Os reforços de potência em centrais hidroeléctricas, são realizados em aproveitamentos em serviço/exploração, utilizando estruturas existentes, e tendo por objectivo económico evitar o desperdício energético decorrente de descarregamentos, devidos por reduzida capacidade útil da albufeira e/ou reduzida potência instalada no aproveitamento.
Numa ação combinada com energia eólica, as centrais hidroeléctricas equipadas com bombagem, permitem usar eficientemente o excesso de produção eólica, armazenando energia (água) nas horas de vazio para posterior turbinamento nas horas de ponta. Isto é, aproveita o excedente de energia eólica gerada (p.ex.no período noturno) para bombear água de jusante para montante e assim possibilitar o seu returbinamento, aumentando desta forma a potência da estrutura existente, significativamente.
Para isso foi necessário desenvolver projetos que consistem em criar um circuito hidráulico em túnel, diversos poços e túneis auxiliares e de acesso e uma central subterrânea em caverna. A central é equipada com grupos geradores reversíveis de grande potência ( ~800 MW ) que serão alimentados pelo circuito hidráulico com capacidade para um caudal da ordem dos 200 m³/s p.ex.
Para que todo este projeto seja exequível, garantindo a continuidade energética da estrutura existente no decurso da obra, é necessário fazer baixar e controlar a cota das águas em dois períodos distintos: durante a construção das ensecadeiras de montante (tomada de água) e de jusante (restituição) e mais tarde para a sua demolição.
Atualmente encontram-se em curso, projetos desta envergadura, nas seguintes barragens: Picote, Bemposta, Venda Nova, Salamonde, Paradela e Alqueva.
Companheiro Henrique obrigado pela informação destes projectos.
ResponderEliminarUm Abraço.
Tonito.
Em primeiro lugar saudar o amigo Henrique por mais esta lição ligada à produção de energia elétrica!
ResponderEliminarÉ uma participação que valoriza o blog, pois aborda assuntos muito interessantes nesta área da produção de energia e que para a grande maioria dos bloguistas visitantes, leigos na matéria,enriquece seus conhecimentos!
Destas barragens apenas conheço a de Picote e pensava eu que pràticamente estava desactivada pelo menos na produção de energia.
Pelo menos foi o que percebi quando há uns anos atrás a visitei.
Segundo percebi bastava um engenheiro para asegurar a actual funcionalidade da barragem!
Ou será que estou a fazer confusão com outra barragem?
Já agora o Henrique se tiver oportunidade poderia dizer algo sobre a barragem do Picote?
Um abraço
Olá Rafael, bom dia.
ResponderEliminarApesar de parecerem muribundas, todas as barragens em exploração se encontram a produzir, pois para assegurar o seu funcionamento (hoje em dia) basta um controlo à distância.
Acrescento que, embora não pareça, o controlo de todas as barragens do Douro, estava centralizado justamente em Picote, interligada com o centro de comando da EDP no Porto. Digo estava, porque não tenho acompanhado de perto as evoluções mais recentes.
Abraço
Gostei de saber sobre as novas tecnologias e do que se continua a investir, com êxito neste aspecto, nas barragens do nosso país!
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