António Joaquim Ferreira “Catitinha”, filho de Joaquim Ferreira e de Maria da Conceição Galvão, nasceu na freguesia de S. Tiago do concelho de Torres Novas, no dia 23 de Outubro de 1880.
Homem humilde e extraordinariamente bom, foi durante muitos anos uma figura típica de Avanca. Com os seus cabelos e barbas brancos de neve, surgia sempre onde estivessem crianças, principalmente no verão nas praias, vigilante e solícito. Era como um anjo da guarda entre os pequenitos.
Amigo do Professor Doutor Egas Moniz, conhecido e respeitado, o “Catitinha” era adorado por todos, sempre defendendo e protegendo as crianças.
Um drama na sua vida – uma filha morta em tenra idade, fez com que ele transferisse para todas as crianças o carinho e amor que dedicava à sua filha.
Já algo debilitado, acolheu-se então à protecção de uma família de Avanca, a família de António Moutinho. Tratado com todo o carinho, viveu mais um ano, desfiando as contas das suas infindáveis recordações que o prendiam a uma época de outrora.
Culto e inteligente, a sua memória era prodigiosa, falava do seu tempo de juventude como se as lonjuras da felicidade estivessem ainda ao alcance de um renovo.
Faleceu em Avanca, onde está sepultado, a 9 de Abril de 1969 e com ele desapareceram para sempre a sua ternura e bondade.
in blog AVANCA
Este texto vem a propósito de ter sido recordado, num comentário aqui no blog, o nome de “Catitinha” e de muitos de nós ainda se lembrarem desta figura.
Lavro aqui o meu protesto (vou buscar o arado e já o puxo)!
ResponderEliminarLamentavelmente, disseram-me isto só depois de eu cortar a minha espécie de barba...
Lembro-me bem dele quando as vezes viajava pendurado nos eléctricos ou trolleys com um pequeno bastão branco na mão. Os adultos olhavam para ele com comiseração mas as crianças sentiam por ele uma afável e irresistivel atracção.
ResponderEliminarEscrevi sobre ele uma vez um texto que publiquei no blog.
Lembro-me do seu falecimento, ter sido noticiado nos jornais. Era um cidadão respeitado, embora muitos o olhassem com compaixão. Mas era uma figura querida na cidade. Transpirava bondade e as crianças gostavam dele ...
ResponderEliminarDepois de eu cortar a barba, obrigadinho pela informação.... amigos!
ResponderEliminarCatitinha Moura,deixa-a crescer...amigo!
EliminarImpossível, Olindita. A Luisa já nem olhava para mim...
EliminarMuito interessante, como eu, passados tantos anos, soube da vivência desta minha referência de infância!
ResponderEliminarAumentou a minha grande consideração pelo meu "Catitinha"!
Cá está! Ó Rafaelito, devias ter publicado isto antes de eu ter cortado a barba, carais!...
EliminarE tu a dar-lhe com a barba!!!... Ó pá deixa-a crescer! Tens algo que por mais que faças já não cresce, mas a barba não!...
EliminarVem cá a casa convencer a Luisa... se és homem...
EliminarTambém conheci o Catitinha. Era incomparável. Um homem bom como não há muitos e a alegria das crianças. Acho que foi na praia da Ericeira que o vi mas vezes.
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