Fotos EG
texto. Net
O AMOLADOR o qual, antigamente, também era reparador de
sombrinhas, é um comerciante
Ambulante, o qual transporta-se
numa bicicleta ou motocicleta para oferecer seus serviços de amolar facas,
tesouras e outros instrumentos de corte. Modernamente, ao longo do século XX,
os amoladores urbanos tinham que se estabelecer em comércios situado já dentro
do recinto dos mercados já na rua. Estes comércios têm uma dupla função, tanto
lugar de trabalho para o amolado de ferramentas de corte como ponto de venda
das mesmas.
A bicicleta tem sido modificada de forma que em sua parte
traseira leve montada o esmeril mecânico com uma pedra de amolar a qual
emprega-se para amolar os objectos cortantes. Anda pelas ruas da cidade ou
povoado e para anunciar sua proximidade usa uma flauta de pã de canos ou
plástico como apito, chamada em espanhol de chiflo, a qual sopra fazendo soar
suas tonalidades consecutivas, de grave a aguda e vice-versa.
A começos do
século XXI apenas se vêm amoladores pelas ruas.
............................................................
............................................................
PARA COMPLEMENTAR RELEMBRANDO O APITO E O PREGÃO
É habitual passar aqui também...
ResponderEliminarMas a modernidade transformou o antigo amolador e a sua completa bicicleta.O que é natural.
Recordar mais um vez é bom!
Recordo-me da minha mãe, a mandar afiar facas e tesouras, ao amolador. E lembro a gaita de beiços com que anunciava a sua presença.
ResponderEliminarBoa recordação, Rafael. Também a foto é muito oportuna ...
Abraço
É giro, nunca tinha visto um amola tesoura e navalhas de bicicleta. Excelente Rafael, foi mesmo no momento próprio. Já uma vez tinha lido sobre este assunto, num artigo do Quito quando disse "Adeus aos funileiros" que guardo preciosamente no meu stock. Até deu intervenções da Maria dessa altura, hoje Olinda, que falavam deste tipo de bicicleta. Também o Carlos Falcão dizia que quando este profissional aparecia, já a sua Mãe dizia que ia chuver. Que coincidência, pelo menos o artigo é de hoje. Falou-se no .... amola tesouras e têmos todos chuva.
ResponderEliminarEste Homem andar nas ruas a fazer este trabalho é um aventureiro lutador! Luta com muitas necessidades de certeza e aventura-se a fazer um trabalho em troca de migalhas! Digo isto, porque ele não pode levar muito dinheiro para reparar uma coisa que nova já custa pouco!
ResponderEliminarBoas fotos Dom Rafael!
O amolador continua a ser o arauto da chuva.
ResponderEliminarNunca percebi o nome de amolador, pois se afia... não amola!
O Alfredo tem razão, já não compõe as varetas, é preferível comprar chapéu novo.
Contudo, dar trabalho a estes comerciantes é um ato de solidariedade.
Também me fazia confusão o nome "amolar".
EliminarPesquisei na internet e nada.
Até que... na Infopédia encontrei (parece-me) a explicação:
amolar - afiar no rebolo; tornar cortante; aguçar;
Do latim mola-, «mó», pelo castelhano amolar, «afiar; aguçar»
Ou seja, como é afiado numa mó (o rebolo), daí amolar.
Muito se aprende nesta espécie de blog!
EliminarAh! assim com as pesquisas do Paulo faz todo o sentido.
Eliminarsempre a aprender.
Pois. Também aprendi.
EliminarAcabo de chegar da baixa com a minha jóia e enquanto ia falando com pessoas de várias comunidades, um previlégio de quem vive por estes cantos, lembrei-me que quem tinha mostrado a roda do nosso tempo do amola tesouras, foi o Rui Felício com o seu artigo de mesmo nome aonde se via na imagem o sistema a que eu estava habituado.
ResponderEliminarEspero que o Rui Felício não me leve a mal mas há uma parte do seu artigo que por ser tão actualizado com o que se tem vindo a dizer e relembrar certos concertos que fazem parte do nosso passado, que introduzo abaixo :
"..., percorria totalmente a escala musical, dela extraindo uma melodia estridente e inconfundível.
Era desta forma que anunciava a sua própria presença, chamando as donas de casa que tivessem facas e tesouras para afiar, panelas e tachos rotos para remendar, ou mesmo pratos rachados para lhes serem colocados “gatos”.
Dizia-se que a sua vinda previa chuva iminente. A profecia muitas vezes batia certo, apenas porque era no inverno que o amola-tesouras aparecia com maior frequência. Por causa dos consertos nos guarda-chuvas, que também fazia..."
Por aqui continuam-se a utilizar os poucos proficionais deste campo para tudo o que tem vindo a ser descrito mesmo no passado, como no meu caso que tenho uma tesoura de estimação. Além disso, servem para acertar esquis e afiar patins de neve. Nem por isso deixam de levar o valor do seu trabalho pois também têm que pagar as carrinhas, seguros, gasolinas, etc, se bem que nem sempre o façam a tempo pleno.
