, caraças! Esqueci-me delas no aeroporto, quando fui dar aí uma conferência sobre "Gastronomia Molecular", perante um auditório de mais da mil amigos do garfo e faca. Aqui fica um resumo do que eu disse:

    "A gastronomia molecular (essencialmente química - física), prossegue o seu desenvolvimento nos centros de investigação cientifica. A cozinha molecular (oriunda de experiencias laboratoriais), que se tornou muito popular desde 1994. No entanto, nasceu uma nova cozinha "note à note", que tem uma componente artística de música acústica, como proposta que permitirá resolver os problemas de alimentação no horizonte dos anos de 2O5O."

    Pessoalmente, estou mais convicto que não será música acústica, mas mais musica de relógio, com a barriga a dar horas...

    Como vês, Chico, tudo o que é chouriços, salpicões e feijoadas, é só para a malta da plebe. Eu agora só como gastronomia acústica. Estou muito culto ... ( e mais magro!)
    Abraço

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    1. Quito
      És extraordinário. Adoro o que escreves e a tua capacidade criativa, é fora de série. Este comentário, dava uma excelente postagem.
      A tua simplicidade é o máximo. Só para não chocares os que infortunadamente tentam perder pêso sem alcançarem os objectivos previstos, nem dizes quantas gramas perdestes:).
      Um abraço.

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  7. Impressionantes as vidas brutalmente viradas do avesso!
    Quantas mágoas carregam estas bagagens?
    Difícil resolver situações destas,

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  8. É bem esse problema, Celeste Maria.
    Nos primeiros tempos as pessoas não procuram as ajudas das fundações para estes fins por vários motivos, o que é um problema. Era nesse momento que poderiam ser ajudados. Tarde, já só podem tentar mantê-los à tona da esperança e esperar que alguém lhes dê a mão. Muitas vezes até aparece algum conhecimento do passado, por mero acaso. Só que eles não falam dos conhecimentos do passado porque na situção em que estão, não se sentem à-vontade para um contacto. Em certas situações, o "consciente" em pessoas responsáveis e que aparecem mais do que se pensa, é um grande problema.

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