sexta-feira, 23 de agosto de 2013

RECORDANDO LOCAL DE ROMARIA ...PELA ÁGUA FRESQUINHA!


 Este espaço verde à beira da linha da Lousã existe há muitas décadas, que eu me lembre pelo menos desde os finais do anos de 40. Principalmente a partir dos anos 50 foi muito frequentado por alguns de nós e também por habitantes do Bairro, que ali iam encher garrafões de água fresquinha. O acesso era público.

A bica lá continua embora o espaço em frente não seja bem o mesmo.
Hoje tem um tanque, mas não sei se o tanque nesse tempo existia.
Havia pelo menos um espaço não muito largo que dava para nos colocarmos em posição de beber água e encher os garrafões!
Enchiam-se garrafões e conversava-se...
A bica tem este aspecto porque está ligada a uma mangueira que por sua vez está estendida pela horta para regar os diversos talhões agricultados.
Também se liga a um mecanismo de rega, como se vê na foto seguinte.
Tive oportunidade de falar com duas"HORTELEIRAS" que me facilitaram o acesso à BICA.
Neste momento foi pedida  análise à água, têm receio que seja imprópria para consumo.
Fiquei a saber que este espaço, já não público, pertence à Câmara Municipal que  o arrendou às referidas "HORTELEIRAS".
A entrada é pela rua de Angola, que tem uma cancela com chave!
 Cultivam  couves, feijão verde, tomates, batatas,etc. Tem videiras e árvores de fruta
 Nesta foto andavam na rega das couves
fotos EG

16 comentários:

  1. Se bem me lembro deste espaço tão afável apesar do sr.Porfirio e mulher não terem essa qualidade("a pinga" a mais para isso contribuia)...
    A cachopada onde me integrava também os "espicaçava" bem como ao "nosso" anão que também por ali andava.
    As filhas do médico dr.Lalanda é que eram as meninas que eles gostavam, chegando a almoçarem com eles.
    As novidades quanto às HORTELEIRAS são mesmo interessantes. Corresponde às chamadas Hortas Urbanas com algumas variantes.

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    1. Sim a tua vivência com este local já foi um pouco diferente da minha!

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  2. Rafael

    Excelente reportagem. Recordar é viver e quanto a isso eu que fui lá à água, não me lembro de ter visto lá algum tanque.
    Pelo que me recordo, a encosta era ligeiramente inclinada para a frente em baixo e a fonte ficava alta para mim que era pequenito o que me obrigava a pô-me de lado. Para não escorregar inclinava-me para a frente e a minha irmã ficava ao pé de mim para evitar sobressaltos.
    Penso que se houvesse lá um tanque, eu não podia estar nessa posição. Esperemos outras opiniões. Gostei de ver a linha da Lousã, venha o metro.

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    1. Chico tal com também no no inicio da reportagem escrevo e tu agora confirmas não havia tanque.Em frente à bica havia um espaço de terra batida que permitia estar mais que uma pessoa.
      Talvez mais tarde, tal como a Teresa Bizarro escreve o Porfírio deve ter feito o tanque, mas não me lembro...entretanto deixei o Bairro, embora lá passasse os fins de semana, mas sem ir à água fresquinha!
      A minha prima Irene até diz que fizeram lá as fogueiras!!!Não me lembro "nadica"!

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  3. Recordo-me de lá ir muitas vezes, de luvas de cabedal maiores que eu, apanhar urtigas para fazer o chá que o meu Avô bebia às litradas...Na minha época, já havia uma arremedo de tanque, tanto que a minha Avó estava sempre a recomendar cautela, não fosse eu cair na água (era mais fácil a água cair em mim, tal era o medo que eu tinha de me aproximar...)E havia por lá muita erva-de-S.Roberto, que também servia para os chás - na minha casa era tudo muito 'chalado', como é que eu podia sair ajuizada???

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    1. Teresa,deliro com os teus comentários...

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    2. Ora das urtigas pelo que leio o teu avô era um cliente penitente das urtigas!E confiou em ti para as apanhar!
      Que o local era muito frequentado, isso era!

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    3. Penso que estás errada na tua análise, Teresa B!...
      É precisamente ao contrário, esse chá todo, só demonstra que tiveste uma boa educação!... Quando se vê uma pessoa mal educada, nunca ouviste dizer: Esta não bebeu chá em criança!

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    4. O meu Avô sofreu de um tipo de cancro que homem nenhum queria ter: no pénis.Depois da operação, ficou com problemas urinários e o chá de urtigas, como tem fama de diurético, auxiliava muito, por isso andávamos sempre a apanhá-las, para a minha Avó as secar...Além desse chá, era o de folhas de oliveira para o coração, hipericão para o fígado, hortelã para as digestões, limão para as constipações...mas o chá preto fazia parte da 'dieta' diária da casa: um bule grande ficava todas as noites na mesa de cabeceira da minha Mãe, que o bebia como se fosse água!
      E nessa época, aprendi que aos bebés se devia dar 'água chalada', com mel, para reforçar a amamentação...
      Bebi muito chá, Alfredo, era quase obrigatório...ainda hoje gosto muito dele! se fiquei mais 'fina' por causa disso, é que já não sei...
      Beijocas a todos(as)!!!

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    5. Aprende muito nesta "espécie de blog"!!!!
      Obrigado Teresa pela partilha das memórias, se bem que nem todas boas!
      Beijinho

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    6. Das menos boas memórias também se faz a vida, Rafael! E o meu Avô, continua a ser uma referência muito importante para mim...

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  4. Esta reportagem interessantissima reconduz o blog a sua desejavel matriz, recordando locais e fazendo Historia.
    Enriquecedores sao os comentarios que associam ao local figuras que foram personagens activas dessa mesma Historia, como a Porfiria, o companheiro e o anao.
    Parabens Rafael!

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  5. Esta reportagem veio refrescar o blog. Parabéns Dom Rafael.
    Claro que não conheci o local no tempo que referes. Para o Bairro nasci já na década de 60, sou um "puto"...
    O comentário da Teresa B é uma delícia, demonstrando que são estas pequenas/grandes coisas que nos enriquece e rejuvenesce.

    Subscrevo por inteiro o comentário do Rui Felício.

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  6. Brincar nesses terrenos nunca brinquei, mas recordo-me bem do local.
    É bom saber que está a ser aproveitado, embora me pareça que tem ervas a mais!...
    Gostei da reportagem! Temos que admitir que os passeios do Dom Rafa, nos trazem alguma coisa de útil!!!...

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  7. O Fernando Rafael já me tinha falado que ia aparecer esta postagem. Partilho da opinião de que se trata de uma excelente memória que chega até aos dias de hoje. Em criança, eu pensava que aquele espaço era para usufruto da guarda da linha do comboio, quando a linha da Lousã existia e existiu por muitos anos ...

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  8. O meu pai aqui colhia flor de sabugueiro!
    A água fervida com estas flores era muito boa para lavar os olhos e desinfetar.
    De médico... todos temos um pouco.

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