Alfredo Marceneiro, marcou uma época. Tal como Hermínia Silva ou Fernando Farinha, entre outros. O fado genuíno, que não se "aburguesou" com uma orquestra por detrás. Os tempos do fado bem castiço, acompanhado à guitarra e à viola. Nada me move contra este fado atual, que Carlos do Carmo ou Marisa interpretam. Marisa, será talvez, neste momento, a grande embaixatriz de Portugal no mundo. Grande voz e grande presença em palco. Mas o fado das vielas, é a matriz da canção lisboeta. Marceneiro foi enorme. Merece este destaque. Como Herminia o mereceria, naquele seu jeito despachado,enrolada num xaile, a dizer com o vigor de sua voz: " anda Pacheco, toca aí um fado bem picadinho para sobressair a voz ..."
Meu caro Quito, duas épocas, duas realidades diferentes. Cada uma com os seus encantos. Penso que matar saudade do fado vadio faz parte do nosso fado... Grande abraço.
É curioso Viana, que admitindo - se Amália como a maior, nunca a entendi como tal. Sobretudo numa fase adiantada da sua vida, em que tinha já tiques de vedeta e uma certa vaidade encapotada. Entre Amália, Marceneiro e Herminia, há um abismo de autenticidade.Marceneiro e Herminia, eram o fado puro, sem qualquer adulteração.
Amália, enveredou, a espaços, por uma canção de outro matiz, que não representava, a meu ver, a cultura pura do fado lisboeta. Não lhe discuto a voz, nem a interpretação. Mas acho, numa simples convicção muito pessoal, que Amália foi, a partir de certa altura, um produto de exportação, até por outros interesses de que Eusébio também foi vitima.
Marceneiro e Herminia também já partiram. Felizmente que a sua autenticidade nunca foi beliscada e aproveitada por terceiros, como propaganda de interesses. De genuíno, Amália teve pouco. Apenas no inicio da sua carreira de fadista, teve laivos de autenticidade. Mas depois, foi o que se viu. Os filhos genuínos do fado lisboeta, enquanto veículo de cultura de uma nação e de um país, talvez merecessem mais o Panteão Nacional. Hilário e Menano também.Mas o povo, dizem, adorava Amália. Muito povo. Algum desse povo, porém, os chamados fundamentalistas, não saíram das vielas onde sempre ouviram o dedilhar chorado ou ritmado de uma guitarra e de uma viola. Não se deixaram levar, por propagandas fáceis.
Foi deus Que deu luz aos olhos Perfumou as rosas Deu oiro ao sol E prata ao luar Foi deus Que me pôs no peito Um rosário de penas Que vou desfiando E choro a cantar E pôs as estrelas no céu E fez o espaço sem fim Deu o luto as andorinhas Ai, e deu-me esta voz a mim
Oh Quito, independentemente da análise que fazes da Amália, da Hermínia, do fado etc, etc.(e de eu concordar ou não contigo, por acaso até concordo) o texto, como texto, está muito bem escrito. Bolas, rapaz. tens uma veia deliciosa que muito gostava de saber elogiar com a mesma classe com tu escreves. Não sei, mas aprecio, muito, o que escreves. um abraço amigo P.S. Hoje estive com o teu Pai que está um jovem, gostei imenso de estar com ele
Sempre amável, amiga Ló. De facto o meu pai está bem, mas a mulher dele não. Uma preocupação esperada e inevitável. É a vida a ditar as suas leis. Eu e São, enviamos-te um abraço de grande amizade ...
Blasfémia? Longe disso, trata-se de uma leitura histórica que é isso mesmo, histórica! É o tempo dos "três efes", que vitimou Amália, Eusébio e até os três pastorinhos... Como diz e bem o Quito, Amália foi, a partir de certa altura, um produto de exportação, uma imagem de marca do regime e aquilo que era genuíno, transformou-se e transfigurou-se numa bandeira fabricada ao sabor e desejo da ditadura. É evidente que também reconheço a excelência da voz de Amália, o seu timbre muito especial e pessoal, inimitável, pode-se dizer, único. Tudo isto antes de se deixar arrastar até à exaustão, terminando a sua carreira numa triste manifestação de declínio dourado. Ela teve culpas disso, mas os seus conselheiros são muito mais culpados e, esses, estavam interessados era na Amália como a tal bandeira do regime.
