Centro Norton de Matos
na luta por todos os títulos
Bilharistas de Coimbra coleccionam êxitos
individuais e colectivos nas competições nacionais de carambola
Da esquerda para a direita: Mário Rui -António Machado - João Rafael - Carlos Oliveira - Miguel Rocha - Jorge Sales - Paulo Andrade |
_ Com três torneios individuais
já conquistados e a vice-liderança
na classificação de equipas, os
jogadores do Centro Norton de
Matos (CNM) já têm, ainda com
a época a meio, a certeza de que
vão conseguir várias subidas de
divisão e marcar presença na
fase decisiva dos campeonatos
nacionais.
Colectivamente, o CNM disputou
quinta-feira a última jornada
do Campeonato Nacional
da 2.ª Divisão (zona norte), onde
ocupa o 2.º lugar da pauta classificativa,
posição que, a manter-se
no final da prova, dará acesso à
subida ao escalão principal da
modalidade.
Na outra competição por equipas,
a Taça de Portugal, o CNM
apurou-se para os oitavos-de-
-final que se disputam amanhã e
em que vai receber uma formação
da 1.ª Divisão: A Portuguesa
de Leça. Não se adivinha tarefa
fácil para os conimbricenses mas
a presença nos quartos-de-final é perfeitamente possível.
Individualmente, a época dos
atletas do Norton de Matos tem
sido um somatório de sucessos.
Na 3.ª Divisão, dos quatro torneios
abertos que integram o
calendário federativo, dois foram
conquistados por atletas do
CNM. Jorge Sales triunfou no 2.º e
Miguel Rocha conquistou o último.
Agora só falta disputar o
Campeonato Nacional, prova
disputada somente pelos oito
melhores classificados do “ranking”
regional (Norte e Sul). Jorge
Sales e Miguel Rocha já garantiram,
respectivamente, os 2.º e 3.º
postos do “ranking”, pelo que vão
discutir a meia-final do Norte,
sendo a final disputada pelos
quatro apurados em cada uma
das zonas.
Na 2.ª Divisão, também Mário
Rui segue no 2.º lugar do “ranking”
da zona norte e, embora
ainda falte concluir um torneio, já
tem a presença garantida na
meia-final do Campeonato Nacional.
João Rafael, que esteve na
final do 1.º torneio, manteve em
aberto até ao passado sábado, a
hipótese de atingir uma posição
nos oito melhores do “ranking”, o
que não viria a conseguir.
Também na 1.ª Divisão, a viceliderança
do “ranking” (neste
caso nacional e não regional) é
ocupada por um conimbricense.
Paulo Andrade ascendeu ao 2.º
lugar após o triunfo obtido já este
mês no 3.º torneio aberto da época.
Mesmo faltando um torneio, a
diferença pontual para o oitavo
classificado, praticamente garante
a presença de Paulo Andrade
na discussão do Campeonato
Nacional. Caso se confirme, o
atleta do CNM poderá lutar pela
obtenção do seu segundo título de
campeão nacional.
Três vitórias em torneios nacionais,
a vice-liderança individual
nos três “rankings” nacionais,
a subida de divisão (praticamente
garantida) de cinco atletas
e a respectiva presença nas
meias-finais dos campeonatos,
além da boa posição para conquistar
a subida de divisão por
equipas, colocam o Centro Norton
de Matos entre as principais
referências da presente época do
bilhar carambola em Portugal. l
_ Duas particularidades (ou até
adversidades) dão especial ênfase
às conquistas do Centro Norton
de Matos nas competições
nacionais de carambola: o número
de atletas e o facto de jogarem
(quase sempre) fora de
Coimbra.
Num universo de cerca de 300
praticantes de carambola inscritos
na Federação Portuguesa de
Bilhar, somente 12 defendem as
cores do CNM: um na 1.ª Divisão,
quatro na 2.ª, cinco na 3.ª e
dois que só estão inscritos na
competição por equipas.
Fazendo as contas, os dez atletas
que competem individualmente
representam 4% do total
de inscritos. Mas isso não foi
óbice para que triunfassem em
três dos dez torneios realizados,
o que equivale a 30% do total de
vitórias possível.
