terça-feira, 1 de maio de 2012

1º DE MAIO - 1974

Enviado por Carlos Viana

17 comentários:

  1. Boa malha Carlos Viana. Também se podia intitular do SÓTÃO do Carlos Viana"!
    Bom feriado!

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  2. Ainda hoje me sinto feliz com aquele delírio.
    Abstenho-me de opinar sobre o "oceano" que o quebrou e que,durante décadas,nos conduziu a este estado zombi...
    Que venha outro delírio,enquanto eu for vivo.
    Bom 1º de Maio.

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    1. Outro delírio virá, estou certo.
      Não te posso prometer é que tu o vejas nem eu.
      Não sei se tens netos, caso curioso, nunca falamos sobre isso.
      Eu tenho, julgo que sabes.
      Se não forem os netos que sejam os bisnetos a verem e a viverem o delírio.
      Lá do alto, bateremos palmas. Já não é mau!

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  3. A alegria que vivi não tem dimensão...também ainda a sinto como o Rui.
    Gosto do que diz Miguel Torga.
    E compreendo bem o modo como defines o que sentes,hoje!
    VIVA o 1º de MAIO!

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  4. Uma frase que tem pernas para andar.
    Bom Dia.
    Tonito.

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  5. Este é o Torga pessimista ou o Torga realista?
    PM

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    1. É o Adolfo Rocha...
      E mais não digo porque sabes mais do que o que perguntas!
      Abraço.

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  6. Vivi essa emoçao bem longe de todos os cortejos!Foi uma sensaçao diferente com muita saudade à mistura.
    Este texto é realmente excecional!

    Em Março, andei pelo Norte de Portugal e quiz visitar as casas de FERNAO DE MAGALHAES e MIGUEL TORGA (distantes uma da outra deapenas algumas dezenas de quilometros). Comecei pela casa do célebre navegador.Estava fechada e entregue a duas senhoras, que "so a abriam de vez em quando e quando lhe apeteciam", segundo me disseram. A minha deceçao foi enorme e conduziu-me a mudar de ideia.Foi pena!

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  7. Fui á Manif.
    Estive na Praça 8 de Maio.
    Onde anda o povo trabalhador e não só???
    Como é possível que no Pingo Doce do Calhabé tivesse uma fila interminável desse povo???!!!Vi quando regressava da baixa a pé...
    Não há pachorra para tanta passividade e conformidade...Dói demasiado!

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    1. Linda Olinda,
      O "povo trabalhador e não só" não era tão pouco quanto o se pode deduzir pelo que dizes. Se eu não te vi e tu não me viste..., não éramos tão poucos quanto isso.
      Mas compreendo a tua revolta. Eu também passei pelo Pingo Doce na baixa (tinha o carro estacionado no Terreiro da Erva e bem podia ter-te dado uma boleia...) e comecei por julgar que tinha havido grosso acidente. Polícia e tudo...
      Cheguei a casa, liguei a TV, na esperança de ouvir notícias do 1ºde maio em Lisboa. Qual quê!? Larga reportagem sobre o Pingo Doce, com entrevistas ao povo e tudo!
      Desliguei aquela coisa e só voltei a ligar para ouvir o telejornal das 20 horas. Abertura em força do telejornal: Pingo Doce!
      A seguir, as eleições em França, mais uma casa que ardeu não sei onde, uma notícia sobre futebol, e depois... 1º de Maio. Primeiro a manif da UGT e depois a da CGTP. Curtinhas, ambas...
      Tudo isto na TV1, ou seja, na TV pública, paga e bem paga por todos nós.

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  8. Nenhuma transformação no mundo se fez sem o pensamento.
    Nenhuma revolução foi feita sem a acção.

    O pensamento que não lidera e conduz à acção é simples filosofia.
    A acção sem pensamento é simples explosão da energia da turbamulta.

    Curiosamente, os pensadores são normalmente reservados, introvertidos, enquanto os activistas são impulsivos, imediatistas.

    Nem sempre os primeiros compreendem os segundos, nem estes muitas vezes aceitam serem enquadrados pelos primeiros.

    Na associação e no equlibrio do pensamento e da acção está o segredo do êxito da mudança.

    Miguel Torga foi um pensador…

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  9. Sim, Carlos, estamos a ficar um pouco pensadores como Torga!
    Confiemos que os direitos dos trabalhadores não se finem.
    Será que ingloriamente acreditamos?

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  10. Eu sabia que corria o risco, ao fazer esta postagem, de falarmos mais de Torga do que do 1º e Maio.
    Foi o chamado risco calculado, do qual não me arrependo. Como primeiro resultado, temos comentários inteligentes, reflexões de grande profundidade de pensamento e interrogações pertinentes.
    Eu próprio preciso de reflectir e de me interrogar, por isso deixem-me fazê-lo em voz alta:
    Tenho por Miguel Torga aquilo que se pode chamar uma paixão incontrolável. Relei-o compulsivamente. Não sei se mais admiro nele o escritor, o poeta, o pensador ou o filósofo. É, para mim, um "monstro sagrado" da nossa literatura. Um vulto incontornável da literatura mundial.
    No entanto, de Adolfo Rocha tenho opinião mais reservada.
    E há, em momentos cruciais da sua vida, sobreposição do homem ao artista.
    E o homem, esse, nada tinha a ver com o artista, escritor e poeta, pensador e filósofo.
    Repare-se no seu registo, poucos dias depois do 1ºde Maio :

    " Coimbra, 6 de Maio de 1974
    Continua a revolução e todos se apressam a assinar o ponto.
    - O senhor não diz nada? - interpelou-me há pouco, despudoradamente, um dos novos prosélitos.
    E fiquei sem fala diante da irresponsabilidade de semelhante pergunta. Foi como se me tivessem feito engolir cinquenta anos de protesto."

    Um homem que se endeusa perde toda a legitimidade revolucionária...
    Torga, ou melhor, Adolfo Rocha, entendeu que já tinha feito a sua obrigação, que se ficava por ali, pelo limbo social e político, que não tinha a obrigação de colocar à disposição do povo a sua capacidade interventiva.

    Mas a História faz justiça. Adolfo Rocha morreu. Miguel Torga é imortal porque onde está um poeta, a morte não entra...
    E a prova estaria aqui, se fosse necessária.

    Para todos um abraço.

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  11. Carlos Viana.Uma postagem que valeu bem a pena!!!
    Os comentários são prova disso!
    Um abraço!

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  12. Vi- te sim e ao Abilio e muitas mais pessoas conhecidas e menos conhecidas...
    Mesmo assim gostaria de ver muitos mais que "congeminam" ataques legítimos ao status quo mas não se "mexem" para unir esforços no sentido do protesto e de festejar um dia também de festa dos trabalhadores...
    Sempre amigos,Carlos!

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  13. Esta resposta devia ter sido dada lá em cima mas escapou-me o espaço...

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