quinta-feira, 7 de julho de 2011











Na sequência do artigo que postei no passado, sobre energia eólica, vou, desta vez, tentar falar um pouco sobre REFORÇOS DE POTÊNCIA em aproveitamentos hidroelétricos.






Os reforços de potência em centrais hidroeléctricas, são realizados em aproveitamentos em serviço/exploração, utilizando estruturas existentes, e tendo por objectivo económico evitar o desperdício energético decorrente de descarregamentos, devidos por reduzida capacidade útil da albufeira e/ou reduzida potência instalada no aproveitamento.



Numa ação combinada com energia eólica, as centrais hidroeléctricas equipadas com bombagem, permitem usar eficientemente o excesso de produção eólica, armazenando energia (água) nas horas de vazio para posterior turbinamento nas horas de ponta. Isto é, aproveita o excedente de energia eólica gerada (p.ex.no período noturno) para bombear água de jusante para montante e assim possibilitar o seu returbinamento, aumentando desta forma a potência da estrutura existente, significativamente.


Para isso foi necessário desenvolver projetos que consistem em criar um circuito hidráulico em túnel, diversos poços e túneis auxiliares e de acesso e uma central subterrânea em caverna. A central é equipada com grupos geradores reversíveis de grande potência ( ~800 MW ) que serão alimentados pelo circuito hidráulico com capacidade para um caudal da ordem dos 200 m³/s p.ex.





Para que todo este projeto seja exequível, garantindo a continuidade energética da estrutura existente no decurso da obra, é necessário fazer baixar e controlar a cota das águas em dois períodos distintos: durante a construção das ensecadeiras de montante (tomada de água) e de jusante (restituição) e mais tarde para a sua demolição.



Atualmente encontram-se em curso, projetos desta envergadura, nas seguintes barragens: Picote, Bemposta, Venda Nova, Salamonde, Paradela e Alqueva.

4 comentários:

  1. Companheiro Henrique obrigado pela informação destes projectos.
    Um Abraço.
    Tonito.

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  2. Em primeiro lugar saudar o amigo Henrique por mais esta lição ligada à produção de energia elétrica!
    É uma participação que valoriza o blog, pois aborda assuntos muito interessantes nesta área da produção de energia e que para a grande maioria dos bloguistas visitantes, leigos na matéria,enriquece seus conhecimentos!
    Destas barragens apenas conheço a de Picote e pensava eu que pràticamente estava desactivada pelo menos na produção de energia.
    Pelo menos foi o que percebi quando há uns anos atrás a visitei.
    Segundo percebi bastava um engenheiro para asegurar a actual funcionalidade da barragem!
    Ou será que estou a fazer confusão com outra barragem?
    Já agora o Henrique se tiver oportunidade poderia dizer algo sobre a barragem do Picote?
    Um abraço

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  3. Olá Rafael, bom dia.
    Apesar de parecerem muribundas, todas as barragens em exploração se encontram a produzir, pois para assegurar o seu funcionamento (hoje em dia) basta um controlo à distância.
    Acrescento que, embora não pareça, o controlo de todas as barragens do Douro, estava centralizado justamente em Picote, interligada com o centro de comando da EDP no Porto. Digo estava, porque não tenho acompanhado de perto as evoluções mais recentes.
    Abraço

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  4. Gostei de saber sobre as novas tecnologias e do que se continua a investir, com êxito neste aspecto, nas barragens do nosso país!

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