Num dia de jacarandás floridos, a mulher inventada desceu nua das nuvens – como ocorre, aliás, com impertinente assiduidade com as mulheres inventadas – e vestiu-se de coleante lilás, mesmo antes de pousar no passeio, acabadinha de passar pela copa das árvores…
és tão bela e tanto apraz
numa esquina de repente
ver-te em vestido lilás
desvendando-te de frente
revelando-te de trás
e em cada passo premente
em cada passo que dás
seres de lilás tão urgente
tão tudo o que a vida traz
e o teu corpo fremente
que de frente satisfaz
satisfaz completamente
ao passares vista de trás
estiveras nua – dolente
provocante – pertinaz
mas não melhor certamente
que em teu vestido lilás
Atrevidamente "picado" do blog AfundaSão
És um atrevidote, Rafaelito!
ResponderEliminarBom gosto!
ResponderEliminarTão belo! Li e reli.
Foi um atrevimento bem sucedido.
ResponderEliminarQue bem escreve o Jorge Castro!
Vou reler, carais!
Gostei e muito e por isso postei!
ResponderEliminarUm abraço para o Orca!
O jacanrandá é uma árvore de beleza inspiradora.
ResponderEliminarO Jorge Castro envolve-se com as musas,baila com as palavras e o resultado é uma sinfonia de cores!
Meninos, estragais-me com mimos... ;-)»
ResponderEliminarAbraços.
Jorge Castro