quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

COISAS DO ARCO DA VELHA


Como a maioria dos meus amigos sabem, sou ateu e não acredito em nada que não tenha uma explicação científica.
Por vezes, apetece-me dizer como os espanhóis: “Não acredito em bruxas, mas que as há, há!”
Vou tentar contar uma cena que se passou comigo:

Estava visitando a Ilha da Páscoa com a Daisy e um guia Rapanui. Para os naturais da Ilha (Rapanuis), as pedras e o chão são sagrados. Estava ele a explicar-nos determinado significado de uma pedra à qual eles chamam umbigo do mundo, falando em surdina, como se estivessemos num lugar de culto, quando aparecem no local duas francesas, a falar alto e a rir em altas gargalhadas.
O guia, ficou incomodado com a falta de respeito pelo local e disse-nos: Há pessoas que não respeitam nada!... Mas também não vão conseguir tirar fotografias, a máquina só voltará a funcionar quando abandonarem este local!
Uns segundos depois, uma das francesas pede-me se posso ver o que é que a máquina fotográfica tem, que estava boa e deixou de funcionar!... Como eu tinha uma máquina idêntica poderia saber! Peguei na máquina e constatei que a máquina tinha as peças, como se estivessem soltas. Disse que não podia resolver sem abrir e não seria conveniente, pois iria destruir as fotos que já tinham tirado (tratava-se de uma máquina de rolo).
Foram embora desoladas. O guia diz: Eu não disse, que não tiravam mais fotos?!...
Fiquei de boca aberta!

O Umbigo do Mundo é a pedra maior.

* * *

48 comentários:

  1. Estou em crer que estás a falar verdade, pois às vezes o teu humor confunde, e, assim sendo eu aceito que acontecem coisas que são mesmo misteriosas!
    Os ilusionistas conseguem também iludir-nos de tal forma que nos parecem impossíveis de acontecer...
    Seja como for, existem!
    Lindas fotos e cheias de enigmas.

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  2. É verdade sim, Celeste Maria! A Daisy é testemunha!

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    1. Eu acredito. Há mais mistérios entre o Céu e a Terra do que possa imaginar nossa vã filosofia.
      Há coisas inexplicáveis na vida, Deus, Saudade... vocês.
      Deus, se ama... não se explica;
      Saudade, se justifica.
      Mas como explicar vocês? rsss

      Alfredo, tenho outra teoria: aquilo que não há explicação, e que nem a Ciência consegue entender, e permanece inexplicável, vejo como algo superior à Ciência. Se o nome a isso é Deus, não sei. Só sei que é superior.
      Posso dizer que não tenho religião. Sigo-me pelo que meus olhos veem e o coração afirma como sendo algo BOM, boas ações...E isso independe se vem de pastor, padre, papa, mendigo, faxineiro....Afinal, a Fé é a certeza de cousas que não se veem.
      Não sigo doutrinas impostas pelos homens, homens esses que fizeram a Inquisição parecer o Apocalypse, tampouco em pastores que erguem suntuosas igrejas às custas de dízimos, ou em edificações em ouro,como no Vaticano, enquanto milhares de pessoas passam fome. Isso...não dou a mínima. Muito menos de pessoas que matam em nome de não sei quem, querendo parecer que isso seja proveniente desse Ser superior.
      A questão que tu contaste só me remete àquela outra, sobre respeito às culturas, tolerância às diferenças. Vai ver que a "fé" delas, as francesas, não removeu montanhas, mas a Fé do teu guia removeu as pelas da máquina,

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    2. Mamãe,
      Partilho em grande parte do teu pensamento. Acho que encaixa no meu.
      Mas gosto muito de reservar o meu pensamento para mim próprio, não gostando de o discutir publicamente.
      Atenção, longe de mim estar a criticar por o teres feito. São maneiras de ser e ambas deverão ser respeitadas.
      Toma lá um beijinho.

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    3. Outro beijo para ti. O respeito às opiniões é mútuo, Carlos.
      Só não discuto com outros minhas intimidades, que só dizem respeito a mim e às paredes.
      No mais, dependendo do grupo com o qual exponho e qual o contexto, às vezes opino, sim. Mas mais reservo muitas para mim.
      Mas não sou de todo "dada", como a São. rsss

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    4. Pronto... tinha que sobrar para mim. Já não me bastava o ginecologista...

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  3. Alfredo Moreirinhas,

    Uma pessoa não acredita mas quando se passa com ela, meu amigo, aceita-se mas...

