terça-feira, 16 de novembro de 2010

O Homem só serve para amostra.

O Homem está condenado no futuro a não ser mais do que uma amostra.

Nos últimos cinquenta anos a vida social mudou imenso derivado a vários fatores. O principal foi a independência da mulher, os empregos passaram a serem melhor pagos e portanto muitas pessoas começaram a viver de acordo com a sua forma de ser, sentir e pensar individualmente, do que tentarem uma vida em comum. Começaram as primeiras separações em "massa" que levaram as pessoas a afastarem-se do sistema judiciário, porque lhes dava todos os direitos mas no fim ainda os revoltava mais uns contra os outros, além de os deixar depauperados económicamente. Posteriormente passaram a juntarem-se evitando problemas futuros, a tal ponto que hoje quase já não há divorciados. Há os que são solteiros há tantos dias, semanas, meses ou anos e assim irá ser por todo o mundo. Com o tempo, os filhos destes grupos, habituados a viverem em part-time com os pais enquanto menores e posteriormente ganhando o suficiente para levarem outro modo de vida, começaram a se encontrar de forma regular com quem pensam ser a pessoa ideal mas a viverem em habitações independentes. Assim, tinha-se chegado a um modo de vida aceitável aonde as crianças conheciam bem os pais, só tendo que fazer o vai e vem de acordo com as disponibilidades de cada um. Isto trazia ainda um grande problema pois nem todos os homens acabam por ser o homem ideal e o filho conhecer um pai com todos os seus defeitos, pode ser emocionalmente chocante para a criança, segundo a forma de ver de certas mães. Neste momento, a grande moda que vem resolver todos estes problemas é a utilização da amostra. A mulher compra a amostra, nem tem que a levar para casa porque é logo aplicada, está incluída no preço o que é muito prático e é mãe sem depender de ninguém. Vai ser a felicidade terrena.
Francamente, estou mesmo a ver a expetativa da minha alma a pairar sobre o mundo daqui a uns sessenta anos, quando a sempre compreensiva "Associação Feminina para a igualdade dos sexos" começar a defender que o homem também tem direito a outro tipo de "amostra"; o "Sindicato da condição ecológica do homem", vier à rua defender os seus direitos e determinar uma greve às amostras. Penso que nessa altura, vou pairar para Marte.

20 comentários:

  1. É um dos tais assuntos com que o politicamente correcto aconselha a concordar.
    Cada vez mais me revolto com a moda do politicamente correcto que quase nos obriga a concordar com aquilo de que discordamos.
    Neste caso, o que eu entendo é que se está a separar a simples procriação, do prazer sexual que lhe está subjacente.
    E, para mim, são duas coisas indissociavelmente ligadas, embora um não implique obrigatóriamente a outra.

    Portanto, alinho na greve às amostras. Juntarei a minha alma à do Chico daqui a sessenta anos...

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  2. Bom texto para reflexão. A desumanização de tudo.Será que uma mulher não sente o prazer em se sentir feminina? Será que uma mulher não gosta de se sentir cortejada por um homem ? Será que uma mulher se sente diminuída pelo facto de procriar por amor? O que é nesta sociedade materialista é o politicamente correcto? Usar jeans, beber cerveja e cuspir caroços de azeitona? Poderá ser para quem se apelida de uma vanguarda que não contempla os sentimentos.O ser humano apenas como um inestético cubo de betão. Mas milhões sentirão, por certo, o orgulho da sua condição feminina. E nem sequer precisam de cuspir caroços de azeitona para ocupar os lugares mais altos das hierarquias dos países. Com classe, o seu toque feminino, a argúcia e a diplomacia que muitos governantes homens não têm...

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  3. Rui Felício,

    Quanto à greve, com toda a alma lhes darei o meu apoio moral.
    Quando chegar o tempo, lá teremos que ir ter com Rafael para ver de uma caminhêta cómoda e pouco poluente.

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  4. Quito,

    É verdade.
    Só que as mulheres de forma muito inteligente, sempre governaram. Têm sido sempre elas, "os" maiores conselheiros dos maridos. O homem, é que tem vivido sempre convencido...

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  5. Caro amigo Quito!
    Cada um fala por si !!!???...ehehhe!
    Abr

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  6. Desde que me conheço,correcta ou incorrectamente,a sociedade sempre foi matriarca.Dir-me-ão que as mulheres estavam em casa,tratavam do homem e dos filhos,não ganhavam dinheiro,estavam sempre dependentes,etc.
    A verdade é que sempre foram o elo mais forte.
    Acompanho a visão do Chico:as transformações sociais,grandes e revolucionárias,aconteceram quando a mulher chegou ao mercado de trabalho.
    Este tema é riquíssimo e obrigaria a um grande e sério debate.
    Não se pode,porque não é verdade,afirmar que a libertação e independência da mulher provocaram o descalabro das relações homem/mulher.
    Normalmente,invocam-se as questões mínimas:trabalhos domésticos.
    O desenvolvimento tem alguns custos:quem sabe,ou tem tempo,cuidar dos filhos?Quem sabe,ou está disposto,preparar uma salada?
    Mas todos sabem o número da telepizza,ou das refeições ao domicílio...
    As crianças,em muitos casos,não conhecem pai e mãe.Por falta de tempo,de todos,chegam a não se encontrar.
    Amor? Que é isso??!! Não há tempo para tal!!!
    É um tema demasiado sério para mandar umas bocas.
    Um abraço a todos.

