Depois do almoço
só resta o arroto
o coçar da barriga
o caroço no prato
e a espinha lambida.
Depois do almoço
a migalha na mesa
o cartaxo acabado
o bagaço vazio
e o tacho rapado.
Depois do almoço
na hora da sesta
só resta
só pode restar
a certeza
da mosca que poisa
que pica.
Da fome
da morte que fica
o não há-de acabar
Verso a verso o Fanha desmonta as"digestões" dificílimas que nos enchem de arrotos mas que nunca vão parar à cara de quem é responsável pela fome em Portugal e no Mundo...
ResponderEliminarMandei um agora mesmo!Tentei que ele se intoxicasse...