    Comigo passaram-se quatro situações diferentes, nas quais a última dessas foi mais do que ilucidativa. Não tinha, nem poderia ter dúvidas que era real mas como? Sobre esse assunto, andou aqui um programa do género mesa redonda conduzido por Michaëlle Jean que depois veio a ser Governadora Geral do Canada e hoje Secretária Geral da Francofonia. Também fazia parte o Irmão Lacroix (padre católico) que é um dos maiores pensadores do Quebec agora afastado mas ainda vivo e outros, aonde tratavam de assuntos dessa natureza. Depois de os ouvir, resolvi ir conhecer como tal se passava, pois há teologistas e outros de formação de absolutamenta confiança, dito pelos entendidos. Não me quiz meter na mão de charlatões e lá fui. Fiquei a conhecer um pouco da matéria, passei a aceitar o que se passava e pensei mesmo que acreditava no assunto se bem que não estivesse interessado em andar nessa vida mas não: afinal não acreditei e paguei caro.
    Criado com o meu Pai, fui sempre muito metódico em tudo e quando cheguei a uma certa idade fui fazer check up. As análises foram completas. Estava em grande forma e por isso poderia estar descansado. Um ano mais tarde, sonhei que tinha o cancro da próstata mas não liguei. Passado um outro ano, o mesmo sonho e a minha reacção foi a mesma. Até tinha em casa o resultado das análises... Passados uns meses, levantei um problema ao médico de família e ele enviou-me para um urologista. Este falou comigo, mandou-me fazer testes à próstata e pediu-me para levar os resultados das análises que tinha feito três anos antes e que excepcionalmente até estavam comigo. Quando lá voltei, viu as minhas análises, comparou com as dele e pondo os cotovelos na secretária e as mãos por baixo do queixo, disse-me que jamais se poderia fazer uma ideia do que nos poderia acontecer, acabando: há pouco tempo você tinha mais que saúde!

    Outra: raramente uma pessoa aqui morre em casa mas se tal acontecer, o proprietário antes de a vender ou alugar é obrigado a informar o que se passou. Se o não fizer e o inquelino ou comprador vierem a saber, o contrato é nulo.

    Fiquei admirado quando cá cheguei ao ver que as pessoas mesmo de elevado nível intelectual ligam muito a assuntos destes, pois vai havendo vários progamas de televisão sobre este assunto e eu não acreditava. Depois vim a ver que até praticam certos ensinamentos nas igrejas com conhecimento dos padres.
    Um conselho de um jovem da minha idade, se me permitem: - Se um dia sonharem o que quer que seja sobre a vossa saúde, não precisam de dizer ao médico o motivo dos vossos receios mas consultem.

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    1. Ó Chico com o Alfredo o que se passou foi com uma máquina...
      Agora contigo fico mais "sem jeito"!!!
      Alfredo não voltes à Ilha da Páscoa!
      E eu que agora vou dormir...será que vou conseguir?

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    2. E eu ainda não contei as duas mais fortes que me aconteceram, Rafael. Em qualquer delas, o medo foi tanto que me benzi automáticamente sem pensar. Tudo o que estava a acontecer, desapareceu para minha admiração quando me benzi. Foi aí que me virei para o catolicismo sem contudo ligar à grande maioria dos padres pois já conhecia muitas deles do tempo de tropa. Isto não quer dizer que não vá aparecendo um ou outro bom padre. Os das outras religiões que façam o sinal deles pois o mesmo acontece com essas pessoas. Como infelizmente até a igreja quer ou queria fazer disto tabu no caso dos católicos, as pessoas estão mal informadas e têm medo. Tudo é natural. Por isso, pode ter geito. Se ficar aflito, benza-se. Vá... uma noite descansada.

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  4. Alfredo, por estes dias comprei e tenho estado a ler alguns livros sobre Fátima. E estou a pensar em escrever algo sobre o assunto, começando por contar o fenómeno que se passou na minha terra, num verão lá para os idos de 1985 (estava eu na tropa): o sangue de Cristo a pairar sobre o cemitério...

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    1. E... Caria é o centro do Universo.

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    2. Paulo Moura, se não queres contar não contes. Pede à Sãozita que o faça, que ela é muito mais extrovertida do que tu.

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    3. Eu sou funda mas não verto para fora.

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  5. Com tudo isto, faz favor de perderes algum tempo em volta das parideiras.

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  6. Li tudo isto e cum caraças: são mesmo coisas do arco da velha!!!!
    Até em Caria estas coisas acontecem!!!!