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  7. Leitão,

    Bem aparecido por estes lados. Afinal, além de querer receber também faz comentários.
    Um abraço.

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  8. Rui Lucas,

    A sociedade por estes lados é altamente matriarcal. Tem um passado natural histórico que se estende no presente através das leis e meios oficiais de tratamento. A tal ponto, que já tem acontecido os homens beneficiarem das leis ou negociações levadas em prol das mulheres. Na vida do dia a dia, a igualdade entre homem e mulher está altamente avançada. A mulher faz trabalho considerados para homens e vice-versa. Em muitos casos nem as tentar ajudar pois seria descriminar quem é capaz de desempenhar as suas funções. O imigrante é que tem mais dificuldade a adaptar-se. Neste campo, parecendo que não, houve também ganhos dos dois lados pois a sociedade que se desiquilibra, acaba por ter tendência a reequelibrar-se, só que ficou um grande problema referido no comentário: o das crianças.
    Como dizia há três dias o primeiro ministro do Quebec esquecendo-se excepcionalmente da procura do voto: "O governo tem feito tudo o que pode, agora é aos pais de tomarem as suas reponsabilidades e verem o que querem que os seus filhos venham a ser". Tarde mas é já uma esperança.

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  9. ....concordando com o Rui Lucas, de um modo geral, apenas quero salientar que o momento para o Amor tem que ser criado,permanentemente,pelo homem e pela mulher...eu sei
    que os horários de trabalho são pesados,etc,etc,
    mas as suas capacidades de imaginação e de inter-ajuda,em casa, tem de ser uma constante!
    As diferenças existem mas complememtam-se.

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  10. Porque será que um homen para se sentir realisado tem que têr uma MULHER.
    Um sem o outro não vivem, vegetam?.
    Sem polémica, o que acham deste assunto?
    Por mim acho que se completam, mas é a minha opinião.
    Tonito.

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  11. Igualdade de sexos?
    Não, a cada sexo as suas características!
    Custa-me aceitar, ou melhor,compreender, como se prefere querer um filho só recebendo a "amostra" ou comprar um filho só dando a "amostra".
    A Simone de Oliveira cantou o poema de Ary dos Santos "Quem faz um filho, fá-lo por gosto..."!
    Assim penso.
    Deixo aqui uma breve opinião, pois o tema tem pano para mangas...

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  12. Olinda,

    Sem dúvidas, isso aqui já é uma constante. Tudo referente a casa começa com a mentalização desde criança. Quando se unem ou se casam, é à vida. Os homens sabem cozinhar, limpar a casa, lavar a roupa e até fazer amor com o(a) conjugue, além de tomarem conta dos miúdos e levá-los à escola. Passar a ferrro, não se usa para os dois lados. Quando é preciso vão à limpesa a seco uma vez por outra. Além de ser tudo executado a meias, quando têm de pagar, também é a meias. O mal vem, quando o amôr permanente se esgota sem que estejam à espera. A partir daí já não têm mais disposição para amar, como se diz. Então perdem a disposição para tudo com aquele(a) homem/mulher. A partir daí, guardam um tempo mais ou menos longo, até que estejam aptos(as) a voltarem a amar. Pobres crianças.

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  13. Tonito,

    Eles aqui também pensam assim e por isso não casam. Vão-se completando consoante as necessidades e ocasiões.
    A minha forma de pensar é que se deviam completar mas nos dias que correm, os problemas são muito mais profundos. Muitos são descendentes de famílias recompostas várias vezes e têm medo do que venha a acontecer. Assim, mesmo que tenham mentalidade para se completarem, tratam de fazer um autêntico contrato verbal ou escrito, aonde fica tudo defenido para ficar tudo assegurado de comum acordo, caso um dia mais tarde aconteça o que todos menos desejam.
    Em certos casos, até são os que passaram mais em crianças com mudanças constantes de família, que tentam tudo fazer para manter o equilibrio familiar por causa dos filhos.
    Hoje, já acontece o contrário do nosso tempo: há mulheres diretoras de grandes empresas, cujo o mario é que está em casa. As necessidades, as obrigações e as ambiçõpes, são outras. O mundo que nós vemos e onde ainda vivemos, já não é o nosso, principalmente por estes lados.

