sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

REVISTA DE IMPRESA - JORNAL "I"

FUTUDOLOGIA
Por ANA MARKL
EG

10 comentários:

  1. Vem aí uma nova geração que não me diz grande coisa,digo eu.
    O que tinha que fazer por este país já esta feito.
    Um dia de cada vês.

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  2. É giro como a mentalidade é diferente deste lado do Oceâno.
    As pessoas fartas de trabalhar, alinham em tudo o que seja alegria. É uma forma de vasarem a pressão. As companhias sempre que oferecem uma festa como estas de Natal, fazem-no em hoteis com grandes salas. As pessoas comem, bebem e divertem-se. No fim apanham um táxi dos que estaciona à frente do hotel ou vão para um quarto até à manhã seguinte. A polícia nestes dias está muito ativa. Fazem-se bons casamentos.

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  3. O texto, meio caricatura meio retrato, bate no ponto certo! O que eu sei sobre esses jantares de Natal dava para escrever um livro! Foram 30 anos numa Empresa, onde se faziam esses jantares...
    Chico, conheço muitíssimo bem a mentalidade do outro lado do Oceano! A tal Empresa onde estive 30 anos, era americana e os meus chefes sempre foram americanos. Até pode ser que sejam diferentes dos Canadianos, mas esse tipo de alegria não é propriamente do meu agrado! É hipocrisia a mais para o meu gosto! Para mim, a alegria tem que ser expontânea!...
    No entanto, compreendo essa maneira de festejarem o Natal nas Empresas do Canadá, que nada diferem das Empresas de cá, das que se dispõem a pagar os jantares dos empregados, que, aliás, até era o caso daquela onde trabalhei nos últimos 30 anos.

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    1. Alfredo Moreirinhas
      Ao falar daqui, falo de uma maneira geral. Não digo que não haja hipócritas ou até outros tipos, pois disso há em todo mundo. Nem vale a pena falar. A realidade é que a mentalidade destes lados, é muito diferente da nossa. Desde pequenos que a maioria europeia foi habituada a muita qualidade embora não notemos e por vezes até pensemos que não. Aqui desde miúdos que dão muito valor ao mais pequeno acontecimento. Pode ser festa, presentes, exposições, feiras, etc. Como são habituados assim desde pequenos, a grande maioria faz uma festa enorme a tudo e nós até ficamos admirados. Não é hipocrisia porque é isso que sentem pois estão habituados a viverem assim. É outra mentalidade. As pessoas vão para a festa e entregam-se por completo, todos os outros problemas não são para esse momento. É uma descompressão. É por isso que sendo já este meu terceiro local, digo que uma pessoa para conhecer bem tem de viver cerca de uns dez anos num local. Falo de local como Montreal e arredores, não falo do Canada. Calgary, não se compara em quase nada a Montreal pelo que me contam e leio. Há muita gente que vai daqui lá para trabalhar e depois contam-nos o que viveram. No caso de prendas, dão um valor extraordinário se lhes oferecerem um trabalho pessoal por muito simples que seja, mais do que um objecto caro. Levados assim desde pequeninos, quando chegam a adultos reagem da mesma maneiro. Nas festas de Natal, o mesmo. O pessoal até gosta de se vestir bem, o que a grande parte aqui não liga nada no dia a dia. As senhoras apresentam-se com vestidos maravilhosos como até se vê nos filmes. Nisto tanto podes incluir o pessoal com horário fixo como o com horário fléxivel. Toda a categoria de funcionários porque no fundo não são pagos como aí. Um trabalhador de rua da Cãmara Municipal de Montreal, recebe em média por ano de ordenado €65.530.00, incluindo todos os benefícios, quer seja homem ou mulher. Muito acima da classe média.
      Já é diferente entre imigrantes. Vimos com outros hábitos. Não aceitamos tudo até porque a nossa mentalidade é outra.
      Em relação aos EU, tanto pode ser igual como diferente. As festas podem ser do mesmo tipo mas as reacções das pessoas podem ser as mesmas ou muito diferentes. Depende dos hábitos.
      A forma de vida geral é idêntica mas diferente: em certos casos e formas de ver assim como de estar na vida, há mesmo certos choques. Eu nunca lá fui e estou a oitenta kilómetros mas já fui a muitas centenas de kilómetros de distância dentro do Canada. Já conversados como turistas, os americanos são fantásticos. Não ponho em causa qual é melhor: são diferentes.
      É claro que isto em nada tira a experiência de trinta anos que viveste com a companhia americana, quer tenha sido aí ou nos EU.

