domingo, 10 de fevereiro de 2013

Esta semana, o Jornal do Fundão mostrou «a sombra da lua», do Quito




«Jornal do Fundão»
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18 comentários:

  1. Reproduzo e relembro aqui aquilo que comentei quando esta peça foi publicada no Encontro de Gerações:

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    Há pormenores que nos escapam e que só a atenção do Quito nos revela.
    Dir-me-ão que são coisas simples, que toda a gente sabe...
    Pois são, mas antes de serem escritas, se calhar, ninguém se lembraria delas, porque a vida ínfrene que vivemos nos desabituou de reparar em pormenores.
    Mas são esses pequenos nadas que emolduram a nossa visão, sem deles darmos conta.
    Vejam só:
    "As estrelas, mortiças ou cintilantes...), todos nós já as observámos, mas poucos de nós se lembrariam de as descrever, sendo certo que o espectáculo celeste que todas as noites se nos oferece é mais grandioso por ser polvilhado de uma miriade de pontos mortiços intervalados com alguns de luz mais brilahnet e cintilante.

    "Vista de longe a aldeia parece o bico de um ferro de engomar..."
    Claro que se por lá passarmos e nos lembrarmos da descrição do Quito, observaremos que assim é.
    Duvido que reparássemos nisso se não fosse a chamada de atenção que o texto contém.

    "... o Café do “Real” lá está, de portas fechadas e ervas daninhas que vão trepando pelos muros..."

    Não haveria melhor imagem para descrever um café ultrapassado pelo tempo. Ervas daninhas a trepar pelas paredes, juntando-se às portas fechadas, diz-nos tudo...

    Parabéns Quito. De uma singela viagem consegues fazer quase um panfleto turistico que nos incita a conhecer essas terras...
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    E a publicação no Jornal do Fundão comprova a qualidade literária deste texto.
    Que já sabiamos, mas com a qual nos congratulamos.

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  2. Este texto tem a alma da Beira Interior.
    O nome da coluna do Quito no Jornal do Fundão serve como uma luva.

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  3. Eu pensava, que os ecos do que se passa do lado de lá da montanha, desta vez não chegariam ao blog, e que eu iria passar despercebido por entre os pingos da chuva. Enganei-me. O Paulo Moura, que eu julgava distraído, não perdoou, numa manifestação de amizade para comigo. O Rafael deu o "Amén" e o texto aí está.
    Ao meu amigo Rui Felício, envio também uma saudação, aguardando que quando o tempo estiver menos agreste, nos possamos encontrar na nossa cidade, para continuarmos a celebrar uma amizade de muitos anos.
    Um abraço ao trio

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    1. E depois digam-me que o Quito não está mesmo a pedir uma barrela...

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  4. Mais um excelente texto do Quito! A sua leitura anima-nos a "alma"...e até atenua a "neura" de um dia de chuva!!!!? Preferia a neve de New York!!!! Grande abraço caro amigo Quito. Se o JF já tinha grande prestígio, este, aumentou com o extraordinário escriba, que "contratou" !!!!!!!!

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  5. Grande momento de paixão e e bem escrever, os teus textos são para mim momentos de puro prazer, escreves como poucos.

    Não gosto de ser chato, já aqui disse noutros textos que isto merecia ser compilado em livro e que me oferecia para tratar de tudo.... ou não te apercebeste ou se calhar achas que não tens valor para tal.

    Pois eu discordo totalmente, é uma pena estes textos andarem perdidos pelo Blog e nãos serem reunidos num documento só.

    Parabéns Quito

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  6. Menino Quito,boa prosa.
    Um Abraço.
    Tonito.

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  7. A força imprimida no quotidiano da vida desta povoações,descrita com a vivênvia afectiva do Quito, sugere-me um desejo intenso de conhecer in loco...
    A tónica sobre os mais idosos é-me, particularmente,atractiva não só pela labuta diária do trajecto por ali desenhado com empenho,alegria e compamheirismo mas a solidão que têm de gerir para "passar" o tempo da melhor maneira e a essa gestação passa pelo recordar tempos idos e quiçá,"partir"...
    Prolema grave que nos preocupa a todos e solidàriamente,aos amigos beirões do nosso amigo Quito.
    Óptimas análises sociail e sociológica do mundo pequenino mas grande que te rodeia.A indiferença não existe em ti,Quito!Bem hajas.

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  8. Juncal do Campo e Salgueiro do Campo, lugares que conheço, mas que nunca saberia apreciar os pormenores que só o Quito, na sua escrita, tão bem nos saber "mostrar". Quase que dei por mim a cumprimentar a Ti'Ana, o Farto e a Rosa!
    Depois do Quito descrever estes lugares, eles deixam de ser desconhecidos!...

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  9. O teu texto surpreendeu-me, Quito! Não pelo facto de achar que não serias capaz de escrevê-lo. Já li muitos outros da tua autoria e por isso conheço bem o teu talento. A surpresa vem da minha incapacidade de olhar à minha volta e não ver. Ver como tu vês.
    Saint-Exupéry disse:"Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos". Pois eu acho que tu escreveste um texto com os teus olhos bem abertos e com muito muito do teu coração.
    Adorei!
    Um grande abraço

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  10. Tenho que voltar aqui, para agradecer os restantes comentários.

    Gostaria de dizer à Titá, que deste naipe de amigos é quem vejo com menos frequência, que o comentário dela é que me surpreendeu. Na realidade, Titá, qualquer cozinhado leva os seus ingredientes. Neste caso, algum gosto pela escrita, alguma capacidade de observação e, o mais essencial, o cenário onde se movem os personagens, neste caso reais.

    Se eu não me visse, diariamente, confrontado com o mundo campesino e as suas gentes, jamais teria a capacidade de refletir e de verter sobre as teclas de um computador no silêncio do meu escritório, estas realidades pardas.

    Capacidade para escrever, temos todos. Mas admito que a realidade citadina, seja menos apelativa que a campestre. A silhueta das Serras da Estrela, da Gardunha ou do Moradal, tocam mais no coração de quem é sensível aos caprichos da Natureza, do que uma floresta de betão.

    Aproveito para te enviar um abraço, extensivo ao Jaime, amigo que também muito prezo.

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  11. As gentes beirãs vibram, de certeza, ao lerr as tuas descriçõpes das suas terras.
    O Jornal do Fundão está mais rico.
    Eu leio-te maravilhada
    Um abraço amigo da

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  12. Há quantos anos nos conhecemos, Ló ? E as jantaradas na Ega, com os nossos pais ? Ai que saudades ai ai ...

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  13. De novo me deixei conduzir pelo texto do Quito, calcorreando lugares e vivenciando os relatos de vidas de gente humilde das aldeias da Beira.
    À sombra da lua me quedei, pensativa!

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  14. Fiquei com vontade de visitar aqueles lugares, aqueles campos...
    Maravilha!!!
    Um beijinho, Quito.

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  15. Obrigado Celeste Maria e Romicas, por colaborarem nesta postagem do Paulo Moura. E também pelas amáveis palavras.
    Um abraço para ambas ...

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  16. Vale a pena ler ou reler os textos do Quito. Vale a pena reler porque há sempre pormenores captados pela perspicácia e capacidade de observação do autor que escapam numa primeira leitura ao leitor.
    Mais uma vez, parabéns Quito.

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