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  7. A mim ninguém me tira da cabeça que o teu guia Rapanui era um grande manhoso e muito oportunista. Ele viu que a francesa deixou cair ao chão (aos calhaus) a sua máquina fotográfica e fez a previsão cientifica de que já não ia conseguir tirar fotografias por ali, Nem por ali, nem por Alá, nem por aqui. Enquanto não a mandasse arranjar não havia mais fotos para ninguém. Digo eu...
    E agora já podes fechar a boca! Eheheheheh

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    1. Tão simples, não é, Vianita? Pois...

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    2. Muito gostam de complicar. Vais ver que a seguir ainda aparece algum doidinho a dizer que as pedras estavam carregadas de magnetismo...
      Ora para ver locais com magnetismo não precisamos de sair de Coimbra. Como todos sabemos, ao subir a Rua de Aveiro de automóvel nota-se o magnetismo do solo, que faz com que o carro perca potência. No meu carro, por exemplo, eu subiria uma ladeira com aquela inclinação em 4ª e na Rua de Aveiro tenho de lhe meter uma 3ª ou mesmo uma 2ª.
      Um amigo meu queixou-se que o carro chegou mesmo a parar, depois de se pôr ao soluços. Acabou-se-lhe a gasolina...

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    3. Bom, vou contar uma do outro mundo.Eu estava a vagar pela Floresta Amazônica, já quase noite, e não conseguia achar o caminho de volta. Quanto mais eu caminhava, mais não saía do lugar, como se em círculo andasse.
      Lá pelas tantas, me "pelando" de medo, ouvi um barulho, como se algo/alguém pulasse em galhos secos. O som era assim: "tec, tec, teeec, tectec". E o som cada vez mais se aproximava de mim. Tremi da cabeça aos pés. Gelei. Ainda não era totalmente noite, mas com a mata fechada parecia-me ser pelas 22h. Já quase desmaiando de medo, pedi a Deus: "Tire-me daqui. Valei-me São Benedito".
      Depois de uns segundos, vi um molequinho, de uma perna só, fumando no cachimbo, chapéu vermelho na cabeça vindo em minha direção:
      - São Benedito não pôde vir, mas me mandou aqui para tirá-la da mata e levá-la, a salvo, até a estrada. Sou o Saci Pererê.

      (O som eram os pulos do Saci). E hoje estou aqui para contar essa história.

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    4. A mim também já aconteceram histórias como as que aqui leio. Depois bato com o braço na mesa de cabeceira e acordo.

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    5. A aventura da Chama a Mamãe é uma delícia!...

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    6. Estão a ver que há coisas que não se explicam!... Como é que o Carlos Viana sabia que iria aparecer alguém a falar de magnetismo?!...

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    7. Eu sempre confundi íman com hímen.

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  8. Pois bem! Como mesmo assistindo continuo a não acreditar no sobrenatural, eu tenho uma possível explicação para o caso. Mas antes, quero dizer, que a hipótese que o Carlos Viana dá, também faz sentido e não é de descartar. Mas como não vi a máquina cair e não tirei os olhos das francesas, desde que chegaram ao local, hehehehe, tenho outra ideia, vejamos:
    Aquele local era carregado de magnetismo, pois todas aquelas pedras eram altamente magnéticas;
    A máquina das francesas era de marca da ainda União Soviética e as peças dessas máquinas e até o corpo eram feitos de aço carbono;
    As máquinas japonesas, que era o caso da minha, são feitas de titânio e aço inox;
    O Guia podia muito bem ter topado isso, ele próprio, chegou a dizer que não eram as primeiras a quem isso tinha acontecido, só que ele, associava sempre o caso a situações sobrenaturais. Mas para mim, a história tem que ser outra!

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    1. Alfredo Moreirinhas,
      E se o problema tivesse sido com artigos de plástico e cerâmica, ou até mesmo de madeira?
      Comecei na altura por assistir a algumas palestras de professores universitários teólogos que falavam das várias relegiões e dos ateus. Não eram professores que defendiam uma relegião. Consegui informar-me como evoluir para poder compreender e fui a certos lugares aonde "estudam" esses assuntos. É preciso ter coragem. Não é nada do que nós pensamos e de que muita gente fala. Depois de algumas experiências e ter a minha ideia formada, fiquei satisfeito. Tinha compreendido, já não precisava de mais. Como estou muito mais alerta, apercebo-me de várias situações que se passam mas não lhes dou mais valor do que têm. É real, temos que viver com isso. Se souber-mos lidar, melhor. Não somos apanhados de surpresa mas para mim, não mais do que isso pois não tomo partido de relegiões para fazer a interpretação. Sou neutro.
      A igreja católica tem profundo conhecimento de tudo mas vê dentro do seu ponto de vista religioso. Praticam a exorcismo para afastar o diabo. Os diabinhos somos todos nós. Foi uma religião que no passado se expandiu muito depressa e por isso teve que criar muitos parametros para controlar excessos. Criou tantos que se fechou. Hoje de facto, alguns padres é que começam a ser mais transparentes sobre o que sabem.
      De um grande número de padres e da hierarquia da igreja, todos sabem o que eu penso pelo que tenho escrito noutros comentários. Quando se fica ciente de factos destes, tem-se tendência a se aproximar da relegião em que se banhou em pequenino. Comigo assim acontece e não dando valor à constituição física humana da igreja católica, para mim o meu guru é Jesus Cristo.