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  4. Nunca trabalhei numa empresa particular. Fui um funcionário do Estado que o mesmo é dizer, um número. Algo de impessoal, uma peça insignificante de uma máquina. Um dia, de forma magnanima, o Estado ofereceu-me uma gravata verde, com umas pequenas cornetas inseridas, que eram o simbolo dos Serviços Florestais. O mesmo é dizer, que a oferta para além de ultrajante a quem tinha dedicado o seu trabalho a uma causa, para nada servia, pois era como ter a gravata da farda de um motorista da Carris. Nunca fizemos almoços de Natal. De quando em vez, lá juntavamos cinco ou seis, à volta de uma mesa, para vivermos de forma desinteressada uma amizade, mesmo que unidos por laços profissionais. Nunca ter tido esses tais almoços de Natal, esse ambiente de "plástico" e nada inocente de se dar um "rebuçado" para depois poder exigir, nunca me fez sentir desconsiderado. Saí da mesma dorma que entrei, mas com a suprema satisfação de nunca me sentir "comprado". E, tendo trabalhado para o país, quer atrás de uma secretária muitos anos ou de metralhadora na mão numa fase da minha vida, dá-me a certeza de de que o país me deve alguma coisa. O contrário não é verdadeiro.

    Hoje, tomando café e olhando o mar, descomprimi de dias ansiedade. Um hospital, público ou particular como foi o caso, é sempre um hospital, mesmo que a causa seja o sublime ato de nascer.

    Dias e noites de vigilia, e um cansaço feliz. Vou olhando este espaço de amigos em computador emprestado, mas já liberto do ambiente hospitalar. Obrigado pelo vosso cuidado
    Quito.

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  5. Até daqui te consigo ver as olheiras, Avô Quito. Abre aço!

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  6. Enquanto trabalhei, sempre fazíamos o nosso almoço ou jantar de Natal. Nunca vivi estes constrangimentos hipócritas, tanto que ainda hoje nos juntamos para mais um jantar!
    Outros tempos, outras formas de comportamentos...
    O artigo é bem humorado, mas vai dizendo umas verdades.

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  7. Vou ousar discordar um pouco do texto. Tudo vai depender do estado de espírito da pessoa. Por isso, há jantares corporativos nessa época um tanto melancólicos, falsos, tristes, alegres, hipócritas, carrancudos, sisudo (pessoa séria), despojado, chique, simples. Tudo tem a ver com o humor da pessoa.
    No meu caso, não foram jantares, mas sim almoços. Dia 12 foi realizada a confraternização com empregados que trabalham na Sede (Manaus),e foi muito bom (há uns dois anos não participava, justamente porque meu estado de espírito não me animava a isso;só vou se completamente disposta. Nunca fui obrigada. Até porque não isso onde eu trabalho e desconhecia se há em alguma empresa).
    Como temos cinco campos experimentais (locais onde são realizadas atividades de pesquisa científica com as culturas com as quais trabalhamos) em outros municípios, distantes de Manaus, sendo um deles o acesso somente por via aérea ou fluvial, realizamos esses almoços in loco, devido não ter condições dos colegas e suas famílias virem até Manaus. Ontem, fui ao um desses campos, para a confraternização com os colegas. Dentre a programação, incluindo o almoço, o coral da Empresa - do qual faço parte - cantou algumas músicas da época. Foi tão gratificante olhar nos olhos daquelas pessoas e perceber o quanto estavam agradecidas. São pessoas que geralmente não almejam luxo, nem pombas... são simples, trabalhadoras. Vêm com as famílias vestidos com as roupas mais simples. É isso que gosto!
    Em casa, só reúno a família, mas a mesa fica posta, e sempre amigos vêm se confraternizar, até pela madrugada adentro.
    Nunca deixamos de agradecer por estarmos vivos e saudáveis. Não sou adepta de exageros, pratos requintados e bebidas caríssimas, que dariam para alimentar- com o valor da bebida - muitas famílias.
    Sou contra saírem - somente na Noite de Natal - a oferecerem comida aos moradores de rua. Isso é uma tremenda hipocrisia. Por que não ajudam durante todos os dias do ano? Por aqui também acontece os chamados programas de TV apelativos - geralmente apresentador é candidato em potencial a algum cargo político - e, no Natal, passa a mão na cabeça do bebê pobre, mostra a panela vazia, no fogão, da família que nem terá o que comer, no Natal... tudo para angariar votos para o próximo pleito. Um bando de hipócrita que lucra com a infelicidade do outro.
    Sou avessa a isso, porque todos os dias para mim é dia de se doar, dia de pedir perdão, dia de perdoar, dia para dizer "eu te amo", dia para dividir, dia para olha o outro ao lado.
    Por exemplo, hoje quero dizer para vocês que adoro fazer parte deste blog, que é uma "espécie de blog", que acho... um luxo só.
    Beijos...em todos.

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    1. Sempre tivemos almoços de Natal,primeiro numa empresa privada durante 16 anos,oferecidos pelo patronato. Hipocrisia absoluta!....
      Na função pública trabalhei na área da Saúde Mental, também tínhamos organizados por nós, equipas de trabalho, e claro pagos por nós.Muita hipocrisia também!
      Esta época do ano apenas gostei dela, verdadeiramente,em criança e adolescência.....
      Regra geral o motivo porque me "incomoda"está na hipocrisia generalizada..... por vezes,"inimigos" mas, nesta altura, amigos de fachada e já para não falar no consumismo a que nos "obrigámos" a fazer.

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