O que o Rafael nos veio trazer à memória... Excelente artigo.
Pois Chico. Eu ainda hesitei em postar "O Amolador". Não há muito tempo tinha sido feito postagem identica, no qual se inseria o comentário(muito bom) do Rui Felício.
EliminarMas como as fotos foram feitas mesmo aqui à minha porta...não resisti!.
E pelos vistos e graças a ti, ainda bem, pois juntaste esta passagem desse texto do Rui!
Um abraço e FELIZ PÁSCOA!
EliminarFizeste bem em postar "O Amolador", fotografado à tua porta. Eu não sabia por onde ele andava mas bem lhe ouvi o "pregão".
Cá do alto do prédio amaricano, adivinhei: vem aí chuva!
E veio, e de que maneira!
E ela continua a cair em força. Aqui e em toda a Europa... Mas isso já são outras chuvas!
Nota: aquilo a que chamo "pregão", desanuviando as nuvens negras que encobrem o sol, não é mais nem menos do que aquilo que o Chico nos recorda e bem:
O Amolador que " percorria totalmente a escala musical, dela extraindo uma melodia estridente e inconfundível."
Afio facas, tesouras
EliminarNa minha pedra de amolar
Venham minhas senhoras
Vida dura... de ganhar!
Por cá dá chuva, por outras terras ( zona de pescadores)dá direito a umas borduadas a sério pois com vendaval os pescadores não podem trabalhar.
ResponderEliminarO amola tesouras dá azar por outras bandas deste país.
Um Abraço.
Boas Festas.
Por que raio de carga de água deu em 2 comentários quando
Eliminareu fiz um.
Fica assim, siga a agência marítima portuguesa.
Para este filme já dei.
É da chuva...os comentários duplicados corresponde aos pingos que o amola-tesouras anuncia!
EliminarEnquanto estiver a chover o filme vai ser este.
Tonito não te amofines...
Como vês Tonito tudo tem remédio...ou talvez não, mas neste caso teve!
ResponderEliminarJá não estão repetidos!
Eu sei, tu me contaste que lá por Setúbal os pescadores não iam muito à "bola" com o amolador, já que se ele aparecia havia chuva pela certa e lá se ia um dia de faina!
É gratificante ser recordado algo que aqui escrevi em tempos ( como foi o caso do Chico Torreira ).
ResponderEliminarSucede que a lembrança desta figura tipica ganhou agora com a ilustração que o Rafael fez com fotografias actuais.
O que demonstra que afinal esta profissão não desapareceu com os tempos modernos, ao contrário do que eu pensava.
Reflectindo sobre aquilo que disse o Alfredo Moreirinhas, suscita-se me a dúvida sobre se o regresso ao passado é coisa boa ou se não é.
Suponho que esse retorno aos tempos antigos é um sintoma do recuo do nivel de vida a que todos estamos a ser sujeitos...
Rui Felício
EliminarBem vindo sejas. Gosto muito de ler os teus artigos e comentários, se bem que há bem pouco tempo tenha deixado passar vários, o que pode voltar a acontecer. Não é nada de especial.
No comentário acima, assim como o do Alfredo Moreirinhas, eu ponho-me mais a pergunta de como é que conseguem viver, do que serem profissões do passado. Aqui também há e se bem que eles possam afiar patins de neve, polir e acertar esquis, o certo é que muito raramente o fazem. São artigos que quem os tem, leva-os às casas especializadas. Os amolas tesouras utilizam carrinhas de caixa fechada com propaganda aos trabalhos que fazem, têm de pagar a licensa da companhia, as matrículas anuais das carrinhas não falando na licensa de carta anual que pode utilizar para outros fins e apresentar os impostos das vendas. Como todos os que têm carrinhas têm de pagar a gasolina que não é pouca pois vão sempre a andar e a tocar a sineta, uma vez que aqui não há música. :) Também entra em conta, toda a outra assistência como revisões, pneus, etc. Para alguns deles, isto é um trabalho a tempo parcial mas mesmo estes não estão dispostos a pagar do seu bolso para terem tal distracção. E os outros que fazem isto o dia inteiro, como é que conseguem ter a sua casa, o seu carro particular e as carrinhas, não sei pois também não levam caro. Sei que posso comprar uma tesoura nova, que dura anos e que corta muito bem pelo preço de CAN$1.25, €0.958069, quando não vendem três a preço especial. Só isto faz com que em cada casa, ao longo dos anos e por um motivo ou outro, hajam várias. É a diferença das épocas.
Por outro lado, falando no nosso caso bem português, tudo vai desaparecendo porque não demos valôr ao esforço dessas pessoas para manteram uma vida digna, não incentivamos a amelhorarem os seus meios de trabalho, nem a esperança dos sonhos que nunca tiveram.
Francamente, quando vejo pobres, honestos, trabalhadores a viverem como vivem, que podiam ter sido filhos de meus Pais ou eu dos seus Pais, a diferença é só essa...