"E se de repente lhe oferecessem rebuçados? Foi o que aconteceu à equipa de reportagem da SIC, em expedição todo-o-terreno ao centro de Portugal. Receberam ainda testemunhos de vida que vale a pena escutar, paisagens de acesso difícil e outras histórias agridoces. São os rebuçados que agora se repartem."
O Passado cristalizou a preto e branco - diz a jornalista.
Também o Presente deste Portugal profundo, cristalizou. Há um País e um povo para (re)descobrir. Longe das grandes metrópoles, dos jogos de interesses e das obras megalómanas.
Nada mais reconfortante, que o cristalino Mondego a correr pelas fragas da Serra da Estrela. De ouvir a sabedoria popular, de experiência feita. O tilintar dos badalos dos extensos rebanhos, que povoam o glaciar de Unhais da Serra. Uma forma de galopar pelo silêncio de um passado presente, que nos nos dá o cheiro acre da solidão, mas também de uma natureza desnudada dos efeitos maléficos do Homem, que a pretexto do bem comum, vão desvirtuando a paisagem.
Por aqui, onde se insiste em não querer viver, na ilusão dos benefícios dos grandes aglomerados urbanos e no ruído da massificação , existe uma outra forma de caminhar pela vida. De conseguir conviver com a solidão e os dias agrestes. Mas também com os dias claros e o perfume da primavera. E é assim, nesta balança de emoções, que os que aqui nasceram ou vivem, glorificam esta fio ténue de mundo.
Texto de QUITO (em comentário a esta postagem da São Rosas)
O Passado cristalizou a preto e branco - diz a jornalista.
ResponderEliminarTambém o Presente deste Portugal profundo, cristalizou. Há um País e um povo para (re)descobrir. Longe das grandes metrópoles, dos jogos de interesses e das obras megalómanas.
Nada mais reconfortante, que o cristalino Mondego a correr pelas fragas da Serra da Estrela. De ouvir a sabedoria popular, de experiência feita. O tilintar dos badalos dos extensos rebanhos, que povoam o glaciar de Unhais da Serra. Uma forma de galopar pelo silêncio de um passado presente, que nos nos dá o cheiro acre da solidão, mas também de uma natureza desnudada dos efeitos maléficos do Homem, que a pretexto do bem comum, vão desvirtuando a paisagem.
Por aqui, onde se insiste em não querer viver, na ilusão dos benefícios grandes aglomerados urbanos e no ruído da massificação , existe uma outra forma de caminhar pela vida. De conseguir conviver com a solidão e os dias agrestes. Mas também com os dias claros e o perfume da primavera. E é assim, nesta balança de emoções, que os que aqui nasceram ou vivem, glorificam esta fio ténue de mundo.
Um abraço Paulo Moura
Em tempo: dos grandes aglomerados urbanos ...
ResponderEliminarNão vi este documentário da SIC, que é excelente!
ResponderEliminarAgora ainda mais esclarecedor e valorizado pelo texto do Quito!
Também vi este comentário e achei muito bom!
ResponderEliminarUm bom exemplo de como se pode fazer um excelente programa de televisão com pouco dinheiro!
Ó Rafaelito, põe é a assinatura do Quito, que assim até parece ter sido escrito pelo Paulo Moura.
ResponderEliminarJá vi e revi esta reportagem, na esperança de ver o Quito a sachar terra.
ResponderEliminarDebalde!
O que não impede a excelência deste trabalho que o Paulo Moura aqui nos trouxe.
Pois, de balde Rui !!! Logo às 5 da matina a dar àgua ao gado ...
ResponderEliminarEsplêndida reportagem que não conhecia.
ResponderEliminar"Testemunhos de vida e outras histórias agridoces" - diz o Paulo Moura.
"Por aqui existe uma outra forma de caminhar pela vida" - diz o Quito.
Obrigado a ambos.
Não pude deixar de sorrir com a ingenuidade daquilo que será uma lenda.
O transporte de gelo da Lousã para Lisboa, em carros de bois, protegido por palha para conservar. Diz a narradora que "lá chegaria alguma coisa".
Pois chegava, chegava a palha molhada...
Abr aços.
Eu também achei estranho quando me contaram isso do gelo da Lousã para Lisboa... mas não é só agora que há malucos para tudo.
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