Joaquim Morão
Uma figura pública deste país, de quem lamentavelmente não me
ocorre o nome, disse um dia que as homenagens são sempre contra alguém. Por
isso venho aqui, neste encontro de amigos, dizer uma palavra de justiça a um Homem
com quem pouco me tenho cruzado, a não ser esporadicamente, mas a quem me
habituei a respeitar pela forma como dirige e dirigiu durante dezasseis anos a
cidade de Castelo Branco. Esse Idanhense de nascimento, chama-se Joaquim Morão.
Um dia, no ano de 1997, Joaquim Morão Lopes Dias, tomou em
mãos e pelo voto popular, os destinos desta cidade da Beira Interior. Homem do
povo, pouco dado a grandes formalismos, depressa foi apontado a dedo pelos seus
detratores. Alguns, até lhe apontavam um “curriculum” académico insuficiente
para tal tarefa. Esses, movidos por uma ambição politica e pessoal que lhes
turvava o sentido crítico e de honestidade intelectual, depressa se remeteram à
sua própria vulgaridade. Foi, talvez, essa faceta da política rasteira, que me
fez ter uma crescente admiração por este homem de baixa estatura, mas grande em
ideais e no seu sentido de servir a comunidade em que está inserido. Afinal,
nada que um cidadão com o Curso Geral do Comércio não seja capaz de fazer, ser
Presidente de uma Câmara Municipal.
Joaquim Morão foi e é, um trabalhador incansável pela cidade.
Castelo Branco deve-lhe muito. Quem visita a urbe, verificará da harmonia dos
seus espaços, do embelezar dos jardins floridos, das ruas limpas e de todo um
mobiliário urbano que alinda esta pequena cidade do interior de Portugal.
Acresce ainda que, apesar da obra feita, Morão deixa a Câmara sem dividas. E uma
herança de 46 milhões de euros acumulados durante o seu mandato de
dezasseis anos, ao dispor do novo executivo camarário. Coisa rara, nos tempos
que correm. Entre os beneficios para a cidade, que foram muitos e importantes, ressalta o Museu
Cargaleiro, que merece uma visita demorada.
Sou insuspeito. Não valorizo ou desvalorizo ninguém, por simpatias pessoais ou partidárias. E, neste caso, dá-se até a circunstância de não ser este o meu berço, o que me põe ainda mais à vontade para, com espirito crítico mas construtivo, apreciar distanciado de querelas de cor politica, o progresso de uma terra que não é a minha, mas onde tenho passado parte significativa da minha vida.
O Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, tem o
reconhecimento da generalidade da população, agora que o seu mandato está no
fim. Também a nível nacional, foi-lhe entregue a Comenda de Mérito pelo Presidente
da Republica, em 1O de Junho de 2O1O. Nada mais justo. Porque Joaquim Morão,
nunca foi um “yes man” e viu mesmo pelos adversários políticos, ser-lhe reconhecida
a sua capacidade e competência.
Não há homens insubstituíveis. Mas o ainda autarca, terá para sempre o seu nome ligado a uma das fases de maior desenvolvimento da capital da Beira Baixa. Assim os timoneiros vindouros saibam seguir o seu empenhado exemplo. Porque os albicastrenses agradecerão. E o povo de que Joaquim Morão é parte integrante, também.
Que boa notícia, Quito! Ainda vamos tendo conhecimento de alguns bons exemplos! A minha homenagem a Este Homem e Autarca.
ResponderEliminarObrigada Quito
Este artigo não tem valor só porque o Quito o escreveu, pois passar dezasseis anos à frente de uma cãmara como presidente, é porque é amado e reconhecido pelos seus concidadãos. Numa visão superficial até nos parece uma pessoa que não sabe ser político, tal já é a confusão a que fomos sendo habituados ao longo dos anos. Na realidade, o senhor Joaquim Mourão é o verdadeiro político e um verdadeiro Presidente de Cãmara. Boa sorte para o futuro, Senhor Presidente.
ResponderEliminarComentário oportuno pois realça as qualidades de bom gestor e de homem sério que serviu a sua autarquia durante tantos anos!
ResponderEliminarCerto que se pode questionar o facto de deixar tantos milhões em saldo...talvez que fosse mais produtivo em favor da população se alguns desses milhões tivessem sido aplicados, melhorando as condições de vida dos seus munícipes.
Comparando com outras autarquias, bem endividadas poderia dizer-se: nem oito nem oitenta!
Quem lhe vai suceder vai agradecer tão valioso pecúlio.Que o saiba gerir da melhor forma!
Este moço não sei quem é, por mim se o moço tem valor, está tudo tratado pois quem o conhece és tu.
ResponderEliminarEstá tudo tratado e resolvido, se tu confias no moço quem sou eu para duvidas.
Tonito.
Justo reconhecimento a um homem com alto sentido de cidadania!
ResponderEliminarÉ tão bom sabermos que nos fazem justiça e nos consideram!
O Quito sabe estar atento!