Fui e sou um grande admirador de Alfredo Mareceneiro. Ontem, eu e a Celeste Maria fomos à Quinta das Lágrimas à Colina Camões, num cenário maravilhoso e com uma grande assistência, assistir ao espectáculo , integrado no 6º Festival das Artes- Um muito obrigado ao Dr José Miguel Júdice-Presidente Da direcção do Festival das Artes e a todas as entidades que vêm apoiando a Cultura em Coimbra. É sem dúvida um grande evento CULTURAL LISBOA ENCONTRA COIMBRA- Por Lisboa cantava Ricardo Ribeiro À guitarra portuguesa-Pedro de Castro Viola- Jaime Santos Viola baixo- Francisco Gaspar Por Coimbra: Lui Alcoforado –Voz Paulo Soares- guitarra portuguesa José Rabaça- guitarra portuguesa Rui Ferreira-Viola de fado ESPECTÁCULO DE GRANDE CATEGORIA!!!!!
Eu estranhei que Dom Rafael se tivesse "esquecido" de indicar o local e a data da inauguração. Não há dúvida que " O Calino " fez história em Coimbra. Reparem na data indicada na publicidade da CMC: Galeria Almedina Dia 31 de julho (4ª-feira) às 17h00
Ou seja, em dia inexistente ... Um telefonema esclareceu-me : Dia 31 de Julho ( 5ª-feira ) às 17h00
Aproveitemos para ver A TRICANA/VIOLA já de cara lavada, liberta das selvajarias que lhe infligiram.
Gostei muito de ler estes comentários, pois Marceneiro ainda o vi como muitos outros através da televisão, sómente. Veio o Quito lembrar-me Menano que vivia na Beira e falar de Marisa que tem uma voz excelente. A sua voz, a sua presença em palco e um marketing muito bem planificado, tornam-na para mim na nossa maior artista a nível internacional neste momento. Com a tradução dos fados que canta em várias línguas, leva bem longe o nosso sentimento nacional que ao estrangeiro não passa despercebido. Enquanto fui escrevendo fui ouvindo o fado lisboeta pela voz de Carminho, para estar envolvido pelo ambiente.
Gostei da iniciativa sobre o Fado, gostei dos vossos comentários, mas acho o cartaz despropositado! Um cartaz sobre o fado, com adjectivos em inglês, tenham paciência!!!... Vá lá que não escreveram: FATE - FABULOUS JOINER
Alfredo Marceneiro será sempre uma referência do fado castiço.
Foi feito por um inglês. Agora tenho que optar o pelo Marceneiro ou pelo futebol. às 18 horas tenho no Forum a apresentaçâo das "estrelas" da Académica para a nova época!! Vou deitar moeda ao ar!
Se estes eventos tivessem inicio à hora marcada...ainda assistia a 45 minutos!!! E 45 minutos é muito tempo!!! Vou deixar o carro no Estádio Universitário e vou marcar presença na Galeria Almedina! Vou ao Forum que começa ás 18H00 ou mais tarde como é habitual. Depois venho para casa. Como a sopita. E vou para o Estádio ver o Académica-Corunha!!! Aprovas?
Mijo ás 16H45 e não bebo mais água até às 19H00 E ainda...tenho que dar uma espreitadela à transmissão em directo entre os sub 19, Alemanha-Portugal para disputa de Campeão da Europa!!! Vai ser complicado!
Alfredo Marceneiro, marcou uma época. Tal como Hermínia Silva ou Fernando Farinha, entre outros. O fado genuíno, que não se "aburguesou" com uma orquestra por detrás. Os tempos do fado bem castiço, acompanhado à guitarra e à viola. Nada me move contra este fado atual, que Carlos do Carmo ou Marisa interpretam. Marisa, será talvez, neste momento, a grande embaixatriz de Portugal no mundo. Grande voz e grande presença em palco. Mas o fado das vielas, é a matriz da canção lisboeta. Marceneiro foi enorme. Merece este destaque. Como Herminia o mereceria, naquele seu jeito despachado,enrolada num xaile, a dizer com o vigor de sua voz: " anda Pacheco, toca aí um fado bem picadinho para sobressair a voz ..."