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  14. O amor pode parar...mas há sempre capacidade de voltar a amar outra pessoa...ou se a idade avançada ou outro motivo "faz" parar o amor/ sexualidade o Amor/companheirismo é algo de muito Belo!
    Não será assim,Chico?

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  15. Celeste Maria,
    Aí já não é igualdade de sexos mas sim comodidade e independência, a que costumo chamar egoísmo. Nada é gratuito. A amostra é bem paga ao produtor e comprada ao laboratório com serviço assegurado, a preços inadmissíveis. Conheço um pai que é doido com o neto mas tem passado noites sem dormir, pois não compreende a decisão da filha. O problema, é se há um engano com a amostra.
    Do que veio falar: a "Desfolhada". Até parece que estou a ouvir cantar a Simone de Oliveira.
    Quanto à opinião, custa-nos a aceitar mas este mundo, já não é o nosso.

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  16. Olinda,

    É - V E R D A D E.

    Nota: tive que pôr o traço pois com letra grande juntava-me todas as letras.

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  17. Com todas as mudanças,meu caro Chico,o mundo tem que continuar a ser nosso.
    Somos nós,com a nossa acção ou a nossa preguiça,que o vamos transformando e fazendo evoluir.
    Por vezes,a amostra não sai lá muito boa...
    Mas temos que continuar a trabalhar,no sentido de o mundo continuar a ser o nosso mundo.
    O amor,em qualquer das modalidades,continua a ser a chave de uma boa evolução.
    Nunca me senti mal numa sociedade matriarcal e nunca distingui o valor homem/mulher.
    Somos seres criados para nos completarmos.
    E,repara,estamos só a falar do mais fácil:homem/mulher.
    Ainda não abordámos,nem ao de leve,o homem/homem ou o mulher/mulher.
    Imagino que terá questões complicadas.
    Como dizia,é um tema demasiado sério mesmo visto de uma forma sóbria e contida,do lado homem/mulher.
    Estou a abusar do espaço...

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  18. Em primeiro lugar quero felicitar o Chico pelo tema introduzido!
    Depois felicitar a maneira séria como todos estão a tratar o tema nos seus comentários!
    Todos temos a noção das profundas alterações que têm ocorrido no mundo neste tipo de relacionamento humano!
    Eu tento adaptar-me ao que vejo á minha volta nos tempos de hoje!
    Não é fácil compreender como se passou de um modo de vida, não como era do meu tempo, realmente mais ou menos tudo certinho, mas principalmente de alguns anos a esta parte!
    É certo que muitas dessas transformações se deram e bem ao facto de a mulher ter lutado e conseguido uma grande apróximação na igualdade com os homens!
    Mas já em muitos casos as posições se inverteram!
    Mas uma grande parte da responsabilidade de tamanhas alterações deve ser imputada a um desmedido avanço Ciência que em muitos casos, em paralelo com extrordinários avanços na cura de doenças, também está a por em causa, para o bem ou para o mal, todo o conceito ancestral da procriação!
    Hoje neste campo já tudo é possivel e as chamadas conquistas da ciência que já conhecemos deixam antever que provavelmente, digo eu, que num futuro próximo nem sequer os chamados tempos gestação normais para o nascimento de uma criança sejam os mesmos e que passem de meses a semanas!
    A Ciência como já ouvi dizer não tem limites!
    Vou lendo, vou vendo mas muita coisa já não vou ter tempo de ver!
    Tenho pena!Ou talvez não!

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  19. Rafael,

    Tem razão. Não há nada como irmos acompanhando a evolução da vida. Por certas coisas é de termos pena mas por outras, não. Vamos esperando pelo que ainda temos para ver.

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  20. Rui Lucas

    Vi o comentário do Rafael e pensei que fôsse o último. Ao dizer que este já não é o nosso mundo, não estou desnimado mas a mentalidade é que já não é a do nosso tempo. No entanto, há muito de bom.
    Quanto à sociedade matriarcal até gosto. Deixar as mulheres governar, é tão bom... O problema está em certas leis ou mesmo situações especiais criadas oficialmente, pois é a contrapartida do passado. Com o tempo, tudo tem tendência a equilibrar-se. É muito giro a evolução de uma sociedade: primeiramente, os homens começaram a aceitar que tinham ido longe de mais. Agora, começam as mulheres a dizerem o mesmo, afirmando que o homem evoluíu e já assume as suas responsabilidades. Até fiz um pouco de sátira sobre esta evolução no meu artigo, ao falar na "Associação Feminina para a igualdade dos sexos". Gosto muito de observar a Natureza, da qual nós somos parte integrante. Quanto à vida em comum do mesmo sexo, aqui é normal. O amor é livre. Pode acontecer mesmo que na rua tentem uma aproximação, qualquer que seja o lado a que pertençam. É uma vida diferente da dos nossos tempos. Uma época muito prática, muito bem definida pela juventude: "viver e deixar viver". Na prática, a queda de muitos parâmetros.

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