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  9. Alfredo,mais uma que dá para pensar.Mas tecnicamente concordo contigo sobre o magnetismo instalado nas pedras,e o material de que são feitas as máquinas.
    Penso que todos nós temos algo para contar de acontecimentos ocorridos..

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  10. Por mim são coisas muito do Altamente (coisas muito do alto).
    Neste caso concordo com a possível magnetização das peças metálicas da dita máquina fotográfica,
    mas seria?
    Que à coisas há, estas será mais uma?

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  11. Mas, pensando melhor, o que é que o ARCO DA VELHA tem a ver com tudo isto?
    Esta é que eu gostava que me explicassem, vós que tendes a veleidade de julgar que tudo sabeis!

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    1. É só pedir:
      Do arco da velha é uma expressão popular da língua portuguesa que significa "fantástico", "incrível", "espantoso". Muitas vezes a expressão completa é: "são coisas do arco da velha". Esta expressão também pode servir para qualificar uma história ou alguma coisa que é absurda ou inverossímil.

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    2. Muito se aprende nesta espécie de blogue!

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    3. Aprende-se desde que não venho o tal ginecologista da São Rosas, armado em dono disto!!!...

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    4. Por falar em aprender... se a pedra maior é o Umbigo do Mundo, as menores seriam pedras nos rins, pedras na vesícula, pedras na uretra...ou, simplesmente, pedras no caminho?

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    5. E não há por ali uma água das pedras?

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  12. O ginecologista devia era ir plantar Lavacolhos!

    A origem da expressão "coisas do arco da velha", segundo... a internet:

    1) Por volta do século XIX, a expressão "arco da velha" servia para descrever o arco-íris, algo que já não é tão comum nos dias de hoje. Uma das explicações por trás dessa expressão é que essa denominação foi criada graças à história bíblica de Noé, quando depois do dilúvio, Deus criou o arco-íris para demonstrar a sua aliança com o ser humano, e que não voltaria a enviar outro dilúvio dessa magnitude. Assim, na expressão "do arco da velha", o termo "velha" representa a velha aliança que Deus formou com o Homem. Por esse motivo o arco-íris também é conhecido como arco-da-aliança.

    2) Uma explicação alternativa para a origem desta expressão é que originalmente ela seria "arca da velha" e não "arco da velha". Isto porque senhoras de certa idade tinham o hábito de guardar coisas incríveis e espantosas nas suas arcas.

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  13. Ainda não tinha lido os comentários todos. A resposta que se me apresenta mais aceitável está no último parágrafo do comentário da Chama a Mamã de ontem das 10:31, com a respectiva rectificação.

    Meus caros, saí a sentir menos trinta e oito e acabo de entrar a sentir menos trinta e quatro. Não pensava que íamos ter um inverno assim. Com o sol a bater é uma maravilha, o ar está absolutamente limpo. Bem agasalhado mas sem muita roupa, anda-se muito bem. Um abraço para aquecer.

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  14. Olha, olha. No Canadá o gelo tem ar condicionado. Pode-se ir em "pelota" que o frio nem se nota!!!
    Bem agasalhado não se aguenta o calor!!!
    E esta hem!

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  15. Muito se aprende neste blog de luxo! Pago a peso d´ouro!!!!
    Já lá vai o tempo da espécie de blog em que o AD pagava umas míseras ajudas de cus(t)po
    Agora? Pagas e bem pagas com factura simplificada que ainda podem dar um AUDI de luxo!!!
    Ou será mais uma do ARCO DA VELHA!!!

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  16. Agora mesmo acabo de assistir por acaso a uma emissão de Denis Lévesque na TVA, que é uma hora de grande escuta, em que fez entrevistas sobre vários assuntos. Um deles foi com Sylvie Ouellette que abandou a profissão de notária para se dedicar ao estudo do assunto de que tenho vindo a falar. Coincidência mas uma realidade.
    Há coisas do arco da velha!!!!!

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  17. Ainda bem que me converti ao BUDISMO!!!!Puxa! Do que me safei!

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