ResponderEliminarUm abraço, Carlos Viana
Meu caro Quito, duas épocas, duas realidades diferentes. Cada uma com os seus encantos.
EliminarPenso que matar saudade do fado vadio faz parte do nosso fado...
Grande abraço.
É curioso Viana, que admitindo - se Amália como a maior, nunca a entendi como tal. Sobretudo numa fase adiantada da sua vida, em que tinha já tiques de vedeta e uma certa vaidade encapotada. Entre Amália, Marceneiro e Herminia, há um abismo de autenticidade.Marceneiro e Herminia, eram o fado puro, sem qualquer adulteração.
EliminarAmália, enveredou, a espaços, por uma canção de outro matiz, que não representava, a meu ver, a cultura pura do fado lisboeta. Não lhe discuto a voz, nem a interpretação. Mas acho, numa simples convicção muito pessoal, que Amália foi, a partir de certa altura, um produto de exportação, até por outros interesses de que Eusébio também foi vitima.
Marceneiro e Herminia também já partiram. Felizmente que a sua autenticidade nunca foi beliscada e aproveitada por terceiros, como propaganda de interesses. De genuíno, Amália teve pouco. Apenas no inicio da sua carreira de fadista, teve laivos de autenticidade. Mas depois, foi o que se viu. Os filhos genuínos do fado lisboeta, enquanto veículo de cultura de uma nação e de um país, talvez merecessem mais o Panteão Nacional. Hilário e Menano também.Mas o povo, dizem, adorava Amália. Muito povo. Algum desse povo, porém, os chamados fundamentalistas, não saíram das vielas onde sempre ouviram o dedilhar chorado ou ritmado de uma guitarra e de uma viola. Não se deixaram levar, por propagandas fáceis.
Pode ser blasfémia. Mas é a minha opinião.
Blasfemo! Amália foi a maior!!
EliminarFoi deus
Que deu luz aos olhos
Perfumou as rosas
Deu oiro ao sol
E prata ao luar
Foi deus
Que me pôs no peito
Um rosário de penas
Que vou desfiando
E choro a cantar
E pôs as estrelas no céu
E fez o espaço sem fim
Deu o luto as andorinhas
Ai, e deu-me esta voz a mim
Tá bem, Rafaelito. Cantas, mas não me impressionas. Fica lá com a bicicleta e deixa-me cá a campainha ...
EliminarToma lá um abraço ...
Oh Quito, independentemente da análise que fazes da Amália, da Hermínia, do fado etc, etc.(e de eu concordar ou não contigo, por acaso até concordo) o texto, como texto, está muito bem escrito. Bolas, rapaz. tens uma veia deliciosa que muito gostava de saber elogiar com a mesma classe com tu escreves. Não sei, mas aprecio, muito, o que escreves. um abraço amigo
EliminarP.S. Hoje estive com o teu Pai que está um jovem, gostei imenso de estar com ele
Sempre amável, amiga Ló. De facto o meu pai está bem, mas a mulher dele não. Uma preocupação esperada e inevitável. É a vida a ditar as suas leis. Eu e São, enviamos-te um abraço de grande amizade ...
EliminarBlasfémia? Longe disso, trata-se de uma leitura histórica que é isso mesmo, histórica!
EliminarÉ o tempo dos "três efes", que vitimou Amália, Eusébio e até os três pastorinhos...
Como diz e bem o Quito, Amália foi, a partir de certa altura, um produto de exportação, uma imagem de marca do regime e aquilo que era genuíno, transformou-se e transfigurou-se numa bandeira fabricada ao sabor e desejo da ditadura.
É evidente que também reconheço a excelência da voz de Amália, o seu timbre muito especial e pessoal, inimitável, pode-se dizer, único. Tudo isto antes de se deixar arrastar até à exaustão, terminando a sua carreira numa triste manifestação de declínio dourado. Ela teve culpas disso, mas os seus conselheiros são muito mais culpados e, esses, estavam interessados era na Amália como a tal bandeira do regime.
