sábado, 8 de março de 2014

HOJE....

Para vós, minhas amigas e... meus amigos!



                                      Cá  vamos...


Como vai?                                          Como vai?
Assim, assim…                                   Mais ou menos…

Diz-se, num balanço de ombros,         Sorrimos.               
num leve acenar.                                Para o sopro da brisa,
Com o sorriso toldado,                        refrescante, fugidia.
disfarçado,
como que afugentando                        Fingimos.
umas dúvidas cinzentas,                     Alheias aos outonos
agoirentas.                                          rodando, lentamente,
                                                           no carrossel da vida.
Chegam.
Sopram do nada.                                Desejamos.
Sons vagos,                                        Assustar a solidão
ecos distantes.                                   cantando um hino  
Luz difusa do poente,                         de amor,
vazias de razão.                                  de esperança,
Ou… talvez não!                                 numa rosa branca,     
                                                           vibrante no fulgor
Pressentimos.                                     da vida renascida.
Nos sonhos por cumprir,
nos pedaços de ilusão,                        Confiamos.
nos retalhos da alma,                         No calor da amizade
nas palavras sufocadas,                      da festa inacabada.
recalcadas.
                                                          Como vai?
Folhas soltas, desprendidas,               Tudo bem!
movendo-se sem direção!                   Muito obrigada.
Loucuras, devaneios,
no recanto da paixão
nascida outrora.
Hoje, onde mora?

Sublimou.
Na brandura de um olhar.
Daqueles olhos.
Enlaçada num abraço.                                      
Daquele braço.                                                      
Teia de cumplicidade, 
urdida a fios de saudade!                                                                                     




                                        Coimbra, 8 de Março de 2014

                                     A amiga
                                   Celeste Maria

19 comentários:

  1. E um bonito poema que termina com a resposta mais rara que os portugueses usam para responder a essa pergunta: "Como vai?"
    A mãe de uma amiga minha, quando me perguntava: Como é que está, tudo bem?
    Eu respondia sempre: Tudo óptimo, D. Arminda! Uma maravilha! E ela dizia: Também para si está sempre tudo bem, nada o apoquenta!...
    Ó D. Arminda, se eu lhe disser que não e lhe disser os meus problemas, a Senhora fica preocupada e não mos vai resolver!
    Lá isso é verdade, Alfredo, lá isso é verdade, mas é a única pessoa que diz sempre que está tudo Bem!...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Alfredo, fizeste-me rir!!!.., também tive uma situação mais ou menos idêntica.
      O que se tem de comer e não se gosta!!.., né?
      Um abraço
      Fernando AZENHA

      Eliminar
  2. Ó Alfredo, andas com malta muito negativista. A mim é raro responderem-me "mais ou menos". Se e quando o fazem, peço sempre esclarecimentos. Por exemplo, "mas é mais para mais ou mais para menos?"
    Celeste, bem hajas por seres, tu mesmo, uma poesia amiga.

    ResponderEliminar
  3. Minha querida, é lindo. Mas não abuses que os nossos 2 escritores podem ter ciúmes!!!!! Escreve mais, estás vivinha.
    Beijinhos
    Fernando AZENHA

    ResponderEliminar
  4. Uma vez mais, hoje, um bom dia para si Celeste Maria, lindo poema.
    O Alfredo diz sempre que está tudo bem, eu, quando me perguntam, como vai ? eu respondo normalmente: Tirando o que está mal, vai tudo bem!!!!!!!!!!! Beijinhos e um bom dia da Mulher, que para mim são todos os dias!!!!!!!!!!!!!!!! Rosa Malhão

    ResponderEliminar
  5. A Celeste Maria gosta de versejar. E sabe. Momentos assim, são pedaços da nossa personalidade. É quando partilhamos com os outros, algo que construímos com palavras que se envolvem num manto de amizade. Com a publicação, ajudamos a dar cor e vida a um blog de amigos.
    Obrigado, Celeste Maria

    ResponderEliminar
  6. A minha amiga é como um vime que balança sem quebrar no seu ponto de equilíbrio precioso!
    Sempre pronta a auxiliar com o seu sorriso doce ao longo dos anos.
    U m exemplo de uma verdadeira MULHER!
    Obrigada por esta poesia linda
    Obrigada por ser minha amiga.
    Um beijo

    TERESA SOARES

    ResponderEliminar
  7. Vou andando com calma para não entrar areia.
    Menina um Abraço.
    Tonito.

    ResponderEliminar
  8. Que lindo poema Celeste, digno de uma grande Mulher e que gosta de partilhar a sua arte com as Amigas e Amigos também.
    Um grande beijinho e um feliz Dia da Mulher.
    Ana Maria.

    ResponderEliminar
  9. Obrigada pelo excelente poema!
    Tanta criatividade e necessário poder crítico...
    Beijinhos,Celeste!

    ResponderEliminar
  10. Celeste não podia deixar sem que te desse um grande beijo pelo dia da mulher e pelo Grande Poema tão sentido
    Carlos

    ResponderEliminar
  11. Poema bem bonito. Uma linda prenda que deu a todas as mulheres. Obrigada, gostei muito

    ResponderEliminar
  12. Tanta beleza e tanta sensibilidade só pode vir de um coração do tamanho do mundo.
    Obrigada pela lembrança, arte e pelo muito amor que nos dedicaste.
    Deliciaste.me e envaideceste-me por ter uma amiga assim.
    Um beijo grande e um xi apertadinho
    Lekas e seu Manel

    ResponderEliminar
  13. Celeste, obrigada por este poema maravilhoso.Todas nós merecemos que todos os dias sejam dia da mulher.Obrigada por fazer o favor de ser minha amiga.Abraço muito apertado.

    ResponderEliminar
  14. Aos amigos que comentaram este meu versejar, desejo veementemente que tenham razões para afirmarem :
    -TUDO BEM!

    Abraço-vos com toda a minha amizade.

    ResponderEliminar
  15. Interessante o poema, alegre e transmitindo uma filosofia de vida pela positiva que é bem o contrário da resposta normalmente recebida ao "tudo bem?".
    A resposta que mais me choca, penso que é uma das mais utilizadas aqui pelos arredores, é aquela que reza assim: "Quando mal nunca pior..." Arre porra, já não basta estar mal e já o contenta o facto de não ficar pior!

    ResponderEliminar