Outra das dificuldades sentidas
é a obrigatoriedade de se
deslocarem, sempre que competem
individualmente. Porto,
Leça, Matosinhos ou Famalicão
são os locais onde se disputam
as provas. Somente na
prova de equipas é que metade
dos seus jogos são realizados
em Coimbra.
Se, a nível meramente competitivo,
ter que jogar sempre
em mesas diferentes daquelas
onde se treina é uma desvantagem
– apesar de não ser
exclusiva dos jogadores de
Coimbra – já as viagens (e os
seus custos) são, incomparavelmente,
penalizadoras para
os conimbricenses.
Como cada torneio é dividido
em duas fases – a de apuramento
e a final – e somente por uma
vez é que nenhum conimbricense
marcou presença na final,
esta época o CNM já teve que
suportar com 22 deslocações (19
nas provas individuais e 3 por
equipas). Despesas consideráveis
que são menorizadas através
de alguns apoios, entre os
quais se destacam os da empresa
figueirense Centro Litoral O.P
e da Farmácia Silva Soares.
_ Se há modalidades desportivas
onde a idade não é “handicap”,
uma delas é seguramente
o bilhar. Nas variantes
denominadas pelos bilharistas
por “buracos” – o pool e o
snooker, onde o objectivo
passa por embolsar as bolas –
a prática estende-se ao longo
de décadas, mas não é comum
a presença de jogadores sexagenários
na discussão dos
lugares cimeiros dos
“rankings” nacionais.
Já na carambola, a longevidade
é mais acentuada. Esta
época, um dos torneios da
3.ª Divisão sul foi conquistado
por um octogenário, José
Lagoas, que completa este
mês 83 anos. Mas não é caso
único. Mesmo na 1.ª Divisão,
dois dos atletas do “top
ten” actual, estão à beira do
septuagésimo aniversário:
Mário Aranha (68)
e Fernando Tomás (69).
Exemplo flagrante desta
reunião de gerações é a
equipa do Centro Norton
de Matos. Dos 13 anos de
Manuel Silva aos 75 de Malo
Rodrigues, todas as décadas
que ficam de premeio estão
representadas.
Encontro de gerações na formação da equipa
Nome Idade
Manuel Silva 13
Gonçalo Rodrigues 25
Carlos Oliveira 39
Miguel Rocha 43
João Rafael 46
Jorge Silva 48
Jorge Sales 54
Paulo Andrade 57
António Machado 60
Mário Rui 64
Vaz Vieira 68
Malo Rodrigues 75
No bom
Carlos Oliveira - Mário Rui - João Rafael - Paulo Andrade - Machado - Miguel Rocha - Jorge Sales |
caminho
para subir
à 1.ª divisão
_ Com cinco vitórias, um
empate e uma derrota, a
equipa do CNM está a um
ponto da líder (Bilhar Clube
do Porto, a segunda equipa
do FCP) no termo da 1.ª volta
do Campeonato Nacional da
2.ª Divisão. Os três pontos de
vantagem sobre o 3.º classificado,
que perdeu em Coimbra
pelo resultado máximo
(4-0), dão confortável margem
de manobra à formação
conimbricense para assegurar
um dos dois primeiros
lugares, os que dão direito à
subida de divisão. l
Muito dinheirinho ganhei a jogar a "Pool"!
ResponderEliminarHavia alguns grupos, que nem me deixavam jogar com eles! Mas também muitas horinhas de estudo me tirou o bilhar!...
A "Pool" era uma jogo de principiantes, Senhor De Moreirinhas.
EliminarAinda o gostava de ver a jogar "ás três tabelas" num bilhar que até tem quatro tabelas e ... compridas como o carago!
A todo o grupo de bilharistas, o meu desejo de exitos. E uma ponta sorte que também faz parte dos campeões ....
ResponderEliminarÓ Alfredo, agora é tempo de deixares de jogares por dinheiro e sim como amador.., junta-te aos atletas do Centro!!!
ResponderEliminarE quando vierem a Famalicão avisem-me visto não precisar de patrocínio para lá ir!!.., OK?
Um abraço para todos os atletas.
Azenha
Grande equipa!
ResponderEliminarUma equipa de "bons malandros".
Mas, querem a minha opinião? Deixem-se ficar na II divisão.
Por motivos...
Desde que seja com a prata a casa....e até são muito bons não há problema, digo eu!
ResponderEliminarE na prata da casa têm um campeão Paulo Andrade!