terça-feira, 12 de agosto de 2014

Metropolis


O Metropolis é uma das salas de espectáculo mais antigas de Montreal, tendo o edifício sido construído nos finais dos anos oitenta do século XIX e renovado nos anos trinta do século passado. Tendo acima de dois mil e trezentos lugares, foi ainda há bem pouco tempo a sala com o maior número de bilhetes vendidos à dimensão mundial num só ano.
A sua fachada principal é dentro do clássico para uma sala de espectáculos. É nas restantes paredes exteriores que o envolvem, que há a maior concentração de grafitismos sobre fundos escuros que lhes dá uma expressividade fora do habitual, como se pode ver nas fotos abaixo.



Saída de emergência.



Parece um vitral

8 comentários:

  1. Li todas as informações sobre esta sala de espetáculos, Chico. Gostei particularmente da última foto.
    Abraço

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  2. Quito

    A sala de espectáculos foi uma introdução para que se tenha uma ideia aonde estão estes murais.
    Apresentar murais com fundo preto ou branco, assim como nos filmes ou séries televisivas, é sempre um risco. Há pessoas que não gostam de um ou do outro tipo de fundo, o que para esses pode representar um verdadeiro problema. Mesmo sem notarem o porquê, o produto que têm à frente deixa de ter interesse. Além desta base, também conta o escalão etário.
    Talvez seja por ser o que apresenta menos fundo escuro que estou com a tua opinião. Foi o que mais gostei.
    Abraço

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  3. Eu sou mais terra a terra.
    O importante foi o aproveitamento que foi feito em paredes sem nada para se ver.
    É bom obrigar as pessoas a observar o que as rodeia.
    Tonito.

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  4. Vais refinando na qualidade do que nos apresentas!
    Gostei de todas, mas também dou nota alta à ultima.
    Muito bom!

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    Respostas
    1. Rafael
      São um conjunto de paredes com murais diferentes mas muito engraçados. O último tem as côres muito bem delineadas, muito expressivas e nítidamente dentro do grafito. Fez parte do festival do ano passado. Para mim, é um excelente trabalho que até parece um vitral.

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  5. De grafites falando, sem duvida que o último, o tal que parece um vitral, me parece o mais artístico e o melhor conseguido para o tipo de espaço. Mas pode-se dizer que qualquer um deles é bom ou muito bom.
    No entanto, o que mais me parece de realçar é traduzido pelo que o Tonito diz: é bom obrigar as pessoas a observar o que as rodeia.
    Não há dúvida que, nesta matéria, Montreal "dá cartas".
    Grafitismos à parte, impressionou-me a informação que o Chico Torreira nos transmite: Tendo acima de dois mil e trezentos lugares, foi ainda há bem pouco tempo a sala com o maior número de bilhetes vendidos à dimensão mundial num só ano.
    Impressionante mesmo!

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  6. Carlos Viana
    O último grafito, é uma maravilha mas temos que ver que estamos num dado escalão etário e vimos de uma época em que seguíamos muito os ideais de nossos pais e além deles, o que nos mostravam e que era tudo muito dentro do convencional. Os adultos de hoje vêm de uma revolução começada à quarenta para cinquenta anos por estes lados com a democratização da cultura, em que apareceram as bolsas de estudo baseadas num acordo do governo com a banca. Assim, muitos jovens desse tempo deixaram as suas terras e foram estudar aonde nessa altura começaram a construír secundários, colégios e universidades. Por isso cedo deixaram de acompanhar a cultura paterna para seram independentes e hoje, nota-se que estão virados para certos tipos de murais que nem todos aceitam. Se bem que já tenha exprimido a minha opinião, os outros trabalhos são muito apreciados por estes lados.
    A frase do Tonito é a expressão do artístico das suas fotos. Cada foto do Tonito, tem a sua mensagem.
    Quanto ao Metropolis, habitualmente anda sempre na tona das salas com mais bilhetes vendidos num só ano neste pequenino planeta. O que o vai fazer sobressaír na sua história daqui a uns anos, foi a ainda há bem pouco tempo a tentativa de assassinato daquela que foi a primeira mulher, primeira ministra do Quebec. Saíu ilesa mas um perdeu a vida e outro ficou marcado para sempre. Isto só daqui a uns anos começará a fazer parte da história deste baluarte da cultura. Agora não seria politicamente correcto.

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