Fui e sou um grande admirador de Alfredo Mareceneiro.
ResponderEliminarOntem, eu e a Celeste Maria fomos à Quinta das Lágrimas à Colina Camões, num cenário maravilhoso e com uma grande assistência, assistir ao espectáculo , integrado no 6º Festival das Artes-
Um muito obrigado ao Dr José Miguel Júdice-Presidente Da direcção do Festival das Artes e a todas as entidades que vêm apoiando a Cultura em Coimbra.
É sem dúvida um grande evento CULTURAL
LISBOA ENCONTRA COIMBRA-
Por Lisboa cantava Ricardo Ribeiro
À guitarra portuguesa-Pedro de Castro
Viola- Jaime Santos
Viola baixo- Francisco Gaspar
Por Coimbra:
Lui Alcoforado –Voz
Paulo Soares- guitarra portuguesa
José Rabaça- guitarra portuguesa
Rui Ferreira-Viola de fado
ESPECTÁCULO DE GRANDE CATEGORIA!!!!!
Eu estranhei que Dom Rafael se tivesse "esquecido" de indicar o local e a data da inauguração.
ResponderEliminarNão há dúvida que " O Calino " fez história em Coimbra. Reparem na data indicada na publicidade da CMC:
Galeria Almedina
Dia 31 de julho (4ª-feira) às 17h00
Ou seja, em dia inexistente ...
Um telefonema esclareceu-me : Dia 31 de Julho ( 5ª-feira ) às 17h00
Aproveitemos para ver A TRICANA/VIOLA já de cara lavada, liberta das selvajarias que lhe infligiram.
Onde digo que "O Calino" fez história em Coimbra, quis dizer que fez escola.
EliminarPorque história continuará a fazê-la, para o bem e para o mal...
...e o monumento à GUITARRA!
ResponderEliminarGostei muito de ler estes comentários, pois Marceneiro ainda o vi como muitos outros através da televisão, sómente.
ResponderEliminarVeio o Quito lembrar-me Menano que vivia na Beira e falar de Marisa que tem uma voz excelente. A sua voz, a sua presença em palco e um marketing muito bem planificado, tornam-na para mim na nossa maior artista a nível internacional neste momento. Com a tradução dos fados que canta em várias línguas, leva bem longe o nosso sentimento nacional que ao estrangeiro não passa despercebido.
Enquanto fui escrevendo fui ouvindo o fado lisboeta pela voz de Carminho, para estar envolvido pelo ambiente.
Gostei da iniciativa sobre o Fado, gostei dos vossos comentários, mas acho o cartaz despropositado!
ResponderEliminarUm cartaz sobre o fado, com adjectivos em inglês, tenham paciência!!!...
Vá lá que não escreveram:
FATE - FABULOUS JOINER
Alfredo Marceneiro será sempre uma referência do fado castiço.
Também reparei no "the fabulous" mas este cartaz tinha tantos "buracos"...
EliminarFoi feito por um inglês.
ResponderEliminarAgora tenho que optar o pelo Marceneiro ou pelo futebol.
às 18 horas tenho no Forum a apresentaçâo das "estrelas" da Académica para a nova época!!
Vou deitar moeda ao ar!
Deixa a moeda no bolso. Se não fores ao Forum nunca mais podes ouvir falar no Marceneiro...
EliminarSe estes eventos tivessem inicio à hora marcada...ainda assistia a 45 minutos!!!
ResponderEliminarE 45 minutos é muito tempo!!!
Vou deixar o carro no Estádio Universitário e vou marcar presença na Galeria Almedina!
Vou ao Forum que começa ás 18H00 ou mais tarde como é habitual.
Depois venho para casa.
Como a sopita.
E vou para o Estádio ver o Académica-Corunha!!!
Aprovas?
Nem tempo tens para mijar!...
EliminarMijo ás 16H45 e não bebo mais água até às 19H00
ResponderEliminarE ainda...tenho que dar uma espreitadela à transmissão em directo entre os sub 19, Alemanha-Portugal para disputa de Campeão da Europa!!!
Vai ser complicado!
Vê lá se ao menos vais dormir a casa, antes que a patroa te calce os patins ...
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